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Resumo AV2 – Ciência Política # O Contratualismo Para os contratualistas, o ser humano possuía uma forma de vida anterior à que vivemos hoje em nossas sociedades, um estado em que apenas os instintos e as qualidades intrínsecas do ser humano serviam de mediadores de nossas ações. Os autores do contratualismo acreditavam que o Estado civil era uma entidade fabricada. 1) O pensamento de Thomas Hobbes : - O Conatus: Vontade de ser, ter e poder. É um impulso original ou "começo interno" do movimento animal para se aproximar do que lhe causa satisfação ou para fugir do que lhe desagrada. Esse conatus impulsiona o homem a vencer sempre. A vida começa com o conatus positivo, o desejo. Em termos de vida social, ultrapassar o outro é fonte primordial de satisfação, por isso estar continuamente ultrapassado é miséria enquanto ultrapassar continuamente quem está adiante é felicidade. É da sua natureza o egoísmo, constituído por "um perpétuo e irrequieto desejo de poder e mais poder que só termina com a morte. - O intuito de conservação - A vida como um bem pré-existente: o conatus sucumbe-se diante do medo de perder a vida. - O Pacto Social: Hobbes afirma que reina o medo e a insegurança no estado de natureza. Neste estado vive-se "uma guerra de todos contra todos", ou pelo menos a possibilidade constante desta guerra. A sociedade é resultado de um pacto para garantir a vida do homem. Hobbes diz que o homem faz um "cálculo", raciocina, utiliza a razão para garantir a sua vida e conclui, visando a conservação da vida, que o estado político é a melhor forma de vida, ainda que este estado limite as liberdades individuais. - O Estado: Hobbes compreende o Estado como um mal necessário para que a estabilidade entre os homens fosse alcançada. O poder de livre escolha seria entregue ao Estado que, em nome de um bem comum, utilizaria de suas várias instituições e ferramentas administrativas para sustentar a ordem. É mediante a enormidade de instrumentos de controle que o autor denomina o Estado como um leviatã, um conhecido monstro marinho da narrativa bíblica. # O pensamento de Locke e Rosseau 1) A natureza humana : Para Rousseau, todos são bons por natureza e corrompidos pela sociedade, “o homem nasce livre, mas por toda a parte encontra-se acorrentado” e que a liberdade também é importante. Já Locke, acredita que somos livres, iguais e racionais e defende, em estado de natureza, a irregularidade na defesa. 2) A condição natural : Locke diz ser o cidadão livre para agir desde que não prejudique a outro, e aponta isso como de extrema importância. Rousseau, por sua vez, acredita que a liberdade natural não existe, sendo assim, impossibilita a oportunidade de legitimar uma possível liberdade civil, e que sua servidão à sociedade é dita como voluntária. Segundo ele, o homem não obedece a lei, mas aos próprios instintos de natureza humana. 3) O surgimento da propriedade : Na concepção de John Locke, a propriedade é o bem maior de um indivíduo, que por sua vez precede a sociedade, e esta propriedade ilimitada nada mais é do que o dinheiro. O trabalho seria então o fundamento que originou a propriedade particular. A propriedade corresponde então à vida, liberdade e bens de um homem. Enquanto isso, Rousseau diz ser a propriedade privada a causadora de todos os males, já que dela partiria a origem de toda a desigualdade. Para Locke assim como para Rousseau a propriedade surge com o trabalho. 4) O Pacto Social : Locke parte do princípio de que o Estado existe em função da necessidade de existir uma instância acima do julgamento parcial de cada cidadão, de acordo com os seus interesses. Os cidadãos livremente escolhem o seu governante, delegando-lhe poder para conduzir o Estado, a fim de garantir os direitos essenciais expressos no pacto social. O Estado deve preservar o direito à liberdade e à propriedade privada. As leis devem ser expressão da vontade da assembléia e não fruto da vontade de um soberano. Locke é um opositor ferrenho da tirania e do absolutismo, colocando-se contra toda tese que defenda a idéia de um poder inato dos governantes, ou seja, de pessoas que já nascem com o poder (por exemplo, a monarquia). Rousseau considera que o ser humano é essencialmente bom, porém, a sociedade o corrompe. Ele considera que o povo tem a soberania. Daí, conclui que todo o poder emana do povo e, em seu nome, deve ser exercido. O governante nada mais é do que o representante do povo, ou seja, recebe uma delegação para exercer o poder em nome do povo. Rousseau defende que o Estado se origina de um pacto formado entre os cidadãos livres que renunciam à sua vontade individual para garantir a realização da vontade geral. Um tema muito interessante no pensamento político de Rousseau é que a democracia representativa supõe a escolha de pessoas para agirem em nome de toda a população no processo de gerenciamento das atividades comuns do Estado. 