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SINDROMES CORONARIANAS AGUDAS SEM SUPRA DE ST •Os pacientes com cardiopatia isquêmica são classificados em dois grandes grupos: os com doença arterial coronariana (DAC) crônica que se apresentam com mais frequência com angina estável e aqueles com síndromes coronarianas agudas (SCA) •Na síndrome coronariana aguada, inclui pctes com infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST (IMCEST) no eletrocardiograma e aqueles com síndrome coronária aguda sem elevação do segmento ST (SCA-SEST). - No registro BRACE, que avaliou as internações por SCA em 72 hospitais no Brasil, as SCASSST representaram 45,7% das internações, das quais cerca de 2/3 ocorreram por IAM e 1/3 por AI - Mais de 50% das mortes relacionadas ao IAM ocorrem antes que o paciente chegue ao hospital. -A taxa de mortalidade em um ano após IAM é de cerca de 15%. FISIOPATOLOGIA • A SCA-SEST costuma ser causada por um desequilíbrio entre oferta e demanda de oxigênio, o qual resulta de uma oclusão parcial do lumen coronariano. Se houver elevação dos Marcadores de necrose o diagnóstico é IAMSST, caso contrário, angina instável ➔ A principal etiologia é a aterotrombose, a limitação do fluxo pode ocorrer por vários outros mecanismos como vasospasmo, embolia ou dissecção coronariana ➔ Outros fatores podem estar envolvidos na fisiopatologia da SCA por alterar a oferta e/ ou o consumo de oxigênio miocárdico, tais como anemia, hipertensão, taquicardia, cardiomiopatia hipertrófica, estenose aórtica, entre outras ➔ Fissuras superficiais se associam mais comumente à formação de trombos “brancos” (plaquetas), gerando obstrução coronariana parcial (angina instável/IAMSST), ao passo que rupturas mais profundas (com maior exposição dos conteúdos fibrinogênicos intraplaca) originam os trombos “vermelhos” (coágulos de fibrina) causadores do IAMST. seis mecanismos de fisiopatologia que podem estar operantes numa SCA sem supra, sozinhos ou em combinações variadas ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO • Uma vez diagnosticada a SCA sem supra de ST, torna-se prioritário determinar se o risco do paciente é alto, médio ou baixo. O termo “risco” refere-se à probabilidade a curto prazo de óbito ou eventos cardíacos maiores, como o IAM. ➔ Pacientes de médio/ alto risco se beneficiam de internação em unidade coronariana, com realização de tratamento “agressivo” e estratégia invasiva precoce (coronariografia e revascularização, que pode ser angioplastia ou cirurgia). Já os pacientes de baixo risco alcançam os mesmos resultados com uma estratégia “conservadora” ou “invasiva” (esta última, nesses casos, apenas aumenta o risco de complicações e os custos) APRESENTAÇÃO CLINICA •apresentação clinica importante. Desconforto torácico grave e três aspectos: (1) ocorre em repouso (ou com esforço mínimo), durando mais de 10 minutos; (2) é de início relativamente recente (i.e., nas últimas duas semanas); e/ou (3) ocorre com um padrão crescente ➔ O diagnostico de infarto sem supra de ST é estabelecido se o paciente com esses aspectos clínicos desenvolver evidência de necrose do miocárdio, como refletido pelos níveis anormalmente elevados dos biomarcadores de necrose cardíaca ➔ ANAMNESE: Diante de um paciente com dor torácica, pesquise: Caráter, Localização, Intensidade, “Nitrato” (fatores que melhoram ou pioram a dor), Irradiação, Curso no tempo e Associados (ex.: sudorese? dispneia? hipotensão?) ➔ ECG: Todo paciente com queixas sugestivas de SCA deve ter um ECG feito e interpretado em < 10min após sua chegada ao hospital. Na vigência de AI/IAMSST, o ECG costuma ser normal, mas em 