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Apg 6

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1 Ially Mariana SOI V MED FASAI 2020.2 
Apg 6 – Além de grávida... 
OBJ 1 – MORFOFISIOLOGIA DA MÃO 
A mão humana é a parte mais distal do membro superior. É uma 
estrutura admirável, do ponto de vista da engenharia e da 
evolução. Ela é forte o suficiente para permitir que alpinistas 
encarem uma montanha, mas também precisa o suficiente para 
a manipulação de alguns dos menores objetos do mundo, e para 
realizar tarefas complexas. 
A mão em si consiste de ossos específicos sobre os quais vários 
músculos se inserem, e uma coleção de estruturas 
neurovasculares responsáveis pela drenagem e inervação. 
Entretanto, os músculos intrínsecos da mão são responsáveis 
somente por parte de toda a sua amplitude de movimento. Os 
outros principais contribuintes são os músculos do antebraço, 
que projetam tendões em direção à mão através de uma 
estrutura igualmente complexa e flexível, chamada de punho. 
Uma compreensão sólida da mão exige uma pegada firme 
(piada proposital) sobre toda a sua anatomia, então nesta 
página nós vamos estudar as estruturas citadas acima. 
Fatos importantes sobre a anatomia da mão 
Ossos Carpo: escafoide, semilunar, piramidal, 
pisiforme, trapézio, trapezoide, capitato, 
hamato 
Metacarpo: base, diáfise, cabeça 
Falanges: falanges proximal, média, distal 
Músculos Grupo tenar: abdutor curto do polegar, 
adutor do polegar, flexor curto do polegar, 
opositor do polegar 
Grupo hipotenar: abdutor do dedo 
mínimo, flexor do dedo mínimo, opopsitor 
do dedo mínimo, palmar curto 
Grupo metacarpal: lumbricais, interósseos 
palmar, interósseos dorsais 
Nervos Nervo mediano e seus ramos (nervos 
digitais palmares comum e próprio) 
inervam predominantemente os músculos 
tenares. 
Nervo radial fornece inervação cutânea ao 
longo da parte externa do polegar. 
Nervo ulnar e seus ramos (superficial, 
profundo e dorsal) inervam os grupos 
hipotenar e metacarpal 
Artérias Todos os ramos se originam das artérias 
radial e ulnar. Eles incluem: arcos palmar 
(superficial, profundo), artérias digitais 
palmares (comuns, próprias), arco dorsal 
do carpo, artérias metacárpicas dorsais, 
artérias digitais dorsais, artéria principal do 
polegar 
Veias Arcos venosos palmares (superficial, 
profundo), rede venosa dorsal da mão e 
veias digitais metacárpicas palmares, 
todas drenando para as veias 
radial e ulnar. 
Punho É capaz de vários movimentos, 
como flexão, extensão, abdução e adução. 
Ele também facilita a passagem de tendões 
e várias estruturas do antebraço para a 
mão. 
 
OSSOS DA MÃO 
Os ossos da mão podem ser divididos em três grupos distintos: 
 Ossos do carpo 
 Ossos do metacarpo 
 Falanges 
O carpo é o termo anatômico para o punho, e conecta o rádio e 
a ulna do antebraço com os ossos do metacarpo na mão, sendo 
composto por oito ossos individuais que se encontram dispostos 
em duas organizadas fileiras de quatro. A fileira proximal dos 
ossos do carpo, vista de lateral para medial na superfície palmar, 
incluios ossos: 
 escafóide 
 semilunar 
 piramidal 
 pisiforme 
A fileira distal, vista do mesmo ponto de vista, inclui os ossos: 
 trapézio 
 trapezóide 
 capitato 
 hamato 
 
Cada osso do carpo possui uma forma única multifacetada, 
permitindo que ele se articule com diversos ossos, tanto da 
mesma fileira quanto da outra fileira, além dos ossos da mão e 
do antebraço. Como um todo, o carpo em sua superfície carpal 
é convexo proximalmente e côncavo distalmente, enquanto a 
superfície palmar é simplesmente côncava. 
O túnel do carpo é formado na face interna do punho devido à 
sua concavidade, e é coberto pelo retináculo dos flexores, que é 
uma bainha osteofibrosa. 
Ao nascimento, o carpo é cartilaginoso, entretanto iniciando-se 
no primeiro ano de vida até o décimo segundo, ele sofre um 
lento processo de ossificação. Deve-se notar que muitas 
variantes anatômicas e ossos acessórios foram descobertos, 
entretanto somente a presença de um osso central, um osso 
estiloide, um osso pisiforme secundário ou um osso trapezóide 
secundário são geralmente considerados como variações. 
 
