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Prévia do material em texto

1
Lei 8.112/90 e suas alterações
ão
ão
3
Prefácio 4
Aula 1 - Dos provimentos 6
Aula 2 - Da Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição 10
Aula 3 - Dos Direitos e Vantagens 15
Aula 4 - Das férias e Das Licenças 20
Aula 5 - Dos Afastamentos 25
Aula 6 - Das concessões, do Tempos de Serviço, e do Direito de 
Petição 29
Aula 7 - Do Regime Disciplinar 32
Aula 8 - Do Processo Administrativo Disciplinar 39
Aula 9 - Da Seguridade Social do Servidor 45
Aula 10 - Da Assistência à Saúde 49
Sumário
4
 Caro leitor,
 Esta é uma coletânea composta pelos materiais didáticos que compõem o curso on-line 
nomeado como “Lei nº 8.112/90 e suas alterações”, ofertado pelo Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia de São Paulo – IFSP. Trata-se do material elaborado para o primeiro curso 
de um projeto idealizado em parceria entre a Diretoria de Educação a Distância (DED) e o Núcleo 
de Gestão de Pessoas (NGP), que, inicialmente com foco no público interno, buscou promover 
capacitação de forma inovadora na instituição. Inovadora por ter sua oferta totalmente a distân-
cia e também por trazer reconhecimento aos seus servidores, possibilitando que disseminem os 
conhecimentos apropriados ao longo de suas vidas funcionais. 
 O IFSP conta com mais de 30 campi, distribuídos por todo o Estado de São Paulo. Neste sen-
tido, havia grande dificuldade em se promover capacitações presenciais, considerando o tempo de 
locomoção, o transporte, a hospedagem, a disponibilidade dos servidores para viagens e o inves-
timento de recursos financeiros pelo Instituto. Pensando estrategicamente, a proposta do projeto 
foi viabilizar cursos na modalidade EaD (Educação a Distância) e sem limites de vagas, resultando 
em muitos servidores capacitados com a aplicação reduzida de orçamento. O formato escolhido 
foi o Massive Open Online Course (MOOC), ou seja, Curso On-line Aberto e Massivo, utilizando uma 
plataforma digital para disponibilizar os vídeos, questionários, materiais para download e ainda 
fórum de dúvidas, o que possibilitou a interação entre estudantes e coordenador. Para a oferta do 
curso “Lei nº 8.112/90 e suas alterações”, foi verificada grande adesão de servidores, não havendo 
a necessidade de deslocamentos e horários pré-determinados para os estudos.
 A produção de cursos com a participação de servidores do quadro de pessoal do IFSP está 
pautada na política institucional de valorização do conhecimento e experiência, incentivando 
suas difusões e evitando que informações importantes sejam perdidas ou desperdiçadas.
 A seleção de elaboradores e coordenador do curso “Lei nº 8.112/90 e suas alterações” foi 
realizada por meio de edital, e se transformou num grande desafio para todos os envolvidos. 
Principalmente, por terem sido selecionados apenas servidores administrativos que, na maioria 
dos casos, teriam sua primeira experiência com o ensino. Contudo, o desafio tornou-se moti-
vação para todos, o que facilitou a preparação técnica realizada pelas equipes da DED e NGP e 
permitiu a execução do projeto, superando as expectativas.
 O curso on-line contou com a escrita de roteiros e gravação de videoaulas, além da pro-
dução de questões para a avaliação da aprendizagem e materiais didáticos de apoio. Todos os 
materiais produzidos pelos cinco elaboradores foram validados pela revisora e coordenadora do 
curso, conferindo a eles boa qualidade.
 Para a organização desta coletânea, foram utilizados os guias de estudo de cada uma das 
dez aulas do curso “Lei nº 8.112/90 e suas alterações”, contendo as informações disponibilizadas 
em cada videoaula e dicas extras, como glossário, sugestões para aprofundamento de estudos 
e as referências utilizadas, para consulta. O objetivo do curso é, de forma descomplicada, clara 
e objetiva, dar ciência quanto aos direitos e deveres dos servidores regidos por esta legislação, 
dirimindo possíveis dúvidas e apresentando algumas peculiaridades sobre os temas. 
 A primeira aula é composta pelo Título I - Das disposições preliminares e pelo Capítulo I, su-
bitem do Título II – Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição. Nesta aula, são 
abordados assuntos como provimento, concurso público, nomeação, posse e exercício, estabilida-
de, readaptação, reversão reintegração, recondução, disponibilidade e aproveitamento.
 Já a segunda aula refere-se ao Capítulo II, também subitem do Título II. Neste caso, apre-
sentam-se as definições e esclarecimentos para vacância, remoção, redistribuição e substituição. 
 A aula três vem tratar do Capítulo I e II do Título III - Dos Direitos e Vantagens, detalhando itens 
como vencimento, remuneração, indenizações, gratificações e adicionais pagos aos servidores. 
Dentre as vantagens, é possível elencar ajuda de custo, diárias, indenização de transporte, retribui-
ção por exercício de função e gratificações como a natalina e também por encargo de curso e con-
curso. Além destas vantagens, constam ainda os adicionais como noturno, por tempo de serviço, 
serviço extraordinário, de férias, de insalubridade, periculosidade ou atividades penosas.
 Em seguida, a aula quatro traz explicações quanto ao Capítulo III e IV, que ainda remetem 
ao Título III. Sequencialmente, serão apresentadas explanações sobre férias e licenças como: 
por motivo de doença em pessoa da família, afastamento do cônjuge, serviço militar, atividade 
política, capacitação, para tratar de assuntos particulares e desempenho de mandato classista.
5
Priscila Cabreira de Freitas
 Na quinta aula, o assunto será “afastamentos”, ou seja, o Capítulo V do Título III. Pela lei, é 
permitido o afastamento do servidor para: servir outro órgão ou entidade, exercício de manda-
to eletivo, estudos ou missão no exterior e participação em programa de pós-graduação stricto 
sensu no país. 
 Os capítulos VI, VII e VIII serão abordados na sexta aula, na qual serão desenvolvidos os 
temas: concessões, tempo de serviço e direito de petição. Dentre as concessões aos servidores 
estão as ausências sem prejuízos e horário especial com ou sem compensação, seguidos os cri-
térios dispostos na lei.
 A aula sete discorre sobre o Título IV – Do Regime Disciplinar, que trará informações como 
os deveres, proibições e responsabilidades do servidor regido pela lei, a acumulação de cargos 
públicos, as penalidades disciplinares e a demissão. 
Na sequência, a oitava aula se pautará no Título V – Do Processo Administrativo Disciplinar, tam-
bém conhecido como PAD. Nela serão explicadas todas as possibilidades e procedimentos re-
alizados em um PAD, detalhando informações importantes sobre o afastamento preventivo, o 
processo disciplinar, o inquérito, o julgamento e a revisão do processo.
 A nona e penúltima aula traz o Título VI – Da Seguridade Social do Servidor. Nela, serão 
descritos os benefícios assegurados ao servidor, como aposentadoria, salário-família, licença à 
gestante, à adotante e paternidade, para tratamento de saúde ou por acidente em serviço, pen-
são e auxílios como natalidade, funeral e reclusão.
 Para finalizar, a aula 10 trata do Capítulo III do Título VI, sendo o tema a Assistência à Saú-
de, que trata do atendimento gratuito, junta médica e também do ressarcimento parcial, com va-
lor tabelado, aos servidores contratantes de planos ou seguros privados de assistência à saúde.
 Com este modelo de produção de cursos idealizado pelo IFSP, busca-se modernizar o 
processo de capacitação de servidores a partir de uma linha pedagógica coerente com os valores 
institucionais, levando em consideração a necessidade de ampliação do alcance e da disponi-
bilidade de vagas, a otimização do tempo, o uso de recursos tecnológicos acessíveis e o maior 
aproveitamento e eficiência no emprego dos recursos públicos investidos.
autor: Camilo Garcia Bogado
7
 Seja bem-vindo ao curso sobre a Lei nº 8.112/90. Iniciare-
mos nossos estudos com as unidades que tratam do Capítulo I da 
Lei. Aqui, aprenderemos sobre as Disposições Gerais, e também 
sobre asseções que tratam das formas de ingresso no serviço 
público especificamente: Nomeação, Concurso Público, Posse e 
Exercício, Estabilidade, Readaptação, Reversão, Reintegração, Re-
condução, Disponibilidade e Aproveitamento. 
Introdução 
 Nesta unidade, são apresentadas as disposições prelimina-
res da Lei nº 8.112/90, como a conceituação de servidor e de cargo 
público, e a vedação da prestação de serviços gratuitos.
Disposições Gerais 
 As Disposições Gerais da Lei serão vistas nesta unidade. Os 
requisitos básicos para ingresso no serviço público serão apresen-
tados aqui, bem como a definição das formas de realização desse 
ingresso, que serão vistos nas unidades subsequentes.
Nomeação 
 A nomeação é o ato formal de provimento de cargo público 
efetivo ou em comissão. No caso de cargo efetivo, é necessária a 
prévia aprovação em concurso público. Já no caso de cargo em co-
missão, a nomeação é feita pela autoridade competente, indicando 
pessoa de sua confiança, observando os critérios para o provimento.
Concurso Público
 O concurso público é requisito para ingresso nos car-
gos efetivos. Os concursos podem ser de provas ou provas e 
títulos, e têm validade de até dois anos, com possibilidade de 
renovação por igual prazo.
Para começo de 
conversa
Fique por dentro
1
8
LINKOTECA
O Sistema de Pessoal Civil 
da Administração Federal 
(SIPEC) possui um compilado 
de entendimentos acerca da 
Lei nº 8.112/90. Disponível 
em: https://www.servidor.
gov.br/gestao-de-pessoas/
lei-8112-anotada. Acesso 
em: 15 nov. 2017.
Outra fonte de consulta 
sobre a Lei, com anotações 
e interpretações de juizados, 
órgãos de controle e outras 
fontes. Disponível em: https://
conlegis.planejamento.gov.
br/conlegis/lei8112anotada/
index.htm?perfilUsuario.