30-50% pelo menos uma das seguintes alterações pode ser encontrada: (1) onda T apiculada e simétrica, com ST retificado; (2) onda T invertida e simétrica, com ST retificado; (3) infradesnível do segmento ST DIAGNOSTICO •MARCADORES DE NECROSE MIOCARDIO: Por definição, na angina instável não ocorre injúria isquêmica suficiente para levar à necrose miocárdica, portanto, não há elevação de CK-MB (creatinoquinase MB) ou troponinas (especificas cardíacas I e T). Se houver elevação, o diagnóstico é de IAMSST ➔ A maior limitação das troponinas convencionais é sua baixa sensibilidade quando o paciente tem um tempo de início do quadro inferior a 6h. Com a introdução das troponinas de alta sensibilidade (Trop-US), passou a ser possível a detecção de níveis mais baixos de troponina, em menor tempo após início do quadro de lesão miocárdica de causa isquêmica • lipidograma deve ser dosado nas primeiras 24h de internação. Após esse período, seus valores estarão “falsamente” reduzidos em 30- 40%. Avaliação funcional • Teste Ergométrico na Sala de Emergência: -indicações do TE na SCA (caracterizar baixo risco após estratificação clínica inicial): -> ECG basal e biomarcadores (necrose) sem alterações. -> Ausência de sintomas (dor precordial ou dispneia). -> Estabilidade hemodinâmica e condições adequadas para o esforço físico •Ecocardiograma ➔ Quando realizado durante um episódio de dor precordial, a ausência de anormalidade de contração segmentar ventricular é uma evidência contrária à isquemia como causa do sintoma •Ecocardiograma de estresse ➔ Exame acessível, rápido, não invasivo e de baixo custo, estudos mostraram uma acurácia muito parecida com o teste ergométrico. Por Utilizar a dobutamina para provocar estresse, tem sensibilidade de estressse reduzida em pacientes que utilizam betabloqueadores •Angiotomografia das coronárias: um estudo mostrou que para os pacientes com SCA sem supra de ST: é melhor em identificar os que não tem doença obstrutiva e que receberão Tratamento clinico, sem necessidade de intervenção, mas é menos especifica que a coronariografia, ainda não sendo indicado para os pacientes com SCA sem supra de alto risco ➔ para pctes de baixo risco a estratégia com a angioTC reduziu em 54% o tempo para o diagnóstico e em 38% os custos da internação, sem que houvesse diferença na taxa de eventos adversos com relação à estratégia com a cintilografia ➔ Desvantagens do método são a utilização de radiação ionizante, custo elevado, necessidade de contraste iodado, limitação em pacientes com frequência cardíaca acima de 80 batimentos por minuto ou que não possam utilizar betabloqueador TRATAMENTO • pacientes devem ser colocados em repouso no leito com monitoração ECG contínua a fim de detectar alterações do segmento ST e arritmias cardíacas ➔ deambulação é permitida se o paciente não tiver recidiva da isquemia (sintomas ou alterações ECG) nem apresentar elevação de um marcador de necrose ao longo de 12 a 24 horas TRATAMENTO INICIAL (SALA DE EMERGENCIA/AMBULANCIA) •ANALGESIA: A dor precordial e a ansiedade costumeiramente associada, presentes nas SCA, geralmente levam à hiperatividade do sistema nervoso simpático. Esse estado hiperadrenérgico, além de aumentar o consumo miocárdico de oxigênio, predispõe ao aparecimento de taquiarritmias atriais e ventriculares É muito usada a regra mnemônica: "MONABICH" Morfina Oxigenio Nitrato AAS Betabloqueador IECA Clopidogrel Heparina • Controle Glicêmico: É recomendável mensurar, na admissão, os níveis glicêmicos de todos os pacientes com suspeita de SCA, assim como monitorar evolutivamente a glicemia dos pacientes diabéticos ou que apresentem hiperglicemia