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N I C O L E M A L H E I R O S - M E D I C I N A N I C O L E M A L H E I R O S - M E D I C I N A Produtora Verificada Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI Anamnese • Queixa Principal (QP): . Características . Deve ser escrito com as próprias palavras do acompanhante (colocar aspas) • História da Moléstia Atual (HMA): . Características . Descrição dos sintomas: início; evolução; fatores desencadeantes, agravantes e atenuantes; sintomas associados; estado atual; uso de medicamentos. • Interrogatório Sobre Demais Aparelhos (ISDA): . Geral: pele e anexos . Específico: cabeça e pescoço, olhos, ouvidos, nariz, garganta, cardiovascular, respiratório, digestório, genital, locomotor, neurológico, extremidades. • História Gineco/Obstétrica (HGO): . História Pré-Natal: dados pré-natais, exames realizados, vitaminas, gravidez planejada?, aceitação da gravidez pela mãe e família, quantas gravidez, abortos e partos; etc. . História do Nascimento: - Parto: Idade Gestacional (IG); Classificação do RN segundo a IG; Tipo, local, intercorrências, medidas do nascimento (Peso, Estatura, Perímetro Cefálico), Boletim de APGAR (critérios avaliados), enleamento, alta da maternidade. . História do Período Neonatal: enleamento, intercorrências e triagens neonatais • História Alimentar (HA): aleitamento materno (deve ser exclusivo até o sexto mês); desmame; alimentação atual; rotina alimentar (horários, frequência, quantidade); suplementação de ferro e vit D (início, dose, duração); criança toma algum poli vitamínico? Se sim, qual? (Início, dose, duração). • História Vacinal (HV): Cartão vacinal – Calendário básico do MS ou calendário da SBP. *Se o acompanhante não levar o cartão colocar ‘cartão vacinal completo SIC (segundo informações colhidas). ’ • História do Desenvolvimento Neuropsicomotor (HDNPM): marcos do desenvolvimento; desenvolvimento atual (somático/psíquico; comportamental – higiene, sono, temperamento; adaptação social – relacionamentos, vícios, etc.; desordem psicogênica – controles de esfíncteres, distúrbios da fala; dentição. > Marcos do Desenvolvimento: 01 m: segue com os olhos 02 mm: sorriso social 03 mm: sustenta a cabeça 04 mm: segura objetos Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 05 mm: gira sobre o abdome 06 mm: senta com apoio 07 mm: preensão palmar 08 mm: pinça digital 09 mm: fica sentado sem apoio 10 mm: engatinha 11 mm: fica de pé e anda com apoio 12 à 14 mm: anda sem apoio (deambular) • História Patológica Perversa (HPP): antecedentes mórbidos pessoais, alergias, internações, cirurgias, traumas, medicamentos usados. • História Familiar (HF): histórico patológico de parentes próximos (mãe, pai, avós, irmãos) • História Social (HS): com quem mora, condições de moradia, condições financeiras, animais de estimação. Exame Físico - EXAME FÍSICO GERAL: . FR: observar frequência, amplitude dos movimentos, facilidade ou dificuldade para realizar os movimentos. . FC: além de analisar a FC, deve-se analisar também os pulsos. . TEMPERATURA: Pode-se avaliar a temperatura retal, axilar ou oral, sendo a retal mais confiável (há uma variação de cerca de 0,5°C entre elas, para + ou -). Para fins práticos a temp. axilar é mais usada. . PA: deve ser aferida rotineiramente nas crianças com mais de 3 anos. *Quanto mais nova a criança, maior é a FC e FR e menor é a PA. . ANTROPOMETRIA: Avaliar: • Peso 1ª semana: perda fisiológica de 10% com recuperação em até 10 dias. 1 ano: Primeiro trimestre - 700 g / mês (25 g/dia). Segundo trimestre - 600 g / mês (20 g/dia) Terceiro trimestre - 500 g / mês (15 g/dia) Quarto trimestre - 400 g / mês (10 g/dia) 2 anos: Primeiro semestre - 200 g/mês. Segundo semestre - 180 g /mês Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI Peso ao nascimento: duplica com 5m, triplica com 12m, quadruplica com 2,5a. Peso 1 ano: duplica 5a, triplica 10a, quadruplica 14a. • Comprimento/Estatura 1 ano: 25 