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Gastrocirurgia pediatrica

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1 Gastrocirurgia pediátrica - @GABINANDIMED 
Gastrocirurgia 
pediátrica 
 
Atresia de esôfago 
 Doença congênita 
 6-7 semana de embriologia ocorre a 
separação completa da traqueia e do 
esôfago 
 Incidencia varia de 1: 2500 a 3000 nascidos 
vivos 
 Sexo masculino 
 Segundo filho 0,5 a 2% 
Fatores ambientais: uso de metimazol no início da 
gestação, uso prolongado de contraceptivo, 
exposição a estrogênio e progesterona, diabetes 
gestacional e talidomida 
Anomalias cromossômicas, trissomia do 18, 21 e 
síndrome CHARGE, VACTERL 
 Vertebral 
 Anomalia anorretal 
 Cardiaco 
 Traqueo 
 Esfogacica 
 Renal 
 Limb (membros) 
 
 Coloboma 
 Heart 
 Atresia coana 
 Retardo do desenvolvimento 
 Genital hipoplasia 
 Ear (deformidade nas orelhas) 
Classificação 
Usada a classificação de GROSS 
A. Sem fístula, 7% 
B. Fístula traqueoesofágica proximal, 2% 
C. Fístula traqueoesofágica distal, 85% 
D. Fístula traqueoesofágica proximal e distal, 1% 
E. Fístula em H, 4% 
 
Diagnóstico 
Pré natal: 
 USG polidrâmnio e ausência ou pequena 
bolha gástrica > já solicita uma RNM 
Pós-natal: 
 Suspeita pré-natal ou polidrâmnio, passar 
sonda gástrica e radiografar 
 Rx além de identificar coto esofágico proximal 
com a s onda, possibilita a classificação, 
identificar outras anomalias associadas 
 2 corpos vertebrais: anastomose primária 
 2-6 corpos vertebrais: anastomose estagiada 
 Mais que 6 corpos vertebrais: substituição 
esofágica 
Exames complementares: 
 Broncoscopia, podendo acessar a fístula 
distal e tambem pode identificar uma fistula 
proximal 
 Ecocardiograma: identificar anomalias 
associadas, 2,5% das vezes arco aórtico está 
para o lado direito 
 USG renal 
 Rx de coluna vertebral 
 
Tratamento 
 Monitorização 
 Acesso venoso 
 Aspiração continua do coto proximal 
 Intubação se necessário porem alta 
frequência e baixa pressão para evitar 
distensão e ruptura gástrica 
Complicações pós operatória: 
 Deiscência da sutura 
 Estenosa 
 
2 Gastrocirurgia pediátrica - @GABINANDIMED 
 Refistula 
 Traqueomalacia 
 Refluxo gastresofágicos 
 Disfunção Corda vocal 
 Morbidade respiratório 
 Pela incisão da toracotomia pode gerar 
escapula alada, assimetria torácica, escoliose 
e alteração muscular 
 
Estenose hipertrófica do piloro 
 Causa mais comum de obstrução gástrica na 
infância 
 Acomete de 1,5 a 4 a cada 1000 nascidos 
vivos 
 Sem anormalidades congênitas 
 
Epidemiologia: 
 Acomete mais meninos 2:1 até 5:1 
 Brancos 
 A termo 
 História familiar 
 Idade materna jovem 
 Primogênito 
 Dieta por fórmula 
 Exposição a eritromicina 
Diagnóstico 
Quadro clínico clássico: 
 Vomito não biliosos 
 Leite coalhado 
 30 minutos após mamadas 
 Em neonatos a termo 
 2-8 semanas de vida, com pico entre 3-5 
semanas 
 Emagrecido 
 Desidratado 
 Irritado 
 Com fome 
 Afebril 
Exame físico: ondas de Kussmaul, oliva pilórica, 
desidratação e irritabilidade 
Laboratório: 
 Alcalose metabólica hipocloremica, 
hipocalemica, hiponatremica com aciduria 
paradoxal 
Imagem: 
 USG, com aumento de 4 mm x 16 mm 
 Contrastado sinal do guarda chuva ou rabo 
de gato 
 
