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Surgical and Cosmetic Dermatology - Volume 10. N°1

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ISSN 1984-5510
Volume 10 ● Número 1 ● Janeiro - Março 2018
Terapia celular combinada com 
membranas de biopolímeros melhora 
a cicatrização de úlceras em paciente 
com dermatomiosite juvenil
A lipoescultura como tratamento 
complementar na ritidoplastia
Técnica inovadora para tratamento 
de flacidez cervical com fio 
mononylon para sustentação 
transmastoide
A utilidade da microscopia confocal nas lesões 
de lentigo maligno
SU
RG
ICA
L &
 CO
SM
ETIC D
ERM
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G
Y 
V.10 N
. 1 | P. 1-88 
 
JA
N
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A
R 2018 
www.surgicalcosmetic.org.br
APOIO CIENTÍFICO:
Surgical
& Cosmetic
 Dermatology
Publicação Oficial da Sociedade Brasileira de Dermatologia
Publicação Trimestral
www.surgicalcosmetic.org.br
Periodicidade TrimesTral
EDITORA-CHEFE 
Bogdana Victoria Kadunc
Pontifícia Universidade Católica de Campinas - (PUC - Campinas) - Campinas(SP), Brasil 
Hospital do Servidor Público Municipal - São Paulo (SP), Brasil
CO-EDITORES 
Adilson Costa 
Emory University School of Medicine - Atlanta/GA, USA.
Ada Trindade Almeida 
Hospital do Servidor Público Municipal - São Paulo (SP), Brasil.
Surg Cosmet Dermatol. | Rio de Janeiro | v. 10 | n. 1| Jan-Mar. 2018 | p.01-88 
ISSN: 1984-5510 
Online ISSN: 1984-8773
Sociedade Brasileira de Dermatologia
Afiliada à Associação Médica Brasileira
www.sbd.org.br
SUR GI CAL & COS ME TIC DER MA TO LOGY
Publicação Oficial da Sociedade Brasileira de Dermatologia
Official Publication of Brazilian Society of Dermatology
Publicação Trimestral (Quarterly Edition)
ISSN 1984-5510 l ISSN-e 1984-8773 l Janeiro - Março 2018 l Volume 10 l Número 1
Surgical & Cosmetic Dermatology
Diretoria Executiva
Presidente: 
José Antonio Sanches Junior | SP
Vice-Presidente:
Sérgio Luiz Lira Palma | PE
Secretário Geral:
Flávio Barbosa Luz | RJ
Tesoureira:
Maria Auxiliadora Jeunon Sousa | RJ
Primeiro Secretário:
Hélio Amante Miot | SP
Segunda Secretária:
Sílvia Maria Schmidt | SC
Editores
Editora-chefe: 
Bogdana Victoria Kadunc
Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC 
Hospital do Servidor Público Municipal - São Paulo 
(SP), Brasil.
Co-editores: 
Adilson Costa 
Emory University School of Medicine, Atlanta/GA, 
USA.
Ada Trindade Almeida
Hospital do Servidor Público Municipal - São Paulo 
(SP), Brasil.
Editores de áreas
Laser e Tecnologia
Celia Kalil
Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre - Porto 
Alegre (RS), Brasil.
Cirurgia Cosmética e Cosmiatria
Doris Hexsel
Centro Brasileiro de Estudos em Dermatologia - 
Porto Alegre (RS), Brasil. 
Cirurgia dermatológica reconstrutiva
Emerson Vasconcelos de Andrade Lima
Universidade Federal de Pernambuco(UFPE) e Santa 
Casa de Misericórdia do Recife - Recife (PE), Brasil.
Tricologia
Fabiane Mulinari-Brenner
Universidade Federal do Paraná e Serviço de Dermatolo-
gia do Hospital de Clínicas de Curitiba - Curitiba (PR), 
Brasil.
Diagnóstico por Imagens em Dermatologia
Gisele Gargantini Rezze
Departamento de Oncologia Cutânea do Hospital A. C. 
Camargo - São Paulo (SP), Brasil.
Oncologia Cutânea
Lauro Lourival Lopes Filho
Universidade Federal do Piauí - Teresina (PI), Brasil.
Cirurgia de unhas
Nilton Di Chiacchio
Hospital do Servidor Público Municipal - São Paulo 
(SP), Brasil.
Editor Júnior
Stephanie Langen 
PUC Campinas - Campinas (SP), Brasil.
2
Surg Cosmet Dermatol. Rio de Janeiro v.10 n.1 jan-mar. 2018 p. 2.
Surgical & Cosmetic Dermatology
Conselho Editorial 
Alcidarta dos Reis Gadelha
Faculdade de Medicina da Universidade Estadual da 
Amazônia - Manaus (AM), Brasil.
Antonela Tosti
Università di Bologna - Itália.
Antonio Picoto
Centro de Dermatologia Medico-Cirurgica - Portugal.
Carlos Baptista Barcaui
Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro - Rio de 
Janeiro (RJ), Brasil.
Carlos Machado
Faculdade de Medicina do ABC - São Paulo (SP), 
Brasil.
Cleide Ishida
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Rio de 
Janeiro (RJ), Brasil.
Denise Steiner
Faculdade de Medicina de Mogi das Cruzes - São Paulo 
(SP), Brasil.
Eckart Haneke
Department of Dermatology, University of Witten & 
Herdecke Health Center Academic Teaching Hospital of 
the University of Diisseldolf - Alemanha.
Ediléia Bagatin
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - 
São Paulo (SP), Brasil.
Emmanuel França
Universidade de Pernambuco (UPE) - Recife (PE), Brasil.
Enrique Hernandez Perez
Centro de Dermatología y Cirugía Cosmética (CDCC) 
- São Salvador.
Érico Pampado Di Santis
Universidade de Taubaté (UNITAU) - Taubaté (SP), 
Brasil.
Francisco M. Paschoal
Faculdade de Medicina do ABC - São Paulo (SP), Brasil.
Gabriel Gontijo
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Belo 
Horizonte (MG), Brasil.
Hamilton Stolf
Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade 
Estadual Paulista (UNESP) - Botucatu (SP), Brasil.
Heitor de Sá Gonçalves
Secretaria de Saúde do Estado do Ceará - Fortaleza 
(CE), Brasil.
Humberto Ponzio
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) 
- Porto Alegre (RS), Brasil.
Izelda Carvalho Costa
Universidade de Brasília - Brasília (UNB), Brasil.
Jean Carruthers
University of British Columbia - Canadá.
Jorge Ocampo Candiani
Hospital Universitario Dr. José Eleuterio González, 
Universidad Autónoma de Nuevo León (UANL) - México.
Juliano Villaverde Schmidt
Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, Faculdade 
Evangélica do Paraná - Curitiba (PR), Brasil.
Lia Cândida Miranda de Castro
Universidade Federal de Goiás (UFG) - Goiânia (GO), 
Brasil.
Luis Antonio Torezan
Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP), 
Brasil.
Luiz Fernando F. Kopke
Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, 
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) 
Florianópolis (SC), Brasil.
Mercedes Florez
University of Miami - Estados Unidos da América.
Marcia Ramos e Silva
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, 
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Rio de 
Janeiro (RJ), Brasil. 
Maria Fernanda Gavazzoni
Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro - 
Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
Maria Helena Lesqueves Sandoval
Hospital Universitário Cassiano Antonio de Moraes 
(HUCAM), Universidade Federal do Espírito Santo 
(UFES) - Vitória (ES), Brasil.
Mauro Enokihara
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - 
São Paulo (SP), Brasil.
Miriam Sotto
Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP), 
Brasil.
Miguel Sanchez Viera
Instituto de Dermatología Integral (IDEI) & Hospital 
Quíron San Camilo - Espanha.
Monica Azulay
Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro - Rio de 
Janeiro (RJ), Brasil.
Oleg Iosifovich D. M. Sabatovich
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Rio de 
Janeiro (RJ), Brasil.
Omar Lupi
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Rio de 
Janeiro (RJ), Brasil.
Paulo Ricardo Criado
Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP), 
Brasil.
Roberto Gomes Tarlé
Serviço de Dermatologia Santa Casa de Curitiba - 
Curitiba (PR), Brasil.
Samira Yarak
Universidade Federal do Vale do São Francisco 
(UNIVASF) - Petrolina (PE), Brasil. 
Sarita Bezerra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) - Recife (PE), 
Brasil.
Selma Cernea
Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo - 
São Paulo (SP), Brasil.
Conselho Internacional de Revisores
Alastair Carruthers
University of British Columbia - Canadá.
Dee Anna Glaser
St. Louis University Hospital - Estados Unidos da 
América.
Ellen Marmur
Division of Dermatologic and Cosmetic Surgery and 
Assistant Clinical - Estados Unidos da América.
Henry Randle
Saint Luke's Hospital - Estados Unidos da América.
Jerry Brewer
University of South Carolina - Estados Unidos da 
América.
John A. ZitelliUniversity of Pittsburgh Medical Center - Estados 
Unidos da América.
Leslie Baumann
Baumann Cosmetic and Research Institute - Flórida - 
Estados Unidos da América.
Robert Baran
Head of the Nail Disease Center in Cannes - France 
Rompel Rainer Department of Dermatology, Clinic 
Kassel - Alemanha.
Rompel Rainer
Department of Dermatology, Clinic Kassel - Alemanha.
Willian Hanke
Department of Dermatology, Saint Vincent Carmel 
Medical Center, Laser & Skin Surgery Center of 
Indiana - Estados Unidos da América.
Zoe Diana Draelos
Wake Forest University School of Medicine Winston- 
Salem - Carolina do Norte - Estados Unidos da América.
3
Surg Cosmet Dermatol. Rio de Janeiro v.10 n.1 jan-mar. 2018 p. 3.
PERIODICIDADE TRIMESTRAL
EquipE Técnica
Bruno Abraão de Souza 
Marcella Justo
Nazareno Nogueira de Souza
BiBlioTEcária
Vanessa Zampier
assinaTuras 
R$ 250,00 e $180 dólares
Informações de pagamento no site:
www.surgicalcosmetic.org.br
©2015 Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Website: www.sbd.org.br
 Indexações
 n Sumários. org 
 (www.sumarios.org/)
 n DOAJ 
 (https://doaj.org/)
 n Latindex 
 (www.latindex.org)
 n Lilacs 
 (http://bases.bireme.br/)
 n SCOPUS 
 (http://www.scopus.com/home.url)
 n Periódica 
 (http://periodica.unam.mx)
 n Redalyc 
 (http://www.redalyc.org)
4
Os anún cios vei cu la dos nesta edi ção são de exclu si va res pon sa bi li da de dos anun-
cian tes, assim como os con cei tos emi ti dos em arti gos assi na dos são de exclu si-
va res pon sa bi li da de de seus auto res, não refle tin do neces sa ria men te a opi nião 
da SBD.