cm -> Primeiro trimestre (10 cm) -> Segundo trimestre (7 cm) -> Terceiro trimestre (5 cm) -> Quarto trimestre (3 cm) 1 a 2 anos: 12 – 13 cm/ano 2 a 3 anos: 8 cm/ano 3 a 4 anos: 7 cm/ano Maiores de 4 anos: 4 – 6 cm/ano . Duplica estatura do nascimento de 04 a 05a . Triplica estatura do nascimento de 12 a 13a 1º estirão: 0 a 2a 2º estirão: adolescência • Perímetro cefálico Nascimento = 33 cm a 35 cm Primeiro ano = 12 cm 1 -> Trimestre: 2 cm/mês -> 2 Trimestre: 1 cm/mês -> 2 Semestre: 0,5 cm / mês 2 anos = 47,5 cm 2cm/ano 3 anos = 49 cm 5 anos = 51cm 12 anos = 53 a 54 cm (tamanho adulto) Avaliação do PC pelos gráficos de percentil: escores Z • Perímetro torácico • Circunferência abdominal • Dobras cutâneas - ECTOSCOPIA: Analisar: Estado geral (Excelente /Bom /Regular /Ruim/ Muito ruim. Serve tanto para avaliar o bem-estar, quanto para avaliar o grau da doença); Fácies (típica ou átipica – caracterizando de acordo); Atitude do paciente (grau de atividade (apático, indiferente, etc), de irritabilidade); Estado nutritivo (se há a presença de edemas ou não, se aparenta estar nutrido ou desnutrido) Ex. (todas as informações devem ser alteradas seguindo o real exame do paciente): bom estado geral, ativo, reativo, hidratado, acianótico, anictérico, linfonodos não papáveis, fontanela anterior e posterior fechadas, crânio braquicefálico, fácies atípica, coluna vertebral com curvatura fisiológica. - EXAME FÍSICO ESPECIAL: 1. CABEÇA: - FORMATO E SIMETRIA DO CRÂNIO E DA FACE: Alterações do tamanho da cabeça são evidenciadas pela medida do perímetro cefálico até os 3 anos de vida, sendo que no 1º ano deve ser aferido mensalmente. - FONTANELAS: A fontanela anterior ou Bregmática mede, ao nascer, cerca de 4 a 6 cm no diâmetro fronto-parietal e se fecha entre 4 e 26 meses. A posterior ou Lambdóide mede 1 a 2 cm, e costuma fechar por volta dos 2 meses de idade. * Fontanela tensa e abaulada sugere: Doença no SNC: neoplásica ou infecciosa; Infecções ou neoplasias; Hidrocefalia. Fontanela deprimida indica desidratação. Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI MICROCEFALIA MACROCEFALIA 2. PELE E ANEXOS: . Coloração: . Icterícia: Avaliar: pele, mucosa e esclera. Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI . Cianose: Periférica ou Central? Avaliar: ao redor dos lábios, a ponta do nariz; os lobos da orelha, as mãos e os pés. . Palidez: Desaparecimento da cor rósea. Deve-se pesquisar: lábios, mucosa oral, conjuntiva e pálpebras. . Textura da pele: normal, lisa ou áspera. . Sensibilidade: tátil, térmica ou dolorosa. . Espessura: normal; atrófica; hipertrófica. . Hidratação: seca; normal; hiperhidratada. . Elasticidade (facilidade que a pele é deslocada) e Turgor (facilidade com que a pele retorna para o lugar): Para avaliar deve-se realizar o pinçamento e a tração da prega cutânea. . Descrever lesões presentes, se houverem e suas localizações: - DESCAMAÇÃO FISIOLÓGICA: é normal desde que as escamas sejam finas e discretas em torno de 5-7 mm, ocorrendo logo após a primeira semana de vida até a quarta semana. Quando existe uma descamação intensa e hiperemia desde o nascimento, com alteração da textura da pele, pode-se considerar anormal. Tal característica pode indicar pós-maturidade, anoxia intrauterina e ictiose e imunodeficiência primária. . LANUGO: São os pelos curtos, finos, macios e sem pigmentação que cobrem o corpo do feto durante a gravidez. Geralmente desaparecem na primeira semana de vida.. BROTOEJAS: são normais em RN, o importante é deixar a pele respirar, não espremer a ‘bolinha’ e não há necessidade de passar nada, eles somem naturalmente. . ACNE NEONATAL: causada pelo acúmulo de sebo nas glândulas sebáceas. Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI . ERITEMA TÓXICO: bolinhas (pápulas) vermelhas com halo hiperemiado ao redor. Aparece a partir do 1º ao 4º dia de vida, com manchas avermelhadas pequenas desde milímetros a alguns centímetros de diâmetro, com ou sem pequenas pápulas cor-de-rosa pálido avermelhadas, rodeadas por halo vermelhinho, principalmente no tronco. As lesões são assintomáticas, com duração de 2-3 dias, e não necessita tratamento. . MILIÁRIA: Surgem a partir da segunda semana de vida, com pequenas vesículas superficiais. Ocorre por obstrução das glândulas de suor e por imaturidade dessas glândulas do bebê. É mais comum na época de calor. Existem 3 tipos: cristalina, rubra e profunda. . MELANOSE PUSTULOSA NEONATAL TRANSITÓRIA: Apresenta-se desde o nascimento como pústulas pequenas, flácidas e superficiais, que se rompem facilmente e formam crosta e colarete de escamas na face e tronco, e deixam manchas acastanhadas residuais. É importante que o médico diferencie de outros diagnósticos como candidíase, eritema tóxico neonatal, escabiose, herpes. Pode persistir durante meses e não existe tratamento. . BOLHAS POR SUCÇÃO: São bolhas que surgem provavelmente por sucção oral intrauterina. Podem ser encontradas no dorso das mãos, braços, dedos (principalmente o polegar) ou lábios. As lesões são bolhas com conteúdo líquido seroso, de tamanho que pode variar de 0,5 a 2cm presentes desde o nascimento. Melhoram em poucos dias sem deixar sequelas. O diagnóstico diferencial deve ser feito com trauma obstétrico no parto. Como existe quebra da barreira natural da pele e área exposta, é importante evitar que haja infecção bacteriana secundária e pode ser usado pomadas cicatrizantes. Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI . HIPERPLASIA SEBÁCEA: pápulas pequenas e numerosas com cerca de 1 mm, cor da pele, amareladas, no dorso nasal, bochechas e/ ou lábio superior. Acontecem devido à dilatação do infundíbulo folicular (local onde se insere o pêlo), recoberta por queratina. Diagnóstico diferencial com miliária e acne neonatal. Resolve espontaneamente em algumas semanas sem tratamento. . CISTOS DE MÍLIA: são semelhantes à miliária e se caracterizam por pápulas de cor amarelada ou branca perolada, com tamanho de 1 a 2 mm de diâmetro, geralmente múltiplas e agrupadas. Não é necessário nenhum tratamento, desaparecem espontaneamente. Significam cistos epidérmicos, como resultado de retenção de queratina e material sebáceo dentro do folículo. Pode ter associação com síndromes, como epidermólise bolhosa e síndrome oro-facial-digital tipo 1, mas a grande maioria é completamente normal. . DERMATITE ATÓPICA: A dermatite atópica é uma doença crônica, que se caracteriza por uma inflamação da pele, com períodos de melhora e piora, prurido (coceira) intensas e lesões da pele, que se caracteriza por ser seca e em aspecto de “lixa”. Possíveis causas: irritantes de contato (produtos de limpeza, perfumes, amaciantes, metais…), clima (mudança de tempo, umidade/calor/frio), suor, aeroalérgenos (pó, pelos de animais, ácaros, pólen, restos de insetos mortos), infecções (principalmente as virais), alimentos (alergia alimentar, como ao leite, amendoim, trigo, ovo…), estresse e fatores psicológicos (mudança de casa, de escola, separação dos pais, dificuldades escolares…). Pode ser um sinal de desenvolvimento de uma marcha alérgica. Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI - HEMANGIOMA: é um conjunto de pequenos vasos sanguíneos que se aglomeram em determinado ponto do corpo. Os vasos costumam estar bem entrelaçados, com aparência de novelo de lã. As pequenas veias encontram-se englobadas por cápsula fibrosa, caracterizando um tumor benigno. Geralmente são apenas desagradáveis esteticamente. - MANCHA MONGÓLICA: são um acúmulo irregular de melanócitos, ou seja, de células que possuem melanina, o pigmento responsável por dar a cor para a pele. Essas marcas SÃO INOFENSIVAS, podem ser observadas na zona lombar e nas nádegas e, por vezes, em outras áreas, incluindo a parte superior das costas, os ombros, os braços e as pernas. 3. MUCOSAS: Avaliar tanto a mucosa conjuntiva quanto a oral. Observar: Coloração: ictérica; cianótica ou pálida; Umidade; Presença de úlceras, fissuras ou outras lesões. 