Para mais informações, 
acesse a lista de videoaulas 
do Curso “Lei nº 8.112/90 e 
suas alterações”:
Introdução: https://youtu.be/
e86a-niRXaA
Disposições preliminares: ht-
tps://youtu.be/I4RJs5ukJmE
Da nomeação: https://youtu.
be/xsUaB3sGXdg
Do concurso público: https://
youtu.be/jQFA2UJMrk8
Da posse e exercício: https://
youtu.be/sd5X_uykhmg
Da estabilidade: https://you-
tu.be/rGat07NiOWY
Da readaptação: https://you-
tu.be/Y83m4X7u_QI
Da reversão: https://youtu.
be/VSDAxPVFRXc
Da reintegração: https://you-
tu.be/Ap6F8TL9l_k
Da recondução: https://youtu.
be/j7N1G5kmod8
Da disponibilidade e apro-
veitamento: https://youtu.
be/2Mzxk1OO2UE
Posse e Exercício
 Esta unidade trata de dois temas complementares. A posse 
é o ato realizado por meio de termo específico, onde constam as 
atribuições, deveres, responsabilidades e direitos do cargo para o 
qual se está sendo nomeado. Já o exercício é o início do desempe-
nho das atividades do cargo público, e também possui um termo 
próprio para marcar o início dessas atividades. 
Estabilidade
 Estabilidade é um dos direitos do servidor público. Por ela 
fica garantido o seu direito de permanência no cargo, cabendo a 
perda deste cargo apenas em situações específicas, como em de-
corrência de processo administrativo. A estabilidade é adquirida 
após a homologação do estágio probatório do servidor, que avalia-
rá suas aptidões e capacidades para o cargo. O período de avaliação 
do estágio probatório é de três anos após a entrada em exercício.
Readaptação 
 Caso o servidor sofra alguma incapacitação em suas habilida-
des físicas ou mentais, ele possui o direito à readaptação, que é a 
investidura em cargo de atribuições compatíveis com essa limitação. 
Reversão
 A reversão é o retorno ao cargo de servidor que tenha 
aposentado. Em caso de servidor aposentado por invalidez, a 
reversão pode ocorrer caso a perícia médica confirme a capa-
cidade de retorno às atividades. A reversão também pode ser 
solicitada por servidor que tenha se aposentado voluntaria-
mente, cabendo, nesse caso, interesse da Administração, bem 
como outros critérios definidos na Lei.
Reintegração
 A reintegração de cargo ocorre nos casos em que o servidor 
tiver sua demissão invalidada administrativamente ou judicialmente.
Recondução 
 Recondução é o retorno do servidor ao cargo anteriormente 
ocupado, nos casos de inabilitação em estágio probatório relativo a 
outro cargo ou havendo retorno do antigo ocupante do cargo.
Disponibilidade e aproveitamento
 O servidor que não conseguir reintegração de cargo ou 
na situação de extinção ou reorganização de seu órgão, fica 
em disponibilidade. O retorno às atividades, nessa situação, 
ocorre por meio do reaproveitamento.
9
 O Capítulo 1 define as formas de ingresso no serviço públi-
co. Como se pode ver, a legislação busca o respeito às normas de 
impessoalidade, moralidade e eficiência, garantindo àqueles que 
buscam ingressar na carreira pública a transparência dos atos.
 BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe 
sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, 
das autarquias e das fundações públicas federais. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112cons.htm>. Aces-
so em: 15 nov. 2017. 
BRASIL. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. 
Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, anotada. 3 ed. Brasília: 
MP, 2016-2017. Disponível em: <www.servidor.gov.br/gestao-de-
-pessoas/lei-8112-anotada> Acesso em: 15 nov. 2017. 
Concluindo
Referência
autor: Raphael de Paiva Gonçalves
11
 Para começo de conversa, vamos falar sobre os assuntos 
que serão abordados neste guia. Inicialmente, nesta aula, intitula-
da Aula 2, serão apresentados os conteúdos do Título II, Capítulo 
II da Lei nº 8.112/90, isto é, a vacância. A vacância é um termo utili-
zado para estabelecer as condições e situações que ocorrem com 
o servidor público e tornam o cargo público que ele ocupa vago.
 Em seguida, serão apresentados conhecimentos referentes 
ao termo exoneração, que é o ato de pedir dispensa ou ser dis-
pensado de um cargo público.
 Em continuidade, serão apresentados, na Aula 2, conteú-
dos referentes ao Título II, Capítulo III da Lei nº 8.112/90, isto é, a 
remoção, que é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, 
no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. 
 Apresentaremos, ainda, referente ao Título II, Capítulo III da 
Lei nº 8.112/90, o conceito e as definições de redistribuição, que é 
o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago 
no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou enti-
dade do mesmo Poder.
 Por fim, abordaremos o tema Substituição, previsto na reda-
ção do Título II, Capítulo IV da Lei nº 8.112/90. Basicamente, a subs-
tituição é o ato de um servidor substituir outro que ocupa um cargo 
em comissão, devido a algum impedimento que este último tenha.
Vacância 
 Primeiramente, é preciso entender o que significa o termo 
vacância. A vacância é um termo utilizado para estabelecer as con-
dições e situações que ocorrem com o servidor público e tornam 
o cargo público que ele ocupa vago. 
A vacância do cargo público, ocorre em caso de:
• Exoneração;
• Demissão;
• Promoção;
• Readaptação;
• Aposentadoria;
• Posse em outro cargo inacumulável;
• Falecimento do servidor.
Para começo de 
conversa
Fique por dentro
GLOSSÁRIO
Poderes da União: São pode-
res da união, independentes e 
harmônicos entre si, o Legisla-
tivo, o Executivo e o Judiciário.
Titular: Ocupante efetivo de 
cargo ou função pública.
Ex officio: Quando uma ação 
é realizada por obrigação 
legal ou em razão do cargo.
12
Exoneração
 O termo exoneração é citado pela primeira vez, na Lei nº 
8.112, dentro dos casos de vacância, portanto, a redação da Lei 
traz conceitos definitivos sobre a exoneração.
 Nesta perspectiva, a exoneração é o ato de pedir dispensa 
ou ser dispensado de um cargo público. Sendo assim, a exonera-
ção pode ocorrer a pedido do servidor ou de ofício.
 A exoneração de ofício ocorre:
• Quando o servidor for reprovado no estágio probatório; ou
• Quando o servidor não entrar em exercício, após a posse, den-
tro do prazo estabelecido.
 A exoneração de cargo em comissãoe a dispensa de função 
de confiança também pode ocorrer a pedido do servidor ou a par-
tir da decisão de autoridade competente.
Remoção
 Primeiramente, é preciso entender o que significa o ter-
mo remoção. A redação da Lei nº 8.112 traz a seguinte definição 
sobre remoção:
“Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âm-
bito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. ”
 Existem três modalidades de remoção:
• Remoção de ofício - ocorre no interesse da Administração; 
• Remoção a pedido - ocorre a critério da Administração; 
• Remoção a pedido, para outra localidade, independentemente 
do interesse da Administração.
 É importante salientar que o servidor só poderá solicitar a 
última modalidade de remoção, a remoção a pedido, independen-
te da Administração, nos seguintes casos:
• Para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor 
público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi desloca-
do no interesse da Administração;
• Por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro 
ou dependente;
• A partir de edital interno de remoção promovido pelo órgão. 
Redistribuição
 Primeiramente, é preciso entender o que significa o ter-
mo remoção. A redação da Lei nº 8.112 traz a seguinte definição 
sobre remoção:
“Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocu-
pado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão 
ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central 
do Sistema de Pessoal Civil, o SIPEC. ”
 Assim, para que a redistribuição ocorra, devem ser conside-
rados os seguintes requisitos:
LINKOTECA
BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de 
dezembro de 1990. Dispõe 
sobre o regime jurídico dos 
servidores públicos civis da 
União, das autarquias e das 
fundações públicas federais. 
Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/L8112cons.htm>. Acesso 
em: 15 nov. 2017. 
O Canal Saber Direito, uma 
iniciativa da TV Justiça e do 
Supremo Tribunal Federal - 
STF, tem uma série de video-
aulas sobre a Lei 8112/90, as 
quais na Aula 2 aprofundam 
mais os temas apresentados 
neste guia. Lei do Servidor 
(8.112/90). Disponível em: 
<https://www.youtube.com/
watch?v=zfRK=--VVV8&llist-
PL875AF80D&59A&&8B>. 
Acesso em 15 nov. 2017. 
Para mais informações, aces-
se a lista de videoaulas do 
Curso “Lei nº 8112/90 e suas 
alterações”:
Da vacância: https://youtu.
be/tQnjMeHpr_4
Da remoção: https://youtu.
be/cfvqNj0JIM8 
Da redistribuição: https://
youtu.be/WaN5m-9QFn8
Da remoção: https://youtu.
be/s3h5RUUjLNc
13
• O interesse da Administração;
• A equivalência de vencimentos;
• A manutenção da essência das atribuições do cargo;
• A vinculação entre os graus de responsabilidade e complexida-
de das atividades; 
• O mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação 
profissional;
• A compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalida-
des institucionais do órgão ou entidade.
 Existem, ainda, algumas questões importantes a serem en-
fatizadas. A primeira é que a redistribuição ocorrerá “ex officio”, 
ou seja, por obrigação legal ou em razão do cargo, com objetivo 
de promover um ajustamento de lotação e da força de trabalho às 
necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, 
extinção ou criação de órgão ou entidade.
 Em caso de reorganização ou extinção de órgão ou entida-
de, extinto o cargo ou declarada a falta de necessidade do cargo 
no órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído 
será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento.
 O servidor que não for redistribuído ou colocado em dis-
ponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão 
central do SIPEC e ter exercício provisório, em outro órgão ou en-
tidade, até seu adequado aproveitamento.
