Buscar

Asma Brônquica: Anamnese e Atendimento Odontológico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Insta: @camilapontesliberal 
ASMÁTICOS 
 
 
 
A asma brônquica é uma 
doença pulmonar obstrutiva, 
autolimitada, cujo principal sintoma 
é a falta de ar, causada pelo 
estreitamento das vias aéreas, pela 
inflamação de suas paredes e pela 
hiperprodução de muco aderente, 
em resposta a vários estímulos. 
 
Outros sintomas clássicos 
são: os chiados no peito 
(acompanhados ou não pela falta de 
ar) e a tosse seca ou com secreção, 
além da sensação de aperto no 
peito, que pode ser confundida com 
problemas cardíacos, 
especialmente em idosos. 
 
 As crises asmáticas podem 
ser precipitadas por exercícios 
físicos, distúrbios emocionais, 
infecção respiratória viral, inalação 
de ar frio ou de agentes irritantes 
(fumaça de cigarro, gasolina, tinta 
fresca, etc.) e exposição a 
alérgenos específicos como os 
salicilatos e os sulfitos. 
 
Os fatores psicológicos têm 
papel modificador, podendo agravar 
uma crise asmática. 
 
A asma não é uma doença 
hereditária. 
 
A maior prevalência se dá em 
crianças na idade escolar, atingindo 
mais meninos do que meninas, e 
tende a diminuir após a puberdade. 
As crises podem reaparecer em 
fases mais avançadas da vida. 
 
ANAMNESE DIRIGIDA 
 
O dentista deve inicialmente 
identificar o grau de severidade da 
doença, por meio da anamnese 
dirigida ao problema. As seguintes 
perguntas podem ser feitas pelo 
profissional: 
 
1. De qual tipo de asma você é 
portador? 
Com fundamento nos sinais e 
sintomas relatados pelo paciente e 
na frequência das crises, pode-se 
ter uma noção do quadro clínico 
atual. Quanto maior a severidade da 
doença, maior o risco de 
complicações. 
 
2. Qual era a sua idade quando 
a asma foi diagnosticada e 
quais mudanças você 
percebeu desde então? 
Essas informações permitem 
identificar a quanto tempo a doença 
está sendo controlada. 
 
3. Você tem algum tipo de 
alergia? 
Pacientes asmáticos podem 
apresentar alergia a certos materiais 
de uso odontológico, como o látex e 
o metilmetacrilato. 
Aproximadamente 10% dos 
pacientes asmáticos adultos são 
alérgicos à aspirina e podem 
apresentar sensibilidade cruzada 
com outros anti-inflamatórios não 
esteroides. 
Pacientes asmáticos dependentes 
de corticosteroides podem 
Insta: @camilapontesliberal 
apresentar alergia aos sulfitos na 
ordem de 8,4%. 
Como se sabe, os sulfitos estão 
presentes nas soluções anestésicas 
que contêm epinefrina e outros 
vasoconstritores adrenérgicos, para 
evitar sua oxidação e consequente 
inativação. 
 
4. Quais medicamentos você 
utiliza para o tratamento da 
asma? 
O uso contínuo de corticosteroides 
ou o uso frequente do 
broncodilatador em aerossol pode 
indicar quadros clínicos mais 
complexos. 
 
5. Você passou por alguma 
crise ou complicação 
recente? Como foi tratada? 
O tratamento de crises agudas de 
asma apenas com 
broncodilatadores em aerossol 
indica um quadro menos severo. 
Hospitalização recente indica 
quadro clínico instável e suscetível 
a novas crises. 
 
6. O que provoca seus ataques 
de asma? 
Evitar exposição aos agentes 
precipitantes das crises ajuda a 
evitar possíveis intercorrências. As 
sessões de atendimento devem ser 
agendadas preferencialmente para 
o início da manhã ou final da tarde, 
períodos nos quais as crises são 
menos frequentes. 
 