4. FÂNEROS: Cabelos, pelos, unhas. Observar: quantidade, distribuição, características e alterações, sempre considerando os padrões normais para a idade. 3. OLHOS: Avaliar a presença de: secreção, lacrimejamento, fotofobia, anisocoria (diferença no diâmetro das pupilas), exoftalmia ou enoftalmia (projeção do globo ocular para fora ou para dentro respectivamente), estrabismo (convergente ou divergente, é fisiológico até os seis meses de vida, devendo ser investigado e tratado a partir dessa idade), cor da esclerótica. . POSSÍVEIS ALTERAÇÕES: Hipertelorismo ocular: da distância entre os 2 olhos. Anoftalmia: ausência congênita dos olhos. Microftalmia: do volume ocular. Buftalmia: do volume ocular. Exoftalmia: Olhos salientes. Endoftalmia: depressão dos olhos. Estrabismo ou heterotropia: falta de paralelismo dos eixos visuais. Nistagmo: oscilação rítmica, involuntária, de um dos olhos ou de ambos. Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI Opsoclono: movimentos involuntários arrítmicos dos olhos. 4. OUVIDOS: - Inspeção: Observar simetria, forma, tamanho, deformidades, presença do canal, posição (a porção superior do pavilhão auditivo se implanta ao nível ou acima da linha que cruza os cantos internos e externos dos olhos). Implantação baixa pode ser indicativo de síndrome de Down. - Palpação: palpar a mastóide (pós- auricular); movimentar pavilhão; palpar a articulação temporo mandibular (pré- auricular); pedir para o paciente abrir e fechar a boca. - Otoscopia: é o exame visual direto do canal auditivo externo e da membrana timpânica. Deve-se checar a presença de: cerume, secreção purulenta, corpos estranhos (canal auditivo externo), sangue, processos inflamatórios, integridade, transparência, se está abaulada ou retraída (membrana timpânica), hiperemia . EX. (todas as informações devem ser alteradas seguindo o real exame do Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI paciente): presença de cerume, membrana timpânica visualizada à esquerda e à direita, sem alterações. Ausência de hiperemia e secreções. - Avaliação da qualidade auditiva: Nos lactentes, observar se há pestanejamento dos olhos, susto ou direcionamento da cabeça para o lado do estímulo. 43. Nas crianças maiores, pode-se sussurrar ordens a uma distância de 240 cm, aproximadamente. Encaminhar à especialista sempre que houver suspeita de anormalidade. 5. NARIZ: - Deve-se visualizar: mucosa e sua coloração, septo nasal, se há a presença de desvios ou outras alterações, pilosidade, concha nasal média e inferior, meato nasal médio, calibre das vias aéreas. - Verificar a presença de secreção: hialina, sero-mucosa, purulenta, sanguinolenta. EX. (todas as informações devem ser alteradas seguindo o real exame do paciente): sem alterações, presença/ausência de crosta de secreção fisiológica. 6. BOCA E FARINGE - Na inspeção, deve-se observar a anatomia: parede posterior, pilares anteriores e posterioresmais tonsila palatina (o aspecto da tonsila: hiperemiada? Há a presença de petéquias? Presença de pontos esbranquiçados ou purulentos?), frênulo da língua (inserção), dentes (avaliar defeitos no alinhamento, presença de cáries, tártaro e placa bacteriana); gengiva superior e inferior; face interna das bochechas; língua (aspecto, alterações fisiológicas (ex: língua geográfica) ou patológicas. Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI - Palpação: É realizada com o uso da luva de procedimento. É útil para avaliar a (s): Integridade do palato duro e palato mole, gengiva, paredes da cavidade oral. > Dentição: higiene, febre, irritação . 06 à 07 mm: Incisivos centrais inferiores . 07 à 08 mm: Incisivos centrais superiores . 08 à 09 mm: Incisivos laterais superiores . 10 à 12 mm: Incisivos laterais inferiores . 12 à 15 mm: Pré-molares . 18 à 20 mm: Caninos . 