Todos os direi tos reser va dos e pro te gi dos pela lei 9.610 de 19/02/98. Nenhuma 
parte dessa publi ca ção pode rá ser repro du zi da sem auto ri za ção pré via por escri to 
da Sociedade Brasileira de Dermatologia, sejam quais forem os meios empre ga-
dos: ele trô ni co, mecâ ni co, foto grá fi co, gra va ção ou quais quer outros.
Material de dis tri bui ção à clas se médi ca.
A revis ta cons ta no Depósito Legal, na Biblioteca Nacional, de acor do com o 
Decreto nº 1.825, de 20 de dezem bro de 1907.
Licença Creative Commons 
Surg Cosmet Dermatol. Rio de Janeiro v.10 n.1 jan-mar. 2018 p. 5.
A/C SURGICAL & COSMETIC DERMATOLOGY
Av. Rio Branco, 39 18º andar
Cep: 20.090-003
Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
Fone: 55 (21) 2253-6747
E-mail: surgical@sbd.org.br
web si te: www.surgicalcosmetic.org.br
A Surgical & Cosmetic Dermatology é uma publi ca ção ofi cial da Sociedade
Brasileira de Dermatologia (SBD) em par ce ria com a Sociedade Bra-
sileira de Cirurgia Dermatológica. O con teú do téc ni co-cien tí fi co apre-
sen ta do nesta publi ca ção é de co-pro prie da de da Sociedade Brasileira de 
Dermatologia.
Editada por: Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Infor ma ções sobre a Assi na tu ra da Surgical & Cosmetic Dermatology 
podem ser encon tra das no site www.sur gi cal cos me tic.org.br
SURGICAL & COSMETIC DERMATOLOGY / INSTRUÇÕES AOS AUTORES 
5
A Surgical & Cosmetic Dermatology (S&CD), editada em 2009, constitui 
publicação médica destinada a difundir conhecimento e experiência nas áreas de Ci-
rurgia Dermatológica, Oncologia Cutânea, Tecnologia em Dermatologia Cosmiatria e 
Diagnóstico por Imagens em Dermatologia. É uma publicação trimestral da Sociedade 
Brasileira de Dermatologia (SBD) que conta com o apoio científico da Sociedade 
Brasileira de Cirurgia Dermatológica e do Colégio Íbero Latino de Dermatologia, que 
baseia sua política ética e editorial nas regras emitidas pelo The International Commi-
ttee of Medical Journal Editors (www.icmje.org). A revista está disponível na íntegra 
online e adota a política de acesso aberto. A S&CD não cobra aos autores para que 
submetam ou publiquem manuscritos, não havendo qualquer tipo de custo ou taxas 
aos autores. A revista adota também a licença de uso da Creative Commons CC BY, 
https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/br/. 
Os manuscritos devem estar de acordo com os pa-
drões editoriais para artigos submetidos a periódicos biomédi-
cos estabelecidos na Convenção de Vancouver (Requisitos Uniformes 
para Manuscritos Submetidos a Revistas Biomédicas), regras para relatos de ensaios 
clínicos e revisões sistemáticas (metanálises).
Serão produzidos exemplares impressos da versão em língua portuguesa, 
com resumos e títulos em inglês. A versão da língua inglesa estará disponível nos 
websites da SBD e da S&CD, no link: www.surgicalcosmetic.org.br.
Todos os artigos propostos à publicação serão previamente submetidos à revisão 
anônima e confidencial de no mínimo dois membros do Conselho Editorial ou dos 
Conselhos Nacional e Internacional de Revisores, seguindo-se as diretrizes do COPE 
(Committee on Publication Ethics).
Quando aceitos, estarão sujeitos a pequenas correções ou modificações que 
não alterem o estilo do autor. 
As pesquisas em seres humanos devem ter a prévia aprovação de um Co-
mitê de Ética em Pesquisa e obedecer aos padrões éticos da Declaração de Helsinki 
de 1975, revista em 2000, 2008 e 2013.
 A S&CD segue o Guia para o registro e publicação de retratação e tam-
bém o Guia para registro e publicação de errata elaborados pela SciELO, disponível 
no endereço eletrônico http://www.scielo.org/php/level.php?lang=pt&componen-
t=56&item=57 
 Os autores ao submeterem manuscrito para avaliação da revista devem 
garantir que o mesmo não contém nenhuma violação de quaisquer direitos autorais ou 
outro direito de terceiro. A S&CD utiliza software antiplágio para combater o plágio 
acadêmico e profissional, verificando a originalidade de artigos. 
ORIENTAÇÕES PARA O PREPARO DOS ARTIGOS
A preparação correta do manuscrito torna os processos de revisão e pu-
blicação mais eficientes. Assim, recomendamos alguns cuidados que podem facilitar 
significativamente a preparação dos manuscritos.
1. Os artigos devem ser inéditos e redigidos no idioma de origem do autor 
(português, espanhol ou inglês): a equipe editorial providenciará as versões necessárias. A 
escolha da fonte deve ser Times New Roman ou Arial, de número 12.
2. O título do trabalho deve ser curto e conciso, informado em português 
e inglês, com até 150 caracteres sem espaços, acompanhado de um título resumido.
3. Os resumos em português e inglês devem acompanhar o formato ade-
quado ao tipo de artigo.
4. Os autores devem informar o nome com suas abreviaturas, e as suas 
afiliações institucionais, seguidos de cidade, estado e país. Os vínculos às instituições 
devem ser citados em ordem hierárquica (ex.1º Departamento, 2º Universidade) e 
não são permitidas a inclusão dos mini-currículos. Quando um autor é afiliado a mais 
de uma instituição, cada uma deve ser identificada separadamente. Quando dois ou 
mais autores estão afiliados à mesma instituição, a sua identificação é feita uma única 
vez. É obrigatório mencionar o número ORCID, utilizado para a identificação de 
pesquisadores. O autor deve assumir pelo menos uma responsabilidade na elaboração 
do trabalho e deverá informar a contribuição de cada um na submissão. Um dos au-
tores deve ser designado como autor correspondente, com endereço de e-mail. Deve 
também ser citado o local de realização do trabalho.
5. Os autores devem informar claramente se houve conflitos de interesse e 
suporte financeiro.
6. As palavras-chave devem ser citadas em português e em inglês (Keywords), 
totalizando 3 a 10 por idioma, devendo ser incluídas em todos os tipos de artigos. 
É recomendável que estas palavras deverão estar contidas no DeCS (Descritores em 
Ciências da Saúde) e MeSH (Medical Subject Headings) que podem ser acessados na 
internet.
7. O número limite de palavras para os textos deve ser obedecido segundo 
o tipo de artigo, e computado excluindo as referências e os resumos em português 
e inglês.
8. Devem serevitadas informações introdutórias extensas e repetitivas, dan-
do-se preferência às mais recentes, ainda não publicadas. Evite textos com repetição 
da mesma informação no resumo, introdução e discussão.
9. Pesos e medidas devem ser expressos no sistema métrico decimal, e tem-
peraturas em graus centígrados.
10. Drogas devem ser mencionadas por seus nomes genéricos, seguidos 
da dosagem e posologia empregadas, evitando-se a citação de termos comerciais 
ou marcas. Descrições de quaisquer equipamentos, instrumentos, testes e reagentes 
devem conter o nome do fabricante e o local de fabricação.
11. De acordo com o ICMJE, apenas podem ser designados como au-
tores, aqueles que participaram ativamente no trabalho, podendo assim assumir a 
responsabilidade pública pelo seu conteúdo. Os créditos de autoria devem se basear 
exclusivamente em contribuições substanciais para:
a- discussão e planejamento do tema e protocolo, análise ou interpretação 
de dados;
b- redação do artigo ou sua crítica;
c- responsabilidade pela aprovação final para a publicação. 
Outras contribuições menores como sugestões de literatura, coleta e 
análise de dados, obtenção de financiamento, auxílio técnico na execução de 
rotinas, encaminhamento de pacientes, interpretação de exames de rotina e chefia 
de serviço ou departamento que não estejam envolvidas no estudo, não constituem 
critérios para autoria. e podem ser reconhecidas separadamente sob a forma de 
“agradecimentos”, de acordo com a decisão dos autores.
12. As referências bibliográficas devem ser listadas nas últimas páginas do 
artigo, e numeradas de acordo com a citação no texto (em ordem numérica seqüen-
cial), seguindo o estilo Vancouver, como indicado pelo International Committee of 
Medical Journal Editors (ICMJE). Referências citadas em legendas de tabelas e fi-
guras devem manter a seqüência com as citações no texto. Todos os autores devem 
ser citados se forem até seis; acima disso, devem ser mencionados os seis primeiros 
e “et al.”. Seguem-se exemplos dos tipos mais comuns de referências. Exemplos de 
citações no texto retirados do ICMJE:
a-Artigo em periódico:
Hallal AH, Amortegui JD, Jeroukhimov IM, Casillas J, Schulman CI, 
Manning RJ, et al. Magnetic resonance cholangiopancreatography accurately de-
tects common bile duct stones in resolving gallstone pancreatitis. J Am Coll Surg. 
2005;200(6):869-75.
b-Capítulo de livro:
Reppert SM. Circadian rhythms: basic aspects and pediatric implications. 
In: Styne DM, Brook CGD, editors. Current concepts in pediatric endocrinology. 
New York: Elsevier; 1987. p .91-125.
c-Texto na Internet:
Ex. com autor indicado:
Fugh-Berman A. PharmedOUT [Internet]. Washington: Georgetown 
University, Department of Physiology and Biophysics; c2006 [cited 2007 Mar 23]. 
Available from: http://www.pharmedout.org/. 
Ex. quando o autor é uma organização: 
International Union of Biochemistry and Molecular Biology. Recom-
mendations on Biochemical & Organic Nomenclature, Symbols & Terminology etc. 
[Internet]. London: University of London, Queen Mary, Department of Chemistry; 
[updated 2006 Jul 24; cited 2007 Feb 22]. Available from: http://www.chem.qmul.
ac.uk/iubmb/.
d- Apresentação prévia em eventos:
Bruhat M, Silva Carvalho JL, Campo R, Fradique A, Dequesne J, Setubal 
A, editors. Proceedings of the 10th Congress of the European Society for Gynae-
cological Endoscopy; 2001 Nov 22-24; Lisbon, Portugal. Bologna (Italy): Monduzzi 
Editore, International Proceedings Division; c2001. 474 p.
