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Guia de Antropometria: 
medidas, indicadores e protocolos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nut. Esp. Juliana Tolêdo de Faria 
Cookie® Tecnologia e Marketing 
 
 
Este é um guia oferecido pela Nut. Juliana Tolêdo de Faria e pela Cookie® Tecnologia e Marketing, sobre as medidas, 
indicadores e protocolos antropométricos. A reprodução é permitida, desde que as fontes bibliográficas sejam citadas. 
 
2ª. edição 
Setembro/2011 
 
 
Guia Prático de Antropometria 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O conceito de avaliação nutricional forma uma ponte entre a Nutrição 
Humana e a Nutrição Aplicada. A avaliação nutricional é a determinação do 
estado de Nutrição, ou do estado de saúde de indivíduos ou grupos 
populacionais, influenciada pela ingestão e a utilização de nutrientes. A 
avaliação nutricional é composta basicamente de quatro tipos de estudo: 
inquéritos dietéticos, inquéritos antropométricos, inquéritos clínicos e 
inquéritos bioquímicos” (Garry & Koehler, 1991 apud Kazapi et al., 1994). 
 
 
 
 
Guia Prático de Antropometria 
 
3 
A antropometria “ocupa-se da medição das variações nas dimensões 
físicas e na composição global do corpo humano em diferentes idades e em 
distintos graus de nutrição” (Jellife, 1968 apud Guedes de Vasconcelos, 
1995). Segundo Martins (2008), a análise das reservas musculares e de 
gordura, feita a partir de métodos padronizados e uma avaliação 
apropriada, é fundamental para o diagnóstico e o tratamento de problemas 
nutricionais. 
 
1. PESO OU MASSA 
 
Expressa a dimensão da massa ou volume corporal total, constituída 
por todas as células, tecidos, órgãos e sistemas do organismo (Jellife, 1968 
apud Guedes de Vasconcelos, 1995). Comumente chamada de peso, a 
massa é a soma de todos os componentes corporais e reflete o equilíbrio 
protéico-energético do indivíduo. 
 
Como fazer? 
 
Em crianças usa-se a balança pediátrica (com precisão de 10 g), de 
mola ou a balança para adultos (ambas com precisão de 100 g), calculando-
se a diferença entre o peso da mãe, com e sem a criança no colo. 
Em adultos, o peso deve ser tomado em balança zerada e aferida, 
colocada em solo nivelado, com o avaliado de pé, de costas para a escala 
da balança (no caso de parelhos mecânicos), afastamento lateral dos pés, 
no centro da plataforma, com olhar reto e fixo em ponto à sua frente. Deve 
estar usando o mínimo de roupa possível e a medida deve ser feita 
preferencialmente pela manhã, em jejum, para evitar flutuações de peso 
decorrentes de edema. Caso isto não seja possível, fazer o controle sempre 
em uma mesma hora do dia. 
 
 
 
 
 
 
 
Guia Prático de Antropometria 
 
4 
Figura 1 – Pesagem de adulto. Fonte: Filho, 1999. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. ESTATURA 
 
A estatura expressa a dimensão longitudinal ou linear do corpo 
humano. Ela é a somatória dos membros inferiores, a pélvis, a coluna 
vertebral e o crânio (Jellife, 1968 apud Guedes de Vasconcelos, 1995). 
Comumente chamada de altura, a estatura é a distância entre o ponto mais 
alto da cabeça (ponto vértex) e a região plantar. É feita utilizando-se o 
estadiômetro, trena ou antropômetro. 
 
Como fazer? 
 
O indivíduo deve estar descalço e em posição ortostática: de pé, 
ereto, com os calcanhares unidos, braços estendidos ao lado do corpo, com 
as superfícies posteriores (calcanhar, quadril, costas e cabeça) em contato 
com o instrumento de medida e com a cabeça voltada para frente (segundo 
o plano de Frankfurt), paralela ao solo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guia Prático de Antropometria 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. COMPRIMENTO 
 
Assim como a estatura, o comprimento expressa a dimensão 
longitudinal ou linear do corpo humano. Contudo, esta medida é tomada na 
posição horizontal, indicada para crianças que ainda não se mantém de pé 
sozinhas. 
 
Como fazer? 
 
Para esta medida usa-se o antropômetro horizontal. A criança deve 
estar deitada de costas, sem enfeites de cabelo, joelhos esticados, com a 
cabeça e os pés a 90° em relação à maca. 
 