durante a internação ➔ Controle glicêmico com protocolos de utilização de insulina intermitente, devem ser considerados em pacientes com níveis glicêmicos > 180mg/dL, com cautela, para evitar episódios de hipoglicemia. • Terapia anti-isquêmica: reduzir o consumo de oxigênio (diminuindo a frequência cardíaca, a pressão arterial e a contratilidade miocárdica) ou aumentar a oferta de oxigênio (administrando oxigênio ou promovendo vasodilatação) ➔ NITRATOS sublingual (nitrolglicerina ou mononitrato): efeito venodilatador, diminuindo o retorno venosoao coração e o volume diastólico final do ventrículo esquerdo, reduz o consumo de oxigênio pelo miocárdio. Além de e efeitos de vasodilatação de artérias coronárias, normais ou ateroscleróticas, redirecionamento de fluxo intercoronário, com aumento da circulação colateral e inibição da agregação plaquetária ➔ BETABLOQUEADOR (metoprolol e atenolol): Diminuem a frequência cardíaca, a pressão arterial e a contratilidade miocárdica, provocando redução do consumo de oxigênio pelo miocárdio • Terapia Antitrombótica Inicial ➔ Antiplaquetários Orais: O uso de AAS é recomendado na sala de emergência o mais precoce possível em todos pacientes sem contraindicação, recomendado o uso de um inibidor receptor P2Y, normalmente o Clopidogrel em adição a AAS, exceto contraindicações ou elevado risco de sangramento ➔ Antagonistas dos Receptores Glicoproteicos IIb/IIIa: A ativação dos receptores existentes na superfície das plaquetas, denominados glicoproteína (GP) IIb/IIIa, constitui-se no mecanismo final de agregação plaquetária, funcionando como ponte entre as plaquetas. UTILIZADO QUANDO pcte não apresentem alto risco hemorrágico e que tenham alto risco isquêmico/trombótico por critérios clínicos e angiográficos ➔ ANTICOAGULANTES: sua utilização reduz incidências de IAMe óbito. A enoxaparina a – uma Heparina de Baixo Peso Molecular (HBPM) – é a mais escolhida, mae é bem individual CONDUTA DURANTE HOSPITALIZAÇÃO ➔ Pacientes com SCASSST de risco intermediário e alto devem permanecer hospitalizados em unidade coronariana (UCO), sempre que possível. Após uma intervenção coronária percutânea paciente deverá retornar à UCO e permanecer de 12 a 24h, se não houver complicações (necessidade de cirurgia de revascularização de emergência ou nova ICP não programada, angina recorrente e óbito) Inibidores de ECA, estatina, antitplaquetarios e anticoagulantes, nitrato betabloqueadores e antagonistas de canais de calcio CONDUTA PÓS ALTA HOSPITALAR •MUDANÇA DE ESTILO DE VIDA: reabilitação cardiovascular, educação quanto aos fatores de risco e promoção da melhor adesão ao tratamento. Cassar tabagismo, recomendação alimentar •MEDICAMENTOS ➔ Antiplaquetarios (Aas e inibidor de P2Y) cerca de 12 meses ➔ Inibidores da ECA: pós-SCA, recomenda-se o uso de inibidores de ECA para aqueles com disfunção sistólica de VE/insuficiência cardíaca, hipertensão arterial sistêmica ou diabetes ➔ Betabloqueadores: é recomendando por tempo indeterminado em pacientes com disfunção ventricular esquerda ➔ Estatinas •ESTRATEGIA INVASIVA PRECOCE - coronariografia e revascularização o mais rápido possível • ESTRATEGIA CONSERVADORA - coronariografia e revascularização somente se houver persistência ou recidiva dos sinais e sintomas de isquemia em paciente sob tratamento clínico otimizado INFARTO AM COM SUPRA DE ST FISIOPATOLOGIA • Em geral ocorre quando o fluxo sanguíneo coronariano diminui abruptamente depois de obstrução trombótica de artéria coronária previamente afetada por aterosclerose. As estenoses coronarianas graves que acontecem de forma lenta não costumam causar IMCEST devido ao