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SEMIOLOGIA PUNHO E MÃO Punho Anamnese • Idade, atividade física, localização, mão dominante, tempo de início dos sintomas e fatores desencadeantes Inspeção Sempre comparar com o lado oposto, procurar lesões de pele e escoriações, deformidades e edemas, cicatrizes ou retrações e hiperemia Palpação Temperatura, deformidades e tumorações, pontos dolorosos – baseado na correlação anatômica, crepitações e estalidos 1. Tubérculo de Lister 2. Tabaqueira anatômica 3. Tendão extensor longo do polegar 4. Tendão extensor curto do polegar No fundo da tabaqueira anatômica palpa-se o corpo do escafoide; no dorso da extremidade distal do rádio o tubérculo de Lister; fletindo-se o punho, palpa-se o polo proximal do escafoide; distal ao tubérculo de Lister a articulação escafo-semilunar e 2cm distal ao processo estiloide do rádio, palpa-se a articulação carpometacárpica do polegar Amplitude de movimento Observar movimentos ativos, passivos e dor à movimentação Testes musculares Mecanismo extensor: • Extensor radial curto do carpo – inserção na base do 3° metacarpo e faz extensão do punho • Extensor radial longo do carpo – inserção na base do 2° metacarpo e faz extensão + desvio radial • Extensor ulnar do carpo – inserção na base do 5° metacarpo e faz extensão e desvio ulnar Mecanismo flexor • Flexor radial do carpo – inserção na base do 2° metacarpo e faz flexão do punho • Palmar longo – inserção na aponeurose palmar e faz flexão do punho • Flexor ulnar do carpo – inserção na base do 5° metacarpo e faz flexão + desvio ulnar • Abdutor longo do polegar – inserção na base do 1° metacarpo e faz desvio radial do punho e polegar Testes especiais Teste de Finkelstein Tenossinovite do abdutor longo e extensor / estenosante de De Quervain Faz-se desvio ulnar do punho com polegar aduzido e fletido na palma Positivo se dor no processo estiloide do rádio Teste de Phalen Síndrome do túnel do carpo – compressão nervo mediano Manter os punhos em flexão máxima por 1 minuto Positivo se formigamentos ou dormência na região do nervo mediano (dedo médio) Phalen invertido – extensão máxima Teste de Tinel Acompanhar progresso da regeneração ou do crescimento axial de um nervo; diagnostico de síndromes compressivas – túnel do carpo Percussão suave na região volar no trajeto do tronco nervoso de distal para proximal No local correspondente paciente tem sensação de choque elétrico que irradia para a distribuição cutânea do nervo Teste de Watson Instabilidade do escafoide Com o polegar, pressionar a tuberosidade do escafoide de anterior para posterior e com a outra mão movimentar o punho do paciente de ulnar para radial – subluxação do escafoide com estalo Positivo se estalido + dor Teste de Cisalhamento Instabilidade semilunar-piramidal Estabiliza-se o semilunar com polegar e o indicador de uma mão e com a outra, desloca-se o piramidal e psiforme dorsalmente Positivo se dor e crepitação ou frouxidão excessiva Teste de Allen Integridade das artérias ulnar e radial Comprimir as artérias radial e ulnar do punho com ambas as mãos, elevar o membro do paciente e pedir para abrir e fechar fortemente; depois, mantê-la relaxada e liberar somente 1 artéria Se a palma e todos os dedos corarem rapidamente, a artéria esta integra Teste positivo se não houve o rápido enchimento arterial Teste de Bunnell – Littler Avalia músculos intrínsecos da mão Mantem a articulação MCF em extensão com uma mão e tenta fletir a IFP com a outra mão A flexão dessa articulação indica ausência de hipertonia dos músculos intrínsecos e mede o tônus dessa musculatura Teste dos ligamentos retinaculares Tônus dos ligamentos retinaculares Mantem a articulação IFP em extensão com uma mão e realizar flexão da IFD com a outra A resistência é proporcionada pelos ligamentos retinaculares; com a IFP em flexão – relaxam-se e permitem a flexão da IFD com maior facilidade Teste do flexor superficial dos dedos Isolar o dedo que deseja examinar e pedir ao paciente para fletir o dedo; somente o flexor superficial ira agir fletindo a articulação IFP Teste do flexor profundo dos dedos Isolar o dedo que deseja examinar, bloquear a IFP em extensão e pedir ao paciente para fletir o dedo, apenas o flexor profundo ia agir fletindo a IFD Avaliam lesão da musculatura dos tendões flexores Teste do extensor longo do polegar Paciente entende a articulação IF do polegar Teste do extensor curto do polegar Paciente entende articulação MTF Mão Região ventral e dorsal Dividida em punho + 5 dedos – região ventral e dorsal Dividido em 