4. ALTURA DO JOELHO 
 
Fortemente correlacionada com a altura, e com pouca variação com o 
avançar da idade, a altura do joelho é indicada para a estimativa da 
estatura, especialmente em idosos. 
 
Como fazer? 
 
Deve ser medida do lado esquerdo, usando-se um paquímetro, com a 
pessoa preferencialmente deitada (mas também pode estar sentada), com a 
Figura 2 – Tomada de estatura de adulto. Fonte: Filho, 1999. 
 
 
Guia Prático de Antropometria 
 
6 
perna esquerda cruzada sobre a direita. No momento da leitura, o joelho e 
o tornozelo devem estar flexionados à 90º. O paquímetro é colocado entre o 
calcanhar e a tíbia, pressionando os tecidos. Devem ser feitas duas medidas 
próximas de 0,1cm e calculada a média entre elas. 
 
5. RELAÇÕES PESO X ESTATURA, PESO X IDADE, ESTATURA X 
IDADE 
 
As relações entre peso, estatura ou comprimento e idade são 
descritas em tabelas elaboradas pela OMS, com base em estudos 
longitudinais realizados com milhares de crianças. Para cada medida 
escolhida são atribuídos os valores correspondentes, diferentes para os 
sexos masculino e feminino. 
Ex.: para uma criança com 3 anos e 9 meses, sexo masculino, o 
comprimento mínimo e máximo adequados são, respectivamente, 93,9 cm 
e 109,3 cm. 
Os valores são classificados em percentis e em scores-Z. O percentil 
é uma opção mais sensível, ou seja, ele faz o diagnóstico de maior número 
de crianças abaixo ou acima do peso do que o score-Z. Apresenta maiores 
chances de falso positivo (classificar como baixo peso ou sobrepeso uma 
criança eutrófica e menor possibilidade de falso negativo (classificar como 
eutrófica uma criança que não é). Por outro lado, o score-Z é mais 
específico, pois classifica os casos mais graves, com maiores chances de 
falso negativo (classificar como eutrófica uma criança que tem sobrepeso ou 
baixo peso) e pouca possibilidade de falso positivo (classificar como baixo 
peso ou desnutrida uma criança eutrófica). 
Segundo a OMS (2007), este padrão deve ser usado para avaliar 
crianças de qualquer país, independente de etnia, condição socioeconômica 
e tipo de alimentação. Os pontos de corte adotados pela OMS estão no 
Anexo 1. 
 
6. IMC 
Definido pelo peso em quilogramas dividido pela potência da altura 
em metros (altura)2. O Índice de Massa Corporal (IMC) fornece uma boa 
 
 
Guia Prático de Antropometria 
 
7 
Figura 3 – Risco de morbimortalidade, de acordo com o IMC, em adultos. Fonte: Bray, 1989, citado por 
CECAN/RCO, 2003. 
aproximação da gordura corporal para grupos populacionais, porque a 
maioria das diferenças de peso entre adultos ocorrem em virtude da 
gordura corporal (Forbes, 1999). É também um indicador de saúde. 
Os pontos de corte do IMC para todas as faixas etárias estão no 
Anexo 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. CIRCUNFERÊNCIAS 
 
Circunferência é o perímetro dos diversos segmentos corporais, como 
braços, pernas, cintura, quadril, tórax e pescoço (Guedes & Guedes, 1998). 
 
Como fazer? 
 
Os perímetros são medidas da circunferência de um segmento 
corporal, perpendicular ao eixo longitudinal do mesmo segmento. São feitos 
com fita métrica, de preferência metálica, com precisão de 0,1 cm. 
As principais circunferências tomadas em uma avaliação são: 
 punho: com o avaliado em posiçãoortostática, braços ao longo do 
corpo, palma da mão voltada para frente e relaxada, colocar a fita 
métrica ao redor do punho nos processos estilóides radial ulnar. 
 
