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Surgical And Cosmetic Dermatology - Laser fracionado de CO2_ uma experiência pessoal

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19/01/2021 Surgical And Cosmetic Dermatology - Laser fracionado de CO2: uma experiência pessoal
www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/103/Laser-fracionado-de-CO2--uma-experiencia-pessoal 1/7
Volume 2 Número 4
 
COMO EU FAÇO ?
Laser fracionado de CO2: uma experiência pessoal
Fractional CO2 laser: a personal experience
Valeria B. Campos1, Gabriel Gontijo1
Fellow em dermatologia e laser na Harvard
Medical School, Boston (MA), EUA e mestre
em dermatologia pela Faculdade de Me-
dicina da Universidade de São Paulo (USP),
São Paulo (SP), Brasil 1, Mestre em dermatologia, professor de 
dermatologia da Faculdade de Medicina
da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG),preceptor de cirurgia dermatológica
do Serviço de Dermatologia do Hospital
das Clínicas da Universidade de Medicina
da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), Belo Horizonte (MG), Brasil.2
Recebido em: 01/10/2010
Aprovado em: 20/10/2010
Trabalho realizado na Clinica privada dos
autores.
Conflito de interesse: Nenhum
Suporte financeiro: Nenhum
Correspondência:
Dra.Valéria B. Campos 
Av. 9 Julho / 1677 – 3 andar - Jundiaí
13201-798 – São Paulo - SP
email: clinicavcampos@hotmail.com
 
Resumo
Diversos métodos têm sido utilizados para rejuvenescimento facial. O resurfacing facial, após mais
de 20 anos de existência, passou por fase de amadurecimento e busca de novas tecnologias que
viessem complementar as falhas inerentes ao procedimento e atualmente, após seu fracionamento
volta a ter o destaque que já teve no passado. Essa fase, porém, iniciou-se com a expectativa de um
procedimento com a mesma eficácia do resurfacing ablativo tradicional e 100% seguro, infelizmente
isso não aconteceu. O resurfacing fracionado ablativo tem-se mostrado um procedimento muito
valioso porém os resultados não são os mesmos do resurfacing tradicional; o fracionamento
realmente diminuiu os efeitos colaterais,mas esses não devem ser desprezados.Nesse artigo
19/01/2021 Surgical And Cosmetic Dermatology - Laser fracionado de CO2: uma experiência pessoal
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falamos sobre a nossa experiência pessoal, falamos detalhadamente sobre os possíveis efeitos
colaterais, como evitálos e tratá-los.
INTRODUÇÃO
O rejuvenescimento facial tem sido uma preocupação ao longo do tempo.
Diversos métodos são utilizados e atualmente o tratamento através do laser de dióxido de carbono
(CO2) é motivo de discussão e expectativa.O resurfacing facial, após mais de 20 anos de existência,
passou por fase de amadurecimento e busca de novas tecnologias que viessem complementar as
falhas inerentes ao procedimento.O resurfacing ablativo, já maduro, ganhou o fracionamento de seus
raios, intervenção essa extremamente positiva. Essa fase, porém, se iniciou com a expectativa de
um procedimento eficiente como o resurfacing tradicional e 100% seguro, fato esse não confirmado
com a experiência prática. O resurfacing fracionado ablativo tem-se mostrado procedimento muito
valioso,mas requer profundo conhecimento de todos os profissionais que desejam obter os melhores
resultados para seus pacientes.
FÍSICA DO LASER DE CO2
O laser de CO2 foi um dos primeiros em que se empregou gás, tendo sido idealizado por Kumar
Patel em 1964. 1 Ainda hoje é dos mais usados no mundo, tanto na medicina como nas indústrias
em geral.