13. Ilustrações (figuras, quadros, gráficos e tabelas) devem ser referidas em 
ordem numérica sequencial no texto em números arábicos (exemplo: Figura 3, Grá-
fico 7), cabendo ao Editor suprimir as redundantes. As legendas das figuras e gráficos 
Surg Cosmet Dermatol. Rio de Janeiro v.10 n.1 jan-mar. 2018 p. 5-6.
Introdução: citar as razões que motivaram o estudo, descrevendo o estado 
atual do conhecimento sobre o tema. Utilizar o último parágrafo para especificar a 
principal pergunta ou objetivo do estudo, e a principal hipótese testada, se houver.
Métodos: Explicar como o estudo foi feito:
a- Tipo de estudo: descrever o seu desenho especificando a direção tempo-
ral (retrospectivo ou prospectivo), o tipo de randomização quando utilizada (parea-
mento, sorteio, sequenciamento, etc), se o estudo foi cego, comparativo, controlado 
por placebo, etc.
b- Local: indicar onde o estudo foi realizado (instituição privada ou públi-
ca), citar que a pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa de sua insti-
tuição, os procedimentos de seleção, os critérios de inclusão e exclusão, e o número 
inicial de pacientes.
c- Procedimentos: descrever as principais características das intervenções 
realizadas, detalhando a técnica e lembrando que o estudo de investigação deverá ser 
reprodutível.
d- Descrição dos métodos utilizados para avaliação dos resultados.
e- Inclusão da análise estatística descritiva e/ou comparativa com descrição 
do planejamento da amostra (representativa do universo a ser estudado), a análise e 
os testes estatísticos e apresentação dos níveis de significância adotados. A utilização 
de análises estatísticas não usuais é incentivada, porém neste caso, deve-se fazer uma 
descrição mais detalhada da mesma.
Resultados: descrever os principais resultados que devem ser acompanhados 
de estimativas pontuais e medidas de dispersão (p.ex., média e erro padrão) ou de 
estimativas intervalares (p.ex., intervalos de confiança), bem como os níveis descritivos dos 
testes estatísticos utilizados (p.ex. “p-value”). Os achados também devem ser interpretados 
sob o ponto de vista clínico.
Discussão: enfatizar os novos e importantes resultados encontrados 
pelo estudo e que farão parte da conclusão. Relatar observações de outros estudos 
relevantes. Mencionar as limitações dos achados e as implicações para pesquisas 
futuras.
Conclusões: devem ser concisas e responder apenas aos objetivos 
propostos. A mesma ênfase deve ser dada para estudos com resultados positivos ou 
negativos.
3 - COMUNICAÇÕES
Artigos originais, breves, abordando resultados preliminares de novos achados 
de interesse nas áreas focadas pela revista. Texto com formatação semelhante ao artigo 
original, resumo estruturado de até 200 palavras. Limite: texto até 2000 palavras, 8 
ilustrações e 15 referências.
4 - ARTIGOS DE REVISÃO COM NOTAS TÉCNICAS DO AU-
TOR
Poderão ser aprofundados temas específicos nas áreas de interesse da S&CD, 
algoritmos , compilações e estatísticas, finalizados por relatos descrevendo experiên-
cias próprias do autor . Estes trabalhos têm formato livre, porem devem conter resu-
mo não estruturado de até 100 palavras e conclusões ou considerações finais. Limite: 
texto até 6000 palavras, 10 ilustrações e 60 referências. Os artigos de revisão sistemáti-
ca ou metanálises devem seguir orientações pertinentes (http://cochrane.bireme.br)
5 – DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
Abordagem de temas ou casos clínicos, em que os exames de imagens (der-
matoscopia, microscopia confocal, ultrassom e outros métodos) são fundamentais no 
diagnóstico ou tratamento. Resumo não estruturado de até 100 palavras, texto até 
1200 palavras, 6 ilustrações e 5 referências.
6 – NOVAS TÉCNICAS
Descrição de novas técnicas ou detalhes de técnicas. Resumo não estrutu-
rado de até 100 palavras, introdução com revisão de literatura, métodos, resultados, 
discussão e conclusão. Limite: 1200 palavras, 8 ilustrações e 30 referências.
7 – RELATO DE CASO
Descrição de casos ou serie de casos de relevância nas áreas de interesse da 
S&CD, com descrição de tratamentos, complicações, etc. Resumo não estruturado de 
até 100 palavras, introdução com revisão de literatura, métodos, resultados, discussão 
e conclusão, sempre que pertinentes. Limite: texto até 1200 palavras, 8 ilustrações e 
30 referências.
8– CARTAS
Comentários objetivos e construtivos sobre matérias publicadas. Texto até 
600 palavras, e no máximo 5 referências.
6
e os títulos e notas de rodapé das tabelas devem descrever precisamente seu conteúdo 
com frases curtas, porém suficientes para a compreensão ainda que o artigo não seja 
totalmente lido. Todos devem ser inseridos no passo correspondente a ilustrações no 
sistema, evitando que use o campo destinado ao texto para que não contabilizem as 
palavras dentro das ilustrações.
14. As figuras deverão ter resolução mínima de 300 DPI, largura mínima 
de 1.200 pixels com altura proporcional, e serem gravadas nos formatos JPG ou TIF. 
Podem ser colocadas setas ou linhas para localizar as áreas de interesse. As legendas 
das imagens histológicas devem especificar a coloração e o aumento. Se uma figura já 
foi publicada anteriormente, deverá citar a fonte original abaixo da mesma e constar 
nas referências. Deverão enviar à revista a permissão do detentor dos direitos autorais 
para a sua reprodução. No uso de figuras que identifiquem a face de pacientes será 
preciso autorização por escrito para divulgação (ver no site da revista o documento 
Autorização para uso de fotografias).
15. Quanto aos vídeos é necessário inserir legendas contendo informações 
como título do manuscrito, autoria, instituição e outros comentários pertinentes. No 
uso de imagens de pacientes, a identidade deverá ser resguardada, do contrário, será 
preciso anexar-lhes permissão por escrito para divulgação.
16. Os gráficos deverão ser elaborados em Microsoft Excel. As tabelas dispen-
sam sua descrição no texto tendo a finalidade de suplementá-lo e não a de aumentá-lo. 
As unidades utilizadas para exprimir os resultados (m, g, g/100, mL etc.) figurarão no 
alto de cada coluna. Os pacientes devem ser identificados por números ou letras, e 
nunca pelos nomes, iniciais ou número de registro hospitalar.
17. O limite máximo de autores aceitável é de 5; só haverá exceção para tra-
balhos de maior complexidade (ex. Artigo Original, Revisão) mediante justificativa e 
aprovação dos editores.
18. As opiniões e declarações contidas na revista são de responsabilidade 
única e exclusiva de seus autores, não sendo, necessariamente, coincidentes com as 
da Equipe Editorial, do Conselho de Revisores ou da Sociedade Brasileira de Der-
matologia.
Os autores deverão submeter seu manuscrito para avaliação do Conselho 
Editorial da revista no endereço eletrônico que se segue: http://www.sgponline.
com.br/scd/sgp/.
Todos os documentos como Consentimento de uso para publicação (Co-
pyright), Conflito de interesses e Autorização para publicação de fotografias estão 
disponíveis no site da revista e no sistema de submissão online. Estes documentos 
devem ser assinados por todos os autores participantes e anexados no sistema ao sub-
meter o manuscrito. Autorização para publicação de fotografias só se faz necessária 
quando identifica a face do paciente por completo. O documento de Contribuição 
no trabalho deve ser preenchido via sistema de submissão.
CONTATO DA REVISTA
A/C Surgical & Cosmetic Dermatology 
Av. Rio Branco, nº 39, 18º andar. Rio de Janeiro – RJ, Brasil. 
CEP: 20090-003. 
surgical@sbd.org.br
A revista aceita trabalhos inéditos e não publicados das seguintes 
categorias:
1 – ARTIGOS DE REVISÃO
Poderão ser aprofundados os temas específicos nas áreas de interesse da 
S&CD, algoritmos, compilações e estatísticas. Estes trabalhos têm formato livre, po-
rem devem conter resumo não estruturado de até 100 palavras e conclusões ou 
considerações finais. Limite: texto até 6000 palavras, 10 ilustrações e 60 referências. 
Os artigos de revisão sistemática ou metanálises devem seguir orientações pertinentes 
(http://cochrane.bireme.br)
2 – ARTIGO ORIGINAL
É o relato de uma pesquisa investigativa original nas áreas de Cirurgia 
Dermatológica, Oncologia Cutânea, Tecnologia em Dermatologia e Cosmiatria. 
Exemplos: estudos experimentais, estudos clínicos, comparações e descrições de 
técnicas ou de métodos de avaliação, estudos de áreas afins (ex: estudos farmacêuticos 
em cosmiatria). O texto deverá conter até 4000 palavras, 10 ilustrações e 35 refe-
rências e seguir o formato IMRDC (Introdução e objetivo, Métodos, Resultados, 
Discussão, Conclusão)
Resumo: deverá conter no máximo 200 palavras e ser estruturado seguindo 
os itens: Introdução, Objetivo, Métodos, Resultados e Conclusões. Não é permitido 
afirmar que os resultados ou outros dados serão apresentados ou discutidos.
Surg Cosmet Dermatol. Rio de Janeiro v.10 n.1 jan-mar. 2018 p. 5-6.
Surgical & Cosmetic Dermatology Sumário / Table of contents
Publicação Oficial da Sociedade Brasileira de Dermatologia
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO 2017 l Volume 10 l Número 1
ISSN:1984-5510
Online ISSN: 1984-8773 
7
Surg Cosmet Dermatol. Rio de Janeiro v.10 n.1 jan-mar. 2018 p. 7-8.