 
Guia Prático de Antropometria 
 
8 
 antebraço: com o avaliado em posição ortostática, com os antebraços 
supinados, coloca-se a fita no ponto de maior massa muscular. 
 braço relaxado ou normal: com o avaliado em posição ortostática, 
antebraços em posição supinada, passa-se a fita por cima do ponto-
umeral. O ponto meso-umeral é ponto médio entre o acrômio e o 
olecrânio. 
 braço forçado ou fletido: com o avaliado em PO, braço elevado à 
frente no nível do ombro; com o antebraço esquerdo, segura-se, 
internamente, o punho direito, de modo a opor resistência a este. A 
um sinal do avaliador o avaliado realiza uma contratação da 
musculatura flexora do braço. Mede-se, então, a maior circunferência 
estando a fita em ângulo reto em relação ao eixo do braço. 
 peitoral ou tórax: esta medida é diferenciada segundo o sexo, 
estando o avaliador em posição ortostática. Em homens: coloca-se a 
fita em um plano horizontal, passando por cima da cicatriz mamilar. 
Em mulheres, coloca-se a fita em um plano horizontal, passando por 
baixo das linhas axilares ou em cima do processo xifóide. 
 cintura: o avaliado permanece em posição ortostática, com abdômen 
relaxado. No ponto de menor circunferência, abaixo da última 
costela, coloca-se a fita em um plano horizontal. 
 abdômen: com o avaliado em posição ortostática, coloca-se a fita em 
um plano horizontal, passando por cima da cicatriz umbilical. 
 quadril: com o avaliado em posição ortostática, braços levemente 
afastados e pés juntos, coloca-se a fita um plano horizontal no ponto 
de maior circunferência das nádegas. As medidas são tomadas 
lateralmente. 
 coxa proximal: com o avaliado em posição ortostática, com as pernas 
levemente afastadas, coloca-se a fita logo abaixo da prega glútea, 
em um plano horizontal. As medidas são tomadas lateralmente. 
 coxa meso-femural: com o avaliado em posição ortostática, com as 
pernas levemente afastadas, coloca-se a fita no nível do ponto meso-
femural em um plano horizontal. O ponto meso-femural é ponto 
médio entre a prega inguinal e a borda superior da patela. 
 
 
 
Guia Prático de Antropometria 
 
9 
Figura 4: Perímetros corporais. Adaptado de Filho, 2003 e Carnaval, 1998. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pulso Antebraço Braço relaxado Braço fletido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Peitoral masculino Peitoral feminino Cintura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Abdômen Quadril Coxa proximal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Coxa medial Coxa distal Panturrilha 
 
 
 
Guia Prático de Antropometria 
 
10 
 coxa distal: com o avaliado em posição ortostática, com as pernas 
levemente afastadas, coloca-se a fita 10 cm acima da borda superior 
da patela, em um plano horizontal. 
 panturrilha: com o avaliado em posição ortostática e as pernas 
levemente afastadas, coloca-se a fita no plano horizontal, no ponto 
de maior circunferência. 
 
Estudos recentes têm demonstrado que a simples medida da 
circunferência da cintura é a maneira mais prática de se identificar a 
gordura localizada na região abdominal. 
 
Risco 
Sexo 
Aumentado Muito aumentado 
Homem ≥ 94 ≥ 102 
Mulher ≥ 80 ≥ 88 
Tabela 1. Valores de normalidade de cintura e associação com morbidades decorrentes da obesidade, 
segundo a OMS, 1997, citado por CECAN/RCO, 2003. 
 
8. ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA 
 
Este indicador estima a massa muscular, sendo mais apurado que a 
circunferência muscular do braço e a área muscular do braço, pois a 
primeira não desconta a medida óssea, e a segunda considera o braço como 
uma circunferência perfeita, o que não é verdade. A desvantagem desta 
medida é que ela ainda não foi validada para idosos e obesos. 
 
9. ÁREA DE GORDURA DO BRAÇO 
 
Este indicador estima a massa de gordura do indivíduo, com base na 
área do braço e da área muscular do braço corrigida. 
 
10. COMPLEIÇÃO ÓSSEA OU OSSATURA 
 
É determinação do tamanho da ossatura através da relação entre a 
circunferência do pulso e a altura. 
 
 
 
Guia Prático de Antropometria 
 
11 
Figura 5: Diâmetros ósseos. Adaptado de Filho, 2003. 
 
11. DIÂMETROS ÓSSEOS 
 
São medidas realizadas entre dois pontos ósseos, que podem ser 
simétricos ou não, geralmente situados em planos perpendiculares ao eixo 
longitudinal do corpo. São utilizadas quando se usa o modelo 
tetracompartimental, para o cálculo do peso ósseo. 
 
Como fazer? 
 
