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Questões de Urinário

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Questões de Urinário (coletânea de questões)
Usando um inibidor de anidrase carbônica, Tc de água, Cosm, C de água, fluxo urinário, excreção de Na+, K+? 
O uso de um inibidor de anidrase carbônica – sendo o mais utilizado acetazolamida – levará o CO2 e o H2O a permanecerem nessa forma, de maneira que não produzam H2CO3 e, espontaneamente, H+ e HCO3-. Assim, há uma redução da concentração do H+ no lúmen tubular e a diminuição de próton para o trocador Na+/H+. Como resultado há um aumento na excreção do sódio e do bicarbonato. Consequentemente haverá um aumento da excreção de potássio, devido a uma elevada concentração de sódio da luz tubular. A maior disponibilidade de íons levará a uma redução da concentração medular, originando uma menor reabsorção de água. (...) 
Como as células magnocelulares regulam a osmolaridade interna?
As células magnocelulares neurossecretórias presentes no núcleo paraventricular e no núcleo supra-óptico, além de serem responsáveis pela produção de vasopressina, são também osmossensíveis. Como não há barreira hematoencefálica nessas regiões anormalidades na tonicidade plasmática são percebidas. Quando a osmolaridade aumenta o volume da célula diminui, o que leva ao relaxamento dos Canais de Cátions Inativados por Estiramento (SICs). Isso aumenta a permeabilidade a cátions, o que despolariza a célula e aumenta a frequência de potenciais de ação deflagrados. Assim, há a maior liberação de vasopressina, que irá atuar na redução da osmolaridade plasmática. Há ainda mais um mecanismo intrínseco de regulação da osmolaridade via Receptores de Potencial Transiente Sensíveis a Vanilóide (TRPVs). Os receptores TRPV1 presente nas células magnocelulares são estimulados or hiertonicidade, aumentando a concentração intracelular de cálcio, devido ao aumento da condutância desse íon, havendo uma despolarização. Isso aumentaria os disparos de potenciais de ação e, consequentemente, a secreção de vasoressina. 
Outro mecanismo de regulação da osmolaridade é a ação parácrina inibitória da Glia Adjacente e é um mecanismo extrínseco de regulação da osmolaridade. Nesse caso as células magnocelulares respondem à liberação de taurina pela glia do núcleo supra-óptico, a qual aumenta na medida em que há estímulos sobre canais aniônicos ativados por aumento do volume celular devido a uma situação de hiposmolaridade. Assim, a taurina ativa canais de Cl- GlyR na membrana das células magnocelulares, gerando o influxo de Cl- e hiperpolarização, diminuindo a liberação de vasopressina.
Além disso, a atividade simpática de osmorreceptores da Lâmina Terminal também exercem função regulatória. As células do Órgão Vascular da Lâmina Terminal possui osmossensibilidade devido a presença de receptores TRPV4, os quais possuem um papel preponderante em situações de hiposmolaridade sistêmica. A sinalização osmostática entre o OVLT e os neurônios efetores no Núcleo Supra-öptico é mediada em parte por sinapses excitatórias. Principalmente, os neurônios glutaminérgicos no OVLT codificam a osmolaridade diminuída do FEC e a informação é transmitida para as células magnocelulares neurossecretórias na forma de estímulo excitatório glutaminérgico. Isso levará a hiperpolarização da membrana celular, inibindo a liberação de vasopressina.
OSM/VEC. Explicar o mecanismo molecular de liberação de ANG II e PAN.
O PAN é produzido pelos miócitos atriais em resposta à distensão do átrio quando há expansão do VEC.
No sistema renina-angiotensina, a redução do volume circulatório efetivo (redução do VEC/PA) estimula os barorreceptores do núcleo do trato solitário, que estimula, por sua vez, o S.N. simpático a ativar o aparelho justaglomerular a liberar renina. Outra maneira em que acontece a liberação de renina é pelo aumento da pressão de perfusão renal que é sentida pelos receptores de estiramento das células granulares na arteríola aferente, que aumenta a liberação de renina. Além disso, a secreção dessa enzima pode ser elevada pela queda da concentração de NaCl nas células da mácula densa, as quais sinalizam para as células granulares na arteríola aferente, também aumentando a liberação de renina. Assim, o angiotensinogênio é convertido em grande quantidade em angiotensina I, que na presença da ECA produzida pelos pulmões, é convertida em angiotensina II, que vai exercer suas funções no organismo para aumentar a pressão arterial e o VEC.