Esse laser emite raios com comprimento de onda de 10.600nm, que são fortemente absorvidos pela
água tecidual (Figuras 1A e 1B).A penetração depende do conteúdo de água e independe da
melanina e da hemoglobina. Em média, com a duração de pulso inferior a um milissegundo, a luz do
laser de CO2 penetra de 20 a 30µ no tecido. 2
Seu mecanismo de ação é a produção de calor. Pequenas elevações de temperatura produzem
bioestimulação tecidual; temperaturas entre 600C e 850C provocam coagulação; temperaturas
acima de 850C resultam em carbonização, enquanto temperaturas próximas aos 1000C levam à
vaporização. 3
No caso do laser de CO2 a vaporização ocorre quando o laser atinge a pele. Esse fenômeno resulta
do aquecimento super-rápido, ebulição e vaporização da água, gerando-se a ablação, responsável
pelo resurfacing ablativo. Essa transferência de calor é provavelmente responsável pela
desnaturação do colágeno. 4 A desnaturação é processo que se dá em moléculas biológicas,
principalmente proteínas, expostas a condições diferentes daquelas em que foram produzidas, como
as variações de temperatura, entre outras.A proteína perde sua estrutura tridimensional e, portanto,
suas propriedades. Por outro lado, essa reação é exotérmica, liberando calor. Esse calor se dissipa
pelas células adjacentes e causa o chamado efeito térmico residual, que também atua como
estímulo à produção de colágeno.A desnaturação do colágeno contribui para a contração do tecido
visível a olho nu durante o procedimento e para a melhora das rugas e flacidez que ocorre após o
procedimento.Além disso, esse fenômeno também induz uma reação tecidual que gera
neocolagênese durante seis meses após o procedimento. 5
Em resumo o laser de CO2 produz rejuvenescimento da pele através da contração de colágeno,
ablação (remoção) da pele fotolesada, lesão térmica periférica e neocolagênese.
HISTÓRICO DO LASER DE CO2
O laser de dióxido de carbono (laser CO2) está entre os primeiros desenvolvidos, sendo ainda um
dos mais úteis, e não só na medicina. 4
As primeiras versões foram utilizadas nos lábios para o tratamento de queilite actínica. 6
Rapidamente a técnica se estendeu para a face toda e deu origem ao resurfacing ablativo, que se
mostrou extremamente efetivo. 4 No entanto, esse procedimento era muito doloroso, exigia período
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longo que chegava a meses de cuidados intensivos pós-operatórios e de afastamento das atividades
pessoais. Além disso, existia considerável porcentagem de efeitos colaterais adversos, como
infecção, eritema, hiper e hipopigmentações de longa duração, além de cicatrizes.
A partir de 1990, foram desenvolvidos aparelhos baseados na teoria da fototermólise seletiva de Rox
Anderson,7 e uma nova categoria de aparelhos com pulsos curtos (ultrapulsados), altas energias e
scanner foi lançada para minimizar os problemas já citados. Felizmente a incidência de efeitos
colaterais diminuiu, mas o procedimento continuou bastante agressivo, doloroso, com longos
períodos de recuperação e considerável taxa de efeitos colaterais.
Fracionamento 
A fototermólise fracionada é método concebido na Harvard University por Dieter Manstein e Rox
Anderson em 2004. 8 Foi desenvolvido para oferecer resultados tão efetivos quanto o resurfacing
tradicional sem as desvantagens acima descritas.A idéia básica foi atingir a pele de modo profundo
(dérmico), porem pontual, em frações microscópicas. Essas microfrações coaguladas pelo laser são
conhecidas como "Micro Thermal Zones" (MTZS.). Essa técnica não remove a epiderme, por isso é
conhecida como resurfacing fracionado não ablativo. Entre as MTZS há ilhas de pele íntegra, não
tratada. (Figura 2) .sas áreas funcionam como promotores da cicatrização. Como resultado, observa-
se uma ação profunda do laser,mas sem romper a integridade da pele.Há uma troca escalonada do
tecido, com período de recuperação mais rápido e tranqüilo.As MTZS não são visíveis a olho nú.