São feitos com paquímetro ou antropômetro, instrumento com 
precisão de 1 cm. Ele não pode ficar frouxo, nem fazer pressão excessiva 
sobre a pele. Os principais diâmetros a serem tomados em uma avaliação 
nutricional são: 
 diâmetro biestilóide rádio-ulnar (punho) – distância entre as apófises 
estilóides do rádio e da ulna. O avaliado deverá estar de pé, com os 
braços relaxados ao longo do corpo. Esta medida deve ser realizada 
com o paquímetro paralelo ao solo e as hastes encaixadas no punho. 
 diâmetro biepicôndilo femural (joelho) – distância entre as bardas 
externas dos côndilos medial e lateral do fêmur. O avaliador deve 
estar sentado com a perna e a coxa formando um ângulo de 90° e os 
pés livres. As hastes do paquímetro são ajustadas à altura dos 
côndilos em um ângulo de 45° em relação á articulação do joelho; os 
côndilos são delimitados pelos dedos médios, enquanto os 
indicadores controlam as hastes do paquímetro. 
 
 
 
 
 
 
 
 Punho Joelho 
 
 
 
 
Guia Prático de Antropometria 
 
12 
12. DOBRAS CUTÂNEAS 
 
É a dobra formada por uma camada dupla de pele e gordura 
subcutânea medida com um caliper especial. Uma vez que a pele humana 
tem somente 0,5 a 2 mm de espessura, a medida equivale basicamente à 
quantidade de gordura subcutânea, sendo usada como indicador da 
quantidade de gordura localizada naquela região do corpo (Forbes, 1999; 
Guedes & Guedes, 1998; Heymsfield, Baumgartner & Pan, 1999). A dobra é 
a medida da espessura de duas camadas de pele e gordura subcutânea 
adjacente. 
 
Como fazer? 
 
São feitas utilizando-se os chamados espessímetros, plicômetros, 
compasso de dobras cutâneas ou adipômetros. Devido a erros comuns, as 
medidas devem ser tomadas três vezes, em pontos alternados, excluindo-
se aquelas que apresentarem diferenças superiores a 5%. É feita então a 
média das medidas e utilizado este valor final. No momento da avaliação a 
pele do avaliado deve estar seca, preferencialmente sem cremes ou loções, 
e o avaliador com as unhas aparadas e lixadas. 
 
Procedimento: 
 Identificar os pontos de referência. 
 Demarcar os pontos de medida com caneta. 
 Destacar a dobra cutânea utilizando os dedos polegar e indicador, 
a aproximadamente 1 cm do local marcado. Entre o indicador e o 
polegar deve haver uma distância entre 5 e 8 cm, para que as 
pregas não sejam nem muito superficiais, nem muito profundas. 
 Pinçar a dobra com o adipômetro no local marcado com caneta, 
perpendicularmente à dobra feita com os dedos. 
 Esperar aproximadamente 2 segundos e realizar a leitura. 
 Retirar o compasso semdesfazer a dobra com os dedos. 
 Desfazer a dobra com os dedos. 
 
 
 
Guia Prático de Antropometria 
 
13 
A ocorrência de edema pode superestimar o valor da dobra cutânea, 
por isto a tomada de medidas não deve ser feita, no período pré-menstrual, 
menstrual ou após a realização de exercícios físicos. Todas as DC são 
realizadas do lado direito. 
As principais dobras a serem tomadas em uma avaliação são: 
 
 triciptal: determinada paralelamente ao eixo longitudinal do braço, na 
fase posterior, sendo seu ponto exato de reparo a distância média 
entre a borda súpero-lateral do acrômio e o olécrano. 
 peitoral: diferenciada entre os sexos, tomada na diagonal na metade 
da distância entre linha axilar anterior e o mamilo , nos homens, e a 
1/3 da distância da linha anterior e a mama nas mulheres. 
 subescapular: obtida obliquamente ao eixo longitudinal seguindo a 
orientação dos arcos costais, sendo localizada a dois cm abaixo do 
ângulo inferior da escápula 
 axilar média: medida obliquamente, acompanhando o sentido dos 
arcos intercostais. Sua localização é no ponto de intersecção da linha 
média com uma linha imaginária horizontal que passaria pelo 
apêndice xifóide. O avaliado deverá deslocar o braço direito para trás, 
facilitando o manuseio do compasso. 
 supra-ilíaca: o avaliado afasta levemente o braço direito para trás 
procurando não influenciar o avaliador na obtenção da medida. Esta 
dobra é individualizada também no sentido oblíquo a dois cm acima 
da crista ilíaca ântero-superior na altura da linha axilar média. 
 abdominal: determinada paralelamente ao eixo longitudinal do corpo, 
aproximadamente a dois cm à direita da borda lateral da cicatriz 
umbilical. 
 coxa: determinada paralelamente ao eixo longitudinal da perna sobre 
o músculo do reto femural a metade da distância do ligamento 
inguinal e o bardo superior da patela. 
 