 
A FILEIRA PROXIMAL DE OSSOS DO CARPO 
OSSO ESCAFÓIDE 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-do-membro-superior
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cotovelo-e-antebraco
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/ossos-do-carpo
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cotovelo-e-antebraco
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-mao
 
2 Ially Mariana SOI V MED FASAI 2020.2 
O osso escafóide é o maior dos ossos do carpo da primeira 
fileira, e se encontra sob a tabaqueira anatômica. De um ponto 
de vista palmar, ele relaciona-se proximalmente com o rádio, 
na face distal lateral com o osso trapézio, e na face distal 
medial com o osso trapezóide. Superior e medialmente ele se 
articula com o osso semilunar, e inferior e medialmente com o 
osso capitato. Na palma da mão, seu tubérculo é facilmente 
palpável, se encontrando no tecido subcutâneo. 
Os vasos sanguíneos que chegam aos ossos do carpo entram 
no punho através da superfície lateral rugosa do osso 
escafoide. 
OSSO SEMILUNAR 
Os próximos três ossos do carpo, semilunar, piramidal e 
pisiforme se articulam todos com a cabeça do rádio, topografia 
que é conhecida como superfície articular do carpo. 
O osso semilunar possui formato crescente e uma grande 
superfície articular proximal, que se relaciona com a cabeça 
do rádio e seu disco articular. Ele se encontra medialmente ao 
osso escafoide, superiormente ao osso capitato 
e lateralmente ao osso piramidal. Pode ainda algumas vezes 
estar em contato com o osso hamato em seu ângulo 
inferomedial. 
OSSO PIRAMIDAL 
O osso piramidal possui forma correspondente ao seu nome e, 
de uma perspectiva palmar, seu ápice aponta distal e 
medialmente em direção ao osso pisiforme, que se posiciona 
sobre a sua faceta palmar. Ele se encontra sobre o osso hamato, 
que está na fileira distal do carpo, e sua base volta-se 
medialmente e se comunica com o osso semilunar. 
OSSO PISIFORME 
Finalmente, o osso pisiforme é o mais medial dos ossos 
proximais do carpo, de um ponto de vista palmar. Ele é 
também o menor de todos os ossos do carpo, e é classificado 
como um osso sesamoide. Sua superfície dorsal é facetada, 
permitindo que ele se articule com a superfície ventral do osso 
piramidal. É ainda palpável e se 
encontra no interior do 
tendão flexor ulnar do carpo 
A FILEIRA DISTAL DE 
OSSOS DO CARPO 
OSSO TRAPÉZIO 
O trapezio é o primeiro e mais 
lateral dos ossos da fileira distal 
do carpo, quando a mão é vista 
de um ponto de vista palmar. 
No aspecto palmar do osso, 
encontra-se 
um tubérculo palpável, e em 
seu lado medial cursa um sulco 
que leva o tendão flexor radial 
do carpo. O osso trapezio 
é limitado medialmente pelo 
trapezoide, 
e superiormente pelo 
escafoide. Inferior e lateralmente, sua principal articulação é 
com o primeiro metacarpo, através de uma faceta em forma 
de sela. Inferior e medialmente, entretanto, ele algumas vezes 
se articula ainda com o segundo osso do metacarpo. 
OSSO TRAPEZÓIDE 
O osso trapezóide pode parecer muito pequeno em 
comparação com os outros ossos de um ponto de vista palmar, 
entretanto ele é muito mais largo em seu lado dorsal. Se 
comunica através de sua faceta proximal com o osso 
escafoide, lateralmente com o osso trapézio, medialmente com 
o capitato e sua faceta distal permite que se articule com o 
segundo metacarpo. 
OSSO CAPITATO 
O osso capitato é o maior de todos os ossos do carpo, 
considerando-se tanto a fileira proximal quanto a distal. Ele 
encontra-se cercado pelo osso semilunar proximalmente, o 
terceiro metacarpo distalmente, o trapezoide lateralmente e o 
osso hamato medialmente. 
OSSO HAMATO 
O último dos oito ossos do carpo e da fileira distal é o osso 
hamato. Ele se encontra no tecido subcutâneo e é palpável, 
devido ao seu hâmulo, que é uma projeção óssea em seu 
aspecto palmar, que se curva lateralmente. Ele serve como 
auxílio para o flexorcurto do dedo mínimo e o ligamento piso-
hamato. 
O osso hamato se relaciona em uma direção proximal e 
lateral com o osso semilunar, em uma direção proximal e 
medial com o osso piramidal. Lateralmente, ele se comunica 
com o osso capitato, e distalmente se articula com ambos o 
quarto e quinto ossos do metacarpo. 
MÚSCULOS DA MÃO 
Os músculos da mão consistem em cinco grupos: 
 Músculos tenares 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculo-flexor-curto-do-dedo-minimo-da-mao
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculos-tenares
 