Falar sobre o ciclo da uréia e seus canais.
O mecanismo primário para um interstício medular progressivamente hipertônico ao longo do eixo cortiço-papilar é a reabsorção ativa de NaCl que ocorre no segmento espesso ascendente , promovendo um acúmulo desse sal no interstício. Isso torna possível a reabsorção de água passivamente pelo túbulo coletor cortical através da AQP2 presente na membrana apical das células desse túbulo e da AQP3 e AQP4 presentes na membrana basolateral. Esse túbulo é impermeável à uréia na porção cortical. Logo, na medida em que há reabsorção de água, a uréia vai se concentrando ao longo do túbulo. Quando o fluido urinário chega na região do ducto coletor papilar, observa-se uma maior concentração de uréia. Essa maior concentração de uréia no fluido intratubular permite seu transporte passivo, a favor de um gradiente de concentração, em direção ao interstício medular através de UT-A1 e UT-A3 expressos na membrana luminal do ducto coletor medular interno, e o UT-A4 expresso na membrana basolateral. A uréia agora reabsorvida dos ductos coletores contribuirá para a hipertonicidade medular interna que acarretará num favorecimento da reabsorção de água nos túbulos que a perpassam (ductos coletores e segmentos finos descendentes da alça de Henle). Para que não haja o acúmulo excessivo de uréia, essa deve recircular, podendo seguir duas direções: secreção dessa de volta para o túbulo ou a saída pelos vasos retos. O transportador UT-A2 é o principal transportador de uréia da porção fina descendente da alça de Henle. Esse é importante para a recirculação urinária.
Reabsorção de Ca2+ e Mg2+ proximal.
O túbulo proximal é responsável pela maior parte da reabsorção do cálcio. O epitélio dessa região apresenta junções do tipo tight pelas quais o cálcio atravessa, que são importantes não apenas para a barreira mecânica, mas também para a polarização celular. Nesse segmento a água gera o gradiente químico favorável à passagem paracelular passiva do cálcio, já que após o transporte de água, esse íon fica concentrado na luz tubular. A reabsorção de magnésio no túbulo proximal também ocorre através da via paracelular. Dependente da concentração tubular de magnésio, que apresenta um gradiente químico favorável, por haver mais magnésio na luz. Nos segmentos S2 e S3 a DP lúmen positiva gera um gradiente elétrico favorável à reabsorção desse íon. Contudo, em alguns estudos pressupõe-se que o transporte de magnésio ocorre via canais de membrana luminal dependentes apenas de concentração luminal de magnésio, o que de fato parece ser muito mais provável.
Síndrome de Bartter tipo II: analisar Tc de água, C de água, Cosm, excreção de uréia, H+, Na+, K+ e Cl-.
A Síndrome de Bartter tipo II é causada por uma mutação no canal de potássio ROMC da membrana luminal grosso ascendente. Em situação normal, esse canal é responsável pela recirculação de potássio e é essencial ao adequado funcionamento do NKCC2, contribuindo para a geração de uma diferença de potencial lúmen positiva. Como com a mutação o ROMC vai estar defeituoso. Haverá menor reabsorção de Na+,Cl- e K+ no segmento grosso ascendente. Dessa forma a maior concentração iônica no túbulo distal convoluto e, assim, no ducto coletor associada à menor concentração intersticial medular nessa doença, acarreta uma menor reabsorção de água no ducto coletor, mesmo na presença de ADH, ocorrendo poliúria.
Além disso, a maior oferta de Na+ para as células do ducto coletor, as quais contêm o canal ENaC – que permite a reabsorção tubular de Na+, fará com que a grande reabsorção desse íon leve a uma maior secreção de K+ para a luz do ducto coletorvia canais ROMK luminais prsentes nessa mesma porção do néfron, já que o influxo de cargas positivas acarreta um aumento do efluxo de outras cargas positivas. A alta concentração de K+ que fica disponível ao ducto coletor estimula H+/K+ ATPase das células intercalares alfa, sendo esse trocador presente na membrana lumina e reabsorvendo potássio em maior quantidade da luz para a célula, o que levará a um grande aumento na excreção de H+ para a luz tubular. Como o potencial elétrico do lúmen ficará menos positivo, haverá uma menor reabsorção passiva de cálcio e magnésio via paracelular.