 
 
 
 
 
Guia Prático de Antropometria 
 
14 
Figura 6: Dobras cutâneas. Adaptado de Filho, 2003. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Triciptal Subescapular Peitoral masculino Peitoral feminino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Axilar média Abdominal Suprailíaca Coxa 
 
 
 
Indivíduos obesos ou com dobras iguais ou superiores a 42 mm não 
devem ser avaliados por dobras cutâneas, pois o método não é indicado 
para este grupo. 
 
13. PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL 
 
Percentual de gordura corporal (%GC) é a proporção de gordura 
corporal em relação ao peso corporal total. Permite, em conjunto com o 
peso corporal, determinar o peso de gordura total de um indivíduo 
(McArdle, Katch & Katch, 2001). Ao estabelecer um %GC desejado, 
conhece-se qual peso o indivíduo teria se modificasse apenas a massa 
gorda e mantivesse sua massa magra intacta. 
 
 
 
 
Guia Prático de Antropometria 
 
15 
14. COMPOSIÇÃO CORPORAL 
 
O corpo humano pode ser separado em dois grupos: massa gorda 
(gordura corporal) e massa magra. Extraindo a gordura do indivíduo, tudo o 
que sobra é a massa magra. Esta divisão didática é conhecida como modelo 
bicompartimental. 
A massa magra, por sua vez, é composta pela massa óssea, massa 
muscular e massa residual. A divisão corporal em quatro compartimentos 
(gordo, muscular, ósseo e residual) é didaticamente conhecida como 
modelo tetracompartimental. 
O peso ósseo é calculado a partir da equação de Von Doblen, a partir 
da estatura e diâmetros ósseos. O peso residual é definido por uma relação 
proposta por Wurch. O peso muscular é dado pela diferença entre o peso 
total e os componentes residual, ósseo e de gordura. 
Para o cálculo da composição corporal e dos indicadores descritos 
neste documento, sugerimos a utilização do Sistema Nutrição em Foco, no 
endereço http://www.sistemanef.com.br. 
 
 
Bom trabalho! 
Nut. Esp. Juliana Tolêdo de Faria 
CRN-1:1919 
 
 
Contato: 
Blog: http://www.julianatoledodefaria.com.br 
Site: http://www.cookie.com.br 
Facebook: Juliana Tolêdo de Faria 
Twitter: @jutoledo 
 
 
Guia Prático de Antropometria 
 
16 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 
1. CENTRO COLABORADOR EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DA REGIÃO 
CENTRO-OESTE (CECAN/RCO). Antropometria: manual de técnicas e 
procedimentos. Goiânia: 2003. 2. ed. 61 p. 
2. FILHO, J.F. A Prática da Avaliação Física. Rio de Janeiro: Editora Shape, 
1999. 
3. FORBES, G.B. Body composition: influence of nutrition, physical activity, 
growth, and aging. In: SHILS, M. E., et al. Modern nutrition in health and 
disease. 9. ed. Willians & Wilkins, 1999. p. 789-809. 
4. GIBSON, R.S. Principles of nutritional assessment. New York: Oxford, 1990. 
691 p. 
5. GUEDES DE VASCONCELOS, F.A. Avaliação nutricional de coletividades. 2. 
ed. Florianópolis: UFSC, 1995. 146 p. Cap. 1: Introdução ao estudo dos 
indicadores do estado nutricional de coletividades. 
6. GUEDES, D.P., GUEDES, J.E.R.P. Controle do peso corporal: composição 
corporal, atividade física e nutrição. Londrina: Midiograf, 1998. 311 p. Cap. 
3: Composição corporal: princípios, técnicas e aplicações. 
7. HEYWARD, V.H.; STOLARCZYK,L.M. Avaliação da Composição Corporal 
Aplicada. São Paulo: Editora Manole, 2000. 
8. KAZAPI, I.M., et al. Estado nutricional de atletas nadadores de Florianópolis. 
Revista de Ciências da Saúde, 13(1-2):28-34, jan./jun. 1994. 
9. LOHMAN, T.G.; ROCHE, A.F.; MARTORELL, R. Anthropometric 
Standardization Reference Manual. USA: Braun-Brumfield, 1988. 
10. MARTINS, C. Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico. V.1. Curitiba: 
Nutroclínica, 2008. 485 p. 
11. MCARDLE, W., KATCH, F.I., KATCH, V.L. Nutrição para o desporto e o 
exercício. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 
12. NUTRIÇÃO EM FOCO. Sistema de Avaliação e prescrição nutricional. Versão 
2.0. Disponível em <http://www.sistemanef.com.br>. 
 