3 Ially Mariana SOI V MED FASAI 2020.2 
 Músculos hipotenares 
 Lumbricais 
 Interósseos palmares 
 Interósseos dorsais 
Os músculos tenares são quatro no total; eles são evidentes e 
fáceis de se palpar na face radial da superfície palmar da mão, 
na base do polegar. Eles formam a 'bola' ou a parte mais 
volumosa do polegar, conhecida como eminência tenar, e são 
nomeados assim: abdutor curto do polegar, adutor do 
polegar, flexor curto do polegar e opositor do polegar (ou 
oponente do polegar). 
Abdutor 
curto do 
polegar 
Origem - tubérculos do escafoide e 
trapézio; retináculo dos flexores 
Inserção - base da falange 
proximal; osso sesamoide radial 
Inervação - nervo mediano 
Função - abdução do polegar 
Adutor do 
polegar 
Origem - base palmar do terceiro 
metacarpiano (cabeça transversa); 
grande osso e base palmar dos 
segundo e terceiro metacarpianos 
(cabela oblíqua) 
Inserção - base da falange proximal; 
osso sesamoide ulnar 
Inervação - ramo profundo do nervo 
cubital 
Função - adução do polegar 
Flexor curto 
do polegar 
Origem - retináculo dos flexores; 
tubérculo do trapézio (cabeça 
superficial); ossos trapezoide e grande 
osso (cabeça profunda) 
Inserção - osso sesamoide radial e 
base da falange proximal 
Inervação - nervos mediano e cubital 
Função - flexão do polegar 
Oponente 
do polegar 
Origem - retináculo dos flexores, 
tubérculo do osso trapézio 
Inserção - primeiro osso 
metacarpiano 
Inervação - nervo mediano 
Função - flexão, abdução e rotação 
medial do polegar num movimento 
combinado que se denomina de 
oposição 
Mnemônica All For One And One For All (Tradução: 
Um por todos e todos por um) 
Esta mnemónica ajuda a lembrar os 
músculos tenares e hipotenares de 
lateral para medial: 
Eminência tenar 
A: abdutor curto do polegar 
F: flexor curto do polegar 
O: oponente do polegar 
A: adutor do polegar 
Eminência hipotenar 
O: oponente do dedo mínimo 
F: flexor do dedo mínimo 
A: abdutor do dedo mínimo 
Os músculos tenares são capazes de vários movimentos do 
polegar; abdução, adução, flexão e oposição. 
Também na superfície palmar da mão, a eminência tenar possui 
uma região volumosa correspondente na face ulnar. Ela é 
facilmente palpável e visível na base do dedo mínimo. Esta 
região é chamada de eminência hipotenar, e consiste em 
quatro músculos hipotenares: abdutor do dedo mínimo, flexor 
do dedo mínimo, opositor do dedo mínimo e palmar curto. Este 
grupo de músculos é especializado em movimentar o dedo 
mínimo (quinto dedo); eles abduzem, flexionam e o trazem em 
direção ao polegar para realizar a oposição.Os últimos três 
grupos de músculos, os lumbricais, interósseos 
dorsais e interósseos palmares estão situados na camada mais 
profunda da mão, e são comumente considerados juntos como 
um grande grupo chamado de músculos metacárpicos da mão. 
Eles trabalham em uníssono para contribuir com a extensão, 
flexão, abdução e adução das falanges.
 
