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O NASCIMENTO DA POLÍTICA – Grécia, Roma e a Igreja Prof. Jeffrey Souza A invenção da Política A Grécia inventa a cidade, Roma inventa a liberdade. Os gregos inventam a razão, a capacidade de julgar e põe fim aos mitos. Inventam a razão política e passam a questionar os problemas sociais da cidade, ficando longe das explicações da religião e do mito. A razão política passa a tratar da relação entre os homens. O mito deixa de ter poder e vai explicar apenas as questões de caráter religioso. A partir do século VII, mesmo com a política sendo aristocrática, a ideia de razão passa a prevalecer sobre o mito. Os gregos criam a cidade, local que passa a marcar a ordem política, concentrar o poder a visão social de comunidade, fundada na associação moral e no entendimento que todos terão o mesmo destino. O Debate e o Argumento A argumentação e o debate surgem como importantes na Grécia. A palavra se torna um instrumento de poder. A vida política passa a estar ligada a capacidade de argumentação. A vida política passa a ser tratada pela razão. A política passa a ser entendida como algo pública e só pode ser debatida em público, para não gerar conspirações e conflitos. O comércio e a vida privada vão para o particular. A palavra e o debate iniciam uma nova técnica de governo. O desenvolvimento da Filosofia e da Matemática A filosofia se desenvolve como uma nova forma de pensamento político, pensada como um debate, um processo aberto à crítica. A partir da filosofia, aplicam-se métodos racionais, progressivos, surge a busca pela verdade. Com os filósofos de Mileto, as origens das questões do mundo saem do universo do mito e se tornam possíveis graças ao conhecimento humano. A filosofia se desenvolve como uma nova forma de pensamento político, pensada como um debate, um processo aberto à crítica. A partir da filosofia, aplicam-se métodos racionais, progressivos, surge a busca pela verdade. Com os filósofos de Mileto, as origens das questões do mundo saem do universo do mito e se tornam possíveis graças ao conhecimento humano. Os números (a matemática), são instruídos no debate pela possibilidade de operar o pensamento de forma racional – contar, medir, classificar, avaliar, gerir o tempo. Surge a razão filosófica, que contribui para o reconhecimento de todos enquanto indivíduos. A razão filosófica dos gregos não pode ser confundida com a razão moderna. Eles não contestavam as leis do universo, não era uma razão experimental, mas uma razão pautada nas virtudes da contradição e do debate. A invenção da Justiça e da Lei Os gregos inventam a justiça, uma norma superior a todas as outras que foram estabelecidas. Há o desenvolvimento de um sistema político mais equitativo. O pensamento jurídico ganha vida pública pois estabelece o desenvolvimento de decisões equilibradas. Sólon sublinha a necessidade e estabelece leis para a vida pública, que tem que ser respeitada por todos. A justiça passa a ser usada para respeitar o espírito de unidade e solidariedade da comunidade. As leis escritas passam a dar fim ao conflito de classe. A lei surge como técnica de governo e ganha forma em todas as cidades. Os gregos inventam a cidadania. Os homens não são mais súditos, são sujeitos. Cidadãos são indivíduos iguais no plano político, titulares de direitos. O que faz o cidadão não é mais o nascimento, mas o fato de estar na comunidade cívica.
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