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Téc Cirúrgica I Aspectos éticos • Guardar segredo do que quer que eu veja, ouça ou venha a conhecer no exercício da medicina ou fora dele, que não deva ser divulgado, considerando a discrição como um dever • Aplicar o tratamento em benefício dos doentes de acorde com minha capacidade e consciência • O cirurgião deverá expor ao paciente os efeitos da agressão cirúrgica sobre o organismo, dando-lhe consciência dos benefícios e possíveis complicações. • Uma intervenção mal indicada ou mal conduzida, poderá causar dano maior que a doença que a motivou Nomenclaturas Epônimos • Incisão de Mac-Burney: apendicite • Coloração de Gram • Doença de chagas • Cápsula de Glisson • Canal adutor de Hunter Sufixos • Anastomose: comunicação entre dois orgãos • Stomia: confecção de uma abertura • Ectomia: extirpação • Tomia: incisão (tecido) • Centese: punção • Clise: fechamento • Pexia: fixação • Plastia: moldagem • Rafia: sutura • Stasia: interrupção • Tripsia: esmagamento • Ite: inflamação • Tomo: que corta (aparelho) • Stato: que mantém Ambiente cirúrgico ambulatorial • Nível I – critério de classificação • Patologia mais comum: abcesso, verrugas, cisto sebáceo, lipoma, calo, unha encravada, corpo estranho, miíase, carcinoma basocelular • Requer sala cirúrgica isolada • Contar com material para ressuscitação cardio pulmonar • Material cirúrgico básico Ambiente cirúrgico hospitalar • Vestiário; central de esterialização; recuperação pós-operatória; salas cirúrgicas diversas; salas de assepsia; sala de equipamento; área de transferência; depósito • Divididos em 3 zonas: - Zona de proteção: vestiários – troca de roupa por uniformes próprios - Zona limpa: composta pelos ambientes com exceção do vestiário e sala cirúrgica - Zona asséptica: salas cirúrgicas • Sala cirúrgica: normalmente 35m2; mesas, materiais, máquinas, devem ter locais específicos perto de onde serão utilizados; ventilação; iluminação (geral e especifica) Anti sepsia e esterilização • Todo ato cirúrgico é uma agressão de intensidade variável e a variável temida e mais constante é a infecção • Infecção: processo pelo qual ocorre invasão de micro-organismo no hospedeiro; é classificada de acordo com sua origem - Endógena: causada por micro organismo da flora normal do hospedeiro por perda de continuidade do tecido, por procedimento invasivo - Exógena: causada por micro organismo estranho à flora normal do paciente - Locais onde os micro organismos são encontrados: no ambiente clínico – a poeira, gotículas de fala, espirro e tosse, secreções orgânicas, pele, instrumentos não esterilizados ou armazenados incorretamente , profissional portador de doença infecto-contagiosa. • Infecção direta: exógena transmitida pelo profissionao ao paciente, por meio de secreção • Infecção cruzada: exógena transmitida de um paciente para outro através das mãos do profissional ou por equipamentos • Assepsia: métodos físicos ou químicos utilizados para a destruição completa de todos micro-organismos presentes no material ou superfície orgânica. - Compreende a anti-sepsia (pele e mucosas) e esterilização (materiais). • Degermação: Remoção de detritos, impurezas e micro organismos encontrados na pele do paciente ou nas mãos da equipe cirúrgica, através da ação mecânica de detergentes, sabão e escovação ou utilização de substancia química – anti-séptica (agente qmc que inibe a proliferação de micro organismo) Cuidados com o paciente • Possibilidade de contaminação: idade, diabetes, obesidade, sub-nutrição, tratamento com esteroides, tempo de hospitalização, tempo de cirurgia, contaminação ambiental, drenos ou sondas, tamanho da incisão • Preparo do paciente ambulatorial: banho, avental descartável sobre a roupa e tricotomia na hora da intervenção • Preparo do paciente hospitalizado: depende do procedimento cirúrgico