 Editorial / Editorial 
 Surgical & Cosmetic Dermatology e seu papel na comunicação científica 
 Surgical & Cosmetic Dermatology and its role in scientific communication
 Bogdana Victoria Kadunc
 Artigos de Revisão / Review Articles 
 Revisão da literatura: afecções auriculares parte 1: traumas físicos e por alteração térmica 
 Literature review: auricular disorders Part 1 - physical and thermal change related traumas 
 Bhertha M. Tamura, Ana Carolina Junqueira Ferolla, Cândida Naira Lima e Lima Santana
 Tratamento de verrugas virais com bleomicina intralesional 
 Treatment of viral warts with intralesional bleomycin
 Leandro Fonseca Noriega, Letícia dos Santos Valandro, Nilton Gioia Di Chiacchio, Marina Lino Vieira, Nilton Di Chiacchio
 
 Artigos Originais / Original Articles 
 Investigação sobre o uso do ácido retinoico a 3% e a 5% em soluções para peeling como agente para drug delivery após indução percutânea 
de colágeno com agulhas (IPCA®): perfil de segurança e protocolo de uso
 Investigation on the use of 3% and 5% retinoic acid in peeling solutions as a drug delivery agent after percutaneous induction of collagen with needles 
(IPCA®): safety profile and application protocol 
 Emerson de Andrade Lima, Mariana de Andrade Lima, Cláudio Eduardo Cavalcante de Araújo, Yara Maria Maia Nakasawa, Nilma Cintra Leal
 Terapia celular combinada com membranas de biopolímeros melhora a cicatrização de úlceras em paciente com dermatomiosite juvenil
 Combining cell therapy with biopolymer films improves wound healing in a juvenile dermatomyositis patient 
 Paula Tavares Colpas, Paulo Cesar Martins Alves, Carolina Caliári Oliveira, Ana Luiza Resende Pires, Angela Maria Moraes, Maria Beatriz Puzzi
 
 A lipoescultura como tratamento complementar na ritidoplastia 
 Liposculpture as a complementary treatment in rhytidoplasty
 Daniel Nunes e Silva, Isabela Carrijo Pessoa, Agliberto Augusto Barsaglini, Marcondes Rezende, João Ilgenfritz Junior, Marcelo Rosseto, Elaine Leal Loureiro
 Latanoprosta e minoxidil: estudo duplo-cego comparativo, placebo-controlado no tratamento da queda de cabelos 
 Latanoprost and minoxidil: comparative double-blind, placebo-controlled study for the treatment of hair loss
 Leila David Bloch, Cassiano Carlos Escudeiro, Fernanda Daud Sarruf, Neusa Yuriko Sakai Valente 
 Avaliação do conhecimento sobre fotoproteção e da exposição solar de estudantes universitários 
 Assessment of university students’ knowledge of photoprotection and exposure to the sun 
 Caroline Nunes Ferreira, Tais Freire Galvão, Priscila Gava Mazzola, Gislaine Ricci Leonardi
 
 Estudo comparativo entre dois anestésicos tópicos em procedimentos dermatológicos 
 Comparative study between two topical anesthetics in dermatological procedures
 Sandra Tagliolatto, Gabriela Nero Mitsuushi
 
 Composto nutracêutico no tratamento do eflúvio telógeno associado à síndrome das unhas fracas
 Nutraceutical compound forthe treatment of telogen effluvium associated with brittle nails syndrome
 Sergio Schalka, Patrícia Camarano Pinto Bombarda, Camila Canale
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Sumário / Table of contents
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Surg Cosmet Dermatol. Rio de Janeiro v.10 n.1 jan-mar. 2018 p. 7-8.
 Diagnóstico por Imagem / Diagnostic imaging
 A utilidade da microscopia confocal nas lesões de lentigo maligno
 The utility of confocal microscopy in lentigo maligna lesions 
 Gisele Gargantini Rezze, Maurício Mendonça Nascimento, Regiane Salera, Clóvis Antonio Lopes Pinto, Francisco Macedo Paschoal
 
 Relatos de Caso / Case Reports
 Técnica inovadora para tratamento de flacidez cervical com fio mononylon para sustentação transmastoide 
 Innovative technique for the treatment of cervical laxity with mononylon thread for trans-mastoid support
 Frederico Hassin Sanchez, Timótio Volnei Dorn
 Sutura purse-string combinada com cicatrização por segunda intenção para reparo de defeito cirúrgico temporal 
 Purse string-suture combined with second intention healing for temporal region repair
 Marcos Noronha Frey, Rita de Cássia Rossini, Felipe Bochnia Cerci
 Reconstrução de extensa lesão de orelha com retalho em “porta de Saloon” 
 Reconstruction of extensive lesion in the ear with a "saloon door" flap 
 Guilherme Moraes Kruger, Gabriela Kimie Aseka, Carlos Alberto Ferreira de Freitas,Günter Hans Filho
 A importância do uso precoce de hialuronidase no tratamento de oclusão arterial por preenchimento de ácido hialurônico 
 The importance of the early use of hyaluronidase in the treatment of arterial occlusion resulting from hyaluronic acid based cutaneous filling
 Ritha de Cássia Capelato Rocha, Luana Bertelli Castilho, Danielle Mechereffe do Amaral Blaas, Reinaldo Tavares Júnior, Ana Paula Tavares, Mariana Isis Wanczinski
 Tratamento de psoríase vulgar pela microinfusão de medicamentos na pele (MMP®) usando ciclosporina e metotrexato 
 Treatment of psoriasis vulgaris with cyclosporine and methotrexate injections using the MMP® technique 
 Aline Lissa Okita, Samir Arbache, Dirlene Melo Palmeira Roth, Luciana Gasques de Souza, Mariana Morais Tavares Colferai, Denise Steiner
 
 Laser versus microagulhamento para tratamento de cicatriz facial – Relato de caso 
 Laser versus microneedling for the treatment of facial scar – Case report 
 Célia Luiza Petersen Vitello Kalil, Clarissa Prieto Herman Reinehr, Laura de Mattos Milman, Valéria Campos
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Surg Cosmet Dermatol. Rio de Janeiro v.10 n.1 jan-mar. 2018 p. 9.
Editorial
Autor:
Bogdana Victoria Kadunc 1, 2
1 Pontifícia Universidade Católica 
de Campinas - (PUC - Campinas) 
- Campinas(SP), Brasil.
2 Hospital do Servidor Público 
Municipal – São Paulo (SP), Brasil.
Correspondência para: 
Bogdana Victoria Kadunc
 Av. Rio Branco, 39 18º andar 
Centro 
20090 003 - Rio de Janeiro - RJ, 
Brasil.
E-mail: surgical@sbd.org.br 
DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/scd1984-8773.201810101
2018 será o 9º ano de publicação ininterrupta da Surgical & Cosmetic 
Dermatology (S&CD)!!
Inicialmente, gostaria de fazer alguns comentários breves sobre as mu-
danças que o atual cenário mundial da comunicação científica apresenta em seus 
aspectos éticos e comerciais, e como tem sido manter e administrar esta publicação.
A possibilidade da obtenção de artigos em acesso aberto e a cobran-
ça aos autores de taxas de valor variável para publicação que muitos periódi-
cos adotam, são os principais responsáveis por estas mudanças, que ao lado de 
muitos benefícios, trazem também preocupações. Os grandes benefícios são o au-
mento do acesso ao conhecimento científico e da visibilidade dos autores, enquan-
to que a maior preocupação se refere ao surgimento dos nefastos assim denominados 
“periódicos predatórios” que não realizam a avaliação legítima e criteriosa dos artigos, 
publicam fatores de impacto falsos e tem por objetivo apenas receber as taxas de publi-
cação como forma de lucro fraudulento. 
Destacamos assim a postura da S&CD que não necessita cobrar dos autores taxas 
de publicação porque possui fontes de financiamento formalizadas institucionalmente 
(Sociedade Brasileira de Dermatologia-SBD desde o início, e recentemente Sociedade 
Brasileira de Cirurgia Dermatológica-SBCD) e obedece as detalhadas exigências éticas 
e estruturais das bases de indexação (revisão por pares, publicação de artigos oriundos de 
diferentes regiões geográficas e 50% de trabalhos de investigação). 
Temos procurado, dentro destes princípios e com muito esforço administrar 
este periódico que tem se revelado um estímulo à publicação de autores brasileiros em 
Cirurgia Dermatológica, Oncologia Cutânea, Diagnóstico por Imagens, Avanços Tec-
nológicos em Dermatologia e Cosmiatria. Temos também despertado o interesse de 
pesquisadores da América do Sul, Portugal e Oriente Médio, sem esquecer grandes no-
mes da Cirurgia Dermatológica Europeia, como o Dr. Eckart Haneke, que nos ajudam 
com sua experiencia.
Contamos também com o forte apoio científico do Colégio Ibero-Latino de 
Dermatologia e da SBCD, recentemente reforçado através de compromissos formais 
com os Drs. Omar Lupi e Mauro Enokihara, respectivamente vice-presidente e presi-
dente dessas respeitadas instituições. 
A S&CD já se encontra incluída em várias importantes bases de dados regio-
nais e internacionais, tais como: REDALYC, LATINDEX, LILACS, SCOPUS e DOAJ 
(Directory of Open Access Journals), um diretório online que indexa e promove acesso 
somente para publicações de boa qualidade e revisadas por pares. A S&CD também 
marca sua presença em redes sociais voltadas a pesquisadores, entre elas o ResearchGate.
A todos, Corpo Editorial, Conselho de Revisores nacionais e internacionais, 
equipe da Biblioteca- SBD e autores, agradeço pessoalmente a colaboração neste per-
curso em direção à materialização e divulgação da S&CD.
Algumas importantes barreiras já estão vencidas, mas muitos outros desafios ainda 
temos por enfrentar.
Profa. Dra. Bogdana Victoria Kadunc
Editora-chefe da Surgical & Cosmetic Dermatology
Surgical & Cosmetic Dermatology e seu 
papel na comunicação científica 
Surgical & Cosmetic Dermatology and its role in scientific 
communication
Revisão da literatura: afecções auriculares 
parte 1: traumas físicos e por alteração 
térmica
Literature review: auricular disorders Part 1 - physical and thermal 
change related traumas
DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/scd1984-8773.201810102
RESU MO
 A orelha é estrutura com peculiaridades anatômicas, localizada em área exposta a traumas 
e suscetível a uma série de dermatoses que merecem atenção, muitas vezes subdiagnosti-
cadas pelos dermatologistas. Realizou-se revisão de literatura incluindo a embriologia e a 
anatomia do pavilhão auricular, bem como diagnóstico e tratamento das lesões traumáticas 
de natureza física e por alterações de temperatura, entre outras. 
 Palavras-chave: Anatomia; Orelha; Otopatias
ABSTRACT
 The ear is a structure with anatomical peculiarities. It is located in an area exposed to trauma and sus-
ceptible to a series of dermatoses that are often underdiagnosed by dermatologists and deserve attention. 
