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(I) HISTÓRIA DA CIRURGIA Definição: procedimentos que envolvem a terapêutica de uma determinada afecção que possa ter tratamento cirúrgico (envolve procedimentos pré, trans e pós- operatório. → Cirurgia X Operação: ato cirúrgico propriamente dito. Manobras e técnicas. → Atualmente a cirurgia pode ser dividida em cirurgia geral ou cirurgia de especialidades. → Pode ainda ser relacionada com o porte da cirurgia (pequena, média e grande) e a época de sua realização (eletiva ou urgente) → Sobre a nomenclatura: Sufixos = tomia (incisão), rafia (sutura), ectomia (retirada), stomia (fistulização com a superfície da pele ou de outro órgão), plastia (reconstrução), pexia (fixação), clise ou cleise (fechamento ou lavagem), dese (fusão ou imobilização), lise (dissolução), stasia (detenção ou parada), tripsia (esmagamento), síntese (sutura), clase (fraturar) e scopia (visualização). (II) AMBIENTE CIRÚRGICO Dinâmica pensada para evitar a contaminação e a infecção da ferida cirúrgica, portanto todos os aspectos físicos e as manobras realizadas neste ambiente visam o bem-estar do paciente e o sucesso da operação. → Centro cirúrgico? unidade hospitalar onde são realizadas operações cirúrgicas e que requer suporte adequado, tanto da equipe de profissionais como dos aspectos técnico- administrativos, como estrutura física (layout), equipamentos, regimento, normas e rotinas, visando a prevenção e o controle de riscos. Esta unidade é incumbida do preparo, da esterilização e da distribuição de todo o material esterilizado. → Norma regulamentadora? ❏ Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 50/2002 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): regulamento técnico p/ planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos da área de saúde. ❏ Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) instituiu a Norma Brasileira Regulamentadora (NBR) 7.256. obs: veterinária tem se adequado às normas da ANVISA que lidam com a saúde humana, já que não dispõe de normas próprias voltadas para a saúde animal. # Classificação # São consideradas 3 zonas distintas: de proteção, limpa e estéril. → Zona de proteção: vestiários e colocação de gorros, máscaras e propés. → Zona limpa: tudo o que não for vestiário mas que tb não for área estéril. → Zona asséptica ou estéril: Salas de operação e as salas de subesterilização. + A estrutura física também é dividida de acordo com o controle de assepsia: → Área restrita: compreende os limites definidos para circulação de pessoal e materiais. → Área semirrestrita: permite a circulação de pessoal e equipamentos, de modo a não interferir na rotina e manutenção da assepsia da área restrita. → Área Ñ restrita: circulação livre no ambiente interno do centro cirúrgico. obs.: As áreas de transferência são as que o paciente é transferido da maca que trafega pelas áreas semirrestrita e não restrita para a maca que trafega somente na área restrita do hospital. #LOCALIZAÇÃO# → Ambiente cirúrgico deverá se localizar próximo às unidades que recebam casos cirúrgicos e também a terapia intensiva, preferencialmente nos andares elevados, ao abrigo da poluição aérea e sonora e fora da interferência do tráfego hospitalar. #Sobre o planejamento: iluminação, ventilação, temperatura e umidade, sistemas de monitoração e de comunicação + centralização dos serviços. Desta forma, obtêm-se maior eficiência, segurança e economia. #Normas de circulação# Pessoas oriundas de áreas contaminadas só devem entrar em áreas limpas após vestir trajes cirúrgicos adequados e que, ao sair da área limpa para a contaminada, devem-se cobrir as roupas antes de sair e descartar esses itens ao retornar + tráfego unidirecional. #Ventilação# três aspectos fundamentais: 1. prover o ambiente de aeração em condições adequadas; 2. remover as partículas potencialmente contaminadas liberadas no interior das salas de operações; 3. impedir a entrada, no ambiente cirúrgico, de partículas potencialmente contaminantes oriundas de áreas adjacentes ao centro cirúrgico. obs: Um dos requisitos mais importantes de um sistema de ar-condicionado é a filtragem, pois é por meio dela que se obtém a pureza do ar. Atenção: quando o animal está anestesiado é que o emprego de fármacos anestésicos que causam vasodilatação periférica, como halotano e narcóticos em geral, impede a adequada conservação da temperatura corpórea por parte desses pacientes. #UMIDADE# → baixo teor de umidade relativa= favorece a propagação de faíscas elétricas e perda excessiva de água por parte do paciente devido à evaporação mediante grandes incisões, ou durante cirurgias de longa duração. → alto teor de umidade relativa do ar [acima de 70%] = ambiente propício para o desenvolvimento de bactérias. obs: Os riscos mais evidentes para os pacientes e profissionais do centro cirúrgico são eletricidade estática, fogo, queimaduras, explosões e, mais recentemente, eletrocussão por micro e macrochoques. #PARAMENTAÇÃO# Conjunto de barreiras contra a invasão de microrganismos nos sítios cirúrgicos dos pacientes e para a proteção contra a exposição dos profissionais a sangue e outros fluidos orgânicos dos pacientes. (III) EQUIPE CIRÚRGICA → A atividade da equipe cirúrgica inicia-se no pré-operatório, tendo continuidade no transoperatório, e termina apenas ao final do pós-operatório. → Entre os exames rotineiramente requisitados estão: ❏ hemograma ❏ coagulograma ❏ bioquímico (alanina aminotransferase [ALT], aspartato aminotransferase [AST], ureia e creatinina) ❏ em algumas ocasiões: eletrocardiograma, ecocardiograma, ultrassonografia, radiografia, mielografia e até mesmo tomografia computadorizada e videolaparoscopias diagnósticas. → São exigidas dos profissionais que atuam no ambiente cirúrgico atenção constante, técnicas específicas, agilidade e concentração no procedimento. → Constituição básica da equipe: ❏ cirurgião; ❏ anestesista; ❏ auxiliar ou assistente; ❏ instrumentador; ❏ volante. obs.: claro que isso varia. Exemplo: cesariana e cirurgia cardíaca <3 #FUNÇÕES# → Cirurgião: ❏ liderança da equipe e realização do