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Doenças genético metabólicas (DGM) = erros inatos de metabolismo (EIM) METABOLISMO Série gradativa de reações. Etapas catalisadas por enzimas específicas. Substrato – enzima – produto. O produto formado pode ser substrato para outra etapa reacional. Infinitas vias metabólicas e enzimas envolvidas + de 500 doenças genético metabólicas objetivo apenas de reconhecer tais patologias. ERRO INATO DO METABOLISMO – EIM Archibald e Garrod – 1908 Achados de Mendel + bioquímica. EIM = “Distúrbios de natureza genética que geralmente correspondem a um defeito enzimático capaz de acarretar a interrupção de uma via metabólica”. Doenças genético-metabólicas – definição atual = “Distúrbios bioquímicos, geneticamente determinados, nos quais um defeito enzimático específico produz um bloqueio metabólico que pode originar uma doença. Decorrem de alguma deficiência na síntese (anabolismo), transporte, armazenamento ou degradação (catabolismo) de uma substância“. Alguns EIM são assintomáticos e não acarretam em doenças. Alguns não se manifestam até o contato do indivíduo com determinada substância – geralmente não clinicamente importantes. Maioria dos EIM = sintomáticos, agudos e apenas compatíveis com a sobrevivência normal mediante eliminação da causa. ROTA METABÓLICA Pode ser bloqueada em qualquer etapa se a enzima necessária estiver ausente ou deficiente. Mutação no gene estrutural que codifica a enzima (a enzima não se encontrará mais em sua conformação correta); Mutação em regulador da taxa de produção da enzima (diminuição ou ausência de produção da enzima); Degradação acelerada da enzima; Mutação que afeta a absorção ou a biossíntese do cofator ou altera o seu sítio de ligação (muitas vezes as enzimas necessitam de cofatores para atuar corretamente, sem seus cofatores, as mesmas perdem função); Enzima codificada por 2 ou + genes: basta acontecer mutação em um desses genes e a enzima não atuará. Exemplo – rota da fenilalanina e suas doenças associadas. ROTA METABÓLICA ALTERADA Consequências patológicas: 1. Acúmulo de substrato O acúmulo do próprio substrato pode ser prejudicial ao organismo. Dois tipos de substratos possíveis difusível (moléculas pequenas que se distribuem por todo o organismo lesando células que não se relacionam com a enzima afetada) e macromoléculas (moléculas grandes que afetam apenas os tecidos nos quais o substrato acumula). 2. Ausência do produto final Ausência do produto em si e sua possível participação em outras vias, que não irão ocorrer. 3. Excesso de metabólitos Vias metabólicas alternativas se desenvolvem com superprodução de metabólitos tóxicos. Perda de múltiplas atividades enzimáticas: Uma única mutação pode acometer diferentes vias. Enzimas diferentes podem compartilhar de uma mesma subunidade, cofator ou proteína ativadora/de processamento/de estabilização uma mutação afeta múltiplas vias. As enzimas podem ser processadas por uma mesma enzima modificadora – mutações nesta enzima ou em sua organela afetam diversos mecanismos. Homologia fenotípica: Fenótipos de diversas DGM podem ser muito parecidos porque enzimas associadas a tais doenças funcionam na mesma área do metabolismo. Defeitos parciais X completos = geram diferentes fenótipos. Defeitos completos de enzimas associam-se à fenótipos mais graves, geralmente. DADOS GERAIS DOS EIM 10% de todas as doenças genéticas. + de 500 doenças envolvendo síntese, degradação, transporte e armazenamento de moléculas. Individualmente – raros; EIM em conjunto – relevantes. Concentração étnica perceptível. Maioria – herança autossômica recessiva ou recessiva ligada ao X. Mutação em apenas um alelo – diminuição da produção de somente 50% da enzima relacionada – suficiente (enzimas são produzidas em quantidades muito maiores que o necessário) fenótipo brando. Tratamento pode exigir apenas pequena suplementação enzimática com visível melhora do quadro clínico. EIM = apenas quando o indivíduo apresentar os dois genes mutados. 