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AV2 - PRÁTICA PENAL - 2021 1

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO 
Nome do(a) Aluno(a): ALEXSANDRO GABRIEL SANTANA DA SILVA
	
Matrícula:201702233936
	Disciplina: CCJ0149 | PRÁTICA SIMULADA III (PENAL)
	 Data: 14.06.2021
	Período: 2021.1 | AV2 Turma: 1001
	
ATENÇÃO: A PROVA DEVE SER RESPONDIDA ATÉ ÀS 9H DO DIA 15.06.2021 (TERÇA-FEIRA) E ENVIADA PARA O E-MAIL INSTITUCIONAL DA PROFA. DÉBORA CERQUEIRA (debora.cerqueira@estacio.br).
PROBLEMA
João foi acusado de ter subtraído, no dia 5 de janeiro de 2003, vinte mil dólares de seu pai, Fábio, com cinquenta e oito anos de idade. Houve proposta de suspensão condicional do processo, não aceita pelo acusado. Ouvidas duas testemunhas de acusação, disseram que, realmente, houve a subtração, por elas presenciada. O pai, vítima, confirmou o fato e a propriedade dos dólares. Por outro lado, o acusado e duas testemunhas de defesa afirmaram que os dólares não pertenciam ao pai do acusado, mas à sua mãe, que, antes de falecer, os dera para o filho. Não foi juntada prova documental a respeito da propriedade do dinheiro. O juiz condenou João pelo crime de furto simples às penas de 1 (um) ano de reclusão e 10 dias-multa, no valor mínimo, substituindo a pena de reclusão pela restritiva de direitos consistente em prestação de serviços à comunidade.
QUESTÃO: Como advogado de João, verifique o que pode ser feito em sua defesa e, de forma fundamentada, postule o que for de seu interesse por meio de peça adequada.
Boa prova!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO, DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ______, ESTADO___.
Processo nº: ___________
 
 JOÃO, já qualificado nos autos às folhas __, por meio de seu advogado e procurador que a este subscreve, conforme procuração em anexo, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, inconformado com a respeitável decisão de folhas __, que o condenou à pena 1 (um) ano de reclusão e 10 dias-multa, no valor mínimo, substituindo a pena de reclusão pela restritiva de direitos consistente em prestação de serviços à comunidade, como incurso no artigo 155  do Código Penal, interpor tempestivamente, APELAÇÃO Com fundamento no artigo 593, inciso I, do Código de Processo Penal, e requer que, após cumpridas as formalidades legais, que seja o presente recurso encaminhado para Segunda Instância para devido processamento e julgamento. 
Termos em que,
Pede-se deferimento.
Cidade, ___/___/___
__________________________
Advogado
OAB/___, nº___
RAZÕES DE APELAÇÃO
Egrégio Tribunal Colenda Câmara Douto Julgadores.
Apelante: João
Apelado: Ministério Público Estadual  
Processo nº: ______
 JOÃO, já qualificado nos autos às folhas __, por meio de seu advogado e procurador que a este subscreve, conforme procuração em anexo (folhas __), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, nos autos de processo-crime em epígrafe, inconformado com a respeitável sentença do Juízo da __ Vara Criminal da Comarca de _____ Estado __, interpor APELAÇÃO, com fundamento no inciso I do artigo 593 do Código de Processo Penal, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor:
 I- DOS FATOS
 João foi denunciado pelo ilustre representante do Ministério Público, tendo sido a denúncia recebida perante Juízo Criminal de ___ em ____.
 Segundo narra a denúncia, no dia 05 de janeiro de 2003, subtraído vinte mil dólares de seu pai, Fábio, com cinquenta e oito anos de idade.
Houve proposta de suspensão condicional do processo (folhas), mas o apelante não aceitou, pois declara-se inocente e pretende provar em juízo não ter praticado a conduta descrita na denúncia. 
Passada a instrução probatória, o juiz não acolheu as alegações do apelante, entendo pela sua condenação, tendo sentenciado o apelante às penas de 1 (um) ano de reclusão e 10 dias-multa, no valor mínimo, substituindo a pena de reclusão pela restritiva de direitos consistente em prestação de serviços à comunidade.
 II – DO DIREITO DO MÉRITO 
 
A) Inexistência do fato.
 