procedimento operatório. ❏ avaliação do paciente: riscos da intervenção, procedimento mais adequado, estado geral do paciente, tratamentos medicamentosos anteriores, história clínica, anamnese. ❏ anatomia, fisiologia, farmacologia, semiologia, clínica e radiologia: DOMINAR. ❏ conhecimentos profundos em relação às técnicas cirúrgicas. ❏ ser hábil, ter bom treinamento na execução dos procedimentos operatórios e ter criatividade para adaptação de técnicas (observando os preceitos técnicos). ❏ é preciso saber conduzir os períodos pré, trans e pós- operatórios. ❏ tomar as decisões necessárias durante o procedimento operatório, bem como assumir as responsabilidades inerentes às atividades de sua equipe a aos resultados obtidos. → Anestesista: envolvido nas três fases da cirurgia: pré, trans e pós-operatório. ❏ responsabilidade pela monitoração e pelo ajuste meticuloso do estado fisiológico do paciente durante a cirurgia. “ A abrangência de suas funções o leva não apenas aos conhecimentos das técnicas usuais, mas ao domínio da função respiratória, aos cuidados com o sistema circulatório, prevenção do choque, supressão da dor e prestação de cuidados imediatos para correção de qualquer distúrbio funcional” ❏ conhecimento e a execução simultânea do acesso vascular superficial e profundo e das vias aéreas superiores. ❏ manutenção dos sistemas vitais. ❏ controle dos equipamentos envolvidos com a monitoração e anestesia do paciente. ❏ deve trabalhar em perfeita harmonia com o cirurgião, no sentido de maximizar os bons resultados dos procedimentos operatórios. → Auxiliar/Assistente: ❏ os assistentes devem empreender ações que colaborem com o cirurgião na realização de uma operação segura. ❏ saber efetuar o procedimento que está sendo realizado, quando necessário, estando capacitado para substituir o cirurgião. ❏ proporcionar o afastamento de órgãos, promover hemostasia e manipular os instrumentais e tecidos em posição adequada para completara tarefa cirúrgica. ❏ auxiliar no pré e pós-operatório, realizar os curativos e o acompanhamento inicial do paciente. → Instrumentador: ❏ escolher o material específico para a cirurgia: ordem e separando os fios. ❏ dispor na mesa o campo cirúrgico e o material da cirurgia. ❏ auxiliar na colocação dos campos que delimitam a área operatória, entregando-os ao assistente e ao cirurgião. ❏ entregar os instrumentos de maneira que o cirurgião o pegue na posição de uso imediato, para evitar quedas e atraso no tempo operatório. ❏ conservar o campo operatório sempre limpo e em ordem. ❏ antecipar os pedidos do cirurgião: o que se consegue conhecendo o instrumental, o tempo cirúrgico e prestando atenção em cada etapa da cirurgia. ❏ no caso de cirurgias em que são retirados materiais para exame, o instrumentador é responsável por estes até que sejam encaminhados ao setor competente. ❏ ao final da cirurgia deve realizar o curativo na ferida cirúrgica e separar o instrumental dos materiais perfurantes e cortantes, evitando acidentes. → Volante/ Circulante: ❏ preparo da sala de operações. ❏ auxiliar o instrumentador em caso de necessidade. ❏ organizar uma gama de equipamentos para monitorizar o paciente, além de diversos materiais para curativos, medicações e soluções, materiais para procedimentos que requerem maior complexidade das ações. ❏ auxilia também o anestesista na obtenção de algumas medicações, no posicionamento do paciente na mesa cirúrgica e no preparo do campo operatório. ❏ ajuda a equipe cirúrgica antes e durante a cirurgia nos cuidados com o paciente. → Perfusionista: “A profissão de perfusionista é relativamente nova em todo o mundo e está intimamente ligada à cirurgia cardíaca, sendo indispensável em locais que essa especialidade cirúrgica é praticada. Ele é um membro da equipe de cirurgia cardiovascular com pré-requisitos definidos nas áreas das ciências biológicas e da saúde, com conhecimentos básicos de fisiologia circulatória, respiratória, neurológica, sanguínea e renal, de centro cirúrgico e esterilização e com treinamento específico no planejamento e na condução dos procedimentos de circulação extracorpórea e correlatos.” ❏ irá gerir os pulmões e o fluxo de sangue, em sintonia com o anestesista e o cirurgião, usando a máquina coração-pulmão. ❏ responsável pela montagem e pelo preparo da máquina de CEC, certificando-se de que todos os materiais que serão utilizados estão separados. ❏ verifica se a máquina está limpa, o funcionamento de todos os roletes e se a bateria reserva está cheia. A bomba de água e o permutador de calor também serão testados, porém só após a montagem e o preenchimento do circuito com solução. ❏ roletes e as bandejas onde ficarão expostos os tubos deverão ser limpos com benzina (remove resíduos de látex da utilização anterior). ❏ bomba deve ser posicionada em local amplo o suficiente para que seja possível circular ao seu redor. (IV) MATERIAL CIRÚRGICO a) Instrumentos de diérese. #Bisturi: utilizado para realizar incisões precisas dos tecidos, causando mínimo dano às estruturas adjacentes. → Cabo de bisturi Bard- Parker n.3: lâminas pequenas = 9 à 17. P/ incisões delicadas. → Cabo de bisturi Bard- Parker n.4: 18 à 50. → Cabos número 7 e 9: mesma lâminas do cabo n.3, porém para incisões em locais de maior profundidade. obs.: A lâmina deve ser encaixada no cabo com o auxílio de uma pinça de preensão [Mas na aula foi dito que é pra ser feito com porta-agulha.] #Tesouras: cortar, dissecar, debridar ou divulsionar tecidos orgânicos. Tesouras cirúrgicas também são usadas para cortar fios cirúrgicos, gaze, borrachas, plásticos etc. → As tesouras cirúrgicas mais amplamente utilizadas em medicina veterinária são as de Metzenbaum [para o corte e a dissecção de tecidos mais delicados, não devendo ser utilizada na abertura da linha alba. Podem ser retas ou curvas], Mayo [utilizadas para debridar e cortar tecidos mais densos, como fáscias e músculos]. → Tesouras cirúrgicas de uso geral: mais robustas. P/ secção de fios ou outros materiais. Podem ser retas ou curvas, com pontas: fina-fina, fina-romba e romba-romba. → As tesouras são constituídas por dois anéis