O primeiro equipamento a utilizar essa técnica foi o Fraxel @ (Reliant cidade,USA). Logo surgiram
outros equipamentos, cada um com suas peculiaridades, vantagens e desvantagens. Essa técnica
ganhou muito em segurança. Por outro lado, procedimentos menos agressivos, ditos não ablativos,
não refazem a superfície da pele de modo tão significativo e podem ser insuficientes para melhorar a
elastose solar severa.A penetração de sua ação e a formação de um novo colágeno são menores do
que nos procedimentos ablativos.Alem disso os altos custostanto para o paciente quando para o
medico (aparelhos caros associados a consumíveis também caros) e a necessidade de múltiplas
aplicações, levaram a indústria a lançar outros equipamentos. 3
LASER FRACIONADO ABLATIVO
O uso do laser ablativo fracionado foi introduzido em 2006, com o objetivo de se obter uma técnica
tão eficiente na Surg Cosmet Dermatol. 2010;2(4):326-32. 328 Campos VB,Gontijo G remoção de
rugas quanto o CO2 tradicional e tão segura quanto o resurfacing fracionado não ablativo.No caso
do resurfacing fracionado ablativo há rupturas localizadas da epiderme, cercadas de pele intacta
(Figura 3).A profundidade da lesão é determinada pela quantidade de energia fornecida (Figura 4). 9
Graças ao fracionamento, o resurfacing ablativo fracionado consegue atingir camadas muito mais
profundas (até 1500 µm) do que o resurfacing ablativo não fracionado (10-300 µm). 10 Infelizmente o
fracionamento do laser tornou a técnica menos eficiente para o tratamento de rugas faciais,
fotoenvelhecimento e cicatrizes, porem ganhou muito em segurança. 11
INDICAÇÕES
O laser de CO2 fracionado tem no rejuvenescimento cutâneo a sua melhor indicação. (Figura 5)É
uma boa opção para o tratamento do envelhecimento facial, desde que provoca a contração do
colágeno.Trata também lesões pigmentadas e melhora as queratoses actinicas. 10 O fracionamento
do laser permitiu o tratamento de áreas extra-facias como a cervical, região anterior do tórax, braços
e pernas. 11 Os aparelhos modernos permitem atuação mais intensa e portanto com pós operatório
mais difícil (Figura 6) ou mais suave (Figura 7) conforme o recomendado para cada caso.
Outras indicações são: cicatrizes de acne, varicela e cirúrgicas. As mesmas indicações do laser de
CO2 tradicional são válidas, pois é possível operar os aparelhos no modo não fracionado. Seguem-
se as indicações terapêuticas: queratoses seborreicas e acti- nicas, verrugas, nevos, acrocordons,
rinofima, hiperplasias sebáceas, xantelasmas, siringomas, queilite actinica, angiofibromas, queloides
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(coadjuvante) e neurofibromas. O laser de CO2 laser não é recomendado para remoção de tatuagem
e maquiagem definitiva.
Efeitos colaterais
A incidência dos efeitos colaterais, que era muito freqüente com o laser de CO2 tradicional, diminuiu
bastante com a nova tecnologia fracionada,mas foi talvez inicialmente subestimada. 10,11
- Edema Pós Operatório
O edema varia de leve a moderado. Na região periorbital tem seu pico na manhã do dia seguinte ao
procedimento.No restante da face, a pior fase ocorre entre o segundo e terceiro dias após o
procedimento.Normalmente não causa muito desconforto e melhora com sessões diárias de LEDs-
Light Emitting Diodes (infravermelho). Nos casos mais intensos podem ser empregados
corticoterapia orail (prednisona 40-60 mg/dia por 2 a 4 dias) ou intramuscular.Compressas geladas
de chá de camomila, bolsas térmicas ou água termal em spray também aliviam o desconforto.
- Eritema
O eritema transitório ocorre em 100% dos pacientes após o uso de com laser de CO2 fracionado.A
sua intensidade e persistência são proporcionais à profundidade do resurfacing (Figura 4) (quanto
mais alta a energia utilizada,maior será a profundidade atingida) e ao número de passadas. 15 O
eritema persistente é extremante raro com o fracionamento do laser e pode ser tratado com o Dye
Laser ou Luz Intensa Pulsada.
- Hipopigmentação 
É normalmente um fenômeno tardio (seis meses após o tratamento) raríssimo após o uso do laser
de CO2 fracionado. Existem dois tipos de hipopigmentação: a verdadeira onde ocorre a perda da
melanina após resurfacing muito agressivo, infecção local ou dermatite de contato.Há uma hipótese
que o abuso de hidroquinona prévia ao tratamento poderia ser outra causa.O tratamento é muito
complicado e pode ser feito com lasers não ablativos, Excimer laser,microenxerto de melanócitos ou
micropigmentação com maquiagem definitiva. A pseudohipopigmentaçao se traduz por um aspecto
mais claro da pele tratada em contraste com a pele adjacente.Uma maneira de evitar a
pseudohipopigmentação é evitar o tratamento de unidades estéticas faciais isoladas e diminuir
gradativamente a densidade e a energia entre a face e a região cervical ou entre as regiões anterior
do tórax e cervical.