Músculos interósseos palmares (Musculi interossei palmares) 
 
 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/os-musculos-hipotenares
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculos-lumbricais-da-mao
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculos-interosseos-palmares
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculos-interosseos-dorsais-da-mao
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculo-abdutor-curto-do-polegar
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculo-flexor-curto-do-polegar
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/os-musculos-hipotenares
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculos-lumbricais-da-mao
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculos-interosseos-dorsais-da-mao
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculos-interosseos-dorsais-da-mao
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculos-interosseos-palmares
 
4 Ially Mariana SOI V MED FASAI 2020.2 
 
Músculos lumbricais da mão (Musculi lumbricales manus) 
 
 
Músculo palmar curto (Musculus palmaris brevis) 
 
5 Ially Mariana SOI V MED FASAI 2020.2 
 
Músculo flexor curto do polegar (Musculus flexor pollicis brevis 
 
 
Músculo abdutor do dedo mínimo da mão (Musculus abductor 
digiti minimi) 
 
Músculo abdutor curto do polegar (Musculus abductor pollicis 
brevis) 
 
Músculo adutor do polegar (Musculus adductor pollicis) 
 
Músculo flexor curto do dedo mínimo da mao (Musculus flexor 
digiti minimi brevis (manus)) 
 
 
6 Ially Mariana SOI V MED FASAI 2020.2 
Músculo oponente do dedo mínimo da mão (Musculus 
opponens digiti minimi manus) 
 
Músculo oponente do polegar (Musculus opponens pollicis) 
 
Tendões do músculo extensor dos dedos (Tendo musculi 
extensoris digitorum) 
 
Tendão do músculo flexor profundo dos dedos (Tendo musculi 
flexoris digitorum profundus) 
 
 
Tendáo do músculo flexor superficial dos dedos (Tendines 
musculi flexoris digitorum superficialis) 
 
Vínculo longo (Vinculum longum tendinis) 
 
Vínculo curto (Vinculum breve tendinis) 
 
7 Ially Mariana SOI V MED FASAI 2020.2 
 
VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DA MÃO 
INERVAÇÃO DA MÃO 
Os nervos que inervam os músculos da mão se originam bem 
superiormente, a partir de uma estrutura chamada plexo 
braquial. O plexo é formado pela combinação dos ramos 
anteriores do quinto ao oitavo nervos espinhais cervicais, e 
pelo primeiro nervo torácico. 
Os importantes nervos cursando no membro superior em 
direção à mão a partir do plexo braquial são os nervos medial, 
ulnar e radial. Na mão o nervo radial fornece apenas inervação 
cutânea ao longo da parte externa do polegar. Os outros dois 
nervos, ao contrário, inervam os músculos da mão; o nervo 
mediano inerva predominantemente os músculos tenares, 
enquanto o nervo ulnar é responsável pelos músculos 
hipotenares e demais músculos intrínsecos da mão. Os 
principais ramos se projetando para os músculos da mão são 
os seguintes: 
 Nervo mediano 
o Nervos digitais palmares comuns 
o Nervos digitais palmares próprios 
 Nervo ulnar 
o Ramos superficiais 
o Ramos profundos 
o Ramos dorsais 
VASCULARIZAÇÃO DA MÃO 
Como a mão é a região terminal da extremidade superior, 
numerosas anastomoses acontecem aqui, resultando em uma 
rede vascular bem complexa. Todas as artérias se originam de 
duas artérias principais; as artérias radial e ulnar. Estes dois 
vasos sanguíneos cursam inferiormente nos lados radial e ulnar 
do antebraço, respectivamente. 
As artérias radial e ulnar emitem os seguintes ramos específicos 
na mão: 
 Arco palmar superficial 
 Arco palmar profundo 
 Artérias digitais palmares comuns 
 Artérias digitais palmares próprias 
 Arco carpal dorsal 
 Artérias metacárpicas dorsais 
 Artérias digitais dorsais 
 Artéria principal do polegar 
 
As veias são muito similares às artérias, então se você entender 
estas o padrão de drenagem da mão fica fácil. Assista a 
videoaula mencionada acima para aprender tudo sobre as veias 
da mão. 
De forma geral, as veias da mão drenam para as veias 
radial ou ulnar, e consistem das seguintes: 
 Arco venoso palmar superficial 
 Arco venoso palmar profundo 
 Rede venosa dorsal da mão 
 Veias digitais metacárpicas palmares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/plexo-braquial
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/plexo-braquial
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-do-membro-superior
 
8 Ially Mariana SOI V MED FASAI 2020.2 
 
 
OBJ 2 – FATORES DE RISCO, FISIOPATOLOGIAE 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA SÍNDROME DO 
TÚNEL DO CARPO 
A síndrome do túnel do carpo é um termo infame para uma 
condição conhecida como compressão do nervo mediano, e é 
a forma mais comum de neuropatia relacionada a compressão. 
Ela é causada primariamente por tendências ocupacionais, 
como flexão e extensão repetidas do punho, levando ao uso 
excessivo das estruturas anatômicas diretamente relacionadas 
a estes movimentos. Como resultado, um aumento no 
conteúdo e na pressão exercida no túnel do carpo comprimem 
o nervo mediano, levando a distúrbios sensitivos em suas áreas 
de inervação. 
 