A literature review was carried out including the embryology and anatomy of the auricular pavilion, 
as well as the diagnosis and treatment of traumatic lesions of physical nature and due to changes in 
temperature, among others.
 Keywords: Ear; Anatomy; Ear diseases
INTRODUÇÃO
O ouvido é dividido em três partes principais: ouvido 
externo, ouvido médio e ouvido interno. O externo é composto 
pelo pavilhão auricular e canal auditivo.1
O pavilhão auricular ou aurícula é oriundo do segundo 
arco faríngeo, podendo ser observado pela primeira vez na sexta 
semana de gestação. Orevestimento do canal auditivo externo 
é contínuo com a pele e com a superfície externa do tímpano, 
tem origem ectodérmica1 e contém glândulas sebáceas apócri-
nas modificadas, denominadas glândulas ceruminosas e glândulas 
sebáceas, ambas associadas a folículos pilosos.2
Devido a sua posição anatômica, o pavilhão auricular está 
sujeito a traumas e exposições térmicas, além de poder apre-
sentar diversos sinais associados a diferentes doenças cutâneas e 
sistêmicas. 
A ORELHA
A aurícula se desenvolve a partir da primeira crista bran-
quial e é composta primariamente de cartilagem e pele que estão 
aderidas firmemente na região anterior e em menor grau na 
posterior. Devido a sua localização anatômica o pavilhão auri-
cular está comumente exposto ao sol e ao frio. As neoplasias da 
cartilagem da aurícula são raras; a maioria ocorre na pele ou nos 
anexos. 
Artigo de 
Revisão
Autores:
Bhertha M. Tamura1 
Ana Carolina Junqueira Ferolla1
Cândida Naira L. e L. Santana2
1 Departamento de Dermatologia, 
Ambulatório de Especialidades 
Barradas, Bourroul - São Paulo 
(SP), Brasil.
2 Clínica Dermacare – São Luis 
(MA), Brasil.
 
Correspondência para: 
Bhertha M. Tamura
 Av. Ministro Gabriel de Rezende 
Passos, 500 Conj. 1506 
04521 022 - São Paulo - SP, Brasil
E-mail: bhertha.tamura@uol.com.br 
Data de recebimento: 11/11/2017 
Data de aprovação: 18/02/2018
Trabalho realizado no Departamento 
de Dermatologia, Ambulatório de 
Especialidades Barradas - São Paulo 
(SP), Brasil.
Suporte Financeiro: Nenhum
Conflito de Interesses: Nenhum
10 
Surg Cosmet Dermatol. Rio de Janeiro v.10 n.1 jan-mar. 2018 p. 10-6.
Surg Cosmet Dermatol. Rio de Janeiro v.10 n.1 jan-mar. 2018 p. 10-6.
Afecções auriculares: traumas físicos e por alteração térmica 11
O canal auditivo externo tem de dois a 3cm de compri-
mento e é composto por uma parte cartilaginosa em uma parte 
óssea. Somente a parte cartilaginosa do canal contém folículos 
pilosos, glândulas sebáceas e ceruminosas. Na porção superior e 
posterior do canal, a cartilagem é incompleta e preenchida por 
tecido fibroso. A junção temporomandibular e a glândula paróti-
da se encontram na região anterior ao canal auditivo, estando o 
osso mastoide e o nervo facial localizados posteriormente. 
A inervação da aurícula e do canal externo é realizada 
pelo nervo auricular magno, por ramo auricular do nervo vago, 
ramo auriculotemporal do nervo trigêmeo e pelo nervo occi-
pital inferior.1
EMBRIOLOGIA
O desenvolvimento da orelha externa começa no final da 
quarta semana gestacional, a partir de seis tubérculos auriculares. 
Alterações congênitas durante a fusão dos tubérculos não são 
raras devido ao complexo desenvolvimento dos tubérculos.
Os primeiros aparecem na região cervical inferior e com 
o desenvolvimento da mandíbula alongam-se em direção ao crâ-
nio mudando a posição das conchas para a altura dos olhos. A 
posição mais baixa das conchas é frequentemente associada a 
malformações, na maioria das vezes cromossômicas.
A partir da porção posterior do primeiro sulco faríngeo, 
o meato acústico externo cresce para o interior como um tubo 
afunilado, até atingir o revestimento endodérmico da cavidade 
timpânica. No início da nona semana, as células epiteliais do 
assoalho do meato acústico proliferam e formam uma placa do 
meato acústico. Essa placa se degenera no sétimo mês, e a surdez 
congênita ocorre quando ela se mantém.1,2
ANATOMIA DA ORELHA
A orelha externa consiste inferiormente do lóbulo, parte 
macia e arredondada. A moldura externa contínua ao lóbulo é 
estrutura firme que se denomina hélice. A ela, superiormente 
se segue a escafa, medialmente a anti-hélix (moldura oponente 
à hélix) e em seu extremo caudal o antitragus. Medialmente à 
anti-hélix a cartilagem forma a concha, e superiormente uma 
outra depressão denominada fossa triangular. Medialmente na 
área de adesão da orelha ao segmento cefálico circundando o 
meato acústico (formado pela parte timpânica do temporal) em 
formato de “S” e o protegendo, encontramos o tragus (Figura 1).
Os músculos da orelha são raramente valorizados devido 
a seu caráter rudimentar, mas precisam ser conhecidos e descri-
tos. Podem ser considerados músculos da mímica pertencentes a 
um sistema de esfíncteres, que em vários animais ainda é bastante 
proeminente com funções como a movimentação das orelhas 
ou fechamento do meato acústico durante a hibernação.1,2 Há 
intensa vascularização da orelha, especialmente no lóbulo, sendo 
que os vasos se encontram na base de sua implantação.
TRAUMA / HEMATOMA
O trauma da aurícula ocorre frequentemente por contu-
são, laceração ou perda de toda aurícula. Em alguns casos a au-
rícula pode ser ressuturada com sucesso. A técnica reconstrutora 
deve seguir os conceitos básicos da cirurgia plástica. A sutura da 
pele deve ser cuidadosamente realizada com o controle rigoroso 
do sangramento porque a pele é justaposta à cartilagem subja-
cente. As áreas extremamente maceradas devem ser removidas 
procurando-se minimizar as deformidades e cicatrizes. 
O hematoma (Figura 2) da aurícula não ocorre apenas 
em lutadores, boxeadores, jogadores de rugby, futebol e outros 
esportes, mas também é comum em crianças. Os hematomas são 
comuns em esportes com contato físico como as lutas, devido à 
exposição da orelha. Quando a orelha é atingida pode ocorrer 
um descolamento entre o pericôndrio a cartilagem, criando-se 
um espaço preenchido por sangue, e constituindo um hemato-
ma. Como a cartilagem não tem circulação própria, esse espaço 
pode redundar em necrose ou infecção. 
O trauma é a causa mais comum de hematomas embo-
ra discrasias sanguíneas possam levar a pequenas hemorragias. 
A região externa da aurícula é a área mais afetada devido a sua 
posição exposta. O sangue se coleta rapidamente após o trau-
ma, dissecando o tecido entre o pericôndrio e a cartilagem e 
criando uma coleção vinhosa que envolve toda a aurícula. Se 
essa coleção não for tratada precocemente, o sangue se organiza, 
transformando-se numa massa fibrosa e causando a necrose da 
cartilagem pela isquemia regional. Essa massa cicatricial especial-
mente após traumas repetitivos cria uma deformidade denomi-
nada “orelha em couve-flor.3 
O tratamento é baseado na drenagem rápida do sangue 
coletado. Devido à possibilidade de ocorrer uma pericondrite, 
deve-se fazê-lo assepticamente. Utilizam-se antibióticos de largo 
espectro, incluindo ação contra Pseudomonas aeruginosa nos pe-
ríodos pré e pós-operatório. A incisão deve ser paralela à hélice, 
na escafa, fazendo-se abertura suficiente para aspirar inteiramen-
te o hematoma, realizada precocemente para evitar a organização 
do mesmo. Nesse caso, haveria necessidade de curetagem. Podem 
ser colocados drenos pequenos para prevenir nova coleção de 
sangue ou soro, porém não se deve deixá-lo mais do que 48 
horas devido ao risco de infecção. 
Figura 1: Representação esquemática da anatomia externa da orelha
Um curativo compressivo deve ser adaptado ao formato 
da orelha sobre a área do hematoma e outro na região posterior 
da aurícula, podendo ser realizada sutura que atravessa toda a es-
pessura da aurícula. Deve ser mantido por no mínimo 48 horas. 
Coleções pequenas residuais devem ser drenadas respeitando-se 
as técnicas de assepsia. Utiliza-se antibiótico durante cinco a sete 
dias, e a ocorrência de pericondrite deve ser tratada imediata-
mente. 
LACERAÇÕES E ABRASÕES
As lacerações da aurícula exigem o fechamento meticu-
loso e detalhado, o realinhamento dos fragmentos e a manu-
tenção dos contornos da aurícula. Deve ser feita a comparação 
com a orelha oposta para que possa ser mantida a maior simetria 
possível. As lacerações e abrasões podem ser tratadas sob anestesia 
local, porém, em crianças e nos casos severos ou extensos a opção 
é a anestesiageral. São comuns casos de laceração e ruptura do 
lóbulo devidas ao trauma do orifício do brinco.4
A ferida deve ser inspecionada e lavada cuidadosa e in-
sistentemente para a remoção de qualquer material estranho ou 
necrosado. Deve-se realizar um desbridamento, (Figura 3) o mais 
conservador possível. Lacerações simples da pele são fechadas 
geralmente com fio mononylon seis zeros e a cartilagem com 
fio absorvível. Pode ser necessário remover uma pequena faixa 
de cartilagem ao longo da laceração para facilitar o fechamento 
do pericôndrio. Deve ser mantido o formato original da borda 
da hélice.
São necessários curativo compressivo durante 24 horas e 
antibióticos orais durante uma semana. Quando a laceração se 
estende até o canal auditivo, após a sutura aplica-se um curativo 
dentro do canal para moldá-lo, mantendo-o durante várias se-
manas para evitar estenose. 
As abrasões devem ser limpas e cobertas por gaze, anti-
biótico e curativo oclusivo durante 24 horas. Após a retirada a 
ferida é tratada apenas com curativo simples até que ocorra a 
reepitelização. Se houver dor severa sob o curativo, ele deve ser 
removido imediatamente, e a ferida cuidadosamente examinada, 
pois podem ocorrer isquemia, hematoma ou infecção. Quando 
há necessidade de sutura, deve-se iniciá-la nos locais de acesso 
cirúrgico mais difícil, tais como meato auditivo e concha, ter-
minando-se a cirurgia nos locais periféricos. Em alguns casos de 
ferimentos lacerantes extensos, a ressecção em cunha ou o debri-
damento mínimo é necessário, devendo-se aproximar as bordas 
de maneira a não alterar a curvatura normal da orelha.