digitais, duas hastes, uma articulação ou fulcro, duas lâminas cortantes e duas pontas. As pontas podem ser romba-romba, romba-fina ou fina-fina. Exemplos: #TESOURAS → corte e dissecção de tecidos mais delicados. NÃO USAR NA LINHA ALBA. → amplamente utilizadas em cavidades, alcançando estruturas mais profundas. → Retas ou curvas. → Mais robustas que as anteriores. → Debridar e cortar tecidos densos: fáscias e músculos. → Mais robustas → secção de fios / outros materiais → retas, curvas → ponta fina- fina, fina- romba, romba- romba. → Tesoura de bandagem de Lister: remoção de atadura e pensos. Uma das lâminas é maior e sua ponta apresenta um achatamento para introduzir a tesoura entre a pele e atadura sem causar ferimentos. → Tesoura de Littauer e Spenser: “Destinadas à remoção das suturas cirúrgicas. Ambas apresentam uma concavidade em uma das lâminas que evita a tração excessiva do fio de sutura.” ** Littauer possui 14 cm de comprimento. = corte de fios maiores que 4-0. **Tesoura de ponto de Spenser (9 cm). = suturas realizadas com fio de tamanho máx. 4-0. → Pequena e robusta → P/ cirurgias ortopédicas → Cortar fios de aço. # Pinças de dissecção. → Destina-se à manipulação de tecidos, variando em comprimento e formato das pontas. → Podem ser com ou sem dentes de rato. → Constituídas por dois segmentos metálicos (hastes) unidos em uma extremidade. → Com dentes de rato = + traumáticas. Usar: preensão de tecidos + densos (pele e aponeurose). → Sem dentes = atraumático. Usar: manipulação de tecidos delicados (vasos, nervos, parede de vísceras). b) Instrumentos de hemostasia. Instrumentos destinados a prevenir ou deter uma hemorragia ou impedir a circulação temporária de uma determinada região. → Pinça hemostática de Crile: - mais robusta que a de Halsted. - possui ranhaduras transversais em toda a porção preensora. - Tamanhos 14 cm e 16 cm. → Ranhaduras transversais nos dois terços iniciais → Curva ou reta → Tam. entre 13 e 16 cm. → Para pinçar vasos e fios calibrosos. → Mais delicada que anteriores → Ranhaduras transversais em todas a porção preensora → Reta ou curva → 11 a 13 cm de comprimento → P/ pinçamento de vasos de menor calibre e preparo de fios -obs.: Pinça Hartmann- Halsted ou Mini- Halsted ou Pinça- mosquito é semelhante, porém menor comprimento: 8 a 10 cm. → Pinça robusta com ranhaduras em toda a extensão da porção preensora. → C/ dentes de rato nas suas pontas. .→ Ela é mais traumática → Tam. variados. → Retas ou curvas. c) Instrumentos de Síntese Instrumentos destinados à aplicação de suturas. Os porta-agulhas variam de tamanho e modelo, dependendo do tamanho da agulha e do tipo de tecido a ser suturado. → + utilizados pelos cirurgiões veterinários → Possui trava do tipo cremalheira situada distalmente ao polegar. Semelhante a uma pinça hemostática. → Lâmina mais curta e mais larga (comparada a uma hemostática). → Com ranhuras em sua porção preensora e uma fenda central em sentido longitudinal. (impedem a rotação da agulha ao aplicar força) → Tb pode ser encontrado sem a fenda longitudinal. → Porta agulha de Olsen- Hegar: - similar ao Mayo- Hegar. - serve como porta agulha e tesoura (utilizado quando se opera só). - Vantagem: diminui o tempo da sutura. - desvantagem: pode fazer os cortes do fio durante a realização do ponto. (inexperiência). → Não possui anéis digitais. → Abertura feita por mola em forma de lâminas → Possui trava com catraca no fim das hastes. [travada ou destravada com compressão]. d) Instrumentos especiais. Aqueles com funções variadas. #Pinças de campo operatório# → para prender os panos de campo à pele do paciente: impede que eles deslizem no campo durante o ato. → para fixar ao campo mangueiras de sucção, borrachas, cabos de eletrocautério… ** Tem tb as pinças de Lorna e Edna: - não penetrantes, indicadaspara fixar equipamentos, não contaminam o campo cirúrgico ao serem movimentadas. # Pinças para Antissepsia# → hastes longas. → Exemplo: Pinça de Cheron: porção preensora em formato oval, ranhuras transversais (auxiliam p/ preensão de gaze) → Foerster: formato de anel na extremidade. Pode ser reta ou curva. → Pinças de tecidos: destinadas à preensão de tecidos, podendo ser traumáticas ou atraumáticas. # Pinça de Allis# → preensão traumática. → com dentes na superfície de preensão. → indicada para uso em Tec. conjuntivo ou planos fasciais. → NÃO UTILIZAR EM pele ou vísceras ocas. # Pinça intestinal de Babcock: menos traumática, pequenas estrias na superfície de preensão, disponível em vários tamanhos: 6mm a 15 mm de largura. → Preensão traumática com pequenos sulcos longitudinais. → Reta ou curva. → Tam. 16, 26 a 22, 5 cm. → Usar: ressecção de segmentos do tubo digestivo com o propósito de evitar a passagem de secreções para o campo operatório + promover hemostasia temporária + posicionamento dos segmentos de anastomoses intestinais. e) Instrumentos de exposição Utilizados para afastar tecidos expondo os planos anatômicos ou órgãos para FACILITAR O CAMPO CIRÚRGICO. #Afastadores manuais# → comprimento e largura variável. → lâmina metálica com extremidades dobradas. → uso:para afastar pele, subcutâneo e músculos superficiais. → Possuem três dentes em uma das extremidades, contendo, na extremidade oposta, uma lâmina perpendicular ao eixo longitudinal do afastador, servindo de apoio ao dedo. São destinados a afastar tecidos superficiais, como pele, subcutâneo e musculatura superficial. → Indicados para cirurgias ortopédicas: o bico é apoiado sob o osso e, ao exercer a tração, sua lâmina afasta a musculatura pra fora. #Afastadores autoestáticos: utilizados por cirurgiões que operam sozinhos ou que necessitam da ajuda do auxiliar durante a execução da operação. Possuem mecanismos de travas. → Possuem em sua lâmina pontas múltiplas agudas ou rombas. Uso? → Possui extremidades anguladas com pontas agudas. → Podem apresentar em suas extremidades porções esféricas que visam limitar a profundidade de penetração no tecido. → Duas hastes paralelas: uma fixa e outra deslizante sobre uma barra lisa. → SEM catraca. → Uso: afastar parede abdominal. → Lâmina central apoiado em um