A compressão crônica pode levar a dano neuronal permanente 
e atrofia tenar, que se traduz como fraqueza no polegar e no 
indicador. O tratamento inclui repouso do punho e restrição a 
sua movimentação por um período de tempo. Faixas e talas 
podem auxiliar na estabilização da área, enquanto 
medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos podem ser 
prescritos em casos extremos. 
 
Caracteriza-se por parestesia no território de inervação 
cutânea do nervo mediano, incluindo polegar, índex, dedo 
médio e face lateral do anular, em sua superfície palmar. Em 
geral piora à noite. É causada pela compressão do nervo 
mediano em seu trajeto pelo túnel do carpo, por neuropatia 
diabética ou pela combinação de ambas. Ocorre em 11 a 16% 
dos pacientes com diabetes. É mais comum em mulheres que 
em homens. De 5 a 8% dos pacientes com síndrome do túnel 
do carpo têm diabetes. O tratamento consiste em analgesia 
simples, talas e injeções locais de corticóides nos casos leves. 
Casos graves com atrofia da região tenar, envolvimento motor 
importante na eletroneuromiografia e refratariedade ao 
tratamento clínico devem ser tratados cirurgicamente. 
FONTE: CLINICA MÉDICA USP VOL 5 
 
DEFINIÇÃO 
A síndrome do túnel do carpo é uma enfermidade clínica e 
eletrofisiológica decorrente da compressão do nervo mediano 
no nível do punho. 
FONTE: REUMATOLOGIA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
 
EPIDEMIOLOGIA 
A síndrome do túnel do carpo é a neuropatia compressiva mais 
frequente, apresentando incidência de 0,1o/oa1 ,5% na 
população geral e prevalência de 5% nas mulheres adultas. 
Pode manifestar-se em qualquer faixa etária, mas predomina 
em mulheres (3: 1) entre 40 e 60 anos. 
FONTE: REUMATOLOGIA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
 
FATORES DE RISCO 
 Sexo feminino 
 Obesidade 
 IMC alto 
 Idade acima de 30 anos 
 Atividade motora repetitiva 
 Algumas patologias sistêmicas 
 
ETIOPATOGÊNESE 
O túnel do carpo é um espaço ovoide, limitado ventralmente 
pelo retináculo flexor e dorsalmente pela superfície de 8 ossos 
do carpo, onde passam o nervo mediano e mais 9 tendões 
flexores (Figuras 10.2 e 10.3). O nervo mediano tem uma 
distribuição sensorial envolvendo a superfície volar dos 3 
primeiros dedos e metade medial do 4° dedo da mão. Existem 
2 mecanismos básicos de compressão do nervo mediano: 
elevação da pressão no interior do túnel, causada por edema 
ou lesões dos tecidos vizinhos (p. ex., fratura) ou aumento no 
volume do conteúdo do túnel (cisto sinovial). 
 
A compressão provoca a redução da perfusão microvascular 
do nervo mediano, desencadeando um complexo sintomático 
relacionado com o grau de acometimento das fibras nervosas, 
que se manifesta em 2 fases: 
 
1. Alteração reversível das fibras nervosas, relacionada com 
a isquemia, ou também chamada bloqueio agudo fisiológico 
rapidamente reversível: o estudo da condução nervosa nessa 
fase está normal devido à ausência de anormalidades 
estruturais no nervo. 
 
2. Anormalidade estrutural que se desenvolve lentamente 
nas fibras nervosas: o estudo da condução nervosa revela 
retardo na condução sensorial focal por desmielinização 
segmentar localizada; secundariamente, pode haver 
degeneração axonal, particularmente nos casos de 
compressão mais acentuada e por tempo mais prolongado, 
quando há retardo na condução motora. A análise 
anatomopatológica nessa fase mostra edema e espessamento 
dos vasa nervorum, fibrose, afilamento da mielina e 
degeneração e regeneração da fibra nervosa. 
 