desenvolvimento de ampla rede de vasos colaterais ao longo do tempo •A primeira consequência da chamada “cascata isquêmica”, que se inicia após oclusão coronariana aguda total, é o deficit contrátil segmentar como uma acinesia (perda total do movimento e espessamento sistólico do segmento) ou discinesia (com mais abaulamento) , evidenciando a Isquemia Transmural – de toda a parede do miocárdio • O deficit contrátil pode levar horas ou mesmo dias para se normalizar após reperfusão miocárdica bem-sucedida, mesmo que não haja necrose. É o fenômeno do miocárdio “atordoado”, mais comum quando a reperfusão é tardia. •SE TEM NECROSE, inicialmente aparece no subendocárdio da região em sofrimento isquêmico, estendendo-se em direção à periferia (epicárdio) até que toda ou quase toda a área isquêmica esteja infartada – isso leva de 6-12h O QUE DETERMINA A EVOLUCAO PARA NECROSE? ➔ Capacidade da rede de colaterais: quanto maio a capacidade menor a área de necrose ➔ consumo miocárdico de oxigênio: determina a extensão da necrose tb ➔ Reperfusão precoce: pode ocorrer de maneira espontânea em até 30% dos casos de IAM, por ação do sistema fibrinolítico endógeno •REMODELAMENTO PÓS IAM: Em infartos extensos a região lesada pode se “remodelar” (ficando maior e mais fina), após um período de três a dez dias, devido ao deslizamento das fibras necróticas entre si. Tal fato altera a geometria do ventrículo, que, por conseguinte se dilata. As áreas não infartadas tendem a sofrer hipertrofia, na tentativa de manter a fração de ejeção estável QUADRO CLINICO •dor torácica anginosa de forte instensidade por mais de 20 min que não resolve com repouso ou nnitrato subling ➔ dor pode irradiar para o epigastro (quando o paciente pode confundi-la com “indigestão”), dorso (diagnóstico diferencial com dissecção aórtica), membros superiores (principalmente o esquerdo) e pescoço/mandíbula (sensação de “sufocamento”) ou equivalentes anginosos •O IAM tem periodicidade circadiana, e existe um momento do dia, geralmente entre 6h e 12h (período matinal), que apresenta a maior incidência do evento. •25% dos pacientes com infartos anteriores apresentam sinais de hiperatividade do sistema nervoso simpático (taquicardia e/ou hipertensão) e até 50% dos pacientes com infarto inferior mostram evidências de hiperatividade parassimpática (bradicardia e/ou hipotensão). •Curiosamente, todas as frações do colesterol se reduzem após as primeiras 24h do início do infarto! Esta pseudo-hipolipemia costuma se manter pelos primeiros 30 dias pós- -IAM. Logo, recomenda-se solicitar o lipidograma no momento da internação do paciente, repetindo-o 30 dias após! ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO – TIMI RISK P SUPRA CLASSIF DE PROGNOSTICO DIAGNOSTICO – Hist clinica, ecg e MNM •ECG ➔ Durante o estágio inicial, a oclusão total de uma artéria coronária epicárdica causa elevação do segmento ST. A maioria dos pacientes que apresentam inicialmente essa anormalidade eletrocardiográfica evolui posteriormente com ondas Q no ECG. ➔ diagnóstico de Infarto Antigo ou Curado é confirmado por Surgimento de onda Q patológica em ECGs seriados, na ausência de alteração dos MNM (pois já houve tempo suficiente para a sua normalização) ➔ O melhor critério para estimar o tamanho do infarto pelo ECG é o número de derivações que apresentam supra de ST •Os Marcadores de Necrose Miocárdica (MNM) ➔ são macromoléculas liberadas pelo miocárdio necrótico após o Infarto do miocárdio ➔ apenas dois são sugeridos para uso rotineiro: troponinas cardioespecíficas (troponinas T ou I) e CK-MB massa ➔ creatinaquinase (CK) é uma enzima presente em todos os tipos de