Substituição
 Primeiramente, é preciso entender o que significa o ter-
mo substituição. Quando um servidor que ocupa um cargo ou 
função de direção ou chefia, ou Cargo de Natureza Especial, por 
algum motivo, não puder exercer suas atribuições, ele deverá 
ser substituído e este processo é chamado de substituição. 
 A redação da Lei nº 8.112 traz as seguintes determina-
ções sobre a substituição:
“Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia 
e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos in-
dicados no regimento interno ou, no caso de omissão, serão desig-
nados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade. ” 
 É importante entender que nos primeiros 30 dias de 
substituição, o substituto assumirá as atribuições de forma 
automática e cumulativa, sem prejuízo às demais atividades já 
exercidas, e deverá optar por uma das remunerações. 
 O substituto assumirá em caso de:
• Afastamentos do titular; 
• Em casos em que haja impedimentos legais ou regulamen-
tares do titular; ou
• Na vacância do cargo.
 Também é importante ressaltar que, após os 30 dias de 
substituição, o servidor deixa de acumular as atribuições, pas-
sando a dedicar-se àquela em que é substituto, recebendo, 
sem opção de escolha, a retribuição por ela proporcionalmente 
aos dias que excederem a este período.
14
 Nesta aula, você aprendeu sobre importantes temas contidos 
da redação da Lei nº 8.112/90. Foram apresentados temas como a 
vacância e suas possibilidades, definição de exoneração, conceitos 
regras e definições de remoção, redistribuição e de substituição.
 Espero que você tenha gostado e que tenha entendido 
com clareza todos estes conceitos, os quais são fundamentais 
para compreender algumas das regras às quais o servidor pú-
blico federal está submetido.
Concluindo
BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe so-
bre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das 
autarquias e das fundações públicas federais. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112cons.htm>. 
Acesso em: 15 nov. 2017.
Referência
autor: Ezequias dos Reis da Silva
16
 Segundo o Título III da Lei nº 8.112/90, trataremos dos Direi-
tos e Vantagens dos Servidores Públicos Civis.
• Direitos dos Servidores Públicos Civis:
 Vencimento;
 Remuneração.
• Vantagens dos Servidores Públicos Civis:
 Indenizações:
 Ajuda de custo;
 Diárias;
 Transporte;
 Auxílio-moradia.
• Gratificações:
 Gratificação natalina;
 Retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e 
assessoria;
 Gratificação por encargo de curso ou concurso.
• Adicionais:
 Adicional de periculosidade, insalubridade ou atividade 
penosa;
 Adicional por serviço extraordinário;
 Adicional noturno;
 Adicional de férias.
Para começo de 
conversa
Direitos dos Servidores Públicos Federais
Vencimento
 
É o valor pago em pecúnia, ou seja, em dinheiro, ao servidor para 
exercer as atribuições de seu cargo. 
Remuneração
 É o vencimento do cargo efetivo acrescido de algumas van-
tagens permanentes pagas em dinheiro. Essas vantagens também 
são especificadas em lei.
Fique por dentro
LINKOTECA
O Canal Saber Direito, uma 
iniciativa da TV Justiça e do 
Supremo Tribunal Fede-
ral - STF, tem uma série de 
videoaulas sobre a Lei nº 
8.112/90. Disponível em: 
<https://www.youtube.
com/watch?v=zfRK--VV-
V&8>. Acesso em: 15 nov. 
2017. 
Para mais informações, 
acesse a lista de videoaulas 
do Curso “Lei nº 8112/90 e 
suas alterações”:
Apresentação dos direitos e 
vantagens: https://youtu.be/
qk14Ac7ra5o
Vantagens: https://youtu.
be/3Z1MBNyRTLs
Indenizações: https://youtu.
be/-it7StejFUQ
Gratificações: https://youtu.
be/PtHyyQTT0pQ
Adicionais: https://youtu.be/
cFVL2aQp7Zo
17
Vantagens dos Servidores Públicos Federais
 
 Além dos direitos pagos ao servidor, poderão ser pagas as 
seguintes vantagens: indenizações, gratificações, adicionais.
Indenizações
 As indenizações são constituídas por: ajuda de custo, diá-
rias, transporte e auxílio-moradia.
Ajuda de custo
 A ajuda de custo é a compensação das despesas que o ser-
vidor venha a ter para exercer o seu cargo em uma nova sede, 
quando essa mudançaseja de forma permanente. 
Diárias 
 O servidor tem direito a receber esse tipo de indenização 
quando precisar se afastar do seu local de trabalho por um perío-
do temporário, seja dentro ou até fora do país.
Transporte
 É a indenização paga pelo uso de veículo próprio do servidor. 
Exemplo:
 Se, por acaso, o servidor utilizar o veículo próprio para realizar 
serviços fora do seu local de trabalho e se esses serviços estiverem 
relacionados às atribuições do seu cargo, então ele tem direito de re-
ceber um valor para cobrir os gastos com seu veículo.
Auxílio-moradia
 Esse auxílio é um valor pago ao servidor para custear os 
gastos com hospedagem e aluguéis, devendo ser considerados os 
requisitos dispostos na lei. 
Gratificações
Gratificação natalina
 Essa gratificação é mais conhecida como 13º salário. Cor-
responde a 1/12 (um doze avos) da remuneração, considerando 
os meses de exercício naquele ano. Esse valor é pago até o dia 20 
do mês de dezembro de cada ano.
Retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e 
assessoria.
 Os servidores que exercerem alguma dessas funções terão 
direito a receber uma retribuição pela execução das atividades.
18
Gratificação por encargo de curso ou concurso
 Essa gratificação é paga ao servidor que realizar atividades 
de forma eventual. Também conhecida como GECC, ela é discrimi-
nada em legislações específicas, e os valores pagos são calculados 
de acordo com a especificidade da atividade.
Exemplo:
Atuação como instrutor em curso de formação de curso de desenvol-
vimento, treinamento.
Adicionais
Adicional de periculosidade, insalubridade ou atividade penosa 
 Este tipo de adicional é pago ao servidor caso ele trabalhe de 
forma frequente em locais que sejam insalubres ou que tenham 
contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou que 
representam qualquer tipo de risco de vida para o servidor.
 É vedado ao servidor receber adicional de insalubridade e 
periculosidade ao mesmo tempo.
Adicional por serviço extraordinário 
 É o valor pago pelas horas em que o servidor trabalhar 
além de sua jornada. Ao valor habitual de sua hora de trabalho, 
será acrescido um percentual de 50%. O serviço extraordinário 
não pode ultrapassar o limite de duas horas por jornada.
Adicional noturno
 Tem direito ao adicional noturno o servidor que trabalha entre 
as 22 horas até 5 horas do dia seguinte. As horas trabalhadas nesse 
período terão um acréscimo de 25% em relação ao valor da hora nor-
mal, sendo computados 52 minutos e 30 segundos para cada hora.
Adicional de férias 
 Corresponde a um acréscimo de ¹/³ (um terço) da remune-
ração do servidor, por motivo de férias.
 
19
 Nesta aula, você aprendeu sobre os Direitos e Vantagens dos 
Servidores Públicos Civis, contidos no Título III da Lei nº 8.112/90. 
Concluindo
BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o 
regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autar-
quias e das fundações públicas federais. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112cons.htm>. Acesso em: 
15 nov. 2017. 
BRASIL. Constituição (1988). &onstituição da República Federa-
tiva do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1998. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompila-
do.htm>. Acesso em: 15 nov. 2017. 
Referência
autor: Ezequias dos Reis da Silva
21
 Para começo de conversa, vamos falar sobre os assuntos 
que serão abordados neste guia. Inicialmente, nesta aula, intitula-
da Aula 4, serão apresentados os conteúdos do Título III, Capítulo 
III da Lei nº 8.112/90, isto é, as férias. 
 Em seguida, serão apresentados conhecimentos referen-
tes a licenças, as quais compõem o Título III, Capítulo IV da Lei nº 
8.112/90. Falaremos sobre as disposições gerais, da licença por 
motivo de doença em pessoa da família, licença para o serviço mi-
litar, licença para atividade política, licença para capacitação, licen-
ça para tratar de interesses particulares e, por fim, licença para o 
desempenho de mandato classista.
Para começo de 
conversa
Férias
 O servidor tem direito a 30 dias de férias, que podem ser 
acumuladas até o máximo de dois períodos. Para ter direito ao 
primeiro período de férias, serão exigidos 12 meses de exercício.
 As férias poderão ser parceladas em até três etapas, 
desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da 
Administração Pública. 
 O pagamento da remuneração das férias será efetuado em 
até dois dias antes do início do respectivo período.
 As férias somente poderão ser interrompidas por motivo 
de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, 
serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declara-
da pela autoridade máxima do órgão ou entidade.
Licenças
 Licença corresponde ao período em que o servidor pode se 
ausentar do trabalho sem perder o vínculo com a Administração 
Pública definitivamente. 
 O servidor pode pedir licença:
• Por motivo de doença em pessoa da família;
• Por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
• Para o serviço militar;
• Para atividade política;
• Para capacitação; 
• Para tratar de interesses particulares;
Para desempenho de mandato classista.
Fique por dentro
GLOSSÁRIO
Quinquênio: Período de 
cinco anos.
Pleito: Escolha, por vota-
ção, de pessoa para ocupar 
um cargo, um posto ou 
desempenhar determinada 
função; eleição.
22
 Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
 Este tipo de licença é concedida ao servidor por motivo de 
doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do pa-
drasto ou madrasta e enteado ou dependente que viva a suas ex-
pensas e conste do seu assentamento funcional, mediante com-
provação por perícia médica oficial.
 Esta licença poderá ser concedida por até 60 dias, con-
secutivos ou não, mantida a remuneração do servidor, e por 
até 90 dias, consecutivos ou não, sem remuneração, a cada 
período de 12 meses.
Licença por Motivo de Afastamento do &ônjuge
 Este tipo de licença poderá ser concedido ao servidor para 
que ele possa acompanhar cônjuge ou companheiro que foi des-
locado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou 
para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Le-
gislativo. É importante compreender que este tipo de licença pode 
ser por prazo indeterminado, porém será sem remuneração. 