Além disso, pelo aumento do fluxo de íons ocorre uma redução da concentração medular, aumentando o volume urinário. (...)
Via da exocitose da AQP2, a partir da liberação de ADH e interação com seu receptor.
O receptor de vasopressina é encontrado na membrana basolateral das células principais do ducto coletor cortical, medular externo e medular interno. O ADH se liga a seu receptor V2R e deflagra a cascata de sinalização que permite a exposição de AQP2 na membrana apical dessas mesmas células. Isso eleva a permeabilidade à água. Após a ligação do ADH ao V2R, a subunidade alfa da ptnG troca seu GDP por um GTP. Assim, essa subunidade de dissocia das demais e ativa a adenilato ciclase, aqual produz um aumento do AMPc, que ativa PKA. Essa enzima fosforila a AQP2 em sua serina-256 e essa fosforilação vai permitir que a vesícula em que ela está seja exocitada.
O transporte das vesículas até a membrana apical depende de que elas sejam transportadas pelos microtúbulos e depois por microfilamentos de actina até se fundir com a membrana plasmática. Essa ligação é feita por uma proteína t-SNARE na membrana plasmática, a sintaxina-4, e uma v-SNARE na vesícula, a VAMP-2, e com a particiação de outras proteínas de fusão (NSF e SNAP23).
Reabsorção proximal de HCO3-.
Gás carbônico e água são combinados no interior da célula tubular proximal na presença de anidrase carbônica do tipo II, formando H2CO3.
O H2CO3 se dissocia espontaneamente em H+ e HCO3-. Esse último é reabsorvido para o sangue por um co-transportador Na+/HCO3-, enquanto o H+ é transportado para o lúmen por um trocador Na+/H+. O H+ irá se combinar com o HCO3- presente nesse local, formando H2CO3 que vai se dissociar em CO2 e água na presença de anidrase carbônica tipo IV. Sendo o CO2 um gás, ele de difundirá passivamente para o interior celular, formando novamente HCO3- que será transportado para o sangue.
Importância dos vasos retos, analisando a importância da AQP1 e UT-B.
Os transportadores de uréia UT-B desempenham um papel crítico no mecanismo de contracorrente vascular, assim como a AQP1. O UT-B é encontrado na porção descendente dos vasos retos e na membrana das hemácias, enquanto a AQP1 é encontrada nas membranas apical e basolateral do túbulo proximal, ramo fino descendente da alça de Henle e porção descendente dos vasos retos. Esse mecanismo é responsável por conservar a hipertonicidade medular. Essa conservação ocorre devido à recirculação da uréia através de dois mecanismos. O primeiro envolve os vasos retos descendentes e ascendentes com a saída da uréia desses para aqueles a favor do gradiente de concentração. O segundo envolve os vasos retos ascendentes e a porção fina descendente da alça de Henle, com o fluxo de uréia no sentido da alça.
A reabsorção de uréia concentra a medula, o que provoca a saída de água do ramo descendente. A água não volta para os túbulos. Ela então sai do interstício via vasa recta ascendente. A presença de AQP1 na vasa recta descendente promove a concentração do sangue que chega na ascendente, gerando grande gradiente osmótico para entrada de água. A passagem do sangue pelos vasos retos descendentes em direção a medula interna implica em saída de água através da AQP1 e entrada de uréia pelo UT-B, progressivamente, devido aos diferentes níveis de osmolaridade nesse sentido. Já nos vasos retos ascendentes, onde o endotélio é fenestrado, à medida que o sangue retorna ao córtex, a osmolaridade diminui e com isso, há uma saída progressiva de uréia a favor do gradiente de concentração.
Ca2+ e Mg2+ no túbulo distal convoluto e regulação.
A via transcelular ativa para o transporte de cálcio está restrita ao túbulo distal e ao túbulo de conexão. A primeira etapa desse transporte é pela membrana apical, onde se destacam os canais retificadores de entrada TRPV5 e TRPV6. No poro desses canais ocorre a formação de um anel carregado negativamente que funciona como um filtro para cálcio. A abertura desses canais pode ocorrer pela diminuição dos níveis de concentração intracelular de cálcio ou via fosfolipase C. Uma vez abertos, o influxo de cálcio pode ser alterado tanto por alterações de voltagem como por alterações de concentração extracelular de cálcio. Já no citoplasma, esse íon se associa com uma proteína chama calbidina, permitindo que haja transporte e difusão de cálcio sem grandes variações na concentração dele livre no citoplasma. Após atravessa o citoplasma, o cálcio é então colocado para fora das células pelo trocador Na+/Ca2+ tipo 1 (NCX1) e pela Ca2+ ATPase 1b através da membrana basolateral.