Nos ferimentos abrasivos extensos ou nos casos em que 
ocorreram pequenas perdas de pele, procede-se à limpeza exaus-
tiva da lesão e à aplicação de curativo oclusivo com gaze de rayon 
vaselinada. A epitelização se processará de maneira satisfatória no 
prazo de sete a dez dias, observando-se que a orelha tem enorme 
capacidade de epitelização secundária.
Nos casos em que houver perda significativa de pele,5 
com exposição do pericôndrio, utilizam-se enxertos de pele 
como medida reparadora. A área doadora preferencial é a região 
retroauricular contralateral, por apresentar pele de coloração e 
textura semelhantes.
Quando há perda de pericôndrio, com exposição de car-
tilagem, podem ser utilizados: ressecção em cunha e fechamen-
to primário, retalho local, excisão da cartilagem e enxerto de 
pele, ou ainda manutenção do ferimento aberto. A ressecção em 
cunha, com fechamento primário, é utilizada quando a lesão é 
pequena ou localizada perifericamente.
Quando se utilizam retalhos locais, a área preferencial é 
a região retroauricular. Em alguns casos, pode-se levar o retalho 
para a área exposta e, em segundo tempo, retorná-lo ao seu local 
de origem, utilizando enxerto de pele na área cruenta. Em ou-
tros casos a cartilagem pode ser ressecada, enxertando-se a área 
cruenta. Esse procedimento tem a vantagem de ser realizado em 
um único tempo cirúrgico.6
Outra alternativa seria manter o ferimento aberto, tro-
cando frequentemente o curativo com gaze embebida em soro 
fisiológico, aguardando-se a formação de tecido de granulação e 
realizando a reparação secundária em tempo posterior. 
12 Tamura BM, Ferolla ACJ, Santana CNLL
Surg Cosmet Dermatol. Rio de Janeiro v.10 n.1 jan-mar. 2018 p. 10-6.
Figura 2: Hematoma Figura 3: Borda da ferida desbridada após ruptura do lóbulo da orelha
Afecções auriculares: traumas físicos e por alteração térmica 13
Surg Cosmet Dermatol. Rio de Janeiro v.10 n.1 jan-mar. 2018 p. 10-6.
PERDAS PARCIAIS DA AURÍCULA
Quando há desinserção muito importante da orelha, mas 
a circulação está mantida graças a um pequeno pedículo, deve-se 
ressuturar os tecidos em sua posição de origem, com o menor 
trauma possível. Na fixação do arcabouço cartilaginoso utiliza-se 
fio de náilon monofilamentar 6-0 com a finalidade de mantê-lo 
em posição. É necessário fazer a reavaliação da viabilidade teci-
dual 48 horas após o procedimento inicial.
Strauch3 observou a sobrevivência da orelha quando o 
pedículo era constituído apenas por uma porção do lóbulo ou 
de pequeno segmento junto à inserção do pavilhão no segmento 
cefálico. O tratamento ideal nas avulsões parciais com exposição 
de cartilagem deve visar a sua imediata cobertura. A cartilagem 
pode ser preservada com um enxerto ou com um segmento par-
cialmente aderido, coberta por retalho adjacente ou sepultada 
sob retalho (em bolsa). Os traumas podem variar de perda par-
cial a total da aurícula. Após anestesia, limpeza e debridamento, 
como já descrito, a extensão da perda tecidual e a condição do 
restante da estrutura determina se a ferida pode ou não ser sutu-
rada primariamente ou se necessita de reconstrução. 
A perda da pele com pericôndrio intacto pode ser re-
parada com um enxerto parcial ou total. A pele retroauricular 
fornece tecido cuja cor combina com a da pele da aurícula; as 
áreas supraclaviculares também podem ser utilizadas. Se hou-
ver perda de pele e pericôndrio, há necessidade de um tecido 
vascularizado para cobrir a cartilagem. Podemos então utilizar 
um retalho da área pré ou retroauricular, mas, retalhos pré-au-
riculares para a superfície lateral da aurícula podem parecer 
espessos e têm resultado cosmético pouco satisfatório. Se a área 
de cartilagem exposta for pequena, simplesmente pode ser ex-
cisada, e as paredes da ferida ressuturadas. Se não for possível 
utilizar nenhuma dessas alternativas, pode-se esperar a granu-
lação do tecido, mantendo-se apenas curativos locais até que 
possa ser feito um enxerto. 
A reconstrução de perdas teciduais totais,5 como a re-
gião da hélice, do lóbulo da orelha, e defeitos segmentares en-
volvendo a aurícula em sua região superior, média ou inferior 
pode ser bastante complexa ou exigir múltiplas fases. O mé-
todo de escolha para a correção dependerá das dimensões do 
defeito. Defeitos com menos de 2cm podem ser transformados 
em pequenos fusos e fechados primariamente. Benchemam et 
al 7 descreveu uma técnica (Antia-Buch) com o uso de retalhos 
condrocutâneos superiores e inferiores da hélice adjacente ao 
defeito. Após a incisão da pele e cartilagem da superfície lateral 
da aurícula, a pele da superfície medial é amplamente divulsio-
nada permitindo que os retalhos avancem sobre o defeito. Essas 
técnicas de avanço podem corrigir grandes defeitos, porém às 
vezes a diminuição do tamanho da orelha é inaceitável. Nesses 
casos, deve-se fazer reconstrução em etapas, trazendo outro te-
cido ao defeito para reconstruir a hélice. Existe uma variedade 
de técnicas para rotação de retalhos tubulares para esse propósi-
to. Outra opção envolve o avanço de pele da superfície medial 
da aurícula e da área retroauricular, que pode ser utilizado em 
combinação com enxertos de cartilagem. Pode-se utilizar essa 
técnica também em lesões mais extensas da orelha. Quando 
há a necessidade de várias fases cirúrgicas, não se deve dei-
xar a cartilagem exposta. Pode-se cobri-la embutindo-a sob a 
pele retroauricular onde a área acometida é lavada, limpa, der-
moabrasada e anatomicamente ressuturada no coto auricular 
remanescente. Cria-se, assim, uma bolsa ou túnel retroauricular 
que abriga esse coto. Duas semanas depois, a porção embutida é 
reexposta para que se complete a epitelização. Isso fornece uma 
proteção adequada, e a pele sobrejacente pode ser utilizada para 
a primeira fase da reconstrução. A cartilagem conchal da orelha 
contralateral pode ser utilizada para o enxerto composto. Essa 
técnica pode ser utilizada também para reconstruir orelhas com 
perda segmentar maior. 
AVULSÃO TOTAL DA AURÍCULA
Na literatura o sucesso do reimplante de orelhas totalmente 
decepadas foi à custa de terapia agressiva com antibióticos endove-
nosos, anticoagulantes e vasodilatadores. A congestão venosa deve 
seraliviada por múltiplas puncturas ou incisões para drenagem. 
Atualmente realiza-se a microcirurgia quando possível, 
com reanastomoses vasculares realizadas com técnicas microci-
rúrgicas. Há necessidade também de anticoagulação, antibióticos, 
curativos frequentes e técnicas de drenagem venosa. 
A peça amputada deve ser transportada em condições es-
téreis, resfriada e ressuturada o mais brevemente possível. Quan-
do não for possível resgatá-la, podemos optar por próteses fixas, 
por implantes osteointegrados ou reconstrução auricular total.6
As amputações da orelha são de solução cirúrgica extre-
mamente complexa. Até recentemente, a única alternativa viável 
consistia em salvar o arcabouço cartilaginoso.
As tentativas cautelosas de salvar o arcabouço cartilagi-
noso extremamente traumatizado podem prejudicar a recons-
trução. Isso ocorre pelo fato de a cartilagem traumatizada ou 
alterada produzir detalhes ou projeção inadequados.
Técnicas atuais de reconstrução utilizando enxertos de car-
tilagem autógena com cobertura por retalho da fáscia do músculo 
temporal oferecem melhores resultados do que aqueles obtidos 
com tentativas de preservação da cartilagem em locais distantes.
Nos casos de amputação, tratados com inserção da carti-
lagem desnuda por debaixo do retalho retroauricular e liberação 
do retalho em duas a quatro semanas, nota-se retração tardia do 
segmento reinserido, bem como perda da definição e do con-
torno da orelha.
As reconstruções com cartilagem autógena, utilizando-se 
segmento da concha da orelha contralateral ou cartilagem costal, 
associadas à cobertura cutânea adequada, frequentemente produ-
zem orelhas mais aceitáveis do ponto de vista estético.
O reimplante de grandes segmentos ou de toda a orelha 
como enxerto composto está fadado, em alguns casos ao insu-
cesso, exceto se a área receptora for inicialmente preparada no 
intuito de aumentar a vascularização.3
MORDEDURA POR ANIMAL 
Os conceitos básicos de reparações das lesões de orelha 
são as descritas anteriormente com algumas considerações es-
pecíficas. Em primeiro lugar, identificar o animal (incluído o 
humano) e a extensão da lesão. Assim como outras feridas, é 
necessário documentar fotograficamente, preocupar-se com a 
profilaxia do tétano e detectar se há necessidade da profilaxia 
antirrábica. 
Todos os pacientes devem ser tratados com antibiótico. 
Tais lesões têm contaminação por micro-organismos tanto ae-
róbios como anaeróbios,4 sendo os mais frequentemente detec-
tados nas mordidas por humanos: S. aureus, Pasteurella multocida, 
Streptococci, Bacteroides e Fusobacterium sp. A penicilina ou a am-
picilina cobre a maioria dos patógenos incluindo o P. multocida. 
O clavulonato de amoxacilina e a ticarcilina têm maior espectro 
de ação, incluindo o S. aureus e os produtores de beta-lactamase.
O tratamento se inicia com a limpeza detalhada e a ir-
rigação da ferida. Se ela for muito extensa e demandar recons-
trução cirúrgica deve-se considerar se isso será feito imediata ou 
posteriormente. Há controvérsias, mas a reconstrução posterior 
nos casos de mordida humana grave ou lesões que ocorreram há 
várias horas é factível se o intervalo de tempo for inferior a cinco 
horas, com a ferida bem limpa e que possa ser suturada primaria-
mente. Caso o reparo não possa ser realizado de imediato devem 
ser aplicados curativos locais até que haja tecido de granulação 
local, limpo e sem infecções. 