 Na licença por motivo de afastamento do cônjuge, o ser-
vidor poderá ter exercício provisório de seu cargo em outro ór-
gão ou entidade, caso seu cônjuge ou companheiro também seja 
servidor público, civil ou militar, de qualquer âmbito. No entanto, 
este exercício provisório deverá ser em um cargo com atividades 
compatíveis com o cargo original do servidor.
Licença para o Serviço Militar
 A redação da Lei nº 8.112/90 define que “Ao servidor con-
vocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e 
condições previstas na legislação específica.”
 É importante ressaltar que, após a conclusão do serviço mi-
litar, o servidor terá até 30 dias, sem remuneração, para reassumir 
o exercício do cargo.
Licença para Atividade Política
 O servidor terá direito a licença para atividade política, sem 
remuneração, durante:
• O período de escolhas em convenção partidária;
• Durante o período de candidatura ao cargo eletivo;
• E à véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça 
Eleitoral.
 O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde de-
sempenha suas funções e que também exerça cargo de direção, 
chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será 
afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candida-
tura perante a Justiça Eleitoral, permanecendo até o décimo dia 
seguinte ao do pleito.
 É importante ressaltar que, durante esse período, o servidor 
fará jus à licença para atividade política, sendo mantidos os venci-
mentos do cargo efetivo somente pelo período de três meses.
LINKOTECA
BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de 
dezembro de 1990. Dispõe 
sobre o regime jurídicodos 
servidores públicos civis da 
União, das autarquias e das 
fundações públicas federais. 
Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/L8112cons.htm>. Acesso 
em: 15 nov. 2017. 
O Canal Saber Direito, uma 
iniciativa da TV Justiça e do 
Supremo Tribunal Federal - 
STF, tem uma série de video-
aulas sobre a Lei nº 8.112/90. 
Na Aula 3, aprofundam mais 
os temas apresentados 
neste guia. Lei do Servidor 
(8.112/90). Disponível em: 
<https://www.youtube.com/
watch?v=zfRK=--VVV8&llist-
PL875AF80D&59A&&8B>. 
Acesso em: 15 nov. 2017. 
Para mais informações, 
acesse a lista de videoaulas 
do Curso “Lei nº 8112/90 e 
suas alterações”:
Das férias: https://youtu.be/
bqHcypqyh90
Da licença por motivo de 
doença em pessoa da fa-
mília: https://youtu.be/
gML4KuuZU0c
Da licença por motivo de 
afastamento do cônjuge: ht-
tps://youtu.be/vKV7hIo27g4
Da licença para serviço 
militar: https://youtu.be/
SEb4VplZfPI
Da licença para atividade 
política: https://youtu.be/
jVOHYo6sm3I
23
Licença para &apacitação
 A cada quinquênio de efetivo exercício, o servidor poderá, 
no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo 
efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para 
participar de curso de capacitação profissional. 
 Vale salientar que os períodos de licença para capacitação não 
são acumuláveis. Portanto, se o servidor não utilizar a licença dentro 
do período dos cinco anos subsequentes ao período aquisitivo, per-
derá o direito de solicitar a licença relativa àquele quinquênio.
Licença para Tratar de Interesses Particulares
 A critério da Administração, pode ser concedido ao servidor 
ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio pro-
batório, licenças para tratar de assuntos particulares, pelo prazo 
de até três anos consecutivos, sem remuneração.
 A licença pode ser interrompida, a qualquer tempo, a pedi-
do do servidor ou por interesse do serviço público.
 É importante entender que essa licença suspende o vínculo 
com a Administração Pública Federal e, durante esse período, o 
disposto nos arts. 116 e 117 da Lei nº 8.112/90 (deveres e proibi-
ções) não se aplicam ao servidor licenciado.
Licença para o Desempenho de Mandato &lassista
 O servidor tem direito à licença não remunerada para o de-
sempenho de mandato em:
• Confederação; 
• Federação;
• Associação de classe de âmbito nacional;
• Sindicato representativo da categoria;
• Entidade fiscalizadora da profissão; 
• Para participar de gerência ou administração em sociedade 
cooperativa constituída por servidores públicos, para prestar 
serviços a seus membros.
 Esta modalidade de licença mantém a contagem de tempo 
de serviço, exceto para efeito de promoção por merecimento.
 De acordo com o número de associados da entidade de re-
presentação classista, podem ser licenciados para desempenho de 
mandato classista somente um número específico de servidores:
• Com até 5.000 associados, dois servidores; 
• De 5.001 a 30.000 associados, quatro servidores; 
• Com mais de 30.000 associados, oito servidores. 
 Somente poderão ser licenciados para desempenho de 
mandato classista os servidores eleitos para cargos de direção ou 
de representação nas referidas entidades, desde que cadastradas 
no órgão competente. Vale lembrar que esta licença terá duração 
igual à do mandato, podendo ser renovada, no caso de reeleição. 
LINKOTECA
Da licença para capa-
citação: https://youtu.
be/0ML9xSzpALA
Da licença para tratar de as-
suntos particulares: https://
youtu.be/zIzKu3OGT9M
Da licença para desempenho 
de mandato classista: ht-
tps://youtu.be/AdWvXZDSfp4
24
 Nesta aula, você aprendeu sobre importantes temas conti-
dos na redação da Lei nº 8.112/90, como o direito de férias do servi-
dor e a definição e modalidades de licenças.
 Espero que você tenha gostado e que tenha entendido com 
clareza todos esses conceitos, os quais são fundamentais para com-
preender algumas das regras às quais o servidor público federal 
está submetido, assim como seus direitos e vantagens.
Concluindo
BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o 
regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias 
e das fundações públicas federais. Disponível em: <http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112cons.htm>. Acesso em: 15 nov. 2017.
Referência
autor: Ezequias dos Reis da Silva
26
 Para começo de conversa, vamos falar sobre os assuntos 
que serão abordados neste guia. Inicialmente, nesta aula, intitula-
da Aula 5, serão apresentados os conteúdos do Título II, Capítulo V 
da Lei nº 8.112/90, isto é, os afastamentos. 
 Assim como uma licença, o afastamento é um direito que 
todo servidor tem para ficar um período pré-determinado sem 
exercer as funções de seu cargo.
 A Lei nº 8.112/90 apresenta quatro tipos de afastamento: 
• Afastamento para servir a outro órgão ou entidade; 
• Afastamento para exercício de mandato eletivo; 
• Afastamento para estudo ou missão no exterior; 
• Afastamento para participação em programa de pós-graduação 
stricto sensu no País.
Para começo de 
conversa
Afastamentos
 Assim como as licenças, os afastamentos são direitos que 
todo servidor possui para ficar um período pré-determinado sem 
exercer as funções de seu cargo.
Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade
 A redação da Lei nº 8.112/90 diz que o servidor poderá ser 
cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e/ou dos Municípios.
Porém, a concessão citada anteriormente só pode ocorrer em 
alguns casos:
• Em caso de exercício de cargo em comissão ou função de 
confiança; 
• Em casos previstos em leis específicas. 
 Lembrando que, quando o servidor é cedido para exercício 
de cargo de comissão ou função de confiança, o ônus da remune-
ração será do órgão ou entidade cessionária, ou seja, quem paga o 
salário do servidor é o órgão ou entidade para o qual ele foi cedido.
Fique por dentro
GLOSSÁRIO
Entidade cessionária: órgão 
ou entidade que recebe o 
servidor cedido por outrem.
Pós-graduação stricto sensu: 
são cursos de mestrado 
acadêmico ou profissional, 
doutorado e pós-doutorado.
27
Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo
 Este é o afastamento para servidores que são eleitos 
pelo voto popular para exercerem cargos políticos no Poder 
Executivo ou Legislativo. 
 Em caso de mandato federal, estadual ou distrital, o servidor 
ficará afastado do cargo. No caso de mandato de prefeito, o servi-
dor será afastado do cargo e terá que optar por uma das remunera-
ções. No caso de mandato de vereador, se houver compatibilidade 
de horário, o servidor recebe as vantagens do seu cargo e as van-
tagens de seu mandato eletivo. No caso de incompatibilidade, ele 
será afastado do cargo e poderá optar por uma das remunerações.
 É importante salientar duas questões neste tipo de afasta-
mento. A primeira delas é que o servidor terá que contribuir para 
o INSS como se estivesse em exercício. A segunda questão é que o 
servidor não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para 
localidade diferente daquela onde exerce um mandato eletivo.
Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior
 Neste tipo de afastamento, o servidor somente poderá sair 
do país para estudo ou missão oficial com autorização dos presi-
dentes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Essa ausên-
cia não poderá exceder quatro anos.
 Ao final deste afastamento, será permitida nova ausên-
cia somente após transcorrido um período igual ao do afas-
tamento anterior.
 Por exemplo:
 O servidor irá desenvolver parte de uma pesquisa fora do 
país por dois anos. Após o seu retorno, o servidor deverá ficar no 
país por mais dois anos para que possa ser autorizado um novo 
afastamento para estudo ou missão no exterior. 
 Há, também, dois pontos importantes a serem observados 
após o fim do período deste tipo de afastamento, que são:
1. O servidor não podepedir exoneração ou licença para tratar 
de interesse particular antes de decorrido período igual ao do 
afastamento, exceto se houver ressarcimento das despesas 
com o afastamento ao erário.
2. Os itens dispostos neste afastamento não se aplicam a servi-
dores da carreira diplomática.
Afastamento para Participação em Programa de Pós-Vraduação 
Stricto Sensu no País.
 Nesse tipo de afastamento, o servidor somente pode se 
afastar, no interesse da Administração, quando não houver ne-
nhuma possibilidade de adequação ou compensação de horários.
 Nesta perspectiva, se não há essa possibilidade, então o 
servidor tem o direito de solicitar esse tipo afastamento, com a 
respectiva remuneração, para participar de programa de pós-gra-
duação stricto sensu em instituição de ensino superior no País. 
