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ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS - MARINA G CRAI

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVEL PRÁTICA SIMULADA EM PROCESSO PENAL II - OPTATIVA - 2020 ATIVIDADE 02 – (peso 1,5) 
 
PEÇA PRÁTICA-PROFISSIONAL 
 
Nome: MARINA GABRIELY CRAI 
JUCA, brasileiro, nascido em 22.10.2000, agricultor, primário e sem antecedentes criminais, foi denunciado pelo Ministério Público Estadual pela prática do crime previsto no artigo 155, §6º, do Código Penal. 
Narra a denúncia que em 27 de novembro de 2019, por volta das 17hs30min, o denunciado JUCA teria subtraído uma vaca leiteira da raça holandesa, avaliada em R$ 9.000,00 (nove mil reais), da Fazenda ‘Bom Sucesso’, localizada na área rural da Cidade de Corbélia-PR. Consta nos autos que o denunciado JUCA foi localizado por policiais militares na mesma data, por volta das 18hs45min a, aproximadamente, dois quilômetros do local dos fatos, quando caminhava puxando o animal. A denúncia foi recebida em 28 de janeiro de 2020. O denunciado foi devidamente citado e intimado, bem como apresentou Resposta à Acusação através de advogado constituído e dentro do prazo legal. Sem verificar possibilidade de absolvição sumária, o MM. Juiz designou audiência de instrução e julgamento. 
Na respectiva audiência o denunciado compareceu sem advogado. O MM. Juiz lhe disse que a audiência seria realizada da mesma forma, vez que presente o representante do Ministério Público que poderia auxiliá-lo. 
Ouvidas as testemunhas arroladas pela acusação, quais sejam os policiais militares que abordaram o denunciado com a vaca supostamente furtada, estes apenas relataram como ocorreu a abordagem. 
A defesa arrolou duas testemunhas que compareceram na audiência, porém o MM. Juiz disse que como o advogado não compareceu para formular perguntas não iria ouvir as testemunhas, dispensando-as, mesmo tendo o denunciado falado que as testemunhas eram importantes para o esclarecimento dos fatos. Ao ser interrogado, o denunciado JUCA confirmou que realmente pegou a vaca da Fazenda Bom Sucesso, mas que o fez porque está desempregado e tem três filhos com idades de 9 meses, 1 ano e 2 meses e 2 anos e 3 meses, os quais precisam de leite para se alimentar e o denunciado não tem como comprar. Disse, ainda, que pretendia apenas retirar o leite necessário para alimentar seus filhos e que assim que conseguisse um trabalho iria devolver a vaca. 
Encerrada a instrução, o Promotor de Justiça apresentou alegações finais orais requerendo a procedência da denúncia. O MM. Juiz determinou a intimação do advogado para manifestação final, o que ocorreu em 27 de abril de 2020. 
Na condição de advogado (a) de JUCA, elabore a peça processual privativa de advogado cabível, abordando e fundamentando todas as teses favoráveis ao denunciado. Date a peça no último dia do prazo para protocolo. 
 
QUESTÕES: 
 
01) Em 04 de janeiro de 2020, por volta das 20hs30min, ALÔNCIO, que caminhava em via pública visando chegar a sua residência, foi abordado por policiais militares que encontraram no bolso de sua calça três gramas de maconha. Foi lavrado auto de prisão em flagrante delito, já que os policiais militares disseram em seus depoimentos que ALÔNCIO teria confessado informalmente que venderia a droga para terceira pessoa. Disseram, também, que alguns transeuntes presenciaram a abordagem e a prisão de ALÔNCIO, mas não foram arrolados como testemunhas. Quando interrogado pela autoridade Policial, ALÔNCIO negou que venderia a droga, dizendo que se destinava a consumo pessoal. Não foi realizado laudo de constatação preliminar da substância entorpecente, pois o Delegado de Polícia entendeu que era desnecessário em razão da quantidade da droga. 
O Ministério Público ofereceu denúncia em face de ALÔNCIO, pela prática do crime de tráfico de drogas (artigo 33 da Lei 11.343/2006). O juiz competente determinou a notificação de ALÔNCIO, a qual ocorreu em 24 de abril de 2020 (sexta-feira). Na condição de advogado (a) de ALÔNCIO, sabendo que ele se encontra em liberdade, responda: 
a) Qual a peça processual privativa de advogado a ser apresentada nesta fase? 
R: Na esfera da lei de drogas a defesa é a defesa previa conforme o Artigo 55 da Lei de Drogas.
b) Qual o fundamento legal da respectiva peça processual? 
R: Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado poderá arguir preliminares e invocar todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas que pretende produzir conforme o Artigo 55, § 1º da Lei de Drogas.
c) Qual o último dia do prazo para protocolo da respectiva peça processual? 
R: 06 de maio de 2020.
d) A competência para julgamento deste fato será: 
( ) Justiça Federal ( ) Justiça Estadual 
e) Quais teses (com respectivo fundamento legal) podem ser alegadas na defesa de ALÔNCIO? 
R: Podem ser teses de defesa a desclassificação do crime de tráfico para uso próprio e a respectiva falta de laudo de constatação preliminar da substância entorpecente.
f) Qual o número máximo de testemunhas poderá ser arrolado? 
R: Até o número de 5 (cinco) conforme Artigo 55, § 1º da Lei de Drogas.
02) De acordo com a legislação em vigor, no Brasil o tempo máximo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a: 
(A) 30 (trinta) anos. 
(B) 40 (quarenta) anos. 
(C) 35 (trinta e cinco) anos. 
(D) Com a entrada em vigor do pacote anticrime é possível prisão perpétua. 
 