O túbulo distal convoluto também faz o ajuste fino da reabsorção de Mg2+. Ele é caracterizado por apresentar uma voltagem luminal negativa e uma alta resistência intracelular, inferindo-se que a reabsorção é transcelular e ativa. A entrada de magnésio é pelos canais TRPM6 e TRPM7. A atividade dessas proteínas é regulada por EGF e por concentrações intracelulares de magnésio. Acredita-se que a saída de magnésio da célula para o interstício esteja relacionada com o trocador Na+/Mg2+ e com Mg2+ ATPase encontrados na membrana basolateral.
Papel do ROMK na concentração de uréia.
O ROMC é um canal de potássio presente na membrana apical do ramo grosso ascendente da alça de Henle, do túbulo convoluto distal e nos túbulos de conexão. Esse canal é importante para promover a reciclagem de potássio no grosso ascendente, com a finalidade de manter o funcionamento do NKCC2. Esse canal, que também está presente na mácula densa, é responsável por reabsorver NaCl do túbulo, o qual é de extrema importância para a reabsorção de uréia no ducto coletor medular interno e, consequentemente, para a concentração medular responsável pela reabsorção de água.
Inicialmente ocorre a entrada de NaCl no ramo fino descendente. No grosso ascendente ocorrerá reabsorção desse sal via NKCC2, sem reabsorção de água, provocando uma diluição do fluido tubular e a concentração medular externa. Isso gera uma força motriz osmótica para a reabsorção de água no ducto coletor cortical e medular externo. A saída de água do ducto concentra uréia. Essa então pode ser reabsorvida na medula interna via UT-A1 e UT-A3.
Vias alteradas da diabetes neurogênica.
As principais causas da deficiência na secreção de vasopressina são genética, traumas e lesões cirúrgicas, infecção, neoplasia e auto-imune. 
Em uma situação normal nas células magnocelulares neurossecretórias a síntese de AVP se dá a partir do gen do complexo AVP-neurofisinaII, que contém 3 exóns: E1 codifica o próprio ADH, o peptídeo sinal e alguns AA da neurofisina II. O E2, grande parte de NPII. O E3, o carboxi-terminal da NPII e um glicopeptídeo. Esses componentes formam o pré-pró-AVP. Após o splicing alternativo e tradução, o peptídeo sinal é removido pela enzima sinal-peptidase, havendo também a glicosilação do glicopeptídeo, formando então o pró-AVP. Esse passa para o complexo de Golgi, onde o glicopeptídeo será dissociado e a AVP-NPII será empacotada em vesículas, os corpos de Herring, e transmitidas via transporte axonal rápido para o terminal nervoso. A NPII atuaria como um transportador de AVP, além de estabilizar o complexo AVP-NPII. Quando há o aumento da osmolaridade plasmática, há consequentemente a ativação do núcleo paraventricular e do núcleo supra-ótico. Os potenciais de ação são deflagrados de maneira aumentada, levando ao influxo de Ca2+ e liberação de AVO-NPII na neurohipófise por exocitose. Essecomplexo cai na circulação hipofisária e o AVP se dissocia do NPII devido ao pH ligeiramente alcalino do sangue, caindo na circulação sistêmica. 
O problema mais comum está na deficiência na secreção de AVP mediante flutuações de osmolaridade plasmática. Seria resultante na maior parte dos casos de mutações que levam a formação de uma estrutura tridimensional inadequada da neurofisina II, gerando um pró-hormônio defeituoso que fica retido no REG. Isso causa citotoxidade nos neurônios, e sua posterior degeneração. Outro problema pode ser a mutação que ocorre no peptídeo sinal, importante para o endereçamento e a translocação do complexo para o REG.
No entanto, a transecção do infundíbulo e a destruição das células magnocelulares neurossecretórias também poderiam causar Diabetes insipidus neurogênica.
Toxina relaxadora do mesângio e vasodilatadora da aferente e influência no RFG.
(Questão referente ao meu seminário)
Deserto: níveis de aldosterona, ADH e o mecanismo de liberação de ambos.