braço deslizante. → Separa paredes abdominais e afasta as extremidades superior ou inferior pela ação da lâmina central. #Afastador de Finochietto: utilizado em exposição da cavidade torácica. Posicionado no espaço intercostal ou médio esternal. f) Instrumentos ortopédicos #elevadores periosteais: rebater a musculatura do osso por elevação dos ligamentos periosteais. ex.: Elevador Periosteal de Langenbeck, Freer e Sayre. #pinças para segurar ossos: indicadas para manipulação óssea, manter a redução da fratura e posicionar o implante no local a ser fixado. ex.: Pinças de Kern e Lane, Pinça de Lowman, Pinça de Verbrugge [fixação óssea p/ ossos longos], Pinça de Redução Com Trava Rápida. # ruginas: pinças com suas lâminas em formato de concha utilizadas para remover ou fragmentar pedaços de ossos. Ex.: Lembert e Cicherelli, Stille- Luer e Ruskin, de Kerrison. → indicada a neurocirurgia e durante a execução de cirurgias descompressivas, como laminectomia, hemilaminectomia, pediculectomia etc. # instrumentos cortadores de ossos: Fio de Serra Gigli: dois cabos em forma de T que segura um fio de arame cm filamentos serrilhados espirais que cortam o osso sem esmagá-lo. Curetas: → instrumentos que possuem conchas redondas ou ovais com bordas afiadas, destinando-se à raspagem de tecidos variados. → para a coleta de osso esponjoso, debridar tecido ósseo e cartilagens. → em neurocirurgia são utilizadas para remover o núcleo pulposo durante a fenestração do disco intervertebral. Mais utilizada em MedVet. (V) PROFILAXIA DAS INFECÇÕES # Vestuário cirúrgico → A roupa cirúrgica é composta por: pijama cirúrgico de material que não solte fiapos e que proporcione conforto, tenha durabilidade e apresente mínimo encolhimento. → A roupa deve estar sempre limpa e passada, devendo a camisa ficar por baixo da calça para evitar a contaminação do ambiente cirúrgico com a dispersão de conteúdo da descamação do corpo do indivíduo. → O gorro cubra todo o cabelo e os pelos do rosto para evitar a contaminação da ferida cirúrgica com o cabelo e a microbiota nele presente. → Membros da equipe com cabelos longos e volumosos devem dar preferência ao uso das toucas. Barbas e costeletas devem ser cobertas com um capuz. → As máscaras devem cobrir a boca e nariz. PQ? Para evitar a contaminação da ferida cirúrgica por microrganismos provenientes da boca e do nariz dos profissionais quando estes falam, tossem, espirram, respiram e como equipamento de proteção individual (EPI), para proteger os profissionais de respingos de secreções do paciente durante o procedimento cirúrgico. → O uso dos propés deve ser feito ao se entrar pela primeira vez na área cirúrgica e também ao sair, para minimizar a contaminação da sala de cirurgia e proteger os sapatos da contaminação de sangue e bactérias hospitalares. Novos propés devem ser usados ao se retornar para a área cirúrgica. # vestimenta de cirurgiões, auxiliares e instrumentadores (equipe cirúrgica esterilizada): → o avental cirúrgico, que deve ser estéril, formando uma barreira contra a dispersão de bactérias levadas junto com células epiteliais que se desprendem da pele da equipe, além de evitar o contato da pele com sangue e fluidos do paciente. → avental deve possuir mangas que vão além dos dedos, ter o comprimento da altura do pescoço até os joelhos e faixa de ajuste nas costas. #Preparação cutânea → preparação cutânea ou escarificação cirúrgica consiste na escovação para obtenção da antissepsia das mãos e dos antebraços por todos que fazem parte da equipe cirúrgica esterilizada, antecedendo a colocação do avental e das luvas cirúrgicas. → Objetivos? retirada de sujidades e detritos, redução significativa ou eliminação da população bacteriana transitória da pele, redução parcial da população bacteriana residente, uma vez que a eliminação é impossível, e impedir por um tempo determinado a multiplicação desses microrganismos residentes. Características de um bom antisséptico: Um bom antisséptico usado para a escarificação deve possuir ação rápida, largo espectro, não ser irritante e possuir ação bacteriostática eficaz + atividade química persistente, uma vez que as bactérias se proliferam debaixo das luvas. → Mais comuns? Gliconato de clorexidina, idopovidona e hexaclorofeno. PORÉM, uma preparação de álcool com gliconato de clorexidina é o meio mais efetivo para diminuir a população bacteriana ↪Esta solução não precisa de escovação: rápida atividade e tempo de contato reduzido quando em comparação com as soluções tradicionais. ↪Geralmente essas soluções são utilizadas como suplemento à escovação inicial ou como uma escovação posterior à primeira do dia (reentrada). → Existem dois métodos para a escarificação com soluções tradicionais: (1). cronometrado = 5- 10 minutos. (2). do número de escovações por área cutânea (10- 20 movimentos) ❏ Evitar: abrasões ou irritações cutâneas durante uma escovação excessiva e forçada.↪ PQ? lesões exporiam as bactérias residentes das camadas mais profundas da pele para as superficiais, aumentando o risco de contaminação. ↪Se fosse com a solução à base de álcool? 2 escovações de 90 segundos. → Unhas? rentes, naturais e saudáveis. Sem feridas em mãos e antebraços. → Retirar todos os acessórios (RESERVATÓRIOS DE SUJIDADES E MICROORGANISMOS). ******************* Passo à passo para a escarificação ******************************* ★ Pegar as escovas de escarificação, o sabão antimicrobiano e limpadores de unha. ★ limpeza prévia das mãos e antebraços. ★ iniciar a escovação das unhas, faces digitais, espaços interdigitais. ★ friccionar a palma e o dorso da mão. ★ friccionar o antebraço até cerca de 7 cm acima do cotovelo. ★ enxaguar a escova debaixoda água e transferi-la para a mão não escarificada. ★ iniciar o enxágue: água escorrendo das pontas dos dedos até os cotovelos. obs.1: torneiras abertas e fechadas com os cotovelos ou pés. obs.2: pontas dos dedos não devem ficar nunca abaixo do nível dos cotovelos. obs.3: nunca agitar as mãos para eliminar o excesso de água. → Secagem? Após a escovação as mãos devem ser mantidas mais altas e na frente do corpo. A secagem das