03) O artigo 157 do Código Penal prevê o crime de roubo “subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência. Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa”. De acordo com a legislação em vigor, assinale V para afirmativa totalmente correta e F para afirmativa incorreta: 
(V) A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. 
(F) A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca. ARMA DE FOGO 
(V) Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput do artigo 157 do Código Penal. 
(F) Aplica-se em dobro a pena prevista no caput do artigo 157 do Código Penal se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. 1/3 OU ATÉ A METADE.
 
PEÇA:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CORBÉLIA – ESTADO DO PARANÁ.
AUTOS DE AÇÃO PENAL N°:
 	
JUCA já qualificado nos autos de Ação Penal em epígrafe, que lhe move o Ministério Público do Estado do Paraná, vem por intermédio do advogado abaixo assinado, respeitosamente perante Vossa Excelência, apresentar as ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS, com fundamento no artigo 403, §3º, do Código de Processo Penal, fazendo-o nos termos seguintes: 
 
1. – DOS FATOS: 
Juca foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Paraná pela pratica do crime previsto no artigo 155, §6°, do Código Penal. Na denúncia feita foi narrado que na data de 27 de novembro de 2019, por volta das 17hs30min, Juca teria subtraído uma vaca leiteira da raça holandesa, avaliada em R$ 9.000,00 (nove mil reais), da Fazenda ‘Bom Sucesso’, localizada na área rural da Cidade de Corbélia-PR. Juca foi localizado por policiais quando caminhava com o animal, a aproximadamente 2 quilômetros do local e por volta de 18:45min.Tal denúncia foi recebida em 28 de janeiro de 2020, Juca foi devidamente citado e intimado, apresentou a Resposta a acusação em prazo legal através de seu advogado constituído. 
O MM. Designou a audiência de instrução e julgamento, onde Juca compareceu sem advogado, o próprio MM. lhe disse que a audiência se realizaria da mesma maneiro uma vez que presente o representante do Ministério Público que poderia auxiliá-lo. Em tal audiência, foram ouvidos os policias que abordaram Juca com a vaca supostamente furtada por terem sido arrolado como testemunhas de acusação.
 A defesa por sua vez arrolou duas testemunhasque não foram ouvidas pelo MM. Com a justificativa de que como o advogado de defesa não compareceu para formular perguntas e então ele não iria ouvir as testemunhas e as dispensaram, apesar de Juca falar ao MM. que as testemunhas eram importantes para o esclarecimento dos fatos.
 Por sua vez Juca foi interrogado, confirmando ter pego a vaca da Fazenda, mas que apenas o fez pelo motivo de estar desempregado, tendo três filhos com idades de 9 meses, 1 ano e 2 meses e 2 anos e 3 meses, os quais precisavam do leite para se alimentar e que não tem como comprar. Afirmou, devolveria a vaca assim que conseguisse um trabalho e só iria retirar o leite necessário para alimentar seus filhos. 
Terminada a instrução, foi apresentada as alegações finais por parte do Ministério Publico a procedência da denúncia, foi determinada a intimação do advogado de Juca para manifestação final, o que ocorreu em 27 de abril de 2020.
1. - DO DIREITO: 
1. PRELIMINARMENTE: 
Da Nulidade pela ausência de advogado em audiência de instrução:
É de conhecimento que nenhum ato poderá ser realizado sem a presença de um advogado e se o advogado constituído aos autos vir a não comparecer para o ato da audiência, é dever do MM. de imediato nomear um substituto para que a audiência aconteça, sendo que a mera a presença do ministério público não isenta a necessidade de um advogado para representar o acusado. 
É o advogado quem deve orientar, esclarecer e conduzir a audiência em favor do denunciado. Ao contrário do ministério público que busca convalidar o que ele está acusando. Portanto é existente a nulidade por falta de nomeação de um defensor ao denunciado que estava presente e participou da audiência de forma deficiente, onde existia a necessidade de ter um advogado para auxilia-lo, tendo previsão legal no Artigo. 261, Código de Processo Penal. 
Por mais, o acusado foi interrogado pelo MM. O que fere totalmente o que a lei prevê onde nenhum acusado será ouvido ou interrogado sem a presença de seu advogado. A ilustre constituição federal foi gravemente feriada quando fora negado ao denunciado a ampla defesa e seu contraditório, que por sua vez, é exercida pela presencia do advogado, configurando uma afronta a justiça, o que deve ser totalmente reprovável nos tempos atuais, conforme previsão do Artigo 5, LV, da Constituição Federal. 
A administração da justiça é feita pelo o advogado, sendo ele indispensável, sendo inviolável pelos seus atos e manifestações ao exercício de sua profissão, significando dizer que sua ausência em tal ato não traz justiça, segundo o Artigo 133, Constituição Federal.
 	É assegurado ao advogado por meio do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil que a ele são indispensáveis a administração e a justiça, o que claramente foi violado, conforme o Artigo 2°, Lei 8.906/1994, Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil. 
Com todos estes atos foram confirmados prejuízos ao acusado, resultando em uma nulidade pois o acusado de maneira nenhuma poderia ter participado do ato sem a presença de um defensor, devendo ao MM. ter feito a nomeação de defensor ao acusado para figurar em seu favor. Portanto, nada mais justo o reconhecimento da nulidade prevista no Artigo 564 III alínea C, Código de Processo Penal.
Da Nulidade por Cerceamento da Defesa:
Uma vez que na audiência de instrução e julgamento não foram ouvidas as testemunhas de defesas já arroladas foi cometido o segundo erro do MM. gerando outra nulidade pois com isso foi claramente cerceada sua defesa. As testemunhas de defesa eram as provas de que o acusado estava falando a verdade perante ao juiz, no intuito de demonstrar e reforçar que existia um estado de necessidade para alimentar seus filhos e que o acusado precisado daquela vaca, portanto era cristalina a necessidade de ouvir as testemunhas de defesa, mas as testemunhas não foram ouvidas pelo simples motivo de inexistir a presença do advogado. 
Tal afirmação de necessidade de ouvir as testemunhas arroladas está protegido por lei no Artigo 400, do Código de Processo Penal, nos descrevendo a necessidade de seguir a ordem da audiência – “tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem”, o que veio a não acontecer no ato relatado.
Nossa ilustre Constituição Federal nos garante um processo com o máximo de elementos possíveis que auxiliem na defesa do acusado, o que foi claramente negado quando não existiu a coleta do depoimento das testemunhas na referida audiência, conforme prevê o Artigo 5, LV, da Constituição Federal
Portanto, em se tratando de justiça é totalmente aceitável o reconhecimento da nulidade por omissão de formalidade que por obvio constitui elemento essencial ato acima relatado, conforme a previsão do Artigo 564, IV, Código de Processo Penal
1. NO MÉRITO: 
Da absolvição pelo estado de necessidade:
Juca, quando foi localizado por policiais no dia do fato por imediato já confessou que o fez por que existia uma necessidade de alimentar seus 3 filhos menores de idade e ele se encontrava desempregado no momento, mas assim que conseguisse um trabalho devolveria a vaca a “Fazenda Bom Sucesso” e afirmou ainda que apenas usaria o leite necessário para matar a fome de seus filhos. 
O Artigo 24 do Código Penal nos afirma que será considerado estado de necessidade quem pratica o fato no caso em questão, Juca o fez, para salvar de perigo atual, o perigo atual seria seus filhos morrem de forme, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, Juca não poderia evitar que seus filhos sentissem fome, direito próprio ou alheio, o direito de ser alimentado no caso é dos filhos de Juca, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se e por isso não viu outra alternativa senão furtar a vaca para alimentar seus filhos. 
Portanto sua conduta se enquadra em uma excludente de ilicitude que tem previsão no Artigo 23, I, do Código Penal, cabendo somente a absolvição de Juca, pelo estado de necessidade previsto no Artigo 24 do Código Penal, que excluiu totalmente a ilicitude da conduta. Requer-se, portanto, a absolvição de Juca com base no artigo 386, VI, do Código de Processo penal. 
Da absolvição pela atipicidade da conduta:
Podemos dizer que a conduta de Juca se torna atípica quando inexiste a figura do dolo na pratica de furtar a vaca pois ele não tinha a intenção de furtar para si a vaca, pois ele tinha o intuito de devolvê-la assim que se encontra um emprego e apenas faria uso de seu leite para suprir a necessidade de seus filhos que tinham fome. 
É cristalino o entendimento do instituto do “furto de uso” sendo o uso por certo período de tal coisa e devolve-la, pois, inexiste o animus furandi, Juca confessa que tinha intenção de devolve-la. 
Requer-se por todo o exposto a absolvição de Juca por sua conduta atípica com fundamento no Artigo 386, III, do Código de Processo Penal pois o fato narrado não constitui crime. 
Da absolvição pelo in dubio pro reo:
Em uma análise profunda da denúncia não é possível localizar nenhuma prova que confirme ou demonstre que Juca tinha animus furandi em favor da vaca, apenas existe a prova da abordagem feita a Juca próxima a fazenda por policiais, por tanto faltam provas para concretizar a condenação de Juca, uma vez que faltam provas é necessário que se aplique o in dubio pro reo.
Requer-se, portanto, a absolvição de Juca com fulcro no Artigo 386, VII, do Código de Processo Penal, por inexistirem provas para condenação aplicando assim o in dubio pro reo. 
II. c) SUBSIDIARIAMENTE:
			Aplicação das atenuantes da confissão e da menoridade: 
		Preliminarmente, é necessário elucidar que Juca, de forma bastante espontânea confessou a pratica do delito assim que foi localizado pelos policiais, o que faz jus a atenuante da confissão espontânea caso existe ou venha a perdurar uma condenação em seu favor. 
		Pois bem, requer-se, portanto, a aplicação da atenuante da confissão com base no Artigo 65, III, alínea D, do Código Penal, o 	qual confirma que a confissão espontânea sempre atenuaráa pena. 		
		Outro atenuante de possível e clara aplicação seria a da menoridade uma vez que Juca tinha menos de 21 anos há época dos fatos, pois ele tinha cerca de 19 anos com isso requer-se por direito a aplicação da atenuante da menoridade em favor de Juca com base no Artigo 65, I, do Código Penal. 
	Pena no mínimo legal:
	No caso de Vossa Excelência entender pela impossibilidade da aplicação de absolvição, o que não se espera, requer-se a aplicação da devida fixação da pena-base em seu patamar mínimo legal, com base no Artigo 59, caput, do Código Penal. 
	Nesta linha de raciocino, existindo uma condenação é devido uma aplicação e fixação de um regime inicial de cumprimento de pena mais brando, se encaixando totalmente no regime aberto, nos termos do Artigo 33, §2°, alínea C, do Código Penal. 
	Pede-se ainda a possibilidade de substituir a pena privativa de liberdade por penas restritivas de direitos conforme autoriza o Artigo 44, I, do Código Penal, vez que Juca praticou sua, contudo inexistindo dolo. 
		 