20 à 24 mm: Molares - ALTERAÇÕES: Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 7. PESCOÇO: - INSPEÇÃO: presença de abaulamentos, sinais de inflamação, secreção avaliar se há: lesões e torcicolo congênito - PALPAÇÃO: avaliação de um possível adenomegalia (consistência, tamanho, aderência, dor). Avaliação da rigidez da musculatura: no caso do torcicolo congênito . Linfonodos: na criança, é obrigatória a avaliação dos linfonodos (cervicais, submandibulares, retroauriculares, axilares, supraclaviculares, pré-auriculares) . Deve-se se observar: tamanho, localização (geral ou localizado), consistência (fibroelástica ou amolecido ou endurecido), presença de sinais inflamatórios, sensibilidade, presença de fístulas, aderência à pele, planos profundos (pode sugerir malignidade) ou a outros gânglios (não diferencia em benigno ou maligno) . Presença de linfonodo palpável de qualquer tamanho no período neonatal: adenomegalia. . Em lactentes e crianças menores: linfonodos cervicais > 1cm; linfonodos inguinais > 1,5cm. estão anormais; qualquer outro linfonodo > 0,5cm - ALTERAÇÕES: 8. TÓRAX: - Inspeção: Forma (chato ou plano, em tonel ou globoso, tórax infundibulado, cariniforme, tônico ou em sino, cifótico); Simetria; Sinais de raquitismo; Tipo respiratório; Ritmo; Expansibilidade torácica; Uso de músculo acessórios Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI - RESPIRATÓRIO: - Palpação: Frêmito tóraco-vocal: são as vibrações das cordas vocais transmitidas à parede toráxica - Percussão: Som claro pulmonar; Som timpânico (no espaço de Traube) 51; Som maciço na região inferior ao esterno; Som maciço na região infra mamária direita (macicez hepática) - Ausculta: É fundamental procurar alteração de sons respiratórios e sua localização. Fisiologicamente pode-se encontrar os sons: traqueal, brônquico, murmúrio vesicular e broncovesicular. Patologicamente tem-se: estertores, ruídos adventícios, sopros, roncos e sibilos estridores e atrito pleural. EX. (todas as informações devem ser alteradas seguindo o real exame do paciente): tórax plano, simétrico, ausência de abaulamentos, murmúrio vesicular presente, sem ruídos adventícios, eupneico, sem batimentos de aletas nasais. - CARDIOVASCULAR: - Inspeção: Ver impulso apical, choque da ponta ou ictus cordis (ao nível do 4°espaço intercostal até os 7 anos). - Palpação: Palpar ictus; checar a presença de frêmitos. - Analisar: Abaulamentos. Deve ser feito a partir de 2 incidências: tangencial (examinador de pé e do lado direito do paciente) e frontal (pesquisador junto aos pés do paciente) - Ictus Cordis: frequência; ritmo; localização; extensão; mobilidade; intensidade; tipo de pulsação. * Localização: varia de acordo com o biótipo - Pesquisar frêmito cardiovascular: É a sensação táctil determinada pelas vibrações produzidas no coração e nos vasos. EX. (todas as informações devem ser alteradas seguindo o real exame do paciente): ictus cordis palpável e não visível, sem sopros, RCR 2T, bulhas normorrítmicas e normofonéticas. 9. ABDÔMEN Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI - Inspeção: Observar alterações na forma e no volume Exemplo: abdome ascítico; distendido ou obeso; presença de abaulamentos localizados; hérnias umbilicais ou ventrais. Na prática clínica. *Lembrar que o abdome da criança é protuberante pelo pouco desenvolvimento da musculatura. Forma Simetria Cicatriz umbilical (hérnias/secreções) Presença de movimentos peristálticos Abaulamentos Edema Circulação colateral - ALTERAÇÕES: - Ausculta: Percepção dos ruídos hidroaéreos (aumentados – diarreia, fase inicial da eritonite; diminuídos ou abolidos- íleo paralítico da peritonite). Deve preceder a palpação e a percussão. Inicia-se pela fossa ilíaca esquerda. - Palpação: Superficial e profunda do fígado e do baço. Na presença de dor abdominal avaliar a localização, defesa, rigidez da parede. Avaliar a presença de visceromegalias ou massas na palpação profunda (No lactente o FÍGADO é maior- palpado a 2/3 cm abaixo do RCD; 14 % dos lactentes palpa-se ponta de BAÇO e em 7% das crianças entre 2 e 7 