 É muito importante entender as condições para solicitar 
este tipo afastamento: 
28
• Para mestrado, o servidor deve ter pelo menos três anos de 
pleno exercício, incluído o período de estágio probatório.
• Para doutorado, o servidor deve ter pelo menos quatro anos 
de pleno exercício, incluído o período de estágio probatório.
 Nestes casos, o servidor solicitante não pode ter gozado 
de licença para tratar de assuntos particulares ou com funda-
mento neste afastamento, nem licença para capacitação nos úl-
timos dois anos.
• Para pós-doutorado, o servidor titular de cargo efetivo deve 
ter pelo menos quatro anos de pleno exercício, incluído o 
período de estágio probatório. 
 Neste caso, o servidor não pode ter solicitado licença 
para tratar de assuntos particulares, nem com fundamento 
neste afastamento, nos últimos quatro anos. 
 Para todos os casos deste tipo de afastamento, os servi-
dores beneficiados terão que permanecer no exercício de suas 
funções, após o seu retorno, por um período igual ao do afasta-
mento concedido. 
 Se o servidor retornar do afastamento sem o título pre-
tendido e, após esse retorno, solicitar exoneração ou aposenta-
doria, deverá ressarcir o órgão ou entidade de todos os gastos 
com seu afastamento.
LINKOTECA
BRASIL. Lei nº 8.112, de 
11 de dezembro de 1990. 
Dispõe sobre o regime 
jurídico dos servidores 
públicos civis da União, das 
autarquias e das fundações 
públicas federais. Disponí-
vel em: <http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L8112cons.htm>. Acesso 
em: 15 nov. 2017. 
O Canal Saber Direito, 
uma iniciativa da TV Justi-
ça e do Supremo Tribunal 
Federal - STF, tem uma 
série de videoaulas so-
bre a Lei nº 8.112/90. Na 
Aula 4, aprofundam mais 
os temas apresentados 
neste guia. Lei do Servi-
dor (Lei 8.112/90). Dispo-
nível em: <https://www.
youtube.com/watch?v=-
zfRK--VVV&8llist=PL875A-
F80D&59A&&8B>. Acesso 
em: 15 nov. 2017.
Para mais informações, 
acesse a lista de videoaulas 
do Curso “Lei nº 8.112/90 e 
suas alterações”:
Dos afastamentos: https://
youtu.be/Y0QmfmkqAA8
Do afastamento para 
servir outro órgão ou en-
tidade: https://youtu.be/
HbN6wPJXoxM
Do afastamento para exer-
cício de mandato eletivo: 
https://youtu.be/gUxVh4h-
VYgE
Do afastamento para estudo 
ou missão no exterior: ht-
tps://youtu.be/7x9zgH-SEdc 
Do afastamento para 
participação em programa 
de pós-graduação stricto 
sensu no país: https://you-
tu.be/Uln4cIxipkg 
 Nesta aula, você aprendeu sobre importantes temas contidos 
na redação da Lei nº 8.112/90. Foram apresentadas quatro modalida-
des de afastamento que são direito do servidor público federal.
 Espero que você tenha gostado e que tenha entendido com 
clareza todos esses conceitos, que são fundamentais para compre-
ender algumas das regras às quais o servidor público federal está 
submetido, assim como seus direitos e vantagens.
Concluindo
BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o 
regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias 
e das fundações públicas federais. Disponível em: <http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112cons.htm>. Acesso em: 15 nov. 2017.
Referência
autora: Pamela Jacob
30
 Na aula 6, vamos conhecer as concessões previstas em lei 
ao servidor público, a forma de contagem de tempo de serviço e 
o direito de petição. Esperamos que, ao final do curso, você, estu-
dante, saiba responder três perguntas fundamentais: Quais são 
as concessões estabelecidas pela Lei nº 8.112/90 aos servidores 
públicos federais? Quais afastamentos são considerados no mo-
mento da contagem de tempo? O que é o direito de petição? Apro-
veitem o material e bons estudos.
Para começo de 
conversa
Das &oncessões 
 Esta unidade estabelece em quais situações o servidor pode 
se ausentar e a quantidade de dias previstos para cada situação. 
Dentre elas estão doação de sangue, alistamento, recadastramen-
to eleitoral, casamento, falecimento de familiares (especificados), 
além de horário especial para servidor estudante, portador (ou com 
familiar portador) de deficiência e para desempenho de atividades 
gratificadas com GECC. Exceto nos casos de deficiência, o servidor 
estudante ou desempenhando as atividades gratificadas deverá re-
alizar a compensação de horário, conforme previsto em lei.
Do Tempo de Serviço 
 O capítulo 7 da Lei nº 8.112/90 trata do tempo de serviço, 
sendo sua contagem realizada em dias e convertida em anos. São 
computados como efetivo exercício as concessões dispostas no art. 
97, férias, exercício de cargo comissionado, exercício de cargo ou 
função por nomeação presidencial, participação em programa de 
pós-graduação stricto sensu no país, desempenho de mandato ele-
tivo, júri, missão ou estudo no exterior, deslocamento para nova 
sede, participação em competição desportiva nacional, afastamen-
to para servir em organismo internacional e no caso de algumas 
licenças, especificadas na lei.
Fique por dentro
GLOSSÁRIO
&onvertido: Aquele que se 
converteu a algo.
VE&&: Gratificação por En-
cargo de Curso e Concurso
LINKOTECA
BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 
de dezembro de 1990. Dis-
põe sobre o regime jurídi-
co dos servidores públicos 
civis da União, das autar-
quias e das fundações pú-
blicas federais. Disponível 
em: <http://www.planal-
to.gov.br/ccivil_03/leis/
L8112cons.htm>. Acesso 
em: 15 nov. 2017. 
BRASIL. &onstituição (1988). 
&onstituição da República 
Federativa do Brasil. Bra-
sília, DF, Senado, 1998. Dis-
ponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/
constituicao/constituica-
ocompilado.htm>. Acesso 
em: 15 nov. 2017. 
Para mais informações, 
acesse a lista de videoaulas 
do &urso “Lei nº 8.112/90 e 
suas alterações”:
Das concessões: https://you-
tu.be/azBHIvjgp_Y
Do tempo de serviço: ht-
tps://youtu.be/qUAD2qJ8TwI
Do direito a petição: ht-
tps://youtu.be/nmJh6ZRxHP0
31
Do Direito de Petição
 O direito de petição está previsto no artigo 5 da Constitui-
ção Federal, inciso 34, e também está previsto no capítulo 8 da 
Lei nº 8.112/90. Este direito permite que o servidor se dirija à au-
toridade competente para reivindicar algo, fazer uma queixa, de-
fender seus direitos e interesses ou até mesmo opinar sobre um 
assunto. As regras e prazos para a tramitação do requerimento 
estão descritos do art. 104 a 115.
 Chegamos ao fim de mais uma aula. O direito de petição 
está previsto também na Constituição Federal de 1988, portanto, 
sugerimos que leiam o artigo 5 da Constituição para conhecer 
um pouco mais sobre o assunto. É importante estudar as con-
cessões antes de iniciar a leitura do tempo de serviço, pois ficará 
mais fácil entender a contagem de tempo e os períodos que são 
considerados como efetivo exercício.
Concluindo
BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o 
regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias 
e das fundações públicas federais. Disponível em: <http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112cons.htm>. Acesso em: 15 nov. 2017. 
BRASIL, Constituição (1988). &onstituição da República Federativa 
do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1998. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. 
Acessoem: 15 nov. 2017. 
Referência
autor: Raphael de Paiva Gonçalves
33
 Para começo de conversa, vamos falar sobre os assuntos 
que serão abordados neste guia. Nesta aula, intitulada Aula 7, se-
rão apresentados os conteúdos do Título IV da Lei nº 8.112/90, isto 
é, abordaremos o Regime Disciplinar. 
 O regime disciplinar compõe uma parte importante da 
Lei nº 8.112/90, pois estabelece a forma de conduta de um 
servidor em exercício, suas responsabilidades, proibições e 
possíveis penalidades.
 Nesta perspectiva, o regime disciplinar é dividido em 
cinco partes:
• Deveres;
• Proibições;
• Acumulação;
• Responsabilidades;
• Penalidades.
Para começo de 
conversa
Regime disciplinar
 O regime disciplinar estabelece a forma de conduta de 
um servidor em exercício, suas responsabilidades, proibições e 
possíveis penalidades.
O regime disciplinar é dividido em cinco partes:
• Deveres;
• Proibições;
• Acumulação;
• Responsabilidades;
• Penalidades.
Dos Deveres
 Vamos iniciar pelo Art. 116, que trata dos deveres.
 São deveres do servidor:
• Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
• Ser leal às instituições a que servir;
• Observar as normas legais e regulamentares;
• Cumprir as ordens superiores, exceto quando manifesta-
mente ilegais;
• Atender com presteza:
1. ao público em geral;
2. à expedição de certidões;
3. às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
Fique por dentro
GLOSSÁRIO
Usura: ato de obtenção de 
renda por meio de emprésti-
mos com juros exorbitantes.
Improbidade administra-
tiva: designativo técnico 
para conceituar corrupção 
administrativa.
34
• Levar as irregularidades de que tiver ciência ao conhecimento 
da autoridade superior ou, em caso do envolvimento desta, ao 
conhecimento de outra autoridade competente para apuração;
• Zelar pela economia do material e a conservação do patri-
mônio público;
• Guardar sigilo sobre assunto da repartição;
• Manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
• Ser assíduo e pontual ao serviço;
• Tratar com urbanidade as pessoas;
• Representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
• É importante salientar que a representação citada anterior-
mente deve ser encaminhada pelas vias hierárquicas.
Das Proibições
 É proibido ao servidor:
 Se ausentar do serviço, durante o expediente, sem prévia 
autorização do chefe imediato.
 É proibido retirar qualquer documento ou objeto da re-
partição, sem autorização de autoridade competente.
