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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA MARLA BRUNIELE SILVA BEZERRA TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO TERESINA-PI 2021 Já sabemos das mudanças fisiológicas ocorridas na Síndrome de Emergência de Cannon. Responda agora: qual a função destas mudanças? Conforme Sousa e colaboradores (2015), os seres vivos desenvolveram mecanismos para enfrentarem ambientes adversos no ambiente que resultaram em diferentes sistemas funcionais, particularmente no sistema nervoso, endócrino e imune. Essa resposta ao estresse atende principalmente a duas funções vitais: sobrevivência e reprodução. Em situações de crise, o sistema nervoso autônomo simpático recebe sinais do hipotálamo que aumentam sua ativação central e periférica. Perifericamente causa vasoconstrição, elevando a pressão sanguínea, dilatação dos brônquios e pupila, e inibição da digestão. Além disto, Sousa (2015) ressalta que o SNAs induz a atividade da medula das glândulas adrenais, as quais liberam adrenalina e noradrenalina na corrente sanguínea. Ademais, conforme Tortora (2106), a resposta de luta ou fuga leva quantidades enormes de glicose e oxigênio para os órgãos mais ativos no combate ao perigo: o encéfalo, que precisa se tornar altamente alerta; os músculos esqueléticos, que podem precisar defender o corpo ou fugir; o coração, pois aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial permitir que o sangue circule mais rapidamente e, portanto, para chegar aos músculos esqueléticos e cérebro mais oxigênio e nutrientes e facilite a mobilidade e o movimento. Quanto ao sistema imunológico, Sousa e colaboradores (2015) mostram estudos que apontam a existência de conexões bidirecionais entre o SNAs, o eixo HPA e o sistema imunológico. Em suas palavras “Mais especificamente, a liberação de adrenalina e noradrenalina durante a fase de alerta estimulam uma rápida produção de neutrófilos e células exterminadora natural (NK- natural killers) do sistema imune inato.” Logo, tal resposta imune também tem a função de sobrevivência, permitindo que o indivíduo elimine de forma mais eficiente eventuais infecções provenientes da resposta ao estresse. REFERÊNCIAS 1. SOUSA, Maria Bernardete Cordeiro de; SILVA, Hélderes Peregrino A.; GALVAO-COELHO, Nicole Leite. Resposta ao estresse: I. Homeostase e teoria da alostase. Estud. psicol. (Natal), Natal , v. 20, n. 1, p. 2-11, Mar. 2015 2. TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Tecido Nervoso. In: ____. Princípios de anatomia e fisiologia. 14. ed. 2016.