3 grupos: • Coluna central – estável • Coluna medial – móvel • Coluna lateral – extremamente móvel Mao ventral Aponeurose palmar 1. Eminencia tenar 2. Saliência digital 3. Eminencia hipotenal Tuneis e bainhas dos tendões Túnel do carpo – ligamento transverso do carpo e nervo mediano comprimido por ele Compressão do nervo ulnar Classificação de Verdan 1. Distal ao flexor superficial 2. Zona de ninguém 3. Entre A1 e túnel do carpo 4. Túnel do carpo 5. Proximal ao túnel do carpo P1 – distal à articulação IF P2 – entre A e articulação IF P3 – região da eminencia tenar P4 – túnel do carpo P5 – proximal ao túnel do carpo Nervos periféricos • Nervo radial – tabaqueira anatômica e região dorsal do polegar e extremidade proximal palmar do polegar • Nervo mediano – restante palmar do polegar + indicador e dedo médio e a metade radial do 4° dedo • Nervo ulnar – metade ulnar do 4° dedo e todo o dedo mínimo Articulação Trapézio-metacarpica (tipo sela) elevado grau de mobilidade Metacarpofalângica – flexo-extensão e adução e abdução Interfalângica – flexo-extensão Dedos ventral Pregas proximal, media e distal; rica em terminações vasculares e nervosas principalmente na polpa dos dedos Bainha fibrosa dos flexores Túnel por onde deslizam os tendões flexores mantem o tendão preso ao leito, evita deslocamento durante a flexão, lubrificação e nutrição dos tendões Polias arciformes • A1/A3/A5 – sobre articulações digitais • A2/A4 – sobre 1° e 2° diáfises (mais importantes) Polias cruciformes • C1/C2/C3 – entre as arciformes Inspeção Ventral • Sem pelos, sem glândulas sebáceas, muitas glândulas sudoríparas, aderente a planos profundos e muito espessa Dorsal • Presença de pelos, mais elástica e menos aderente a planos profundos Estática Flexão metacarpofalangeana e interfalangeana progressivamente maior do indicador para o dedo mínimo Na mao dominante, musculatura mais desenvolvida e pregas cutâneas mais profundas Pregas cutâneas nas comissuras dos dedos denominadas sindactillias constituem uma das deformidades congênitas + frequentes da mão Nas articulações metacarpofalangicas, observamos formação de saliências e depressão • Saliências – presença de tecido gorduroso e feixe vasculonervoso • Depressão – túnel osteofibroso contendo tendões flexores Saliências formadas pela cabeça dos metacarpos, sendo o 3° mais saliente Nas fraturas do colo dos metacarpais, a tendência das cabeças se desviarem para volar apaga a saliência Avaliar presença de cicatrizes que podem fazer diagnostico de lesões em determinadas estruturas da mão Ex: cicatriz na topografia de feixe vasculonervoso associada a tropismo da pele e a ausência de sudorese, faz diagnostico de lesão de nervo digital Aumentos de volume – suspeita de tumores Os mais frequentes da mão são os de partes moles e correspondem a cistos sinoviais Tumor ósseo + frequente na mão é o endocondroma Aneurismas são tumorações pulsáteis na topografia arterial • Avaliar presença de retrações na pele Metaplasia fibrosa da fáscia palmar leva a retração da pelesubjacente (moléstia de Dupuytren) Palpação da pele • Alterações de temperatura, anidrose e palpação de partes moles – flexores e extensores Compartimento dos tendões extensores 1°. Abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar 2° extensor radial longo do carpo e extensor radial curto do polegar 3° Extensor longo do polegar 4° Extensor comum dos dedos e próprio do indicador 5° Extensor próprio do 5° dedo 6° Extensor ulnar do carpo Tendões flexores Flexor ulnar do carpo • Realiza-se flexão do punho, localiza-se na porção ventromedial do punho • O flexor esta anterior ao feixe vasculonervoso da artéria e nervo ulnar • O feixe penetra por uma depressão que existe entre o osso pisiforme e o hámulo do hamato (Tunel de Guyon) – sede de síndromes compressivas Palmar longo • Realiza-se flexão do punho, facilitada usando uma pinça digital entre o dedo mínimo e o polegar • 5 a 15% da população não possuem • É preferido para utilização de enxerto Flexor radial do carpo • Realiza-se flexão do punho, localiza-se mais centralizado no punho em relação ao flexor ulnar do carpo • A artéria radial situa-se lateralmente ao tendão radial do carpo Deformidades especificas Dedo em martelo Lesão do tendão extensor terminal em sua inserção na falange distal Dedo em botoeira Lesão do tendão extensor central em sua inserção na base da falange media Deformidade em pescoço de cisne Deformidade em extensão da IFP e flexão da IFD; frequente em portadores de artrite reumatoide
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