mãos deve ser feita com toalha esterilizada, que estará segura pela parte superior de um lado para iniciar a secagem da mão e depois antebraço que estão livres. Com a mão seca? pegar a parte inferior do lado oposto da toalha e levar para cima, repetindo o processo. A toalha deverá ser jogada em local apropriado ou no chão, as mãos mantidas acima do nível da cintura. # Colocação do avental cirúrgico: Deve ser longo, ter mangas compridas com punho elástico, ser de material que elimine a passagem de microrganismos entre áreas não estéreis para áreas estéreis (ver anteriormente), para que assim sirva como uma barreira entre a pele do profissional e o paciente. → Avental e luvas devem ser vestidos fora da sala cirúrgica para evitar contaminação do paciente e dos instrumentos cirúrgicos. → O cirurgião pegará e levantará o avental pela faixa do colarinho, dando um passo para trás, estendê-lo segurando na altura dos ombros, identificar as mangas e encaixar os braços. → o assistente deve puxar as extremidades sobre os ombros e ajustar o avental com as faixas de amarra. → Com as mãos ainda cobertas pelo punho do avental, o cirurgião deve apresentar as faixas de amarra da região da cintura para que o assistente faça a amarração. obs.: recomendada a troca de avental sempre que estiver visivelmente sujo com sangue ou outro fluido corporal potencialmente infectante. # Calçar luvas: 3 métodos: fechado, aberto, assistido. “ O uso de duas luvas é recomendado para o cirurgião e o primeiro assistente em qualquer procedimento que durar mais que 1 hora e em cirurgias ortopédicas, com a finalidade de reduzir e prevenir o risco de exposição ao sangue, uma vez que estudos demonstraram que esses fatores influenciam a taxa de furos nas luvas, e aumenta a exposição ao sangue.” → Fechado: sozinho. Mãos dentro da manga do avental. Mais seguro. → Aberto: sozinho. Exposição das mãos ao meio externo. Mais risco que o anterior. ↪ quando necessita calçar luvas estéreis, mas se dispensa o uso do avental cirúrgico (preparação estéril do paciente, biópsia de medula óssea e cateterização urinária) ou quando for necessário trocar luva contaminada na cirurgia. → Assistido: com o auxiliar já paramentado. “O auxiliar, já paramentado, segura na parte externa do punho e a estica formando uma ampla abertura por onde o cirurgião desliza sua mão para dentro da luva. Mesmo que nesse método a mão do cirurgião fique momentaneamente em contato com o meio externo, há menor chance de contaminação da parte externa da luva.” #Antibioticoterapia Antibióticos Quimioterápicos têm origem em algum organismo vivo, como fungos e bactérias (embora quase todos possam ser sintetizados em lab) substâncias de origem puramente química, sem participação de algum microorganismo na sua origem. - Resistência ao antibiótico? capacidade que têm os microrganismos de resistir aos efeitos de um antibiótico ou quimioterápico. ↪ transformação, conjugação, transdução e mutação. A) Antibioticoterapia Preventiva: Devido aos riscos de microrganismos extremamente patológicos e resistentes a vários antibióticos é necessário, principalmente em ambiente hospitalar, que o paciente receba antibióticos no pré e no pós- operatório = EVITAR INFECÇÕES HOSPITALARES. → deve ser radical: bactericidas associados, em dose de ataque (o dobro do usual –desde que não haja restrições por parte do paciente) e pelo menor tempo necessário, para não expor o paciente aos muitos efeitos colaterais das drogas, são extremamente eficazes para que não se dê chance nem ao aparecimento das infecções nem à resistência bacteriana. Antibioticoterapia em Cirurgias de Tecidos COM Sinais de Infecção Antibioticoterapia em Cirurgias de Tecidos SEM Sinais de Infecção De preferência bactericidas (associadas ou não), dependendo da gravidade do caso, sendo os betalactâmicos (penicilinas e cefalosporinas) os mais indicados. ↳PQ? Atuam na parede celular, não agredindo as células do hospedeiro. obs.: é prudente que o cirurgião ou clínico primeiramente trate o quadro infeccioso para que posteriormente proceda ao ato cirúrgico Mesmo sem sintomas de infecção: terapia deve ser feita com dose, intervalo de dose e duração de tratamento. Se respeitados: boas práticas de ambiente cirúrgico, esterilização, desinfecção e técnicas adequadas = chance de ter alta S/ prescrição antibiot., APENAS anti-inflamatórios e analgesia, quando necessário. obs.: errado colocar in situ as drogas antibióticas em forma de solução ou pós para evitar infecções no local operado: perde-se a eficácia da droga, gera complicações como aderência de órgãos cavitários. (Fazer via sistêmica indicada) → Aspectos do uso racional da antibioticoterapia na cirurgia: ❏ Apoio do diagnóstico laboratorial na ausência de sinais clínicos de uma infecção. ❏ correlacionar o tipo de infecção com os agentes etiológicos mais comuns nestes casos ❏ antibiograma (que deverá ser solicitado caso as primeiras tentativas antibioticoterápicas não surtam efeito). ❏ para a escolha do antibiótico: espectro e mecanismo de ação da droga (de preferência bactericidas), farmacocinética (principalmente a capacidade de distribuição no tecido afetado, já que alguns são menos vascularizados, como cartilagens, e outros possuem barreira, como o sistema nervoso central), metabolização e excreção regulares, baixa toxicidade e baixo custo. # Classificação dos antibióticos mais usados na clínica cirúrgica veterinária# ↪ forma química (aminoácido, açúcar, acetato); espectro ( amplo, restrito); efeito (bactericida ou bacteriostático). → Para o clínico e cirurgião: mecanismo de ação, semelhança farmacocinética e toxicológica. (I) Betalactâmicos (penicilinas e cefalosporinas) Penicilinas: → conferem a ação bactericida sobre as bactérias. → impedindo a síntese da parede celular por inibição da enzima transpeptidase bacteriana. Cefalosporinas: → profilaxia das infecções até o tratamento de quadros infecciosos graves, como sepse → podendo ser usadas em altas doses, graças a sua baixa toxicidade, por via intravenosa e combinadas com outros antibióticos. obs.: O principal fato para que estes sejam os antibióticos