7. Você se sente ansioso ou 
com medo quando vem ao 
consultório? 
Uma boa parte das crises agudas 
de asma é desencadeada por 
fatores psicológicos ou emocionais, 
e o próprio consultório odontológico 
pode se constituir num ambiente 
propício para que isso ocorra. 
Nesses casos, deve ser 
considerada a sedação mínima por 
meios farmacológicos. 
 
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO 
 
Anestesia local e uso de 
medicamentos em pacientes 
asmáticos 
 
 
 
SEDAÇÃO 
MINIMA 
Via respiratória – 
inalação da 
mistura de 
N2O/O2 
Evitar em 
pacientes com 
asma severa 
persistente ou Via 
oral 
Midazolam 7,5 
mg 20-30 min 
antes do 
procedimento ou 
Lorazepam 1 mg 
(para idosos) 2 h 
antes do 
procedimento 
 
 
 
ANESTESIA 
LOCAL 
Lidocaína 2%, 
Mepivacaína 2% 
ou Articaína 4% 
com epinefrina 
1:100.000 ou 
1:200.000 Para 
pacientes com 
história de alergia 
aos sulfitos 
Prilocaína 3% 
com felipressina 
0,03 UI/mL 
 
 
 
Dipirona 500 mg 
ou Paracetamol* 
750 mg (a cada 4 
Insta: @camilapontesliberal 
CONTROLE 
DA DOR 
h) (a cada 6 h) 
*Atenção: a 
solução oral 
“gotas” de 
paracetamol 
contém 
metabissulfito de 
sódio em sua 
composição Anti-
inflamatórios 
Betametasona ou 
Dexametasona 4 
mg em dose 
única 1 h antes 
do procedimento 
 
TRATAMENTO 
DAS 
INFECÇÕES 
BACTERIANAS 
Descontaminação 
do local 
Prescrição de 
antibiótico 
apenas na 
presença de 
sinais locais ou 
manifestações 
sistêmicas da 
infecção. 
 
OUTROS CUIDADOS DE ORDEM 
GERAL 
 
A inalação da mistura de 
óxido nitroso e oxigênio é o método 
mais indicado para a sedação 
mínima de pacientes com asma leve 
ou moderada, uma vez que a 
mistura gasosa não é irritante ao 
epitélio pulmonar e proporciona uma 
sensação de bem-estar ao paciente. 
 
Ao contrário, deve ser evitada 
em pacientes com quadros severos 
de asma brônquica, pois o risco de 
hipoxia é maior em pacientes com 
insuficiência respiratória. 
 
O uso de soluções 
anestésicas com epinefrina não é 
contraindicado. 
Deve-se, entretanto, ter cuidado 
com os asmáticos com história de 
alergia aos sulfitos, o que não é 
incomum, especialmente nos que 
dependem do uso de 
corticosteroides. Nesses casos, dá-
se preferência à solução de 
prilocaína 3% com felipressina 0,03 
UI/mL. 
 
No controle da dor e edema, 
para pacientes alérgicos à aspirina, 
deve ser evitada a prescrição de 
anti-inflamatórios não esteroides, 
pelo risco de sensibilidade cruzada 
e desencadeamento de uma crise 
aguda de asma. Nesse caso, os 
corticosteroides (betametasona ou 
dexametasona) podem ser 
empregados como alternativa. 
 
As crises de asma são 
tratadas primariamente com 
broncodilatadores na forma de 
aerossol. Portanto, é prudente 
solicitar ao paciente que traga sua 
“bombinha” por ocasião do 
atendimento, já que ele está 
habituado com a preparação e com 
a forma de aplicação. 
 
 
 
 
REFERENCIA 
 
- Terapêutica medicamentosa em 
odontologia [recurso eletrônico] / 
Organizador, Eduardo Dias de 
Andrade. – Dados eletrônicos. – 3. ed. 
– São Paulo : Artes Médicas, 2014.

Continue navegando