- Hiperpigmentação 
Efeito colateral muito comum após o CO2 tradicional e diminuiu com o fracionamento. (Figura 8)
Atinge principalmente os fototipos intermediários (Fitzpatrick tipo IV e V). O uso de medicação tópica
previa profilática para prevenção da hipercromia pósinflamatória é controversa. 7 Ocorre após o
primeiro mês do tratamento e muitas vezes é desencadeada por uma exposição ao sol ou mesmo ao
infravermelho (calor). Pode ser tratada com cremes clareadores com hidroquinona ou outra droga
clareadora.Outras opções de tratamento são a luz intensa pulsada e o resurfacing não ablativo.
- Prurido 
Apesar de extremante comum, geralmente secundário apenas ao processo de cicatrização, pode ser
um sinal de alerta pela possibilidade de infecção secundaria por manipulação da pele pelo paciente,
podendo ser seguida por cicatrizes hipertróficas. 10,11 Após exclusão da infecção, o tratamento é
feito com compressas de água fervida e gelada ou spray de água termal. Podem também ser
indicados anti-histamínicos, inclusive os que causam sonolência (dexclorfeniramina).
- Cicatrizes
Podem ser hipertróficas ou atróficas. São mais raras após o fracionamento da luz,mas infelizmente
ainda ocorrem após procedimentos muito agressivos, ou mesmo sem razão aparente. 10,11 São
mais comuns em áreas com pele mais delgada como nas regiões cervical e periocular.As atrofias
devem ser tratadas com múltiplas sessões de resurfacing fracionado não ablativo (1540 ou 1550
nm). O Dye laser é indicado para ambos os tipos de cicatrizes, sendo a corticoterapia intralesional
recomendada para as hipertrofias.
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CONCLUSÃO
O fracionamento do laser de CO2 trouxe, sem duvida, enormes benefícios, mas também uma falsa
idéia da ausência de efeitos colaterais.Apesar das complicações acontecerem nas mãos de médicos
muito bem treinados, talvez a popularização dos lasers tenha dado origem a uma nova geração de
médicos que não esteja tão preocupada em treinamentos extensos. Os novos equipamentos
oferecem alternativas que aprofundam o tratamento até 1500 µm, que aumentam a chance de
efeitos colaterais. Provavelmente, o resurfacing é um procedimento que veio para ficar, mas o laser
de CO2 mesmo fracionado continua sendo um tratamento eficiente e agressivo e como tal deve ser
tratado.
COMO EU FAÇO
O procedimento deve ser planejado no mínimo 30 dias antes.A época do ano é decisiva
principalmente para pacientes com pele mais escuras, sendo excelentes opções as vésperas de
feriados prolongados.Os equipamentos atuais de CO2 fracionado são muito versáteis, por isso é
possível planejar procedimentos mais leves que devem ser repetidos ou aqueles mais agressivos
com menor número de sessões, se o fototipo permitir. É importante em consulta prévia ao
procedimento a obtenção de história clinica bem detalhada, exame físico e solicitação de exames
laboratoriais quando necessários.As fotografias preferencialmente devem ser retiradas com
antecedência para evitar esquecimentos no dia do procedimento. A medicação tópica prévia como
filtro solar, vitamina C, tretinoina e/ou acido glicólico podem ser úteis na aceleração da cicatrização.
O uso prévio da hidroquinona é bastante discutível. 12
O paciente deve ter em mãos a prescrição com todos os produtos que vai utilizar após o
procedimento, acompanhada das orientações por escrito.
Antes de iniciar a sessão, o protetor intraocular deve ser colocadoquando houver previsão de
tratamento da região palpebral. A pele deve ser rigorosamente limpa e seca para que nenhum
resquício de creme anestésico ou água possa atrapalhar a penetração e atuação do raio do laser na
pele. O uso do aspirador é obrigatório, sendo todas as pessoas presentes na sala orientadas ao uso
dos óculos de proteção.
Antes do início da sessão os parâmetros já devem estar definidos, e podem ser alterados de acordo
com a sensação de dor do paciente. Cada aparelho tem parâmetros próprios e o usuário deve estar
habilitado antes de iniciar a sua utilização.