(Questão referente ao meu seminário)
Há muitos anos vem sendo utilizados diuréticos inibidores do co-transportador tríplice presente no túbulo distal. Analise o efeito desse tipo de fármaco sobre o Cosm, C de água, Tc de água, excreção renal de sódio, potássio, cálcio e uréia, justificando suas conclusões.
Os diuréticos inibidores do co-transportador tríplice são os diuréticos de alça, os quais são extremamente potentes. Entre eles podemos citar a furosemida, o ácido ethacrynic e o bumetanide. Esses fármacos atuam na porção grossa ascendente da alça de Henle e são tão potentes que podem inibir a reabsorção de mais de 25% do filtrado glomerular. A inibição do NKCC2 ocasiona a chegada de maior concentração iônica no túbulo distal convoluto e, assim, no ducto coletor associada à menor concentração intersticial medular no uso desses medicamentos, acarreta uma menor reabsorção de água no ducto coletor, mesmo na presença de ADH.
A perda elevada de Na+ e de água levará a uma diminuição do VEC e, por isso, ativação do SRAA, já que o aumento da concentração de cloreto intratubular é detectado na mácula densa, que por sua vez estimula as células do aparelho justaglomerular a produzir renina. Além disso, há o estímulo da sede.
A maior oferta de Na+ para as células principais do ducto coletor, as quais contém os canais ENaC, aumenta a reabsorção desse íon nesse segmento. Isso gera uma DP lúmen negativa, de maneira que há maior excreção de K+ pelo ROMK. A alta concentração de K+ que ficará disponível no ducto coletor, estimulará a H+/K+-ATPase das células intercalares alfa, havendo maior secreção de H+. Ambos os efeitos acarretam hipocalemia e alcalose metabólica.
Como o potencial elétrico lúmen tubular ficará menos positivo, haverá uma menor reabsorção passiva paracelular tanto de Ca2+ quanto de Mg2+. 
Síndrome de Gitelman: Tc de água, Cosm, C de água, fluxo urinário, excreção de Na+, K+, ...?
A Síndrome de Gitelman é também chamada de hipocalciúria-hipomagnesemia familiar. Mutações levam a expressão defeituosa do co-transportador de Na+/Cl- (NCCT), expresso especialmente na membrana apical das células da primeira parte do túbulo convoluto distal. Mutações desse tipo irão resultar em menor reabsorção de NaCl no túbulo convoluto distal. A redução na reabsorção de Na+ provoca uma diminuição da concentração lasmática desse íon. Como o sódio, associado aos ânions Cl- e HCO3-, é o princial constituinte osmótico do VEC, o conteúdo corporal de Na+ é o mais importante para sua determinação. Assim, a quedos dos níveis séricos desse íon leva à contração do VEC, estimulando o SRAA.
A aldosterona, por sua vez, induz uma maior expressão dos canais apicais do tipo ENaC no túbulo coletor, aumentando a permeabilidade do sódio na membrana luminal. Issso compensa parcialmente o balanço de sódio. Além do ENaC, a aldosterona também estimula canais ROMK no túbulo coletor e o transportador H+-ATPase nas células intercalares alfa, aumentando assim a excreção de K+ e H+ na luz tubular. Ambos os fatores levam a alcalose metabólica e hipocalemia. O aumento da reabsorção de sódio pelos canis ENaC causa o aumento do potencial elétrico negativo na luz desse segmento tubular, sendo uma força favorável ao aumento da secreção de K+ pelo canal ROMK. Essa hipocalemia é um efeito indireto do aumento de aldosterona. Outro efeito indireto é o fato de que esse aumento de potássio no lúmen aumenta a excreção ativa de H+ devido a presença do trocador K+/H+- ATPase na membrana luminal, aumentando também a alcalose metabólica.
Como não há nenhum defeito co-transportador tríplice, não há interferência na hipertonicidade medular. Logo, a geração do clearence de água virtualmente livre de urina (C de água) é mantida constante, podendo ser diminuído pelo aumento da concentração intratubular de NaCl no túbulo contorcido distal. (...)
