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Celulite: Causas, Sintomas e Tratamento

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CELULITE 
• Envolve tecidos profundos que a erisipela; 
• Mais frequente nas pernas, como complicação de 
tinea pedis ou linfedema crônico; 
• Agentes etiológicos: Staphylococcus aureus e o 
Estreptococos beta-hemolíticos do grupo A 
(SBHGA); 
 
FATORES DE RISCO 
• Diabetes melittus, leucemia, pós-safenectomia e 
doença vascular periférica; 
• Indivíduos com pele seca são mais suscetíveis; 
• Fatores predisponentes: ruptura da barreira 
cutânea devido a trauma (como abrasão, ferida 
penetrante, úlcera de pressão, úlcera venosa da 
perna, picada de inseto, uso de drogas injetáveis), 
inflamação (eczema, radioterapia), infecção de pele 
preexistente (impetigo, tinea pedis), insuficiência 
venosa, edema devido à drenagem linfática 
prejudicada, obesidade e imunossupressão (como 
diabetes ou infecção por HIV); 
EPIDEMIOLOGIA 
• De 2008 a 2009, foi responsável por 82.113 
internações no Reino Unido; 
• Nos Estados Unidos, as celulites e erisipelas têm 
uma incidência de 200 casos a cada 100.000 
pacientes ao ano; 
• Mais frequente em adultos de meia-idade e idosos; 
• Em regiões não tropicais, tem uma predileção 
sazonal por meses mais quentes; 
FISIOPATOLOGIA 
• Agentes etiológicos mais comuns: estreptococos 
beta-hemolíticos (grupos A, B, C, G e F) - 
Streptococcus do grupo A ou Streptococcus 
pyogenes; 
• S. aureus: lesão purulenta; 
• Infecção cutânea: surge em decorrência de ruptura 
da integridade da pele; 
• A infecção se propaga através de espaços teciduais 
e planos de clivagem por ação das hialuronidases, 
fibrinolisinas e lecitinases; 
• Invasão de vasos linfáticos e sanguíneos: linfangite, 
linfadenite, bacteriemia e septicemia; 
• Produção local de exotoxinas: pode resultar em 
síndrome da pele escaldada estafilocócica (SPEE) e 
a síndrome do choque tóxico (SCT); 
QUADRO CLÍNICO 
• Pode ou não cursar com drenagem de secreção 
purulenta - não ocorre na erisipela; 
• Lesão primária: extremamente dolorosa e 
infiltrativa, com bordas mal delimitadas que se 
estende ao tecido subcutâneo; 
• Presença de sinais flogísticos - eritema e calor; 
• Sintomas e sinais sistêmicos: febre, calafrios, mal-
estar, confusão mental e leucocitose; 
• Pode ter formação de bolhas ou necrose - extensas 
áreas de descolamento epidérmico e erosões 
superficiais; 
• Infecção nas partes moles: formação de abscesso 
dérmico e subcutâneo, ou fasceíte necrosante; 
• Linfadenopatia regional - celulite de extremidades; 
DIAGNÓSTICO 
• Baseado nas manifestações clínicas; 
• Hemocultura, aspirados e biópsias não se mostram 
úteis em casos leves de infecções - importantes 
quando os pacientes apresentam toxicidade 
sistêmica, envolvimento extenso da pele ou 
comorbidades; 
• Radiografia: útil para diagnóstico de exclusão na 
suspeita de abscessos e osteomielite; 
TRATAMENTO 
• Antibióticos orais; 
• Pele deve manter-se hidratada - evitar ressecamento 
e formação de novas lesões; 
• Celulite não purulenta: 
o Dicloxacilina 500 mg VO de 6/6 horas; 
o Cefalexina 500 mg VO de 6/6 horas; 
o Clindamicina 300-450 mg VO a cada 6-8 
horas; 
• Celulite purulenta: 
o Dicloxacilina 500 mg VO de 6/6 horas; 
celulite 
o Cefalexina 500 mg VO de 6/6 horas ; 
o Clindamicina 300-450 mg VO a cada 6-8 
horas; 
• Opções terapêuticas endovenosas: 
o Cefazolina 1-2 g EV de 8/8 horas; 
o Oxacilina 2g EV de 4/4 horas; 
o Clindamicina 600-900 mg EV de 8/8 horas; 
• Acompanhamento ambulatorial: cefalexina 1g a 
cada 6 horas por 7 a 14 dias; 
• Pacientes internados: oxacilina 2g EV a cada 4 
horas por 7 a 14 dias; 
o Ausência de melhora após 48 horas de 
antibioticoterapia via oral: indicação de 
internação hospitalar e ampliação do 
espectro da antibioticoterapia; 
• Orientar repouso e elevação dos membros; 
• Indicações de internação: sinais de síndrome da 
resposta inflamatória sistêmica (SIRS) (febre> 
38ºC, hipotensão, taquicardia), progressão rápida 
do eritema, ausência de melhora após 48 horas de 
antibioticoterapia via oral, proximidade da infecção 
a próteses, celulite na face e pacientes 
imunocomprornetidos; 
• Celulite/erisipela de repetição: 
o Orientar meias elásticas e elevação dos 
membros inferiores; 
o Penicilina benzatina 1.200.000 UI IM a 
cada 21 dias, ou sulfametoxazol-
trimetropim; 
CELULITE DOS MEMBROS INFERIORES 
• Infecção subaguda crônica profunda acometendo 
derme e hipoderme, causada em adultos por 
estreptococos Grupo A e S. aureus - eventualmente, 
por outras bactérias; 
Manifestações clínicas: 
• Edema, eritema com discreto aumento local da 
temperatura; 
• Pode ocorrer em torno de lesões ulcerativas - pode 
surgir supuração; 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
Rivitti, Evandro A. Manual de dermatologia clínica 
de Sampaio e Rivitti. São Paulo: Artes Médicas, 2014. 
Veronesi: Tratado de Infectologia. 5. ed. São Paulo: 
Editora Atheneu, 2015. 
Medicina de emergência: abordagem prática. 
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - 
FMUSP. 13. Ed. Barueri [SP]: Manole, 2019. 
Brasileiro Filho, Geraldo. Bogliolo: Patologia. 9. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
KUMAR, V.; ABBAS, A.; FAUSTO, N. Robbins e 
Cotran – Patologia. Bases Patológicas das Doenças. 
8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;

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