 É proibido recusar fé a documentos públicos, ou seja, ne-
gar a autenticidade de um documento público devidamente ex-
pedido por órgão ou entidade pública. 
 Opor resistência injustificada ao andamento de:
• Documentos;
• Processos; e 
• Execução de serviços.
 É proibido promover manifestação de apreço ou desa-
preço no recinto da repartição. 
 É proibido delegar a pessoa estranha à repartição, exce-
to em casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que 
seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado.
 Coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a:
• Associação profissional ou sindical; ou
• Partido político.
 Também é proibido manter sob sua chefia imediata, em 
cargo ou função de confiança:
• Cônjuge;
• Companheiro; ou
• Parente até o segundo grau civil.
 É vedada a utilização do cargo para obter vantagem pes-
soal ou de terceiros.
 É proibido participar de gerência ou administração de socie-
dade privada, personificada ou não personificada, e exercer o co-
mércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário.
 É importante evidenciar que o item anterior não se aplica 
caso o servidor esteja em licença para tratar de interesses particula-
res ou em caso de participação em comitês e conselhos de empre-
sas ou entidades das quais a União detenha participação no capital. 
 Em continuidade às proibições, é vedado ao servidor atu-
ar, como procurador ou intermediário, junto ao órgão ou à en-
tidade pública em que estiver lotado ou em exercício, exceto 
quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais 
de parentes até o segundo grau e de cônjuge ou companheiro. 
35
 É proibido receber propina, comissão, presente ou qualquer 
tipo de vantagem em razão de suas atribuições.
 É vedado aceitar comissão, emprego ou pensão de es-
tado estrangeiro.
 É proibido praticar qualquer tipo de usura, ou seja, obter ren-
da por meio de empréstimos com juros exorbitantes.
 É proibido proceder de forma indolente ou negligente.
 É proibido utilizar pessoal ou recursos materiais da reparti-
ção em serviços ou atividades particulares.
 É proibido delegar a outro servidor atribuições estra-
nhas ao cargo que ele ocupa, exceto em situações transitó-
rias ou de emergência.
 Também é proibido exercer qualquer atividade que 
seja incompatível com o exercício do cargo, com a função ou 
com o horário de trabalho.
 Por fim, é proibido recusar-se a atualizar seus dados 
cadastrais quando solicitado. 
 É proibido receber propina, comissão, presente ou qual-
quer tipo de vantagem em razão de suas atribuições.
 É vedado aceitar comissão, emprego ou pensão de es-
tado estrangeiro.
 É proibido praticar qualquer tipo de usura, ou seja, obter 
renda por meio de empréstimos com juros exorbitantes.
 É proibido proceder de forma indolente ou negligente.
 É proibido utilizar pessoal ou recursos materiais da re-
partição em serviços ou atividades particulares.
 É proibido delegar a outro servidor atribuições estra-
nhas ao cargo que ele ocupa, exceto em situações transitórias 
ou de emergência.
 Também é proibido exercer qualquer atividade que seja 
incompatível com o exercício do cargo, com a função ou com o 
horário de trabalho.
 Por fim, é proibido recusar-se a atualizar seus dados ca-
dastrais quando solicitado. 
Acumulação de &argos Públicos
 A acumulação de cargos públicos remunerados é proibi-
da, exceto em casos previstos no art. 37, inciso XVI, da Consti-
tuição Federal que permite o acúmulo de:
• Dois cargos de professor; 
• Um cargo de professor e outro técnico ou científico; ou 
• Dois cargos ou empregos privativos de profissionais de 
área da saúde. 
 Esta acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicio-
nada à comprovação da compatibilidade de horários.
 Estes são os únicos casos de acumulação permitidos na 
Lei nº 8.112/90, sendo proibido, para todos os outros casos, 
acumular cargos públicos, empregos públicos e funções comis-
sionadas desempenhadas em autarquias, fundações públicas, 
empresas públicas, sociedades de economia mista, quando es-
tas instituições estiverem vinculadas à União, ao Distrito Fede-
ral, Estados, Territórios e Municípios.
Em continuidade, falaremos do Art. 119, que diz que o servidor 
36
exercer mais de um cargo em comissão, exceto quando for ocupar 
outro cargo em comissão de forma interina, onde terá de optar por 
uma das remunerações.
 Também não poderá ser remunerado o servidor que partici-
par de órgão de deliberação coletiva, exceto quando participar em 
conselhos administrativos e fiscais de empresas públicas.
 É importante ressaltar que, conforme disposto no Art. 
120 da Lei nº 8.112/90, o servidor que acumular licitamente 
dois cargos, quando investir em um cargo comissionado, fica-
rá afastado de ambos os cargos efetivos que acumula, salvo 
quando houver compatibilidade de horários.
Das Responsabilidades
 Em caso de exercício irregular de suas atribuições, o servidor 
responderá, civil, penal e administrativamente.
 A responsabilidade civil decorre de ato omissivo (ser omisso) 
ou comissivo (de executar irregularidades), de forma dolosa ou cul-
posa, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
 A responsabilidade penal se dá a partir de práticas de infra-
ções funcionais definidas em lei, como crimes e contravenções.
 A responsabilidade administrativa se dá a partir de práti-
cas de infrações funcionais definidas em leis administrativas.
 Caso comprovada a responsabilidade do servidor perante os 
atos praticados, este poderá ser obrigado a reparar os danos causa-
dos ao erário e/ou a terceirospelos crimes e infrações cometidas.
 As sanções civis penais e administrativas poderão ser 
acumuladas e são independentes entre si. É importante salien-
tar que nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, pe-
nal ou administrativamente por dar ciência à autoridade supe-
rior quanto a práticas de crimes de que tenha conhecimento, 
mesmo que essa infração ocorra em decorrência do exercício 
de seu cargo, emprego ou função pública.
Das Penalidades
 As penalidades são punições que o servidor receberá 
caso pratique atos irregulares no exercício do seu cargo.
 As penalidades são divididas em seis tipos:
• Advertência;
• Suspensão;
• Demissão;
• Cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
• Destituição de cargo em comissão;
• Destituição de função comissionada.
Advertências
 A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação 
das proibições constantes do art. 117, incisos I a VIII e XIX. Também 
será aplicada advertência em caso de não cumprimento do dever 
funcional, de regulamentação ou de norma interna. O registro da 
advertência será apagado após três anos de efetivo exercício.
37
Suspensões
 A suspensão será aplicada em caso de reincidência de adver-
tência e de violação das demais proibições que não estejam sujeitas 
a penalidade de demissão, não podendo exceder 90 dias.
 A penalidade de suspensão pode ser convertida em multa, 
no valor diário de 50% da remuneração diária do servidor, e seu 
registro será apagado após cinco anos de efetivo exercício.
Demissão
 A demissão será aplicada nos seguintes casos:
• Crime contra a Administração Pública;
• Abandono de cargo (configurado pela ausência intencional por 
mais de 30 dias consecutivos);
• Inassiduidade habitual (configurada por falta sem justa causa 
por mais de 60 dias interpolados em 12 meses);
• Improbidade administrativa;
• Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
• Insubordinação grave em serviço;
• Ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em 
legítima defesa própria ou de outrem;
• Aplicação irregular de dinheiro público;
• Revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
• Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
• Corrupção;
• Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
• Transgressão das proibições do Art. 117, dispostas nos in-
cisos IX a XVI. 
&assação
 Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo 
quando for comprovado que, quando estava em atividade, come-
teu ato punível com a demissão.
Destituição de cargo em comissão
 A destituição do cargo em comissão é aplicada aos não ocu-
pantes de cargo efetivo nos casos de infrações que configurem pe-
nalidades de suspensão e de demissão, ou também por infringên-
cia das proibições de:
• Uso do cargo para fins de proveitos pessoais; e 
• Atuação como procurador ou intermediário de terceiro na 
própria instituição em que trabalhar, salvo em exceções 
previstas em lei.
 Neste caso, o servidor será demitido ou destituído de cargo 
em comissão e impedido de nova investidura em cargo público fe-
deral, pelo prazo de cinco anos.
 Não poderá retornar ao serviço público federal novamente o 
servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por: 
• Crime contra a Administração Pública;
• Improbidade administrativa;
• Aplicação irregular de dinheiro público;
LINKOTECA
Para mais informações, 
acesse a Lei nº 8.112/90 na 
íntegra:
BRASIL. Lei nº 8.112, de 
11 de dezembro de 1990. 
Dispõe sobre o regime 
jurídico dos servidores 
públicos civis da União, das 
autarquias e das fundações 
públicas federais. Disponí-
vel em: <http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L8112cons.htm>. Acesso 
em: 15 nov. 2017. 
O Canal Saber Direito, uma 
iniciativa da TV Justiça e do 
Supremo Tribunal Fede-
ral - STF, tem um série de 
videoaulas sobre a Lei nº 
8.112/90. Na Aula 5, apro-
fundam mais os temas 
apresentados neste guia. 
Disponível em: <https://
www.youtube.com/wat-
ch?v=zfRK=--VVV8&llist-
PL875AF80D&59A&&8B>. 
Acesso em 15 nov. 2017. 
Para mais informações, 
acesse a lista de videoaulas 
do Curso “Lei nº 8.112/90 e 
suas alterações”:
Do regime disciplinar: 
https://youtu.be/HFm8Tun-
N4kE
Das proibições: https://
youtu.be/5HKOuVasMDw
Da acumulação de cargos 
públicos: https://youtu.be/
jrLUTKWiOtc
Das responsabilidades: ht-
tps://youtu.be/PUzDZVEViIw
Das penalidades: https://
youtu.be/xyTeZ4rxb_o
Da demissão: https://you-
tu.be/kcvsID0SPA0
38
• Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
• Corrupção.
Por fim, a penalidade disciplinar prescreverá, ou seja, ficará 
sem efeito:
• Após cinco anos, no caso de demissão, cassação ou destituição;
• Após dois anos, no caso de suspensão; e
• Após 180 dias, no caso de advertência.