Uma hipótese para a baixa excreção do Ca2+ decorre do aumento de reabsorção desse íon pelo trocador 3Na+/Ca2+ na membrana basolateral. Como o simporte realizado pelo NCCT na membrana luminal está prejudicado, há baixa concentração de sódio intracelular, o que cria um gradiente favorável para a atividade do trocador 3Na+/Ca2+. Assim, haverá uma diminuição da concentração intracelular de cálcio, o que, por sua vez, gera um gradiente químico para a reabsorção passiva através de canais específicos de cálcio, TRPV 5, na membrana luminal. 
Já a hipomagnesemia seria resultado da subexpressão do canal TRPM6 presente na membrana apical das células do Túbulo Contorcido Distal. 
Síndrome de Bartter relacionando com o receptor de Ca2+.
A Síndrome de Bartter tipo V é causada por mutações no gene CASR, que codifica o receptor sensível a cálcio presente na membrana basolateral, levando a uma ganho de função por parte do CaSR. O CaSR quando ativado por aumentos na concentração plasmática de cálcio, inibe o ROMK, o NKCC2 e a bomba de sódio e potássio. Isso impossibilita a reabsorção paracelular de íons cálcio e magnésio no ramo grosso ascendente da alça de Henle, já que essa reabsorção depende de uma diferença de potencial lúmen-positiva. Por isso, um aumento na função do CaSR significa maior excreção urinária de cálcio, magnésio, sódio e potássio, além da perda da hipertonidade medular, elevando a perda de água, e da ocorrência da alcalose hipoclorêmica. 
Amiloride inibe ENaC no coletor. Como estará Tc de água, Cosm, C de água, fluxo urinário, excreção de Na+, K+, ...?
Amiloride é um diurético poupador de potássio. Esses diuréticos têm como sítio de atuação o túbulo coletor, onde eles interferem com a reabsorção de Na+, e indiretamente com a secreção de potássio. Sua ação diurética é fraca porque a reabsorção fracional no túbulo coletor não excede 3% da carga filtrada. O amiloride bloqueia o ENaC da membrana apical das células principais e reduzem a condutância do Na+, promovendo a hiperpolarização da membrana luminal, reduzindo a voltagem transepitelial de lúmen negativa e, consequentemente, a secreção de K+ pelo ROMK. Além disso, o amiloride também bloqueia o trocador Na+/H+, o trocador Na+/Ca2+ e a bomba de sódio potássio, descrescendo a excreção de H+ e Ca2+ - também em conseqüência do decréscimo do potencial lúmen negativo.
Assim, há um aumento muito pequeno do C de água. (...)
Conceitue natriurese pressórica e diga quais são os mecanismos básicos.
A natriurese pressórica é um mecanismo de regulação a médio e longo prazo da pressão arterial, que consiste em um aumento da excreção renal de sódio e, consequentemente, de água em resposta a um aumento da pressão arterial. A perda de sódio acompanhado de água reduz o volume de fluido extracelular, contribuindo para a normalização da pressão. A maior parte da regulação desse processo se deve a alterações no fluxo sanguíneo renal medular (FSRm). Diz-se, portanto, que a natriurese é um fenômeno medular.
Quando há aumento da pressão arterial e, consequentemente, aumento da pressão de perfusão renal (RPP), aumenta também o FSRm. O aumento desse faz com que o sangue passe maisrápido pelos vasos retos descendentes. Dessa forma, a concentração não entra em equilíbrio com a do interstício medular e o sangue que chega à curva da alça de Henle está hiposmótico. Assim, há o extravasamento de plasma para o interstício, fazendo com que aumente a pressão hidrostática intersticial. Além disso, ocorre maior reabsorção de osmólitos do interstício para os vasos retos ascendentes, o que diminui a tonicidade medular em um fenômeno chamado de “lavagem medular”.
Como conseqüência disso, o aumento da pressão hidrostática intersticial facilita o vazamento paracelular de sódio do interstício de volta para o lúmen tubular nas porções do túbulo com epitélio leaky. Isso reduz a reabsorção de sódio e consequentemente, de água. Além disso, o aumento da pressão hidrostática intersticial promove deformação mecânica nas células tubulares, o que leva à produção de 20-HETE e EETs, produtos do metabolismo do ácido araquidônico e que age sobre transportadores tubulares de modo a diminuir a reabsorção de Na+, contribuindo para a natriurese. Também a lavagem medular diminui o gradiente osmótico entre o interstício e a luz tubular favorável à reabsorção de água. Como menos água é reabsorvida, o sódio fica mais diluído no fluido tubular, o que também diminui o gradiente para reabsorção desse íon. Isso aumenta ainda mais a excreção de sódio.