25% de risco de afetados em prole com pais heterozigotos. CLASSIFICAÇÃO Saudubray e Charpentier – principal. Divisão em duas categorias com subdivisão da categoria 2. Existe ainda uma classificação pela ação: Distúrbios de transporte; Distúrbios de armazenamento, degradação e secreção; Distúrbios de síntese; Distúrbios de metabolismo intermediário. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Crianças perfeitamente normais ao nascimento. Devido equilíbrio intra-útero. Fatores exógenos expõe o genótipo em fenótipos patológicos. DGM são congênitas ou surgem muito cedo no desenvolvimento da criança. Tendem a aparecer em irmãos, mas não em genitores herança autossômica recessiva em pais heterozigotos. Ocorrem mais em famílias com consanguinidade parental elevada. Decorrem de alterações enzimáticas. DIAGNÓSTICO Difícil. Morbidade subestimada. Enorme número de doenças de grande complexidade. Variedade de sintomas clínicos. Doenças raras. Clinica inespecífica e semelhante com doenças comuns. DIAGNÍSTICO DIFERENCIAL Síndrome de Reye X EIM 1970 – diversas crianças com encefalopatia metabólica aguda diagnosticadas com Reye quando na verdade era um EIM no ciclo da ureia. Dados que apontam para EIM: Visceromegalias, acidose e hipoglicemia no RN. Retardo no DNPM. Regressão neurológica. Encefalopatias, hepatomegalia ou esplenomegalia. Déficit de crescimento. Alterações osteoarticulares. Histórico de mortes precoces em crianças na família, sem causa definida e com presença de consanguinidade entre os pais. Mediante suspeita médica exames complementares. Diagnostico deve ser feito o mais rapidamente possível – impedir que sintomas apareçam e retardar sua progressão. Existem diversas variáveis – necessidade de feeling para diagnóstico de DGM. Mediante suspeita diagnóstica = iniciar terapia de suporte. Essencial realizar triagem neonatal. Exames complementares são feitos em crianças com 1 ou + sinais – exames de sangue e urina em busca de metabólitos alterados. Se resultados positivos = avaliações especificas. Estudos moleculares devem ser feitos para identificação de mutações especificas se suspeita clinica ou teste de triagem positivo. Aconselhamento genético é fundamental. Normalmente indicado para pais heterozigotos – possível diagnóstico pré-implantação ou pré-natal. TRIAGEM NEONATAL Detectar doenças genéticas ou congênitas em fases pré-sintomáticas nos RNs para prevenção clinica precoce e tratamento adequado, com diminuição da morbimortalidade e das consequências irreversíveis no desenvolvimento físico e intelectual devido à DGM. Obrigatória no Brasil. Independe de histórico familiar. Realizada idealmente entre o 3º e 7º dia de vida. Permite exposição aos desequilíbrios exógenos e é feita antecipadamente aos sintomas. Realização comum em 48h após o nascimento. Pode ser feita em até 30 dias – não é o ideal. Fases da triagem neonatal: Teste do pezinho – nome popular. Distribuição no Brasil não é homogênea. Alguns estados ainda se encontram na fase I. Os testes devem ser sensíveis e específicos. O diagnóstico deve ser acompanhado de intervenção. Analisar custo-benefício para aplicação na população. Técnica mais usada – espectrometria de massa. TRATAMENTO Cerca de 200 DGM são tratáveis. Tratamento depende do diagnóstico correto e do conhecimento bioquímico acerca da doença. Tratamentos costumam ser específicos. Sucesso diretamente relacionado à intervenção precoce. Tratamento de emergência: Deve ser feito em todos os pacientes até que o diagnóstico seja fechado. Envolve principalmente remoção de metabólitos tóxicos por transfusão sanguínea ou estimulação da excreção. Suspender ingesta de proteínas e carboidratos. Manter nutrição parenteral. Suplementação com cofatores enzimáticos. Tratamento de controle: Maioriadependente de dieta. É possível reduzir substrato, suplementar produto ou cofator ou desintoxicar metabólitos. Tratamento por transplante de MO. Tratamento por reposição enzimática. SUS alguns tratamentos enzimáticos disponíveis, VO ou EV – alto custo. PREVENÇÃO 1. Triagem neonatal – detecção pré-clínica. 