 Nesta aula, você aprendeu sobre importantes temas contidos 
na redação da Lei nº 8.112/90. Foi apresentado o Regime Disciplinar, 
que norteia toda a conduta do servidor público federal em exercício, 
assim como possíveis punições caso tal conduta não seja cumprida.
 Espero que você tenha gostado e que tenha entendido com 
clareza todos estes conceitos, os quais são fundamentais para com-
preender algumas das regras às quais o servidor público federal está 
submetido, seu padrão de conduta e possíveis punições. 
Concluindo
BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o 
regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias 
e das fundações públicas federais. Disponível em: <http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112cons.htm>. Acesso em: 15 nov. 2017. 
Referência
autor: Raphael de Paiva Gonçalves
40
 Nesta aula, intitulada Aula 8, serão apresentados os conteú-
dos do Título V da Lei nº 8.112/90, isto é, abordaremos o Processo 
Administrativo Disciplinar. 
 Em seguida, falaremos sobre o afastamento preventivo e 
sobre os ritos do Processo Administrativo Disciplinar.
Por fim, trataremos sobre a revisão processual, que é um direito 
do servidor submetido a um Processo Administrativo Disciplinar.
Para começo de 
conversa
Processo Administrativo Disciplinar
 Iniciamos com a citação do Art.143:
“A autoridade que tiver conhecimento de irregularidades no ser-
viço público é obrigada a promover sua apuração imediatamente, 
mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar [...]”. 
 É importante salientar que, nesta apuração, o acusado tem 
o direito à ampla defesa. 
 Para que as denúncias sobre as irregularidades sejam ob-
jeto de apuração, é necessário que elas sejam feitas por escrito e 
o denunciante seja identificado. Quando o fato denunciado não 
configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia 
será arquivada, por falta de objeto.
Sindicância
 A sindicância é um processo de apuração de infrações 
mais leve. O prazo para conclusão da sindicância é de 30 dias, 
podendo ser prorrogado por igual período. Podemos ter como 
resultado três situações: 
• Arquivamento do processo;
• Aplicação de advertência ou suspensão de até 30 dias;
• Instauração de Processo Administrativo Disciplinar.
 É importante ressaltar que, sempre que a irregularidade 
cometida possibilitar a aplicação de penalidades como suspen-
são por mais de 30 dias, demissão, cassação de aposentadoria 
ou disponibilidade, ou ainda, destituição de cargo em comissão, 
é obrigatória a instauração de processo disciplinar.
Fique por dentro
GLOSSÁRIO
Ônus da prova: obriga-
ção de um indivíduo, em 
um processo, de fornecer 
garantias suficientes para 
sustentar a sua posição.
Inassiduidade habitual: 
falta ao serviço, sem causa 
justificada, por 60 dias, 
interpoladamente, durante 
o período de 12 meses.
Revelia: falta de contesta-
ção por parte do réu em 
relação à ação proposta em 
face dele.
Defensor dativo: é o defen-
sor designado quando a pes-
soa não possui condições de 
contratar ou constituir um.
Rito: forma de realização 
do processo; sequência 
de passos que devem ser 
respeitados; ritual.
41
Afastamento Preventivo
 A fim de evitar possíveis influênciasdo indiciado na apura-
ção das irregularidades, a autoridade instauradora do Processo 
Administrativo Disciplinar pode determinar a medida cautelar 
de afastamento do exercício do cargo do servidor investigado, 
pelo prazo de até 60 dias, sendo prorrogáveis por igual período e 
mantendo a remuneração.
Processo Disciplinar
 O Processo Administrativo Disciplinar é um instrumento de 
apuração de irregularidades mais complexo que a sindicância. É 
muito importante entender que o Processo Administrativo Disci-
plinar, o PAD, pode ser dividido em dois ritos:
• PAD Sumário;
• PAD Ordinário.
PAD Sumário
 Neste rito, todo o processo é mais célere. Veja, abaixo, como 
ocorre o Rito Sumário:
Quando aplicar PAD de Rito Sumário?
• Acumulação ilícita de cargos;
• Abandono de cargo;
• Inassiduidade habitual.
Como se dá o rito?
O Rito Sumário é composto por três fases, sendo elas:
1. Instauração: na instauração é publicado o ato que irá cons-
tituir uma comissão com dois servidores estáveis e, também, 
ocorre a indicação da autoria e materialidade da transgressão.
2. Instrução: a instrução é subdividida em três etapas, sendo elas:
2.1 Indiciação: a comissão terá três dias para elaborar o termo 
de indiciação e a citação poderá ocorrer de forma pessoal, por 
meio da chefia ou por edital, caso o indiciado esteja em lugar 
incerto e não sabido.
2.2 Defesa: o indiciado terá o prazo de cinco dias para entrega 
da defesa, por escrito. No caso de revelia, será nomeado um 
defensor dativo.
2.3 Relatório: deve ser conclusivo.
3. Julgamento: prazo de cinco dias para a autoridade julgadora 
proferir a decisão.
Qual é o prazo para cumprimento do Rito Sumário?
 O prazo geral para o procedimento sumário é de 30 dias, 
prorrogáveis por mais 15 dias.
IMPORTANTE
• Na instauração de pro-
cedimento sumário por 
acumulação ilegal de car-
gos, configurará boa-fé 
do servidor, caso ele opte 
por um dos cargos até o 
último dia de prazo para 
defesa. A opção feita 
pelo servidor se conver-
terá automaticamente 
em pedido de exonera-
ção do outro cargo.
• Se o servidor não optar 
por um dos cargos, o 
julgamento seguirá. 
&omprovada a acumu-
lação ilegal e má-fé, a 
penalidade aplicada 
poderá ser de demissão, 
destituição ou cassação 
de aposentadoria ou 
disponibilidade.
!
42
PAD Ordinário
 O PAD ordinário é destinado a apurar responsabilidade 
do servidor por infração praticada no exercício de suas atri-
buições ou que tenha relação com as atribuições do cargo em 
que se encontre investido.
 O PAD será conduzido por uma comissão composta por 
três servidores estáveis, designados por autoridade competente. 
Um dos membros será o presidente, que deverá ser ocupante de 
cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escola-
ridade igual ou superior ao do indiciado.
 Não poderá participar da comissão o cônjuge, companhei-
ro ou parente do acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta 
ou colateral, até o terceiro grau.
 A comissão deverá exercer as apurações com independência 
e imparcialidade, mantendo o sigilo necessário ou mantendo o sigi-
lo por interesse da Administração, sendo as reuniões e audiências 
da comissão de caráter reservado. No caso das reuniões, será ne-
cessário o registro de atas sobre todas as deliberações adotadas. 
 Assim, o processo disciplinar é composto das seguintes fases:
• Instauração: com publicação do ato que constitui a comissão;
• Inquérito administrativo: que compreende a instrução, a 
defesa e o relatório; e
• Julgamento.
 É importante ressaltar que, a partir da publicação do ato 
de constituição da comissão, no caso do PAD ordinário, o prazo 
para conclusão do processo é de até 60 dias, podendo ser pror-
rogado por igual período, se necessário. 
 Também é importante saber que, sempre que necessário, a 
comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, sendo os seus 
membros dispensados do ponto até a entrega do relatório final.
Vamos ao Inquérito Administrativo:
Inquérito Administrativo
 Nesta etapa, será assegurado ao indiciado o contraditório 
e a ampla defesa.
 Também poderão ser utilizados, para auxiliar no processo 
de apuração, todos os documentos da sindicância.
 Na etapa de inquérito, a comissão promoverá a tomada de 
depoimentos, acareações, investigações, diligências para coleta de 
provas e análise de técnicos e peritos especializados, se necessário.
 É direito do indiciado:
• Acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de 
procurador;
• Listar e reinquirir testemunhas;
• Produzir provas e contraprovas;
• Formular quesitos, em caso de provas periciais.
 Em caso de depoimento, as testemunhas serão intima-
das mediante mandado expedido pelo presidente da comissão. 
A testemunha deve assinar a segunda via do mandado, a qual 
será anexada ao processo.
43
 O depoimento será prestado oralmente e reduzido a ter-
mo, ou seja, digitado por um escrivão.
 Após os depoimentos das testemunhas, o acusado será 
interrogado, mediante intimação, de forma oral, com o interro-
gatório reduzido a termo.
 Após a verificação dos fatos e esclarecida a infração discipli-
nar, o servidor será indiciado com a especificação dos fatos e das res-
pectivas provas via mandado expedido pelo presidente da comissão, 
tendo o prazo de dez dias para apresentar sua defesa escrita.
 Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e 
de 20 dias.
 O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro 
do tempo, para diligências consideradas indispensáveis para 
a apuração dos fatos.
 Após a análise da defesa, a comissão elaborará um rela-
tório minucioso e mencionará os fatos e as provas nos quais se 
baseou para formar a sua convicção.
 Esse relatório deve ser conclusivo quanto à inocência ou à 
responsabilidade do indiciado em relação às irregularidades.
 Em caso de responsabilização do servidor, ou seja, caso ele 
seja culpado pelas irregularidades apuradas, a comissão deve indicar 
o dispositivo legal, ou seja, deve indicar o item da lei que foi transgre-
dido e as possíveis circunstâncias agravantes ou atenuantes. 
 Após a finalização da elaboração do relatório, ele deve ser 
enviado para a autoridade responsável pela instauração do pro-
cesso disciplinar, para o proferimento do julgamento.
 Agora, vamos falar mais sobre a etapa de julgamento.
Julgamento
 A partir do recebimento do processo finalizado pela comissão, 
a autoridade julgadora deve proferir o julgamento em até 20 dias.
 O julgamento deve acatar a posição conclusiva do relató-
rio da comissão, exceto quando a autoridade perceber que o re-
latório contraria as provas do processo.
 O servidor que responder a processo disciplinar só poderá 
pedir exoneração ou aposentadoria após a conclusão do proces-
so e cumprimento da penalidade, caso seja aplicada.