O PAN, provavelmente, por sua função vasodilatadora ao se ligar ao receptor A nos rins, permite que o aumento da pressão de perfusão renal seja devidamente acompanhada por um aumento da pressão hidrostática intersticial.
O aumento da pressão de perfusão renal provoca o aumento do estresse de cisalhamento nos vasos retos e, ao diminuir a reabsorção de sódio e água no túbulo renal, aumenta o fluxo tubular e, consequentemente, também o estresse de cisalhamento do epitélio tubular. Isso funciona como mecanismo ativador de cascatas de sinalização que culminam com a produção de substâncias vasoativas, que promovem vasodilatação dos vasos retos medulares, aumentando ainda mais o FSRm e assim favorecendo a natriurese. 
Liddle: analise a excreção de Tc de água, Cosm, C de água, fluxo urinário, excreção de Na+, K+...
A Síndrome de Liddle caracteriza-se como sendo uma tubulopatia do ducto coletor, havendo uma tendência não usual dos rins em reabsorver sódio e secretar potássio, apesar do níveis normais de aldosterona. Essa síndrome é causada por mutações nos canais epiteliais de sódio localizados na membrana luminal das células principais do ducto coletor. A falta de down-regulation do ENaC leva ao acúmulo de canais ativos na superfície celular e ao aumento da absorção de Na+ e fluido no néfron distal, resultando no aumento da massa corpórea de sódio, volume e pressão sanguínea elevados. Além disso, os elevados níveis de sódio inibem a ativação do SRAA.
O canal ENaC é expresso primariamente nos túbulos convoluto distal, de conexão e nos ductos coletores corticais. Os íons de sódio presentes na luz tubular, por meio desse canal entram nas células do túbulo por meio desse canal. Isso é possível devido ao gradiente eletroquímico gerado pela Na+/K+ ATP-ase, localizada na membrana basolateral das células tubulares. O influxo de sódio despolariza a membrana luminal, gerando uma diferença de potencial lúmen negativa favorecendo a secreção de potássio pelos canais ROMK.
Dessa maneira, há redução na quantidade de urina formada, aumento do potássio excretado e diminuição do sódio excretado. No entanto, não há alteração na hipertonicidade medular, fazendo com que a redução do volume urinado seja mínima.
(...)
Analise do ponto de vista da biologia molecular e celular as diferentes etapas envolvidas na regulação da osmolaridade plasmática que podem estar alteradas na DI nefrogênica.
O DI nefrogênico pode ser causado por uma deficiência no receptor da vasopressina ou na própria AQP2. Nesse último caso a mutação pode levar a formação de AQP2 defeituosa, que fica retida no retículo endoplasmático ou uma AQP2 funcionante, mas que não consegue ir para a membrana luminal corretamente. Nesse caso, elas podem se dirigir para estruturas celulares diferente da membrana apical, podendo ir para a membrana basolateral ou para corpos multivesiculares. Além disso, uma característica essencial desse tipo de mutação é a capacidade da AQP2 mutante formar heterotetrâmeros com as normais. 
Em formas recessivas, a AQP2 mutante é mal-dobrada, ficando retida no retículo endoplasmático. No entanto, essas AQP2 mutantes não são capazes de interagir com as normais funcionantes. 
Quando o problema é uma deficiência no receptor de vasopressina o que ocorre é que, ainda que haja ADH, as células principais do ducto coletor cortical, medulares externo e interno não respondem a sua presença. O ADH não se ligando ao V2R, a subunidade alfa da pntG não se dissocia e não ativa a adenilato ciclase, que aumentaria os níveis de AMPc para ativar PKA e consequentemente fosforilar AQP2 nas vesículas, as quais iriam para a membrana luminal desses segmentos. Além disso, a produção de AQP2 também estaria prejudicada já que a ligação do ADH com o receptor V2R é essencial para que a subunidade alfa da pntG aumente, indiretamente a ativação da PKA que iria fosforilar a proteína CREB que se ligaria ao DNA na região CRE – vizinha ao gene AQP2 – aumentando a sua expressão.
Além disso, não veríamos também uma expressão de AQP3 na membrana basolateral em resposta à vasopressina.
Analise as possíveis conseqüências da perda da função do co-transportador Na/Cl presente no túbulo distal final (túbulo conector).