mais utilizados tanto na medicina humana quanto na veterinária, além da eficácia, é a sua baixa toxicidade, já que atuam sobre estruturas não presentes em células de mamíferos, a parede celular. (II) Antibióticos aminoglicosídicos: Originários inicialmente de fungos do gênero Strepmyces, são bactericidas muito eficazes contra bactérias Gram-negativas e muitas vezes associadas aos betalactâmicos para maior eficácia e aumento do espectro. → Mecanismo de ação: síntese proteica defeituosa no nível da porção 30S ribossomial bacteriana. → têm baixa taxa de biotransformação hepática e eliminação renal de forma ativa, o que é favorável para hepatopatas e pacientes com infecção renal. (IV) Tetraciclinas: São bacteriostáticos de amplo espectro de ação, como bactérias Gram-positivas, Gram-negativas, clamídias, riquétsias e protozoários. → mecanismo de ação se baseia na inibição da síntese proteica, impedindo que o RNA-t se fixe na porção 30S ribossomial. → A administração parenteral é dolorosa e os volumes de aplicação em um mesmo local devem ser limitados. → O uso enteral destes fármacos sofre uma série de interferências com alimentos e medicamentos ricos em sais de cálcio, magnésio, alumínio, ferro e zinco. → Seu uso em cirurgia é limitado, sendo mais explorado em grandes animais e doenças hemoparasitárias . (V) Antibióticos macrolídeos: Assim denominados devido às grandes cadeias carbônicas. → Todos são bacteriostáticos com espectro sobreanaeróbios, micoplasma e Gram-positivo e agem ligando-se à porção 50S ribosomal, impedindo a translocação do RNA-t e inibindo uma peptidiltransferase. → Uma característica muito boa deste grupo é sua grande lipossolubilidade, distribuindo-se bem por diferentes tecidos e fazendo ciclo enterohepático (VI) Quinolonas:enrofloxacina. → Mecanismo de ação: peculiar: inibe a enzima topoisomerase bacteriana tipo II (também chamada de DNA-girase, que impede a desespiralização da dupla hélice do DNA) com efeito bactericida. → baixa taxa de ligação às proteínas plasmáticas → amplo volume de distribuição → serem excretadas na urina e bile na forma de metabólitos ativos → com baixa metabolização hepática. → espectro de ação torna-se mais amplo de acordo com a geração: ❏ primeira geração: E. coli, Proteus e Pseudomonas; ❏ segunda geração: ação sobre Gram- positivo e Gram-negativo,Chlamydia, Mycoplasma, S. aureus resistente à meticilina (MARSA), Brucella, Entrobacterias; ❏ terceira geração: todos da segunda geração + S. pneumoniae; ❏ quarta geração: todos da terceira geração + outros anaeróbios. (VII) Metronidazol: Quimioterápico também possui atividade antibacteriana contra bacilos Gramnegativos anaeróbios, Gram-positivos esporulados e contra todos os cocos anaeróbios. → amplo espectro e possibilidade de altas doses por via intravenosa. → mecanismo de ação, ainda não muito bem esclarecido, sugere que ocorra em etapas: a primeira seria a entrada da célula do microrganismo; a segunda, uma ação redutiva sobre o metabolismo celular; a terceira seria a produção de intermediários tóxicos reduzidos que culminam com a ação dos intermediários citotóxicos para o microrganismo. (VI) CUIDADOS PRÉ, TRANS E PÓS- OPERATÓRIO. → Para uma boa avaliação (anamnese) ❏ O animal está com todas as vacinas em dia? ❏ Há alguma alteração na cor, cheiro ou textura das fezes do animal? ❏ O animal está urinando mais ou menos vezes? Uma quantidade maior ou menor? Algum odor ou coloração diferenciada do aspecto normal? ❏ Já ocorreu alguma doença no animal? Há quanto tempo? Qual foi o tratamento utilizado? Apresentou melhoria ou voltou porque o quadro continuou inalterado? ❏ O animal é epilético ou já apresentou alguma convulsão durante a vida? ❏ O animal faz uso de algum medicamento no momento? obs.: medicações (tetraciclinas e os aminoglicosídeos aumentam a duração de ação dos bloqueadores neuromusculares não despolarizantes. → Devem ser pesquisados os diversos sistemas: ❏ cardiovascular (síncopes, tosse, cansaço, ascite); ❏ respiratório (tosse, dispnéia, secreções); ❏ sistema nervoso central (SNC) (epilepsias, convulsões, traumas recentes na cabeça); ❏ digestório (diarréias e vômitos); ❏ hematológico (anemias, histórico de transfusão recente). → Exame físico e laboratorial: Peso e estado nutricional: - pq desnutridos são risco anestésicos? Pois seus níveis de PPT estão abaixo do normal ( PPT < 4 g/dl ou albumina < 2g/dl) e o agente anestésico que faz efeito é justamente aquele que não está ligado às ppt, ou seja, é o que está livre na circulação sanguínea. Hipoproteinemia = maior efeito anestésico devido ao maior número de fármaco livre na circulação. Lembrar: Temperatura corporal: - anestésicos tendem a desequilibrar a homeostasia da temperatura corporal nos animais. Os animais hipotérmicos terão este efeito acentuado no decorrer do procedimento anestésico. Como? [descrever] Sistema cardiovascular: - frequência cardíaca, a qualidade do pulso, o tempo de preenchimento capilar (TPC) e a pressão arterial. Sistema respiratório: - ausculta dos campos pulmonares é de grande relevância no exame. Pesquisa de ruídos respiratórios, percussão e possíveis obstruções das vias aéreas são importantes para a escolha mais adequada do anestésico a ser utilizado. - FR, profundidade respiratória e coloração das mucosas. Sistema hepático: - Presença de icterícias ou coagulopatias. - Função renal: atentar aos sinais de oligúria, anúria, poliúria e polidipsia. → Exames laboratoriais: é baseada em anamnese, exame físico, classificação de risco anestésico e tipo de procedimento a ser utilizado. - Avaliação mínima: mensuração de hemoglobina, hematócrito, ppt e número de plaquetas. - Outras: 1. gasometria, albumina e hemostasia. 2. bioquímica: : creatinina, sais biliares, FA, glicose, eletrólitos, AST e ALT* hoje esses fatores são questionados por alguns profissionais! [add o da Karine] 3. sedimentoscopia (urina): densidade, bioquímica (ph, proteínas, corpos cetônicos, bilirrubina e sangue) e pesquisa de sedimentos (cilindros, hemácias, leucócitos, bactérias, células epiteliais e cristais). 4. eletrocardiografia: pacientes com traumatismo e ritmo cardíaco irregular. 