anos) Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI * No período neonatal os RINS podem ser palpáveis. Na criança maior e adolescentes os rins não são palpáveis (palpação de loja renal-com a mão esquerda apoiada sob o ângulo costovertebral e palpa-se com a mão direita) Evitar manobras bruscas; Mãos aquecidas e a mão espalmada sobre o abdome (utiliza as popas digitais); Aproveitar a inspiração – maior relaxamento muscular; Inicia-se c/ palpação superficial - deslizando a mão sobre o abdome,observando se há dor; Observar sinais de descompressão brusca: McBurney, Blumberg, Murphy, Giordano. - Percussão: Todo o abdome; Som timpânico devido a presença de víscera ocas(intensidade variável); Hepatimetria; Pesquisa de esplenomegalia; Observar sinais: Jobert (timpanismo na percussão da loja hepática - ruptura de víscera oca); Piparote: com uma das mãos o examinador golpeia o abdome com piparotes, enquanto a outra, espalmada na região contralateral, procura captar ondas líquidas chocando-se contra a parede abdominal e Semicírculo de Skoda (o líquido ascítico ocupam as áreas de declive do abdome, em hipogástrio e flancos, ao se percutir o abdome a partir do andar superior, delimita-se uma linha circular na transição entre o timpanismo e macicez das áreas de maior declive) EX. (todas as informações devem ser alteradas seguindo o real exame do paciente): abdômen globoso, ausência de visceomegalias, ruídos hidroaéreos fisiológicos presentes, cicatriz umbilical bem implantada. 10. GENITÁLIA E RETO . MENINOS: - Presença de fimose e testículos na bolsa escrotal; - Reflexos cremastéricos - aspecto e tamanho do pênis e da bolsa escrotal - Exposição da glande - Presença de aderências Observar também: Hidrocele (presença de líquido em quantidades anormais na bolsa escrotal); Hipospádia (deformação Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI congênita → abertura da uretra está na face inferior ou ventral do pênis); Epispádia (deformação congênita → abertura da uretra está na face dorsal do pênis); Hipogonadismo (glândulas não produzem hormônios suficientes). . MENINAS - Simetria de grandes lábios; - Presença de pilificação ou tumoração; - Coloração de mucosa da vulva e intróito vaginal; - Presença de secreções; * Nas recém-nascidas, pode haver secreção mucóide ou, às vezes, sanguinolenta nos primeiros dias de vida, devidoa uma influência estrogênica materna. * Em meninas pré-escolares, a inspeção da vagina é facilitada pela posição genu- peitoral: decúbito ventral, com os joelhos e o tórax apoiados no leito, cabeça lateralizada e apoiada nos braços. -Características de clitóris, pequenos lábios e hímen: Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI Região ANAL: - Pregueamento de esfíncter; -Presença de: -Malformações -Fissuras - Fezes com aspecto de geléia de morango = invaginação intestinal - Toque retal: criança em decúbito lateral esquerdo, com a perna esquerda semi- estendida e a direita fletida e o lactente em decúbito dorsal. Nos primeiros meses usa- se o dedo mínimo e depois o indicador. Verificar tônus do esfíncter, dimensões da ampola retal e quantidade das fezes, presença de pólipos. Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI 11. SISTEMA OSTEOARTICULAR/EXTREMIDADES Observar: • Deformidades • Hemiatrofia • Valgismo (joelhos para dentro) /varismo (joelhos para fora) • Paralisias • Edema • Alterações da temperatura • Postura • Assimetria • Alterações da marcha Palpa-se os músculos: esternocleidomastoideo, clavículas, gradil costal, coluna vertebral. Observa-se na região sacrococcígea se há presença de fosseta, seio pilonidal e tumorações Manobra de Ortolani: o examinador deve segurar as pernas e as coxas da criança, apoiando as mãos sobre o joelho do RN e, com os dedos, tentando alcançar a articulação coxofemural (no intuito de palpar fenômenos vibratórios nesta articulação). As coxas e as pernas do RN devem estar flexionadas. Feito isso, realiza- se, simultaneamente, uma