 
 
 
 
3 Gastrocirurgia pediátrica - @GABINANDIMED 
Diagnostico diferencial: piloroespasmo, refluxo 
gastresofágico, gastroenterite, aumento da pressão 
intracraniana e desordem metabólica 
 
Atresia e estenose duodenal 
Causa frequente de obstrução intestinal 
 1 a cada 5000 a 10.000 nascidos vivos 
 Mais comum em meninos 
 Polidrâmnio 32-81% 
 Anomalias associadas em 50% 
A. Trissomia 21 30% 
B. Defeitos cardíacos em 30% 
C. Anomalias gastrointestinais 
associadas em 25% 
Etiologia: 
 Lesão intrínseca ou extrínseca 
 Causa mais comum de atresia é falha na 
recanalização do duodeno fetal 
 Extrínseca é compressão por estruturas 
vizinhas como pâncreas, veia porte pre-
duodenal, banda de Ladd. 
Classificação 
Atresia ou a estenose que é quando ocorre uma 
interrupção incompleta, ou seja, tem ainda passagem 
do conteúdo gástrico. 
 Tipo I: mais de 90%, contem membrana 
composta de mucosa e submusoca. BIRUTA 
 Tipo II:porção dilatada proximal e um cordão 
fibroso distal 
 Tipo III: há um gap de distância entre as 
estruturas 
 
 Pré ampolar x pós ampolar (85%) 
Diagnóstico 
Através do pré-natal: 
 USG polidrâmnio + dupla bolha em 44% (7-8 
meses) 
Perinatal: 
Depende se a alteração é completa ou incompleta 
Clínica clássica: 
 Vomito bilioso nas primeiras horas de vida 
 Distensão abdominal em andar superior com 
restante escavado 
 Aspiração da SNG com mais de 20 ml sugere 
obstrução intestinal 
Imagem: 
 Radiografia: sinal da dupla bolha, sendo a 
primeira bolha a esquerda o estomago e a 
segunda bolha a primeira porção dilatada 
duodenal 
 
 Contrastado quando ainda não há 
diagnostico 
 
 
4 Gastrocirurgia pediátrica - @GABINANDIMED 
Exames complementares: 
Excluir outras anomalias associadas 
 USG abdome e coluna 
 Ecocardiograma 
 
Atresia de vias biliares 
 Icterícia que não melhora com 2 semanas de 
vida 
 Pensar em atresia de vias biliares, cisto de 
colédoco ou colestase pelas mais diversas 
causas 
 1 a cada 10.000 nascidos vivos 
 Sexo feminino 
 Asiáticos 
 Anomalias congênitas associadas: má 
rotação, veia cava porta pré-duodenal, 
poliesplenia, cardíaca, veia cava inferior 
interrompida 
Classificação 
Conforme localização da atresia 
 
 Tipo I: nivel do ducto biliar comum 
 Tipo II: nivel do ducto hepático 
 Tipo III: Porta hepatis, sendo mais comum 
Diagnostico 
Proliferação de ducto biliar na biopsia hepática 
Achados associados podem vir associados na 
biopsia são: estase biliar, inflamação periportal, 
presença de células gigantes e graus variados de 
fibrose 
 
Clinica clássica: 
1. Icterícia progressiva as custas da bilirrubina 
direta 
2. Acolia fecal 
3. Coluria 
4. Hepatomegalia firme 
Se não tratada, fatal nos primeiros 2 anos de vida 
Laboratorio: 
 Bilirrubina direta 
 GGT mais especifica 
 Excluir TORCH 
 Deficiência de alfa 1 antitripsina 
 USG em jejum com vesícula biliar murcha ou 
normal e ductos biliares mal delimitados 
 Biópsia hepática 
Tratamento: cirurgia de Kasai, que é hepático-porto 
enteroanastomose em y de Roux 
 
Taxa de cura: 1,1% 
 Inicialmente melhora a cor das fezes em até 
10-14 dias e 2/3 dos pacientes sem 
necessidade de transplante 
 Se restante sem melhora, fazer 
acompanhamento e provável transplante 
hepático

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