5. radiologia: tórax e abdômen. 6. outros testes: teste para diagnóstico de filariose em cães. Lembrar: # DEFINIÇÕES IMPORTANTES# → Acinesia: perda da resposta motora. → Analgesia: perda da sensibilidade à dor. → Anestesia: perda total das sensações corporais induzidas por um fármaco que deprime o SNC. → Anestesia local: analgesia limitada a uma zona local. → Anestesia geral: perda da consciência e da sensibilidade. Inclui as seguintes características: narcose, analgesia, relaxamento muscular e hiporreflexia. → Anestesia dissociativa – é um estado do SNC caracterizado por boa analgesia periférica, alteração da consciência e catalepsia (estado em que existe uma rigidez maleável das extremidades e o paciente responde a estímulos auditivos, visuais ou dolorosos menores). Os olhos permanecem abertos e os reflexos de deglutição, intactos. Há hipertonicidade muscular esquelética quando os fármacos são usados isoladamente, daí a importância de associação com fármacos relaxantes musculares e sedativos. → Anestesia balanceada: induzida por múltiplos fármacos. Induzem perda de consciência, analgesia, relaxamento muscular e alteração de reflexos autonômicos. → Hipnose: sono induzido artificialmente do qual se pode despertar mediante um estímulo (moderada depressão do SNC). → Narcose: estupor ou sedação induzidos por fármacos em que o paciente não tem consciência de dor, com ou sem hipnose. Pode estar ou não acompanhada de analgesia. O paciente não é facilmente despertado! → Neuroleptoanalgesia: hipnose e analgesia produzidas pela combinação de um neuroléptico e um analgésico. → Sedação: grau leve de depressão do SNC em que o paciente está desperto, mas tranquilo, e pode responder a estímulos dolorosos. → Tranquilização: estado de tranquilidade em que o paciente encontra-se relaxado e indiferente a pequenos estímulos dolorosos. # divisões: MPA, MPA: prepara o paciente para a anestesia geral: promove tranquilização ou sedação do animal, busca evitar efeitos colaterais e reduzir a dose de fármacos usados na anestesia. (torna o ato anestésico mais seguro e confortável). obs.: “aqui os fármacos não necessariamente sedam ou tranquilizam.” ? → Tb é utilizada para contenção química a fim de realizar coleta de exames ou avaliação clínica de animais agressivos ou de gatos que não permitem a sua manipulação. → Atualmente o protocolo de controle da dor está inserido no protocolo de medicação pré-anestésica. A dor é responsável por inúmeros efeitos adversos sobre o paciente cirúrgico, como apatia, automutilação, mudanças comportamentais, ausência de autolimpeza (gatos) e até mesmo óbito. → Anestesista veterinário deverá combinar múltiplas terapias (terapia multimodal da dor), em conjunto com a medicação pré-anestésica, com o intuito de garantir o máximo conforto para o paciente cirúrgico. → Minimizar ocorrência de vômitos durante o procedimento? Jejum sólido/ hídrico. Adultos = 12hrs * [Vejo no hovet: 10 a 12 de sólido e 4 a 6 de hídrico] Jovens = reduzir para que não entre em quadro hipoglicêmico* [ perguntar ao professor e à Karine] MPA: dividida em 3 classes [ para ajudar na compreensão] Anticolinérgicos Tranquilizantes, neurolépticos e sedativos. Opióides bloquear efeitos do nervo vago: ❏ produz efeito cronotrópico positivo e acelera a condução AV. [previne a bradicardiasevera resultante da adm. de agentes anestésicos gerais, narcóticos e agentes depressores da FC (ex. xilazina)] ❏ diminuem as secreções nasais e traqueobrônquicas e a broncoconstrição. ❏ diminuem as secreções do sistema digestório (saliva) e diminuição da motilidade GI obs.: não devem ser adm. em pacientes que tem arritmias ventriculares, como as contrações ventriculares prematuras, taquicardia durante a MPA e com patologias que promovam hipoxemia. PQ? *Taquicardia = consumo de oxigênio pelo miocárdio está aumentado naturalmente. ok? Uma vez adm. eles irão exacerbar este efeito, assim culminando em parada cardiorrespiratória → Tranquilização e sedação + acentuada depressão do SNC. → Agindo na: SUBSTÂNCIA RETICULAR MESENCEFÁLICA → Interfere no ciclo do sono e da vigília → discreta analgesia, portanto, NÃO PERMITE intervenções cirúrgicas. → classificadas como derivados da fenotiazina, derivados da butirofenona, benzodiazepínicos e β-2 agonistas. a) Grupo das fenotiazinas Efeitos centrais e perifér. Central: tranquilização e redução da atividade motora. + antiemético potente. obs.: altas doses = efeitos extrapiramidais = tremores musculares, rigidez e catalepsia. TB: ação simpatolítica, anti-histamínica, antiflogística, ansiolítica, antissecretora, potencializadora e antiespasmódica. por déficit de oxigenação do miocárdio. *Em patologias que geram hipoxemia? Produzem broncodilatação = aumento do espaço morto anatômico = aumento da dificuldade de captação do oxigênio. + utilizados? Atropina e Glicopirrolato. (barata) (+ caro) obs1.: atropina tem sido associada à taquicardia sinusal e contrações ventriculares prematuras. obs2.: glicopirrolato é mais resistente à passagem pelas barreiras hematencefálica e placentária. DOSES: -Atropina→ IV, IM, SC: 0,02 à 0,04 mg.kg-1 = 0,02 mg X 1/kg. -Glicopirrolato→ IV, IV, SC: 5 a 10 microg.kg-1 Ação sobre os sistemas SNC: antagonismo dopaminérgico = bloqueando receptores pré e pó- sinápticos = tranquilização sem perda da consciência. obs1.: NÃO USAR em pacientes c/ histórico de convulsões! [reduzem o limiar] obs2.: depressão da termorregulação POIS reduz catecolaminas na região do centro termorregulador hipotalâmico. CARDIOVASCULAR: hipotensão dose- depen. ↪PQ: bloqueio alfa- adrenérgico = vasodilatação = diminuição da resistência vascular sistêmica. RESPIRATÓRIO: efeitos mínimos. ↪ Decréscimo na FR q pode ser compensada por um aumento no vol. corrente. *O pH, a pressão parcial de dióxido de carbono (PCO2), pressão parcial de oxigênio (PO2) e a saturação de hemoglobi. não são alterados após administração de acepromazina. + utilizados? 1. Acepromazina (MPA): tranquilizantes e antiemético ( melhor can, pior fel). Promove indiferença a estímulos do meio ambiente. Efeito máximo: 10 min. após IV e 20 min. após IM. *duração= até 6 horas. 