2. Diagnóstico pré-natal – oferecido para casais de risco (consanguinidade ou histórico) como opção reprodutiva. Feito por coleta de vilosidades coriônicas ou amniocentese – altamente especifico. 3. Detecção de portadores – confirmar mediante suspeita permitindo AG. Feita por triagem de heterozigotos por diagnóstico molecular ou pré-implantação. DOENÇAS GENÉTICO METABÓLICAS HIPERFENILALANINEMIA Defeitos no metabolismo da fenilalanina – aminoácido essencial. Mutações nos genes que codificam componentes da vida de hidroxilação da fenilalanina - hiperfenilalaninemias. Aumento de fenilalanina no plasma Interrompe a mielinização e síntese de proteínas cerebrais – retardo mental severo. Prejudica o desenvolvimento do SNC no início da lactância e interfere no funcionamento do cérebro adulto. Não é esclarecida a maneira como a mutação da doença interfere em tais processos. FENILCETONÚRIA – PKU Principal das hiperfenilalaninemias – 99% dos casos. Grave. Mutações da fenilalanina hidroxilase (PAH) – enzima que converte fenilalanina em tirosina e produz a fenilcetonúria clássica (PKU). É o primeiro passo da rota. Autossômica recessiva. Doença presente no “teste do pezinho”. Gene PAH → fenilalanina hidroxilase. Mais de 400 alelos descritos. Substituições, inserções e deleções → prejudicam a atividade enzimática. Polimorfismos benignos (que não causam efeitos importantes) são menos comuns. Níveis de fenilalanina/manifestações clínicas → graus variáveis de redução da enzima devido a alelos em homogizose ou heterozigone composta. Homozigoto: mutação nos dois alelos → ausência de produção enzimática (manifestação clínica grave). Heterozigoto composto: uma mutação é diferente da outra → uma mutação não produz enzima e a outra, por exemplo, produz 1% de enzima (manifestação clínica menos grave). Ausência de atividade enzimática de PAH no fígado; Acúmulo de fenilalanina → aumento de ácido fenilpirúvico e seus metabólitos. Desenvolvimento do SN (formação deficiente de mielina). Redução da melanina e dos níveis plasmáticos de adrenalina. Diminuição dos níveis de serotonina SINAIS E SINTOMAS Irritabilidade, convulsões e vômitos nas primeiras semanas de vida. Pele seca com lesões inflamatórias e eruptivas ou eczema generalizado. Pigmentações mais claras em pele, cabelos e olhos. Anomalias neurológicas – tremor e hipertonicidade. Se tratamento inadequado – retardo mental aos 6 meses conduzindo à baixo QI. Cerca de 1% dos pacientes institucionalizados por retardo mental tem PKU. TRATAMENTO Restaurar níveis sanguíneos normais de fenilalanina com restrição dietética parcial. Suplementação adequada para crescimento e desenvolvimento. Tratamento precoce impede retardo mental e demais sinais. Vitalício – não interromper. Mulheres grávidas não tratadas – 100% da prole com retardo mental, alta incidência de microcefalia e defeitos cardíacos estruturais. Fenilalanina é tóxica para crianças intra-útero. Mesmo prole Aa apresenta efeitos devido a falta de tratamento materno. Casos de heterogeneidade alélica: 1. PKU variante – hiperfenilalaninemias brandas Mutações em PHA com graus de atividade enzimática residual exigem tratamento com dieta menos rigorosa. 