A perda da função do co-transportador Na/Cl (NCCT) presente no túbulo distal final (ducto coletor) tem as mesmas características da Síndrome de Gitelman: a redução na reabsorção do sódio vai diminuir o VEC, aumentando o SRAA (sistema renina angiotensina aldosterona). A aldosterona vai aumentar a expressão de canais epiteliais de sódio (ENaC) na membrana apical do ducto coletor, o que vai compensar parcialmente a perda de sódio. A aldosterona também vai estimular canais de potássio ROMK no ducto coletor e o transportador H+-ATPase nas células intercalares alfa, aumentando a excreção de K+ e H+, gerando uma hipocalemia e uma alcalose metabólica, respectivamente. O aumento da reabsorção de Na+ pelo ENaC causa o aumento do potencial elétrico negativo da luz tubular nesse segmento, aumentando, indiretamente, a secreção de K+ pelo ROMK. A hipocalemia, também aumenta indiretamente a alcalose metabólica, uma vez que o aumento da reabsorção ativa de potássio pelo K+/H+- ATPase, aumenta a secreção de H+ no lúmen. A perda de Cl-, também perdido pela redução de sua absorção pelo NCCT, aumenta a alcalose, já que gera uma alcalose hipoclorêmica. 
Analise o possível papel da paracelina 1 no transporte de magnésio.
A paracelina-1 é localizada nas tight junctions entre as células do ramo grosso ascendentes da alça de Henle, atribuindo-se a ela o papel de estabelecer pontes entre as células. Assim, a paracelina 1 também é chamada de claudina-16. Ela é encontrada somente no rim nas porções: ramo grosso ascendente medular, ramo grosso ascendente cortical e túbulo distal convoluto.
A partir de unidades localizadas em células vizinhas se formam dímeros, os quais apresentam características de um canal com seletividade para íons Mg2+ e Ca2+ - sendo maior para magnésio do que para cálcio -, permitindo o transporte paracelular dos mesmos a favor do gradiente eletroquímico gerado pelo transporte iônico que ocorre no segmento grosso da alça de Henle.
A importância da paracelia-1 ficou provada pelo estudo da Síndrome da hipomagnesemia e hipercalciúria (SHH), que é causada por uma mutação no gene que codifica a PRCL-1, causando perda das cargas negativas e gerando a perda urinária de magnésio e cálcio.
Exlique a razão pela qual o VEC depende da massa corpórea do Na+.
O conteúdo de Na+ é o mais importante determinante do VEC, pois juntamente com alguns íons é o principal constituinte osmótico desse volume. Sendo assim, o movimento da águaé direcionado pelo movimento desse íon. O tamanho do comportamento do FEC é largamente determinado pelo conteúdo corporal total de Na+, que por sua vez é determinado pelo balanço entre sua ingestão e excreção.
Como o receptor de cálcio atua na reabsorção desse íon?
O receptor sensível à cálcio da membrana basolateral do segmento grosso ascendente da alça de Henle é ativado por aumentos na concentração plasmática de cálcio, inibindo o canal ROMK e o NKCC2 da membrana luminal e a bomba de sódio e potássio da membrana basolateral, impossibilitando a reabsorção paracelular de íons cálcio e magnésio nesse segmento do túbulo, já que isso depende de uma DP-lúmen positiva, a qual está diminuída com o estímulo ao CaSR.
Assim, em normocalcemia ou hipocalcemia o CaSR não é estimulado e por isso não há inibição do ROMK, do NKCC2 ou da bomba de sódio e potássio, mantendo a DP lúmen positiva e a reabsorção normal de cálcio e magnésio via paracelular.
Forosemida: como estará o Tc de água, Cosm, C de água, fluxo urinário, excreção de Na+, K+, ...?
A furosemida é um dos três diuréticos de alça mais usados. Entre eles estão também o ácido ethacrynic e bumetanida. A furosemida inibe a reabsorção de Na+ e Cl- pelo ramo grosso ascendente ao competir com o cloreto por um sítio no co-transportador tríplice. Como esse transportador é inibido, DP-lúmen positiva diminui, uma vez que o cloreto sai da célula por canais de cloreto gerando uma DP transepitelial lúmen positiva de 10mV. Isso reduz o gradiente elétrico para a absorção passiva de cálcio e magnésio pela via paracelular.
Assim, há aumento da excreção de Na+, K+, Cl-, aumento do fluxo urinário (...)

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