A síndrome pode estar associada a fatores traumáticos, a 
doenças sistêmicas ou até mesmo a estados fisiológicos, como 
a obesidade e a gravidez, podendo em alguns pacientes não 
ser diagnosticada uma causa direta (Tabela 10.3). 
 
Em aproximadamente 50% dos casos, o envolvimento é 
bilateral, sugerindo a presença de uma doença sistêmica e 
contribuindo para a sintomatologia, como artrite reumatoide, 
hipotireoidismo e diabetes. Em diversas ocasiões, a síndrome 
do túnel do carpo é a primeira manifestação da artrite 
reumatoide, o que impõe, portanto, a realização de estudo 
histopatológico caso o paciente seja submetido a tratamento 
cirúrgico. 
 
A síndrome do túnel do carpo também tem sido associada a 
lesões que ocupam espaço, como cisto sinovial e sequelas de 
fraturas do punho, doenças induzidas por cristal, como gota e 
condrocalcinose, doenças de depósito como amiloidose e 
infecção, como osteomielite (ossos do carpo) bacteriana e por 
tuberculose. 
 
A relação da síndrome do túnel do carpo com o trabalho é 
controversa. Cerca de 2/3 dos pacientes com diagnóstico de 
síndrome do túnel do carpo relacionada com o trabalho são 
obesos ou têm alguma outra doença, o que sugere que as 
atividades profissionais não são a única causa do 
aparecimento dos sintomas. Aproximadamente 30% dos 
pacientes urêmicos submetidos à hemodiálise crônica 
 
9 Ially Mariana SOI V MED FASAI 2020.2 
apresentam a síndrome do túnel do carpo, e o provável fator 
contribuinte seria a alteração hemodinâmica secundária à 
implantação da fístula arteriovenosa, que levaria a um 
distúrbio vascular do nervo mediano. Estudos, com dados 
limitados, sugeriram que alguns pacientes têm uma 
predisposição genética para a síndrome do túnel do carpo. 
 
FIGURA 10.2 Relação anatômica do túnel ulnar e do túnel 
carpal 
 
 
FONTE: REUMATOLOGIA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
 
QUADRO CLÍNICO 
A síndrome do túnel do carpo manifesta-se por dor em 
queimação e/ ou formigamento na face volar do punho e nos 
3 primeiros dedos da mão e na face medial do 4° dedo, 
sobretudo à noite. Os sintomas geralmente são limitados aos 
dedos inervados pelo mediano, mas alguns pacientes 
descrevem sintomas na mão inteira, punho e antebraço distal. 
Os pacientes relatam melhora dos sintomas ao balançar as 
mãos com os braços abaixados. 
 
Os déficits motores envolvem os músculos da eminência tenar, 
que se manifestam clinicamente com dificuldade de abdução 
do polegar e, em casos graves, com atrofia da eminência tenar. 
Cerca de 15% da população geral apresenta dor e 
formigamento nas mãos, não relacionados com a síndrome do 
túnel do carpo, o que contribui para o excesso de diagnóstico 
clínico dessa doença 
FONTE: REUMATOLOGIA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
 
 
OBJ 3 – TESTE DE PHALLEN X TESTE DE ALLEN 
No exame físico, diversos testes podem auxiliar no diagnóstico 
da síndrome: 
 
• Teste de Tinel: Consiste na reprodução da dor e/ou da 
parestesia nos dedos inervados pelo nervo mediano, com 
ligeiras percussões no trajeto do punho. A confiabilidade do 
teste depende de como ele é realizado, por isso aconselha-se 
que o punho esteja em extensão e o martelo de percussão seja 
 
10 Ially Mariana SOI V MED FASAI 2020.2 
estreito. E menos sensível (50%), mas um pouco mais 
específico (77%) que o teste de Phalen. Apresenta valor 
preditivo positivo baixo (53%) (Figura 10.4). 
 
• Teste de Phalen: Consiste em reprodução da dor e/ ou da 
parestesia nos dedos inervados pelo nervo mediano, com a 
flexão forçada do punho por 1 minuto. Estudos de metaanálise 
mostraram uma sensibilidade média de 68% e especificidade 
de 73% na aplicação do teste (Figura 10.5) 
 
 
https://www.scielo.br/pdf/rbort/v49n5/pt_0102-3616-rbort-
49-05-0429.pdf 
https://www.scielo.br/pdf/rbort/v49n5/pt_0102-3616-rbort-49-05-0429.pdf
https://www.scielo.br/pdf/rbort/v49n5/pt_0102-3616-rbort-49-05-0429.pdf

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