2. Hiperfenilalaninemias não PLU Níveis de fenilalanina acima do limite normal mas abaixo dos níveis da PKU não exigem tratamento quando o aumento é pequeno – atenção clinicamente. Casos de heterogeneidade de locus: 1-3% pacientes com hiperfenilalaninemias → mutações em genes necessários para a síntese/ reutilização do cofator da enzima PAH (tetra- hidrobiopterina – BH4). BH4 → cofator para PAH, tirosina-hidroxilase e triptofano-hidroxilase (essenciais para a síntese de neurotransmissores de monoamina). Sinais e sintomas → problemas neurológicos profundos no início da vida. Tratamento → doses altas de BH4 oral, reduzindo os níveis plasmáticos de fenilalanina (alguns pacientes toleram uma dieta normal); normalização dos neurotransmissores (administração de produtos de tirosina-hidroxilase e triptofanohidroxilase, como L- dopa e 5-hidroxitriptofano). A dieta não irá resolver o problema – não se trata de um diagnóstico de PKU, mas, sim, de deficiência de cofator para a enzima PAH diagnóstico diferencial importante e que possui tratamento completamente diferente, por isso a importância de conhecê-lo. MUCOPOLISSACARIDOSES – MPS MPS = grupo heterogêneo de distúrbios do armazenamento, ocasionando capacidade reduzida ou ausente de degradar um ou mais glicosaminoglicanos. Envolvem vias degradativas defeitos enzimáticos em doenças de armazenamento lisossômico. Defeitos genéticos das hidrolases acúmulo de substâncias dentro dos lisossomos progressão para disfunção e morte celular. Herança autossômica recessiva. Síndrome de Hunter – MPS II = herança recessiva ligada ao X. Existem 10 deficiências enzimáticas catalogadas em 7 tipos de MPS que compartilham características clinicas. Tipos são diferenciados por analises clinicas, bioquímicas e moleculares. Ocorre acúmulo gradual de substrato em tecidos e órgãos devido à dificuldade de degradação do substrato no interior dos lisossomos, A doença é progressiva. Ocorre aumento das massas dos tecidos e órgãos acometidos, com hepatoesplenomegalia. Se o acúmulo ocorre no cérebro – neurodegeneração irreversível. Ocorre deterioração multissistêmica crônica e progressiva. Organomegalia e hérnia umbilical. Infecção das vias aéreas. Disfunção auditiva, visual, articular e cardiovascular. Fáceis típica. *5 anos = diagnóstico tardio. MPS I Deficiência de iduronidase: primeiro distúrbio descrito. Espectro de fenótipos delimitados em 3 grupos: Mutações diferentes no mesmo gene acarretam em níveis de atividade enzimática diferentes, refletindo nas manifestações clinicas. SINAIS E SINTOMAS Retardo mental. Micrognatia. Macroglossia. Degeneração retiniana. Turvação córnea. Cardiomiopatia. TRATAMENTO DE MUCOPOLISSACARIDOSES Fármacos: realizar as funções deficientes pelas enzimas que faltam. Medicamento Laronidase: MPS I. Terapia de Reposição enzimática: via venosa realizado a cada 15 dias com enzimas deficientes: MPS I, MPS II, MPS VI, MPS IV e MPS VII. Transplante de medula ossea (MPS I e II). FIBROSE CÍSTICA - FC Distúrbio genético autossômico recessivo letal mais comum em crianças caucasianas. Defeito no transporte. Mutação no GENE CFTR – proteína de membrana reguladora da condutância transmembrana da FC. Variedade de mutações descritas com alterações bioquímicas ainda desconhecidas. Mutações mais comuns são de sentido trocado. Mutação mais comum = DEL508F – deleção de fenilalanina na posição 508, na primeira dobra de ligação do ATP. O canal de cloreto CFTR tem 5 domínios, 2 de ligação à ATP e 3 com múltiplos sítios de fosforilação mutações de sentido trocado causadoras de FC podem ocorrer em cada um desses domínios. Classes: Separadas conforme a disfunção. Mutação mais comum está na classe 2. Guiam tratamento. SINAIS E SINTOMAS Transporte anormal de líquidos e eletrólitos através das membranas apicais epiteliais. Doença no pulmão, pâncreas, intestino, árvore hepatobiliar e trato genital (relacionada a infertilidade masculina). Anomalias fisiológicas elucidadas nas glândulas sudoríparas - por deficiência no transporte, o cloreto não é reabsorvido no ducto glândula sudorípara → aumento nas concentrações de sódio e cloreto no suor. Nome popular: doença do beijo salgado. Obstrução neonatal do trato intestinal inferior (10-20% dosRN). Acometimento do trato genital (mulheres com alguma redução na fertilidade; 95% dos homens são inférteis devido à ausência bilateral congênita do canal deferente). Pulmão com acúmulo de muco hiperabsorção de sódio e a secreção reduzida de cloreto depletam o liquido da superfície das vidas aéreas – muco adere nas superfícies celulares e prejudica a eliminação, favorecendo infecções. Doenças pulmonares secreções espessas e infecções recidivantes, doença pulmonar obstrutiva crônica, brônquiectasia. Pâncreas com secreção deficiente de enzimas que causa síndrome de má digestão. 