IV – REQUERIMENTO: 
 
Ante o exposto, requer-se que seja recebida as Alegações Finais por este 
Douto Juízo e ainda se pede o: 
a) Reconhecimento da Nulidade por falta de advogado em audiência de instrução e julgamento prevista no Artigo 564 III alínea C, Código de Processo Penal;
b) Reconhecimento da Nulidade pelo Cerceamento da Defesa com base no Artigo 564, IV, Código de Processo Penal;
c) A absolvição do acusado, com fundamento no artigo 386, [inciso], do CPP, por ser medida de justiça se tratando do estado de necessidade presente no caso;
d) A absolvição do acusado pela atipicidade da conduta conforme previsão no Artigo 386, III, do Código de Processo Penal pois o fato narrado não constitui crime.
e) A absolvição do acusado pelo instituído do in dubio pro reo, com fulcro no Artigo 386, VII, do Código de Processo Penal, por inexistirem provas para condenação.
f) O reconhecimento das atenuantes da confissão e da menoridade conforme previsão legal dos artigos 65, III, alínea D, do Código Penal e Artigo 65, I, do Código Penal.
g) Subsidiariamente a aplicação da pena no mínimo legal, com a fixação do regime aberto com a possibilidade de substituição por penas restritivas de direitos, com base no Artigo 59, caput, do Código Penal, Artigo 33, §2°, alínea C, do Código Penal e Artigo 44, I, do Código Penal.
Nesses termos, pede deferimento.
Local, 04 de maio de 2020.
Advogado
OAB/PR

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