músculo. A isoforma predominante no musculo cardíaco é a CK-MB (massa e atividade). a sensibilidade da CK-MB massa gira em torno de 50% nas primeiras 3h, alcançando 80% após 6h! ➔ AS troponinas são constituintes da estrutura dos sarcômeros, e duas de suas isoformas são exclusivas do tecido miocárdico: troponina I e troponina T. Por não serem encontradas no músculo esquelético (ao contrário da CK-MB) são muito mais específicas. EXAMES DE IMAGEM • RX de tórax é o único teste de imagem de rotina na internação em casos de IM agudo (ajuda com diag diferenciais congestão venosa pulmonar, cardiomegalia) •Ecocardiografia: apresenta anormalidades em quase todos os casos - Teste não invasivo mais útil obtido à admissão ou na fase inicial da internação hospitalar, o melhor exame para localizar e quantificar a extensão do infarto - localizaZ o IAM nas regiões que apresentam deficit contrátil (acinesia ou discinesia) TRATAMENTO ➔ prognóstico dos pacientes com IMCEST está diretamente relacionado com a ocorrênciade dois tipos gerais de complicações: (1) elétricas (arritmias) e (2) mecânicas (“insuficiência de bomba”). ➔ O principal é o reconhecimento dos sintomas pelo próprio paciente e busca imediata de auxílio médico; •Com um supra de ST a reperfusão coronariana de emergencia é indicada, por trombólise química ou angioplastia mecânica (com ou sem stent) ➔ a angioplastia é superior aos trombolíticos, no entanto, com frequência será mais vantajoso, na prática, realizar a trombólise química pq é mais rápido •TROMBOLITICOS: O intervalo de tempo entre o início da dor e a aplicação da droga é denominado delta-T (∆t). Apesar de poderem ser utilizados com delta-T de até 12h, é nas primeiras três horas do IAMST que se observam os maiores benefícios! ➔ a antiga estreptoquinase (SK) (pctes >75 anos), e os mais recentes e mais caros ativador tecidual do plasminogênio recombinante (rtPA ou alteplase) e tenecteplase (TNK) (p pctes <75anos) ➔ principais complicações durante o uso de qualquer trombolítico são: AVC hemorrágico e outros sangramentos “maiores” não cerebrais. • Critérios de Reperfusão Miocárdica: ➔ o mais utilizado é a redução de mais de 50% na altura do supra de ST na derivação onde o supra de ST era maior ➔ outros critérios são surgimento de arritmias de reperfusão e o desaparecimento súbito da dor • grau de patência (isto é, abertura) da coronária responsável pelo IAM pode ser estagiado – através de angiografia – segundo a classificação TIMI Angioplastia (Intervenção Coronariana Percutânea) • classificada em: (1) primária – sem uso prévio de trombolítico; (2) resgate – após insucesso da trombólise; (3) eletiva – após sucesso da trombólise. • ANGIOPLASTIA PRIMÁRIA ➔ estratégia de reperfusão mais eficaz no IAMST, proporcionando fluxo TIMI 3 em > 90% dos casos, com redução nas taxas de mortalidade, No brsil, devido à baixa disponibilidade de serviços de emergência capazes de realizar angioplastia primária em tempo hábil (no quinquênio 2008-2012 o SUS realizou 6.500 angioplastias primárias por ano, sendo que ocorrem, em média, mais de 100.000 IAM por ano no país), vem sendo considerada a implementação da chamada “estratégia fármaco- invasiva”. Consiste em usar um trombolítico junto da dupla de antiagregação plaquetária e anticoagulação e transferir o pcte para um serviço que realize angioplastia em ate 6-24h após o uso do trombolítico Assim (1) reduz intervalo de tempo entre inicio dos sintomas e inicio da terapia de reperfusão (2) garante q um maior numero de pctes realize a angioplastia O médico da ambulância realiza um ECG no local de atendimento e identifica que se trata de SCA com supra de ST. Se