a ser realizado; jejum, sondagem, preparo intestinal e lavagem da área a ser operada Cuidados da equipe cirúrgica • É vedado a entrada no Centro Cirúrgico de pessoas com lesões abertas e em atividade • Roupa apropriada, gorros e tocas cobrindo todo o cabelo, máscaras, escovação rigorosa das mãos (pelo menos 7 minutos, enxaguar, imergir em álcool 95%, imergir em álcool 70% e enxugar com toalha esterilizada), aventais e luvas Anti sépticos líquidos • Sabões • Álcool etílico • Compostos halogenados: tintura de iodo; gluconato de clorohexedina; PVPI; cloro • Agentes oxidantes: H2O2 • Formaldeídos: a forma de pastilhas é ainda utilizada para esterilizar aparelhos com motor elétrico • Óxido de etileno é um anti séptico volátil e altamente explosivo, portanto utilizado na forma de mistura – utilizado para esterilização de material não autoclavável Instrumento • A esterilização não dispensa a lavagem • Calor seco: estufa; forno; infra vermelho; flambagem • Calor úmido: vapor sobre pressão – autoclaves Campo cirúrgico • Definir área cirúrgica • Proteger das áreas não estéreis • Ordem: lavagem com sabão, remove excesso de sabão (com luva de procedimento), com a luva estéril (paramentação e degermação) PVPI tópica no paciente com material estéril, colocação dos campos Escovação • Dedos: unhas, parte medial, parte lateral, anterior e posterior • Mão: palma e dorso • Antebraço: medial, lateral, anterior e posterior Anestesia local • Lidocaína/ xylocaina: baixa toxidade, tempo de latência curto, concentração de 0,5, 1 e 2%, dose máxima permitida 10mg/kg com vasoconstrictor e 7mg/kg sem vasoconstrictor •Bupivacaína (marciana): longa duração (4h), longo de tempo de latência , concentração 0,25 e 0,5%, dose máx 2mg/kg Operações fundamentais • Diérese: destinada a criar via de acesso - Manobra destinada a criar descontinuidade de tecidos; quano envolve reirada de tecido ou órgão, chama-se exérese - Incisão; secção; divulsão; punção; dilatação; serração • Hemostasia: manobra para evitar ou estancar hemorragia - Ato de impedir ou cobrir a hemorragia; diminui incidência de infecção, necessidade de transfusão e de re-operação para drenagem; - Temporária: há o reestabelecimento do fluxo normal após o procedimento; uso de pinçamento, garroteamento, ação farmacológica, parada circulatória em hipotermia, oclusão vascular – instrumentos: Buldog, Satinsky, De bakey e Cooley - Definitiva: quase sempre curenta e interrompe para sempre a circulação do vaso sobre o qual é aplicada; tipos: ligadura, cauterização, sutura, obturação, tamponamento, grampeamento; instrumentos: Rochester, Kelly, Crile, Mixter; pode ser preventiva e corretiva • Síntese: aproximação correta de tecidos; a etapa da operação fundamental que consiste na aproximação dos bordos da ferida - Serve para facilitar as fases iniciais do processo de cicatrização e manter a contiguidade dos tecidos - Instrumentos: Agulha é a guia para o fio e é chamada de autramática quando já traz o fio montado; pinças anatômicas, dente de rato, Adson, Dietrich...; porta agulha - Materiais: fios absorvíveis (4 nós) e inabsorvíveis (seda e algodão 3 nós; nylon, prolene e ethibond 5 nós); próteses biológicas (fascia – hernioplastia/ duramater – plástica/ pericárdio bovino – cardiovascular) e próteses sintéticas (metálica – ortopedia e cardiovascular/ plásticas – hernioplastia/ vascular) - Nós e suturas: o nó deve ser de fácil execução e tem por finalidade evitar que o fio entrelaçado se solte ou afrouxe; 1ª laçada aperta e a 2ª fixa - Tipos de suturas: - Retirada dos fios: avaliar aspecto da cicatriz (seca, sem edema ou congestão); direção da cicatriz obedecendo as linhas de força; ausência de condições que interfiram na cicatrização (estado nutricional0); tipo de tecido (mucosa); local da ferida livre de tensões excessivas
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