 
 Para caracterizar o crime de furto, deve haver subtração de coisa alheia móvel, para si ou para outrem, nos termos do artigo 155 do Código Penal. 
 Ocorre que o apelante era o proprietário dos valores que a denúncia afirma terem sido subtraídos da vítima. O dinheiro que a vítima afirma lhe pertencer, em verdade, foi um presente dado pela mãe do apelante, esposa da vítima, antes de vir a falecer, não havendo que se falar no crime de furto, pois o fato é atípico, já que o apelante recebeu a quantia de sua mãe, como forma de gratidão pela atenção e respeito que o filho nutre pela família. 
 O pai, ora vítima, por sua vez, agiu de má-fé ao imputar ao próprio filho o furto da quantia mencionada, conforme demonstrou os depoimentos das testemunhas ___ e ___ às folhas __, a quais confirmaram firmemente que os vinte mil dólares foram dados de bom grado pela falecida mãe do apelado.
 Tanto é verdade que, não foi capaz de comprovar por prova documental a titularidade do dinheiro, mas como isso é possível, se a vítima é proprietária tem como provar a origem do dinheiro por meio de documentos, como saldo conta poupança, comprovante de compra dos dólares, contribuição tributária. Já o apelante conta com as testemunhas supramencionadas a seu favor, as quais confirmam a propriedade do dinheiro, sendo que o apelante não tem comprovantes, pois sua mãe apenas entregou-lhe o montante e não houve nenhum instrumento particular que comprovasse devido a confiança entre ambos.
 Desta forma, é de direito e justiça que seja reconhecida a propriedade do quantia mencionada em favor do apelante, com a consequente absolvição mesmo nos termos do artigo 386, inciso I do Código Penal, em razão de estar provada a inexistência do fato narrado.
 
 B) Isenção de Pena.
 Apenas para argumentar, cabe ressaltar que o apelante é inseto de pena, nos termos do artigo 181, II do Código Penal, já que o suposto crime de furto praticado pelo apelante, teria sido praticado em desfavor de seu pai, o qual consta com cinquenta e oito anos na data do fato. Assim, como artigo 181, inciso II do Código Penal, traz expressamente um isenção de pena, deve ser decretada a absolvição do apelado, com fundamento no artigo 386, inciso VI do Código de Processo Penal.
 C) Inexiste provas suficientes para condenação.
 De outro modo, apenas por cautela, caso não entenda pela absolvição em razão da inexistência do fato, cabe elucidar que o conjunto probatório dos autos demonstra-se por demasiado frágil e incapaz de sustentar uma sentença condenatória, devendo o apelado ser absolvido por não existir prova suficiente para condenação, nos termos do artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal.
 Na instrução probatória, não restou cabalmente provada a propriedade do dinheiro,em tese, subtraído, embora haja depoimento nos autos (folhas) que afirmam que o dinheiro pertence ao pai, ora vítima, também há testemunhas (folhas) que confirmam a propriedade do apelante, além do mais não há outro meio de prova, restando impossível saber a quem realmente é proprietário do montante. 
 Desta forma, como pode o Estado exercer sua pretensão punitiva se o conjunto probatório é duvidoso. Cabe aqui socorrer ao princípio in dubio pro reo e o princípio da verdade real, a qual o magistrado deve buscar ao julgar o processo, para que seja decretada a absolvição do apelante, com fundamento inexistência de prova suficiente para condenação, como forma da mais lidima justiça. 
 III - PEDIDO
 
 Diante do exposto, requer de Vossa Excelência que  seja conhecido o presente recurso e reformada a respeitável sentença de folhas , para assim ser declarada a absolvição do apelante, em razão de estar provado a inexistência do fato, nos termos do artigo 386, incisos I do Código de Processo Penal; apenas para argumentar, não entendendo pela absolvição supracitada, que seja declarada a isenção de pena do apelante, com fundamento no artigo 181, inciso II, do Código Penal, com a consequente absolvição do acusado, nos termos do artigo 386, inciso VI do Código de Processo Penal; ainda apenas por cautela, não entendo pela absolvição acima alegada, que seja decretada a absolvição no termos do artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal, em razão de não existir provas suficientes para condenação.
Por fim, requer que seja determinado ao Meritíssimo Juízo a quo o arquivamento do feito com as anotações de estilo, por ser de direito e de justiça.
Termos em que
Pede deferimento.
________, ___ de ______
_____________________________
Advogado
OAB/__, nº___.

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