LESÕES POR ALTERAÇÕES TÉRMICAS
Frio ou congelamento
Provoca trauma localizado que resulta da exposição ao 
frio8 sendo a perda tecidual devida a lesões celular e vascular 
direta. Estudos em animais demonstram que após o congela-
mento, os condrócitos mostram evidências imediatas de lesão 
acompanhadas de alterações mínimas das células epidérmicas. 
A microvasculatura, no entanto, apresenta mudança dramática, 
ocorrendo separação das células endoteliais da lâmina elástica 
interna (formação de cristais de gelo), estase e extravasamento 
de hemácias, edema intersticial, baixo fluxo e necrose tecidual. 
A liberação de metabólitos do ácido aracdônico, o tromboxane 
A2 e prostaglandinas pioram a necrose e agem na regulação da 
vascularização de um modo ainda não totalmente conhecido le-
vando à isquemia e perda tecidual.
A lesão por frio pode ser superficial ou profunda. Os teci-
dos profundos se mantêm viáveis se o congelamento for superfi-
cial, o que não acontece se ele atingir as camadas mais inferiores. 
Esse tipo de lesão é mais frequente nos climas frios, e 
a região auricular é frequentemente envolvida, por sua posição 
exposta e pela baixa quantidade de tecido subcutâneo para pro-
teger os vasos sanguíneos. O vento, a umidade e a temperatura 
são determinantes da severidade da lesão. Inicialmente, há va-
soconstricção deixando a orelha, especialmente nas partes mais 
externas, esbranquiçada e fria ao toque. Seguem-se a hiperemia 
e o edema que prejudicam ainda mais a permeabilidade capilar. 
A cristalização do fluido intracelular pode ser primariamente 
responsável por isso. A orelha se torna edemaciada, vermelha, 
amolecida e pode apresentar bolhas com saída de secreção fluida 
através da pele. No estágio final da queimadura pelo frio, os ca-
pilares regionais se tornam repletos de células vermelhas devido 
à baixa velocidade da circulação através dos capilares e pela perda 
do soro em função da permeabilidade anormal. A recuperação é 
lenta porque ocorrem obstrução, trombose e isquemia, levando à 
necrose do tecido afetado. 
O tratamento é baseado no grau de severidade da le-
são. A orelha deve ser tratada gentilmente para minimizar as 
lesões num tecido já traumatizado e desvitalizado. Deve-se evi-
tar massagem e outras manipulações. Deixar que a temperatu-
ra da orelha retorne gradativamente à temperatura corporal. 
Quando ocorrer a vasodilatação serão observados sintomas de 
prurido e dor severa, que deve ser controlada com analgésicos. 
Nas crianças há necessidade de restringir as mãos. Nos casos 
severos ou de exposição prolongada, recomenda-se o uso de 
anticoagulantes para minimizar a trombose e a coagulação in-
travascular, devendo-se continuar esse tratamento até que se 
determine exatamente a área danificada. Em todos os casos po-
dem ser usados estrogênios conjugados e bioflavonoides por via 
endovenosa para reduzir a permeabilidade capilar anormal. Os 
antibióticos podem ser necessários para prevenir a infecção do 
tecido desvitalizado. Se a necrose de algumas áreas da aurícula 
se tornarem evidentes deve-se aguardar sua delimitação com-
pleta antes que a excisão cirúrgica seja realizada. A separação 
espontânea do tecido desvitalizado permite que a cirurgia seja 
econômica, e o resultado cosmético mais adequado. Se houver 
indicações de infecção e gangrena a excisão cirúrgica deve ser 
realizada imediatamente.
O frio também pode ser importante fator quando se tra-
ta de erupção juvenil da primavera, condrodermatite nodular 
da hélice, eritema pérnio, lúpus eritematoso e crioglobulinemia. 
Lesões semelhantes àquelas provocadas pelo frio podem ser de-
sencadeadas por uso excessivo de spray de etilclorida para o pier-
cing na orelha.2,5
QUEIMADURAS
A aurícula é particularmente suscetível ao trauma tér-
mico9 devido a sua posição exposta e à mínima quantidade de 
tecido subcutâneo separando a pele do pericôndrio. Pode-se 
perder tecido devido ao trauma térmico direto, e a isquemia 
dérmica progressiva parece resultar de uma interação comple-
xa de fatores, incluindo o aumento da permeabilidade vascu-
lar com a formação de edema significante e a liberação de 
mediadores químicos com potentes efeitos na função vascular. 
O tecido danificado serve como substrato para infecções e fi-
nalmente a perda da cartilagem e a subsequente deformidade 
auricular. 
Queimaduras de primeiro grau envolvem apenas a epi-
derme. A orelha ficaeritematosa, quente e dolorosa ao tato, e 
se toma conduta expectante. As queimaduras de segundo grau 
envolvem a epiderme e parte da derme, podendo ser divididas 
em profundas e superficiais. Queimadura de terceiro grau ou 
de espessura total é aquela em que ocorre a destruição total da 
epiderme e da derme. Muitas vezes a diferenciação entre a quei-
madura parcial profunda e a de espessura total pode ser difícil. 
Leve edema pode ocorrer numa queimadura profunda e uma 
queimadura de espessura total pode ocorrer sem dor ou desse-
14 Tamura BM, Ferolla ACJ, Santana CNLL
Surg Cosmet Dermatol. Rio de Janeiro v.10 n.1 jan-mar. 2018 p. 10-6.
Afecções auriculares: traumas físicos e por alteração térmica 15
Surg Cosmet Dermatol. Rio de Janeiro v.10 n.1 jan-mar. 2018 p. 10-6.
cação de tecidos, levando à autoamputação parcial ou total da 
orelha. A falta da sensação de dor não auxilia a determinação da 
profundidade da queimadura pois é variável nas queimaduras de 
segundo e terceiro graus. O principal cuidado nos casos de quei-
maduras de segundo e terceiro graus é a prevenção da condricte, 
infecção séria que leva também à perda da cartilagem. Deve-se 
realizar um cuidado meticuloso da ferida e evitar a pressão local. 
Purdue9 descreve regimes que envolvem a lavagem gentil da ore-
lha e o uso de sabonetes antibacterianos uma a duas vezes por dia 
seguida da aplicação de cremes antibióticos, diminuindo assim a 
incidência da condrite para intervalo de zero a 3%. A cartilagem 
exposta devido a queimaduras severas deve ser coberta com te-
cido vascularizado para tentar preservá-la. 
LESÕES ARTEFACTUAIS OU IATROGÊNICAS
A maioria das outras formas de trauma tendem a ser ar-
tefactuais ou iatrogênicas. O piercing pode levar à infecção, sen-
do que as complicação decorrente desse procedimento podem 
chegar a 34%, com formação de queloide, dermatite de conta-
to por níquel e pseudolinfoma do lóbulo da orelha. Ruptura 
da membrana timpânica e atresia adquirida do canal auditivo 
externo são geralmente resultados de trauma cirúrgico ou ten-
tativas intempestivas para remover corpo estranho ou cerúmen 
impactados. Contratura do meato acústico externo pode seguir 
as queimaduras.
ACANTOMA FISSURADO
Trata-se de lesão fissurada, algumas vezes apresentando-se 
como pápula eritematosa e descamativa lembrando lesão de ce-
ratose actínica. Ocorre atrás ou na parte mais superior da orelha, 
na junção com o couro cabeludo causada por hastes de ócu-
los mal ajustados. O diagnóstico diferencial inclui o carcinoma 
basocelular, a ceratose actínica e o carcinoma espinocelular em 
fase inicial.6,10
CORPO ESTRANHO
Corpos estranhos no canal auditivo compõem um cená-
rio comum nas emergências, mais comum na população abaixo 
de cinco anos de idade. Podem ser assintomáticos ou com dor, 
inflamação ou infecção no conduto auditivo externo,3 otorréia 
e tinido.11,12
Na infância a maior parte corresponde a pequenos ob-
jetos e grãos e na população adulta a algodão dos cotonetes. O 
tratamento é feito com a lavagem do ouvido ou por cirurgia. A 
lista de objetos que podem ser encontrados no canal auditivo 
é muito variada, sendo o cerúmen impactado causa frequente 
de irritação. Por outro lado, pouco cerúmen, especialmente em 
mulheres, pode levar ao prurido. Deve-se ter cuidado e atenção 
com o uso excessivo de algodão, excesso de limpeza ou coçadura 
do ouvido. O uso de objetos metálicos pode levar à dermatite 
de contato. As tentativas intempestivas para a retirada do objeto 
levam muitas lesões para o istmo ou outros locais. O corpo es-
tranho, sendo menor do que o lúmen do canal pode ser remo-
vido por um fórceps de Hartmann. Objetos maiores devem ser 
“pescados” com uma alça, ou, em alguns casos, com injeção de 
água através da parede à semelhança da retirada de cerúmen, ou 
ainda, aspirados com sugadores adequados. No caso dos insetos, 
inicialmente devem ser mortos com tampão de algodão ume-
decido com éter, clorofórmio ou álcool durante cinco minutos 
e depois lavagem para sua retirada. Se a criança estiver agitada, 
há necessidade de anestesia geral. Muitos dos casos de trauma 
timpânico e dos ossículos ocorrem com movimentos das crian-
ças durante esse tipo de procedimento. Sempre que objetos se 
instalarem além do istmo deve-se realizar a retirada sob anestesia. 
Moscas podem depositar seus ovos na orelha e a miíase resultante 
pode levar à dor, inflamação e ocasionalmente a complicações 
mais severas. 
Pelos soltos no canal auditivo também podem ser causa 
de ruídos no ouvido.
CONCLUSÕES
A revisão realizada demonstra a grande variedade de 
afecções que podem atingir a orelha. Embora muitas vezes te-
nhamos a impressão de que as doenças atinjam a orelha por que 
ela faz parte do tegumento, o que é verdade na maioria dos casos, 
outras se referem exclusivamente a essa região pelas suas próprias 
características e função. Discorremos sobre as dermatites, trauma, 
infecções, deformidades congênitas até tumores benignos e ma-
lignos tornando o assunto extremamente interessante em termos 
dermatológicos e também do ponto de vista cirúrgico pelo co-
nhecimento mais amplo permitindo abrir um leque em termos 
de diagnóstico diferencial e alternativa terapêutica. l
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practice. JAMA Facial Plast Surg. 2014;16(1):7-8. 