rotação externa e abdução da coxa, realizando, ao mesmo tempo, força contra a articulação coxofemural. Tal manobra é positiva mediante a sensação de deslocamento do quadril. Diagnostica Displasia de Desenvolvimento do Quadril (DDQ). Manobra de Barlow: consiste no movimento contrário ao realizado durante a manobra de Ortolani. Aproveita-se a abertura já feita durante a primeira manobra, com as mãos na mesma posição, realiza-se a rotação interna e adução da coxa. Tal manobra sensibiliza ainda mais a de Ortolani, e garante que um eventual deslocamento da articulação da coxa não passe despercebido. Diagnostica instabilidade no quadril ARTICULAÇÕES: Observar: sinais inflamatórios (edema, calor, rubor e dor), alterações da mobilidade (limitação ou hipermobilidade), nódulos. - Articulação do quadril: • No recém-nascido realizar a manobra de Ortolani. • Nos lactentes comparar a simetria da abdução, das pregas glúteas e das fossas poplíteas. MÃOS E PÉS: Observar: dedos extra-numerários, baqueteamento digital (espessamento do tecido conjuntivo vascularizado), linha Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI simiesca (1 única linha na palma da mão), clinodactilia (desvio ou encurvamento dos dedos), sindactilia (fusão dos dedos) - Avaliação dos pés do ponto de vista: Estático: com carga (em pé); sem carga (sentado) Dinâmico: observar marcha: assim que o paciente entra no consultório COLUNA VERTEBRAL: Examinar em diversas posições: Rigidez, Postura, Mobilidade, Curvaturas (escoliose; cifose; lordose). 12. EXAME NEUROLÓGICO Avaliar: • Comportamento geral • Consciência • Memória • Orientação • Comunicabilidade • Compreensão • Fala • Escrita • Atividade motora • Sinais de irritação meníngea → Reflexos primitivos no RN: são respostas automáticas e estereotipadas a um determinado estímulo externo, que estão presentes ao nascimento, mas são inibidos ao longo dos primeiros meses. Avalia a integridade do SNC e sua persistência demonstra disfunção neurológica. Reflexo de Moro: após extensão dos membros superiores, ocorre o fechamento simétrico e bilateral dos mesmos seguido por choro. Sucção reflexa: sucção vigorosa ao estimular os lábios. Reflexo de busca: o RN se vira para o lado em que os lábios foram tocados Reflexo tônico-cervical assimétrico: após rotação da cabeça, observa-se extensão do membro superior ipsilateral à rotação e flexão do membro superior contralateral. Preensão palmoplantar: após tocar palma das mãos e pés do RN ocorrerá o fechamento dos mesmos. Apoio plantar: após apoio do pé do RN sobre superfície dura, observa-se extensão das pernas. Marcha reflexa: ao inclinar o tronco do RN seguro pelas axilas, observa- se cruzamento das pernas, uma à frente da outra. Reflexo de Galant: após estímulo tátil na região dorso lateral, observa-se encurvamento do tronco ipsilateral ao estímulo. Reflexo da escada: após estimulo tátil do dorso do pé estando o bebê seguro pelas axilas, observa-se elevação do pé como se estivesse subindo um degrau de escada. Marcos do Desenvolvimento: . 01 m: segue com os olhos . 02 mm: sorriso social . 03 mm: sustenta a cabeça Semiologia Pediátrica NICOLE MALHEIROS – MEDICINA FUNORTE XXXI . 04 mm: segura objetos . 05 mm: gira sobre o abdome . 06 mm: senta com apoio . 07 mm: preensão palmar . 08 mm: pinça digital . 09 mm: fica sentado sem apoio . 10 mm: engatinha . 11 mm: fica de pé e anda com apoio . 12 à 14 mm: anda sem apoio (deambular) REFERÊNCIAS: . https://pediatriadescomplicada.com.br/2017/10/26/pele- do-recem-nascido-o-que-voce-precisa-saber/ . Manual de habilidades profissionais: atenção à saúde da criança maior / Organização de Rosa de Fátima da Silva Vieira Marques et al. – Belém: EDUEPA, 2020. (Pediatria) https://pediatriadescomplicada.com.br/2017/10/26/pele-do-recem-nascido-o-que-voce-precisa-saber/ https://pediatriadescomplicada.com.br/2017/10/26/pele-do-recem-nascido-o-que-voce-precisa-saber/
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