 
Guia Prático de Antropometria 
 
17 
13. ROCHA, P.E.C.P. Medidas e Avaliação em Ciências do Esporte. 3. ed. rev. 
atual. Rio de Janeiro: Sprint, 1998. 
14. SILVA, M. R., NAVES, M. M V. Manual de nutrição e dietética. Goiânia, 
Editora da UFG, 1999. 173 p. Cap. 1: Estimativa do peso teórico e das 
necessidades energéticas. 
 
 
Guia Prático de Antropometria 
 
18 
Anexo 1. Pontos de corte das relações peso x estatura, peso x idade 
e estatura x idade 
 
Crianças: 
Classificação do comprimento ou estatura em crianças 
Valor para percentil Valor para Score Z Classificação 
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Comprimento/ estatura muito baixa 
para a idade 
≥ Percentil 0,1 e < 
Percentil 3 
≥ Escore-z -3 e < Escore-z 
-2 
Comprimento/estatura baixa para a 
idade 
≥ Percentil 3 e ≤ Percentil 
97 
≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z 
+2 
Comprimento/estatura adequada 
para a idade 
> Percentil 97 > Escore-z +2 Comprimento/estatura elevada para 
a idade 
Fonte: OMS. 
 
 
Classificação do peso para idade em crianças 
Valor para percentil Valor para Score Z Classificação 
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Peso muito baixo para a idade 
≥ Percentil 0,1 e < 
Percentil 3 
≥ Escore-z -3 e < Escore-z 
-2 
Peso baixo para a idade 
≥ Percentil 3 e ≤ Percentil 
97 
≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z 
+2 
Peso adequado para a idade 
> Percentil 97 > Escore-z +2 Peso elevado para a idade 
Fonte: OMS. 
 
 
Classificação do peso para comprimento em crianças 
Valor para percentil Valor para Score Z Classificação 
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Peso muito baixo para o 
comprimento 
≥ Percentil0,1 e < 
Percentil 3 
≥ Escore-z -3 e < Escore-z 
-2 
Peso baixo para o comprimento 
≥ Percentil 3 e ≤ Percentil 
97 
≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z 
+2 
Peso adequado para o comprimento 
> Percentil 97 > Escore-z +2 Peso elevado para o comprimento 
Fonte: OMS. 
 
 
Classificação do IMC em crianças 
Valor para percentil Valor para Score Z Classificação 
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada 
≥ Percentil 0,1 e < 
Percentil 3 
≥ Escore-z -3 e < Escore-z 
-2 
Magreza 
≥ Percentil 3 e ≤ Percentil 
85 
≥ Escore-z -2 e ≤ Escore-z 
+1 
Peso adequado 
> Percentil 85 e ≤ Percentil 
97 
> Escore-z +1 e ≤ Escore-z 
+2 
Risco de sobrepeso 
> Percentil 97 e ≤ Percentil 
99 
> Escore-z +2 e ≤ Escore-z 
+3 
Sobrepeso 
> Percentil 99 > Escore +3 Obesidade 
Fonte: OMS. 
 
Adolescentes: 
Classificação do IMC para adolescentes 
Valor para percentil Valor para Score Z Classificação 
< Percentil 3 < Escore-z -2 Baixo peso 
≥ Percentil 3 e < Percentil 
85 
≥ Escore-z -2 e < Escore-z 
+1 
Peso adequado 
≥ Percentil 85 e < Percentil 
97 
≥ Escore-z +1 e < Escore-z 
+2 
Sobrepeso 
≥ Percentil 97 ≥ Escore-z +2 Obesidade 
Fonte: OMS. 
 
 
Guia Prático de Antropometria 
 
19 
Adultos: 
 
Classificação do IMC para adultos 
Valor Classificação do IMC 
< 16,0 Magreza grau III 
16,0 a 16,9 Magreza grau II 
17,0 a 18,4 Magreza grau I 
18,5 a 24,9 Normalidade 
25,0 a 29,9 Excesso de peso 
30,0 a 34,9 Obesidade grau I 
35,0 a 39,9 Obesidade grau II 
>= 40,0 Obesidade grau III 
Fonte: OMS. 
 
 
Idosos: 60 anos acima 
 
Classificação do IMC para idosos 
Valor Classificação do IMC 
<= 22 Baixo peso 
> 22 e < 27 Peso adequado 
>= 27 Sobrepeso 
Fonte: LIPSCHITZ (1994).

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