Revisão do Processo Disciplinar
 
 O processo disciplinar poderá ser revisto a qualquer tem-
po, a pedido ou de ofício, quando forem encontrados novos fa-
tos ou circunstâncias que possam justificar a inocência ou a ina-
dequação da penalidade aplicada. 
 No processo revisional, o ônus da prova cabe ao reque-
rente, isto é, quem pede a revisão é o responsável por apresen-
tar as provas que justificam a sua inocência.
 É importante saber que a simples alegação de penali-
dade injusta não constitui fundamento para revisão. O pedido 
de revisão deve apontar novos elementos não apreciados no 
processo originário.
 O requerimento de revisão do processo será dirigido ao 
Ministro de Estado ou autoridade equivalente, que, se autorizar 
LINKOTECA
BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 
de dezembro de 1990. Dis-
põe sobre o regime jurídi-
co dos servidores públicos 
civis da União, das autar-
quias e das fundações pú-
blicas federais. Disponível 
em: <http://www.planal-
to.gov.br/ccivil_03/leis/
L8112cons.htm>. Acesso 
em: 15 nov. 2017. 
O Canal Saber Direito, 
uma iniciativa da TV Jus-
tiça e do Supremo Tri-
bunal Federal - STF, tem 
um série de videoaulas 
sobre a Lei nº 8112/90. 
Na Aula 5, aprofundam 
mais os temas apresen-
tados neste guia. Dispo-
nível em: <https://www.youtube.com/watch?v=z-
fRK--GVGC8&list=PL875A-
F80DC59ACC8B>. Acesso 
em 15/11/2017. 
Para mais informações, 
acesse a lista de videoaulas 
do Curso “Lei nº 8.112/90 e 
suas alterações”:
Disposições gerais: ht-
tps://youtu.be/klRSHffAlKA
Do afastamento preven-
tivo e do processo disci-
plinar - https://youtu.be/
owZOje6hWoc
Do inquérito e do julga-
mento - https://youtu.be/
UxGudnPLJkM
Da revisão do processo 
- https://youtu.be/OMnq-
z9ykUPs
44
a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou enti-
dade onde se originou o processo disciplinar.
 Uma vez autorizada a revisão, serão feitas as mesmas eta-
pas, trâmites e prazos do processo original, conforme seu rito, or-
dinário ou sumário, porém, agora, apenso ao processo inicial.
 Cabe ressaltar que os prazos são os mesmos, porém não 
terão possibilidade de serem ampliados conforme no PAD inicial. 
 Por fim, o julgamento deverá ser proferido pela mesma 
autoridade que aplicou as penalidades anteriores, sendo que a 
revisão não poderá resultar em agravamento da penalidade.
 Nesta aula, você aprendeu sobre importantes temas contidos 
na redação da Lei nº 8.112/90. Foi apresentado o processo disciplinar, 
seus ritos, etapas e prazos, assim como o afastamento preventivo e a 
revisão do processo disciplinar.
 Espero que você tenha gostado e que tenha entendido com 
clareza todos estes conceitos, os quais são fundamentais para com-
preender algumas das regras às quais o servidor público federal está 
submetido, seu padrão de conduta e possíveis punições. 
Concluindo
Referência
BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o 
regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias 
e das fundações públicas federais. Disponível em: <http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112cons.htm>. Acesso em: 15 nov. 2017. 
autora: Pamela Jacob
46
 A aula 9 trata da Seguridade Social do servidor. O estudante 
vai conhecer as regras de aposentadoria, as regras para a concessão 
das licenças à paternidade, à gestante, à adotante, para tratamento 
de saúde e a licença por acidente em serviço. Nesta aula, iremos 
abordar também as regras para fins de recebimento das pensões 
e alguns auxílios, como o auxílio-reclusão e auxílio-funeral. Ao final 
desta aula, espera-se que o estudante seja capaz de responder às 
questões propostas sem o auxílio de materiais complementares.
Para começo de 
conversa
Seguridade Social
 Esta unidade trata da seguridade, que é o conjunto de pro-
gramas que visam à proteção social do servidor. 
Aposentadoria 
 O servidor poderá se aposentar por invalidez, por tempo de 
contribuição, por tempo de serviço, por idade e compulsoriamente, 
com especificações para enquadramento em cada uma delas.
Auxílio-natalidade 
 O auxílio natalidade é devido à servidora por motivo de nas-
cimento de filho, no valor equivalente ao menor vencimento do ser-
viço público. O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro servi-
dor público, quando a parturiente não for servidora.
Salário-família 
 Tem direito ao salário-família os servidores ativos e inativos, 
por cada dependente econômico, como o cônjuge ou companheiro 
e os filhos (inclusive os enteados) menores de 21 (vinte e um) anos 
que vivam às suas expensas, a mãe e o pai sem economia própria, 
equiparando-se madrasta, padrasto ou representante legal. Para 
tanto, deve-se considerar as descrições contidas na lei para enqua-
dramento e efeito de recebimento do salário-família.
Fique por dentro
GLOSSÁRIO
Aposentadoria compulsória: 
aposentadoria ou reforma 
imposta a todos os servido-
res civis e militares quando 
atingido o limite de idade 
permitido para o exercício 
de função no serviço público.
47
Licença para Tratamento de Saúde 
 Todo o servidor tem direito à licença para tratamento de saú-
de, sem nenhum prejuízo a sua remuneração, com base em perícia 
médica. A licença pode ocorrer tanto a pedido do próprio servidor 
como a pedido da Administração. Os prazos e períodos são aborda-
dos na Seção IV do Capítulo II.
Licença à gestante, à adotante e licença-paternidade 
 Esta unidade trata de três tipos de licenças. A licença à ges-
tante, que concede 120 dias, a licença-paternidade que dá direito a 
cinco dias consecutivos, e à adotante, que será de 30 dias, no caso 
de criança maior de um ano, ou 90 dias, para criança de até um ano.
Licença por acidente em serviço
 Todos os servidores acidentados em serviço serão licen-
ciados com remuneração integral. Equipara-se ao acidente em 
serviço o dano decorrente de agressão sofrida e não provocada 
pelo servidor no exercício do cargo e sofrido no percurso da 
residência para o trabalho e vice-versa.
Pensão 
 A pensão é devida a partir da data do óbito do servidor, 
de acordo com as hipóteses legais estabelecidas pela Lei nº 
8.112/90. Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão, 
o seu valor será distribuído em partes iguais entre os benefi-
ciários habilitados. As regras para enquadramento e procedi-
mentos estão especificados na Seção VII da lei.
Auxílio-funeral 
 O auxílio-funeral é devido à família do servidor ativo ou 
aposentado que venha a falecer, no valor equivalente a uma 
remuneração ou provento.
Auxílio-reclusão
 O auxílio-reclusão é pago para a família do servidor enquan-
to este estiver preso, com valor de dois terços da remuneração, 
quando afastado por motivo de prisão, em flagrante ou preventi-
va, determinada pela autoridade competente, enquanto perdurar 
a prisão; ou metade da remuneração, durante o afastamento, em 
virtude de condenação, por sentença definitiva, a pena que não 
determine a perda de cargo.
LINKOTECA
Previdência do Servidor. 
Disponível em: <http://www.
previdenciadoservidor.com.
br/view_artigo.php?cod=69>. 
Acesso em: 15 nov. 2017.
Seguridade Social na Lei 
8.112: benefícios e aposen-
tadoria. Disponível em: 
<http://www.admincon-
cursos.com.br/2014/10/
seguridade-social-para-
-servidores.html>. Acesso 
em: 15 nov. 2017.
Para mais informações, 
acesse a lista de videoaulas 
do Curso “Lei nº 8.112/90 e 
suas alterações”:
Da seguridade social do 
servidor: https://youtu.
be/&ei746TvQnk
Da aposentadoria: https://
youtu.be/LmOBvBz2HGE
Do auxílio-natalidade: 
https://youtu.be/-Waj-
dWmY31w
Do salário-família: https://
youtu.be/xnXeKuETMds
Da licença para tratamen-
to de saúde: https://youtu.
be/eLXvAH4_k2o
Da licença à gestante, à 
adotante e da licença-pa-
ternidade: https://youtu.
be/V2lkScfgxdM
Da licença por acidente 
em serviço: https://youtu.
be/bDeD2zyAcEo
Da pensão: https://youtu.
be/_rSDrJUpF40
Do auxílio-funeral: https://
youtu.be/Rs80bT7yOcc
Do auxílio-reclusão: ht-
tps://youtu.be/Eh-acs-m-rc
48
 A Seguridade Social visa dar cobertura em situações adver-
sas às quais estamos sujeitos. Ela é custeada por contribuições 
que fazemos ao longo da vida trabalhista. Nesta aula, nós conhe-
cemos os benefícios aos quais os servidores públicos regidos pela 
Lei nº 8.112/90 têm direito.
Concluindo
Referência
PRATES, Wlademir Ribeiro. Seguridade Social na Lei 8.112: bene-
fícios e aposentadoria. Disponível em: <http://www.admincon-
cursos.com.br/2014/10/seguridade-social-para-servidores.html>. 
Acesso em: 15 nov. 2017. 
autor: Camilo Garcia Bogado
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 Finalizando o curso, a Aula 10 apresenta a Assistência à Saú-
de, prevista no Capítulo III da Lei nº 8.112/90. Você irá aprender, 
aqui, sobre os benefícios que o servidor tem direito e, também, in-
formações sobre a Junta Médica Oficial.
Para começo de 
conversa
Assistência à Saúde 
 Todo servidor tem direito à assistência à saúde por meio do 
SUS. Além disso, o órgão poderá realizar convênios para prestação 
de serviço médico. Caso o órgão não possua esse convênio, o servi-
dor poderá solicitar o ressarcimento de parte de suas despesas, de 
acordo com o estabelecido na lei e conforme valores estabelecidos 
pelo Ministério do Planejamento.
 A Junta Médica Oficial realiza as inspeções médicas previstas 
na lei e poderá ser parte integrante do órgão ou,

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