CONTRIBUIÇÃO DOS AUTORES:
Bhertha M. Tamura | 0000-0001-7259-2998
Concepção, redação e revisão 
Ana Carolina Junqueira Ferolla | 
Concepção, redação e revisão 
Cândida Naira Lima e Lima Santana | 0000-0002-2693-0025
Concepção, redação e revisão 
7. Benchemam Y, Nicolas J, Alix T, Soubeyrand E, Tringali S, Labbé D, et al. 
The Antia-Buch flap technique in reconstruction of marginal ear de-
fects. Rev Stomatol Chir Maxillofac. 2008;109(5):307-11 
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Otolaryngol Clin North Am. 1996;29(5):783-94.
16 Tamura BM, Ferolla ACJ, Santana CNLL
Surg Cosmet Dermatol. Rio de Janeiro v.10 n.1 jan-mar. 2018 p. 10-6.
 17
Surg Cosmet Dermatol. Rio de Janeiro v.10 n.1 jan-mar. 2018 p. 17-21.
Artigo de 
Revisão
Autores:
 Leandro Fonseca Noriega1
Letícia dos Santos Valandro2 
Nilton Gioia Di Chiacchio1 
Marina Lino Vieira1 
Nilton Di Chiacchio1
1 Clínica de Dermatologia, Hospital 
do Servidor Público de São Paulo 
– São Paulo (SP), Brasil.
2 Departamento de Dermatologia, 
Hospital de Clínicas, Universidade 
Estadual de Campinas (UNICAMP) 
– Campinas (SP), Brasil.
 
 
Correspondência:
Leandro F. Noriega
 Avenida Andrômeda, no 885, 
sala 2106 - Alphaville Empresarial
13015 121 - Barueri - SP, Brasil
 Email: leandronorieg@gmail.comData de recebimento: 01/11/2017
Data de aprovação: 02/01/2018
 
Trabalho realizado no Hospital do 
Servidor Público Municipal de São 
Paulo - São Paulo (SP), Brasil. 
 
Suporte Financeiro: Nenhum.
Conflito de Interesses: Nenhum.
Tratamento de verrugas virais com 
bleomicina intralesional
Treatment of viral warts with intralesional bleomycin
DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/scd1984-8773.201810103
RESU MO
A verruga viral representa uma das dermatoses mais prevalentes. O quadro clínico varia de 
lesão única com cura espontânea até múltiplas lesões recalcitrantes. O sulfato de bleomici-
na é uma droga de ação citotóxica, aprovada para o tratamento quimioterápico de algumas 
malignidades. Há mais de 45 anos existem trabalhos demonstrando sua utilidade na der-
matologia, em especial na terapia intralesional para verrugas virais, que constitui excelente 
opção para as lesões em topografias de difícil manejo e para os casos não responsivos a 
outras abordagens.
Palavras-chave: Bleomicina; Tratamento farmacológico; Verruga viral
ABSTRACT
Viral warts are one of the most prevalent dermatoses. The clinical picture varies from a single lesion 
with spontaneous cure to multiple recalcitrant lesions. Bleomycin sulfate is a cytotoxic action drug 
approved for the chemotherapeutic treatment of some malignancies. There are a number of studies that 
have been carried out during the last 45 years demonstrating its usefulness in dermatology, especially 
in intralesional therapy for viral warts, meaning it is an excellent option for lesions in difficult-to-han-
dle topographies and for cases that do not respond to other approaches.
Keywords: Bleomycin; Drug therapy; Viral wart
INTRODUÇÃO
A bleomicina foi originalmente isolada do fungo Streptomyces 
verticillus, em 1962, por Umezawa et al.1 Esse glicopeptídeo possui 
efeito antibacteriano e antiviral, porém sua maior utilidade deve-se 
ao efeito citotóxico. Foi aprovado pelo Food and Drug Adminis-
tration (FDA) para o tratamento, por via sistêmica, do carcinoma 
testicular, da efusão pleural maligna, do linfoma de Hodgkin e não 
Hodgkin. Como quimioterapia adjuvante foi aprovado para o tra-
tamento de algumas formas avançadas de carcinoma espinocelular 
cutâneo.2-4
Apesar de não ser aprovado para terapia intralesional, na der-
matologia existem muitos relatos de casos e estudos que demonstram 
eficácia e segurança no tratamento de diversas doenças, como, por 
exemplo, verrugas virais, queloides, hemangiomas, malformações 
vasculares e algumas neoplasias malignas (carcinoma basocelular, 
queratoacantoma, carcinoma espinocelular e sarcoma de Kaposi).3,5,6
Farmacodinâmica
Conhecendo-se sua baixa absorção quando administrada por 
via oral, nos casos de tratamento sistêmico deverão ser utilizadas as 
vias endovenosa, intramuscular ou subcutânea, a depender do pro-
tocolo de abordagem.3
Devido a sua baixa absorção transepidérmica, é necessária 
dose muito elevada para que seja atingida mínima concentração 
tecidual, quando de sua aplicação por via tópica.3 Assim, a inje-
ção intralesional torna-se alternativa para o tratamento de lesões 
localizadas. Após uma sessão de infiltração intralesional, conside-
ra-se que a absorção sistêmica seja mínima.7,8
James et al.9 dosaram o nível sérico de bleomicina em 
sete pacientes com verrugas virais palmares, após a injeção de 
uma unidade (U) da droga. A concentração plasmática variou 
entre 7,5 e 113,5ng/ml e de 4,9 a 34,8ng/ml após 45 e 120 
minutos, respectivamente.
Sua excreção é principalmente renal, porém se sugere 
que exista a participação hepática.3,10 Também ocorre a destrui-
ção enzimática por meio da bleomicina hidrolase, enzima pre-
sente em diversos tecidos, porém em concentrações variáveis.3
Mecanismo de ação
Atua principalmente via clivagem da cadeia de DNA. Na 
presença de oxigênio, Fe2+ e um agente redutor, a bleomicina 
transfere elétrons do Fe2+ para o oxigênio, criando espécies reati-
vas de oxigênio. O radical livre causa dano oxidativo aos nucleo-
tídeos, clivando a cadeia de DNA.3 Também ocorre degradação 
do RNA celular.11 Outro mecanismo de ação relacionado à boa 
resposta terapêutica nas verrugas virais é o dano endotelial.11 
Não foi descrito efeito direto da bleomicina sobre o papiloma-
vírus humano (HPV).
Por ser substância hidrofílica, sua permeabilidade através 
da membrana celular é baixa. Mizuno e Ishida12 demonstraram 
que a associação da bleomicina com lidocaína, procaína, tetracaí-
na, dibucaína, butacaína ou etanol gera maior efeito citotóxico. 
Essas substâncias causariam desestruturação das membranas ce-
lulares e consequentemente maior permeabilidade transmem-
brana.3,12
Forma farmacêutica
A preparação disponível comercialmente é o sulfato de bleo-
micina na forma de pó liofilizado, em frasco/ampola com 15U.3,4
Verrugas virais
A verruga viral cutânea é doença benigna comum, causada 
pelo HPV, que acomete com maior frequência a região das mãos e 
dos pés (Figura 1).13,14 A apresentação e a gravidade podem variar 
desde lesão única com resolução espontânea até múltiplas lesões 
de curso crônico. Acomete qualquer faixa etária, com prevalência 
variável entre 5 e 30% nas crianças e adultos jovens.13-15
Imunossuprimidos apresentam importante predisposição, 
com lesões de longa duração e menor resposta ao tratamento.13,15
Além das alterações estéticas e funcionais, devemos lem-
brar da associação entre a infecção por HPV e o carcinoma es-
pinocelular cutâneo.15 Assim, é importante realizar a biópsia de 
lesões verrucosas crônicas nos adultos, posto que elas podem re-
presentar neoplasias epiteliais malignas.
Crioterapia, ácido salicílico, ácido lático, glutaraldeído, 
imiquimode, eletrocauterização, excisão cirúrgica, curetagem, 
podofilotoxina, cantaridina, 5-fluorouracil (tópico ou intrale-
sional), imunoterapia, terapia fotodinâmica e pulsed dye laser são 
citados como opções terapêuticas.3,13,14
A topografia, o tamanho, o número de lesões e a falha 
nos tratamentos prévios influenciam a escolha da abordagem te-
rapêutica.
 Bleomicina intralesional para o tratamento das 
verrugas virais
A primeira descrição de bleomicina intralesional para o 
tratamento de verruga viral ocorreu na década de 1970, e desde 
então diversos estudos evidenciaram suas eficácia e segurança. 
Para muitos autores essa é uma excelente opção terapêutica para 
lesões em topografias de difícil abordagem, em especial a região 
periungueal (Figuras 2 e 3), e para lesões recalcitrantes, mesmo 
em imunossuprimidos.3,8,9,11,13,14,16,17
Dhar et al.18 analisaram 73 pacientes, entre cinco e 50 anos, 
com o total de 155 verrugas, comparando os usos de crioterapia e 
bleomicina intralesional. A taxa de cura no grupo da bleomicina 
foi de 94,9%; no grupo tratado com crioterapia foi de 76,5%.
Em estudo semelhante, Adalatkhah et al.19 demostraram 
cura em 86% e 68% dos casos tratados com bleomicina e crio-
terapia, respectivamente. Rossi et al.20 evidenciaram taxa de cura 
de 82%, sendo 2,5 vezes maior do que no grupo placebo.
Além das verrugas vulgares e palmoplantares, há estudos 
mostrando eficácia no tratamento das verrugas anogenitais, com 
taxa de cura de até 70%.21
Uma vez que o uso da bleomicina intralesional é modali-
dade considerada off-label, não existe uma forma padronizada de 
diluição. A maioria dos autores descreve o uso dessa droga em 
concentração variável de um a 1,5U/ml:
- 15ml de soro fisiológico (SF) 0,9% para 15U bleomi-
cina = 1U/ml.2
- 5ml de água destilada para 15U de bleomicina. Poste-
riormente misturar 1/3 dessa solução + 2/3 de lidocaína 2% = 
1U/ml.18,22
- 4 ml de SF 0,9% + 6ml de lidocaína 2% para 15U bleo-
micina = 1,5U/ml.21
Surg Cosmet Dermatol. Rio de Janeiro v.10 n.1 jan-mar. 2018 p. 17-21.
Figura 1: Verruga 
viral periungueal, 
com acometimento 
da dobra ungueal 
lateral no primeiro

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