2. Clorpromazina: mais potente antiemético. É adrenolítica. 3. Levomepromazina/ metotrimeprazina: potencializa efeitos analgésicos. DOSES: •acepromazina (IV, IM, SC, VO): - 0,05 a 0,2 mg.kg-1; - 1 mg.kg-1 (VO); • clorpromazina (IV, IM, SC): - 0,2 a 0,5 mg.kg-1; • levomepromazina (IV, IM, SC): - 0,2 a 0,5 mg.kg-1. b) Derivados da Butirofenona: Os sinais extrapiramidais (rigidez, tremor e catalepsia) são mais frequentes. Ação sobre os sistemas SNC: mesmo. Cardio: semelhantes, porém, mecanismos diferentes! obs.: agonista alfa- simpático (fenilefrina): reverte a hipotensão causada pelas butirofenonas MAS NÃO pelas fenotiazinas. LOGO, priorizar butirofenona p/ pacientes estressados. Respiratório: acidose respiratória por diminuição do volume-minuto no cão. DOSES: Droperidol (IV, IM): - 1,1 a 2,2 mg.kg-1. c) Ansiolíticos – Benzodiazepínicos: propriedades ansiolíticas, miorrelaxantes de ação central,anticonvulsivantes e redut. da agressividade. → comum utilizar associados com tranquilizantes, barbituratos, analgésicos narcóticos e anestésicos dissociativos p/ potencialização mútua. → IMPORTANTE para animais c/ histórico de convulsões ou epilépticos → Mecanismo de ação: ^ ativação de receptores GABA a = influxo de Cl- aumentado= despolarização. [ obs: Gabapentina: ^ disponibilidade de glutamato e abertura dos canais de K +] - alterações cutâneas, hematológicas e hepáticas podem ser suficientes para recomendar mudança na medicação! Ação sobre os sistemas SNC: deprimir o SNC Cardiovascular: efeitos depressores importantes (VII) Seleção das Suturas: duração do tempo necessário à recuperação, risco de infecção, efeito do material na cicatrização da ferida, dimensão e força requerida na sutura. #Pele# → Monofilamento [p/ evitar o transporte capilar de bact.] ↳ monofilamentos sintéticos não absorvíveis: boa segurança do nó e relativamente não capilar ↳ Ex: nylon, polipropileno ↳ As absorvíveis podem ser utilizadas em pele, mas devem ser removidas porque a absorção requer contato com fluidos corporais ↳ Suturas subcutâneas são usadas para eliminar o espaço morto e reduzir as tensões nas arestas da pele: material múltiplo ou monofilamentado absorvível é o preferido. #Fechamento abdominal# → A fáscia do m. reto: qualquer padrão de sutura interrompida ou contínua. → Se utilizar um padrão de sutura contínua: escolher um monofilamentar não absorvível ou um absorvível com nó seguro (Polidioxanona, poligliconato, polipropileno...). #Músculo e Tendão# ↳ m.m. têm pouco poder de manutenção da sutura! São extremamente difíceis de ser suturados!!!: material absorvível ou não absorvível pode ser utilizado. ↳ tendões necessitam de material de sutura forte, não absorvível e minimamente reativo! -OBS- Agulha de corte cônico é geralmente menos traumática para esses tipos de tecidos! #Órgãos parenquimatosos# → Fígado, baço e rins, por exemplo: suturas de monofilamento absorvíveis. #Órgãos viscerais ocos# → Traquéia, TGI, bexiga, por exemplo: absorvíveis para evitar a retenção tecidual de material estranho e também por ela poder ser calculogênica [bexiga e vesícula biliar]! #Feridas infectadas ou contaminadas# Evitar!!!! → Prefere-se material absorvível. → O nylon sintético monofilamentar e o prolipropileno podem gerar menos infecção. #Vasos e Anastomoses vasculares# → Vasos: Material absorvível. → Anastomoses e enxertos vasculares: Não absorvível. (VIII) Técnicas de Suturas 😍 ➻ Padrões interrompidos ou Contínuos (aposicional, eversor, inversor) ➻ Pelo tipo de tecido que aproximam ❏ Padrões subcutâneos e subcuticular → Para eliminar espaço morto → Proporcionar aposição de pele → Menor tensão é colocada nas suturas → Subcutâneas: simples e contínua ⤿ Se for preciso colocar dreno? Simples. → Subcuticular/ Intradérmica: reduzir a formação de cicatrizes ou eliminar a necessidade de remoção de sutura: absorvível é preferido! ❏ Padrões de Sutura Interrompidos a) Simples interrompido Inserção da agulha através do tecido em um lado da incisão ou ferida para o lado oposto e atando-a. Nó não deve ficar sobre a incisão! ⤿ Suturas a 2-3 mm da borda! ⤿ Se aplicar tensão excessiva? inversão das bordas! ⤿ Gasta mais material, demanda mais tempo, mais inclusão de material estranho na ferida! b) Colchoeiro horizontal Inserção da agulha no lado distante da incisão: passa pela incisão e sai no lado proximal. ⤿ Agulha avança por 6-8 mm ao longo da incisão ⤿Separadas por 4-5 mm ⤿ Usadas para áreas de tensão ⤿ Podem levar à eversão do tecido! ⤿ Atenção à angulação para que passe logo abaixo da derme. c) Cruzado Duas suturas simples em paralelo e em seguida ligadas uma outra através da incisão: X. ⤿ Aposicionais ⤿ Aliviar a tensão baixa ⤿ Menos material de sutura é utilizado ⤿ Segurança semelhante ao padrão interrompido. d) Colchoeiro vertical Agulha introduzida 8-10 mm da borda e atravessa a linha de incisão. Agulha invertida é inserida através da pele de um mesmo lado e sai do outro. Atar o nós em 4 mm da borda. ⤿ Mais fortes que as horizontais quando em áreas de tensão ⤿ Preferir para direcionar a tensão do fechamento da pele ⤿ Gera menos interrupção da oferta de sangue nas bordas da incisão. ⤿ Não ocorre eversãode margens ⤿ Pode ser reforçado com stents de borracha e botões e) Halsted Colchoeiro interrompido. Pouco frequente na MV! Aproximação exata da pele. Agulha entra e sai perpendicular no mesmo lado da incisão! “ A agulha atravessa, em seguida, o ferimento e é passada para dentro e para fora da pele de um modo semelhante. A agulha é avançada para baixo da incisão e este padrão é repetido em sentido inverso, de volta através da incisão, e o nó é atado.” f) Gambee Utilizadas para cirurgias intestinais: reduzir a eversão da mucosa! Serosa-> muscular e da mucosa-> lúmen. Agulha retorna ao lúmen através da mucosa até a muscular antes de cruzar a incisão. Após cruzar a incisão? reintroduzida na muscular e continua pela mucosa até o lúmen. ⤿ Reduz a inversão da mucosa e podem reduzir a drenagem de material do lúmen do intestino para o exterior!
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