5-10% dos pacientes tem função pancreática exócrina residual (suficientes pancreáticos) e conseguem fazer a digestão normal: melhor crescimento e prognóstico. Digestão e nutrição normais podem ser reestabelecidas com suplementos das enzimas. Heterogeneidade alélica relaciona-se com heterogeneidade clínica pancreática (funções residuais). Dependendo da mutação, terá diferentes manifestações da atividade pancreática. DIAGNÓSTICO Baseado em achados pulmonares ou pancreáticos e nível elevado de cloreto no suor. Análises moleculares: mutações no gene CFTR. TRATAMENTO Tratamento intensivo da doença pulmonar prolonga a vida (geralmente a morte é decorrente a insuficiência pulmonar e infecções). Suplementos das enzimas: reestabelecer digestão e nutrição. Heterogeneidade alélica na FC: Heterogenidade clinica surge da heterogeneidade alélica, de efeitos de loci modificadores ou de fatores não genéticos. 1. O genótipo especifico é um bom preditor da função pancreática exócrina. Homozigotos para mutação comum delF508 ou para alelos nulos (códon de fim prematuro, que não produzem proteína) geralmente apresentam insuficiência pancreática. Alelos que permitem a síntese de algumas proteínas CFTR parcialmente funcionais associados a suficiência pancreática. 2. O genótipo especifico é um mau indicador da gravidade da doença pulmonar. Homozigotos delF508: a gravidade da doença é variável, sendo que não está claro o porquê. *gene modificador da doença pulmonar: codifica o fator de crescimento transformador B1(TGFB1) duas variantes foram associadas a doença pulmonar mais grave realização de teste genético para averiguar presença da variante e predizer prognóstico associado a doença pulmonar. TAY SACHS Doença de armazenamento lisossômico. Incapacidade de degradar o esfingolipídio ganglioisideo GM2. Enzima mutante: hexosamidase A (hexA). Produz 3 genes. Pela análise molecular, é possível diferenciar. Antigamente eram todos diagnosticados com Tay-Sachs, o que vem mudando com os avanços moleculares, entretanto, mesmo assim não há nada a se fazer. A diferença na mutação ainda não é importante pela falta de tratamento. Muito presente em judeus Ashkenazi. Os 3 alelos correspondem a 99% das mutações encontradas nos pacientes. Na população 1:27 indivíduos é portador de um alelo de Tay-Sachs e a incidência de crianças afetadas é 100x maior do que em outras populações. A doença gera uma neurodegeneração fatal. Crianças normais até 3-6 meses de idade. Deterioração neurológica progressiva convulsões, espasticidade, estado vegetativo. A partir de 1 ano: progressiva perda visual manchas vermelho-cereja na retina (característica) que surgem devido a morte das células. Morte aos 2-4 anos. Ainda não há tratamento. Ações mediante a doença triagem de portador, diagnostico pré-natal e pré implantação. Alelos HEXA com alguma atividade residual formas de doença neurológica de início tardio, com disfunção do neurônio motos inferior e ataxia (degeneração espinocerebelar); visão e a inteligência geralmente continuam normais. É mais branda. A sobrevida é muito maior, porém mais raro. Conclusão da aula algumas vezes, os pacientes apresentam quadros muito graves e de evolução fatal. Mesmo quando um tratamento não está disponível, a identificação dos EIM/DGM é importante para aconselhamento genético e para o diagnóstico pré- natal em uma futura gestação.