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Infecção cutânea que compromete uma parte maior dos tecidos moles, estendendo-se profundamente através da derme e tecido subcutâneo. Seus principais agentes são Staphylococcus aureus e o Estreptococos beta-hemolíticos do grupo A (SBHGA). EPIDEMIOLOGIA Adultos de meia-idade Idosos 200 casos por 100.000 pacientes- ano Predileção sazonal por meses mais quentes. Os fatores predisponentes mais importantes para o desenvolvimento dessa infecção são ruptura da barreira cutânea devido a trauma (como abrasão, ferida penetrante, úlcera de pressão, úlcera venosa da perna, picada de inseto, uso de drogas injetáveis), inflamação (eczema, radioterapia), infecção de pele preexistente (impetigo, tinea pedis), insuficiência venosa, edema devido à drenagem linfática prejudicada, obesidade e imunossupressão (como diabetes ou infecção por HIV). O fato de muitas vezes ele ser de pequeno tamanho dificulta o diagnóstico precoce e a prevenção do quadro infeccioso. FISIOPATOLOGIA Infecção cutânea (após ruptura da pele) Invasão da derme e do subcutâneo pelo patógeno e mecanismos inflamatórios Infecção se propaga através de espaços teciduais e planos de clivagem por ação das hialuronidases, fibrinolisinas e lecitinases. Invasão de vasos linfáticos e sanguíneos, resultando em linfangite, linfadenite, bacteriemia e septicemia. CLÍNICA • Lesão primária é extremamente dolorosa e infiltrativa, com bordas mal delimitadas que se estende ao tecido subcutâneo. • Sinais flogísticos como eritema e calor locais importantes • Sinais e sintomas sistêmicos surgem, como febre, calafrios, mal-estar, confusão mental e leucocitose. • Em alguns casos podem se formar bolhas ou necrose. • A infecção pode se localizar nas partes moles com formação de abscesso dérmico e subcutâneo, ou fasceíte necrosante. • Linfadenopatia regional pode estar associada à celulite de extremidades. • Como consequência da celulite pode advir supuração profunda e septicemia. DIAGNÓSTICO Baseado fundamentalmente nas manifestações clínicas. O diagnóstico diferencial principal é a erisipela, uma subtipo de celulite. OBS: A principal forma de diferenciação entre elas está na observação das margens da lesão. Enquanto que na celulite é elevada e bem delimitada, na erisipela mostra-se indistinta, gradualmente se misturando com as áreas de pele normal. Hemocultura, aspirados e biopsias não são úteis em casos leves, mas são importantes em pacientes com toxicidade sistêmica, envolvimento extenso da pele ou comorbidades. Pacientes com complicação para abscesso drenável devem ser submetidos a incisão e drenagem, com cultura e teste de sensibilidade do material desbridado. TRATAMENTO Infecção leve: antibióticos orais de maneira empírica e terapias não medicamentosas. A pele deve manter-se hidratada para evitar que a mesma resseque e forme novas lesões *Deve-se diferenciar entre celulite purulenta e não purulenta e os esquemas terapêuticos são os utilizados no período de 5 a 10 dias.* Pacientes com infecção que justifica terapia parenteral, como quadro severo de celulite, comorbidades importantes ou limitações para um adequado manejo ambulatorial, são geralmente tratados por um período total de 5 a 14 dias. Assim que houver sinais de melhora clínica sem evidência de toxicidade sistêmica, os antibióticos podem ser transferidos da terapia parenteral para a oral. As opções terapêuticas endovenosas são:
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