EXPERIÊNCIA PESSOAL COM O APARELHO ACTIVE FX®, (LUMENIS,YOKNEAM,
ISRAEL) (Quadro 1)
Os pacientes com alterações de pigmentação recebem tratamento suave, com parâmetros
subablativos -fluência abaixo de 30 MJ, padrão quadrado e densidade 5 - e recuperação em 1 ou 2
dias.Nos casos de fotoenvelhecimento leve e áreas extra faciais utiliza-se tratamento um pouco mais
agressivo, com uma única passagem com fluência entre 40 e 90 MJ, padrão quadrado e densidade
3. Pacientes com fotoenvelhecimento moderado e intenso recebem tratamento mais agressivo desde
que o fototipo permita: fluência entre 90 e 125 MJ, padrão quadrado e densidade 4 ou 5.A região
periorbital tem pele delgada e deve ser tratada com energia máxima de 90 J. No rejuvenescimento
não se utilizam múltiplas passagens: para coberturas maiores altera-se a densidade e se utiliza o
"Cool scan" ou Padrão de leitura não seqüencial e não adjacente, o que diminui o aquecimento
excessivo e eventuais efeitos colaterais. Nas lesões localizadas, onde é necessária destruição maior
como em queratoses seborreicas, utiliza-se o laser continuo com múltiplas passagens.
Após a sessão permanece sensação de calor que dura horas. Nesse período é importante manter o
paciente em local ventilado e de preferência com jatos de ar gelado que podem ser obtidos através
de resfriadores, ar condicionado e/ou ventiladores.Compressas frias também são
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recomendadas.Não se utilizam anestésicos tópicos após o procedimento pelo risco de toxicidade em
virtude do aumento da penetração.
A bioestimulação consiste no uso de lasers de baixa intensidade ou outras fontes de luz como os
LEDs, para diminuir a inflamação e estimular a cicatrização. 13,14 Deve ser iniciada imediatamente
após a sessão e mantida em dias alternados ate a cicatrização completa.
De modo geral, em um tratamento padrão, em cada sessão visa-se trocar de 5 a 100% da pele.
Podem ser previstas de uma a cinco sessões. Quanto mais agressivo for o tratamento menor será a
necessidade de repetição e maiores serão os intervalos entre elas (1 a 3 meses de intervalos) O
tratamento não se restringe à face: as áreas de pele com menor número de anexos, como o colo,
pescoço e dorso das mãos podem ser tratadas, com a devida cautela10, 11
PÉROLAS NO TRATAMENTO COM LASER DE CO2 FRACIONADO
Tempo médio para tratar uma face: 20 min; Pescoço ou mãos: 5 min.Há que se somar o tempo de
preparo prévio (limpeza e anestesia da face) e o resfriamento após a sessão, que pode ser feito em
outra sala.
A dor é razoável apesar da anestesia tópica e/ou bloqueio; após a sessão um jato de ar frio alivia
a sensação de desconforto.
A barreira cutânea será removida; são esperadas secreções e crostas (atenção especial aos
cuidados pos operatórios)
Os pacientes podem barbear-se ou maquiar-se 3 dias após a sessão
O período de afastamento das atividades será entre 3 a 7 dias. O edema permanece pelo período
de 1-5 dias. Se este período se prolongar, deve ser excluída a possibilidade de infecção secundária.
O eritema dura de 3 a 30 dias, na dependência da intensidade dos parâmetros utilizados
Filtros solares associados a cremes ou pomadas cicatrizantes, bem como compressas geladas de
soro fisiológico ou água termal são indicadas no período pós-operatório.
Corticoesteróides orais e tópicos ajudam a diminuir o eritema e a probabilidade de hipercromia
residual pós-inflamatória. A terapia anti-herpética VO é necessária sempre que for referida historia
previa de herpes simples na área a ser tratada ou sempre que o procedimento for mais agressivo.
Não se recomenda o uso de antibióticos profiláticos, mas sim de acompanhamento diário do
paciente pelo médico para a identificação de infecções em seus estágios iniciais.
Uma das maiores dificuldades na realização do resurfacing fracionado de CO2 é a escolha de
parâmetros; em caso de dúvidas, deve-se proceder a pequenas áreas de teste e/ou optar pelo
tratamento menos agressivo com chance de repetí-lo se o resultado for inferior ao esperado.
As regiões extra-faciais são mais susceptíveis aos efeitos colaterais.
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