for possível levar o paciente para um centro de hemodinâmica em < 60min, o paciente é imediatamente transportado sem receber trombolítico. Caso contrário, faz-se o checklist das contraindicações ao trombolítico. Se não houver contraindicações, administra-se um bolus de TNK e transporta-se o paciente para o centro de hemodinâmica mais próximo. reinfarto e complicações hemorrágicas, em comparação aos trombolíticos ➔ Prefere-se a angioplastia primária em vez dos trombolíticos se esta puder ser feita em até 90min após o diagnóstico de IAMST ➔ angioplastia primária é preferencial em pctes com choque cardiogênico. Ou com contraindicação de tromoliticos ➔ via de acesso ideal é cateterismo da artéria radial, que se associa a menores taxas de complicações hemorrágicas •STENT: A angioplastia simples com balão é extremamente eficaz em propiciar um fluxo TIMI 3 (reperfusão completa do vaso) mas se realizado sozinho tem mt chance de reestenose. O ideal é finalizar a angioplastia com balão com o sttent •ANGIOPLASTIA DE RESGATE ➔ define-se falha da trombólise como a obtenção de fluxo TIMI 0 ou 1 após 90min da administração do fármaco ➔ pcte com Dor torácica persistente, principalmente se associada a outros comemorativos como sudorese fria, dispneia e/ou hipotensão arterial e Ausência de redução no supra de ST ➔ A angioplastia de resgate deve ser feita em < 180min após a constatação de falha da trombólise! •Cirurgia de Revascularização Miocárdica (CRVM): Indicada de urgência quando houver contraindicações ou falha das demais terapias de reperfusão (trombolítico e angioplastia), DESDE QUE o paciente possua uma anatomia coronariana favorável e apresente complicações como isquemia recorrente, choque cardiogênico e complicações mecânicas do infarto ➔ A CRVM eletiva após um IAMST deve ser feita nos casos de: (1) lesão no tronco da coronária esquerda; (2) doença trivascular (3) doença bivascular com oclusão proximal em ramo interventricular anterior; (4) doença bivascular com disfunção do VE, na impossibilidade de angioplastia. •COMPLICAÇOES DO IAM: o índice de suas complicações caiu significativamente, bem como a sua mortalidade hospitalar (de 30%, antes da década de 60, para 6,5%, após a era trombolítica) ➔ Arritmias ventriculares no iam: A morte arrítmica por fibrilação ventricular primária é o mecanismo mais comum de óbito pré-hospitalar ➔ Choque cardiogênico: definido como PA sistólica < 80 mmHg, associado a sinais de hipoperfusão periférica e refratariedade à reposição de volemia (com soro fisiológico 0,9%) ou quando há sinais de congestão pulmonar associada à hipotensão ➔ Infarto ventricular direito ➔ Tromboembolismo ➔ Pericardite PÓS IAM •Todo paciente pós-IAM deve ser acompanhado no ambulatório e precisa tomar as seguintes drogas indefinidamente ➔ AAS 100 mg/dia; - ➔ Betabloqueadores (exceto o pindolol); ➔ Inibidores da ECA; ➔ Estatinas (manter LDL < 70 mg/dl) •O uso de nitratos não é obrigatório para o paciente pós-IAM que não apresenta isquemia miocárdica residual. •Pacientes que Evoluem sem Complicações (baixo risco): permanecer pelo menos três dias na Unidade Coronariana e ter alta hospitalar após 5-7 dias, depois da realização de um teste ergométrico com esforço submáximo É muito usada a regra mnemônica: "MONABICHA" Morfina Oxigenio Nitrato AAS Betabloqueador IECA Clopidogrel Heparina Atorvastatina •Pacientes que Evoluem com Complicações do tipo isquêmica (angina em repouso ou aos mínimos esforços), disfunção ventricular: devem ser submetidos à coronariografia antes da alta hospitalar, com indicação de revascularização miocárdica.
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