5) O Estado : O Estado Civil em Locke deve ser limitado, e regulado pelos indivíduos que pactuam o contrato. A comunidade tem o direito de resistência caso interesse da maioria não esteja sendo expresso pelo governante. O liberalismo político em Locke conjugado com a idéia de poder limitado do soberano leva este autor, a sustentar a supremacia do parlamento como forma de restringir os desmandos de um governo, cabe a maioria escolher quem legislará em seu nome. A resposta dada por Rousseau a tensão entre liberdades e autoridade segue a direção em considerar o povo como o verdadeiro soberano. Na sua visão, para que um governo consiga manter sua legitimidade é necessário que responda os anseios do povo (soberano). O governante não é o soberano, e sim o representante da soberania popular. Conseguindo manter a soberania o povo conseguia manter sua liberdade civil, seu direito a ser cidadão. O Estado tem o papel de manter o interesse geral, é ele o responsável por garantir as condições para que os indivíduos pleiteiem o direito a propriedade, a educação é tomado como instrumento para garantia da igualdade. Cabe ao Estado reduzir a desigualdade. Locke x Rosseau Locke: Da cidade - Liberdade - Bondade Plena - A propriedade nasce em razão da necessidade de recursos: relação de propriedade e trabalho para solucionar o problema de acesso a propriedade, mal necessário. - O Estado tem caráter permanente Rosseau: Do campo - Liberdade: O Pacto Social só é possível graças ao surgimento do Estado, as leis. - Bondade plena - A propriedade surge por ato meramente voluntário. Também vai gerar um conflito, um mal voluntário. - O Estado tem caráter provisório, o Estado que forçará o Pacto Social. # Elementos constitutivos do Estado: 1) Elemento demográfico : - População: Abrange o geral em um determinado lugar. Brasileiros natos e naturalizados, estrangeiros e apátridos. - Povo: É aquele grupo que possui vínculo jurídico-político com o Estado, podendo ser brasileiro nato ou naturalizado, por exemplo. - Nação: É um grupo de indivíduos que estão em um mesmo território e possuem afinidades afins, como, econômicos, culturais, materiais, espirituais, raciais que mantém os mesmos costumes e tradições dos antepassados. Sentimento de pertencimento. 2) Elemento físico : - Terreno - Mar territorial - Espaço aéreo 3) Poder soberano : Todo e qualquer poder regulador. 4) Características : - Ilimitado - Imprescritível: Que não fica sem efeito. - Inalienável: O poder não pode ser transferido a outro. - Reconhecido 5) Soberania : - Interna: Poder que o Estado possui (autoridade suprema), onde sua vontade predomina sobre todas as vontades individuais com que se relaciona dentro de seu próprio território(é a mais alta autoridade). - Externa: O poder que se manifesta em relações internacionais dos Estados, implica na não subordinação e não dependência desses estados estrangeiros. Soberania externa é a própria independência do Estado em relação aos demais. # Formas deEstado 1) Estado Unitário : formado por um único Estado, existindo uma unidade do poder político interno, cujo exercício ocorre de forma centralizada; qualquer grau de descentralização depende da concordância do poder central - ex.: Brasil - Império - Não subdivisão interna - Centralização do poder 2) Estado Confederado : Reunião de vários Estados livres e independentes, administrativamente autônomos, para que constituam um governo único, escolhido por todos eles que dirigem a política da confederação, interna e externamente, sem a quebra da autonomia por eles mantida. - Com subdivisão interna - Descentralização do poder - Com direito a secessão(separação) 3) Estado Federativo : é um estado soberano constituído de estados federados (estados-membros) dotados, não de soberania, mas apenas de autonomia, os quais têm poder constituinte próprio, decorrente do poder constituinte originário que fez a federação. - Com subordinação Interna - Descentralização do poder (autonomia) - Sem direito a secessão(separação) # Formas de Governo 1) Monarquia : - Hereditariedade - Vitaliciedade - Não representatividade popular - Irresponsabilidade 2) República : - Eletividade (Não necessariamente pelo povo) - Temporalidade - Responsabilidade # Sistemas de Governo 1) Presidencialismo : - Chefe de Estado - Chefe de governo - Autoridade unipessoal (Poder concentrado na mão de um só) - Harmonia entre executivo e o legislativo 2) Parlamentarismo : Típico da Monarquia. - Chefe de Estado: Aparência de comando (Rei, Czar, Imperador, etc.) - Chefe de governo: Efetivamente comanda (1º Ministro -> Representante do legislativo e chefe enquanto estiver dando certo.) - Autoridade pluripessoal: O 1º Ministro é a voz do parlamento. - Prevalência do legislativo # Política entre ciência e discurso 1) A ciência política 2) O discurso político -> Discurso retórico 3) O papel do discurso na formação política 4) Discurso entre política e politicagem # Regimes de Governo 1) Regime autoritário -> O povo não participa 2) Regime Democrático - Antigo: Excluíam boa parte da população - Novo: Representantes por escolha, participação indireta Representação popular: Não participamos de forma direta do processo Maior participação: Maior número quantitativo de pessoas Voto “Vantagens” Democracia Antiga: Feita de forma pessoal. X Democracia Atual: Feita de forma representativa. Separação dessas figuras OBS.: O Brasil é uma república (forma de governo) federativa (forma de Estado) constitucional presidencialista (sistema de governo), de forma adotada em 1889. O Estado brasileiro está organizado em três Poderes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. O Chefe do Poder Executivo (que acumula as funções de chefe de Estado e chefe de Governo) é o Presidente da República. Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil, no Plebiscito que foi realizado em 1993, foram mantidos a república e o presidencialismo, como forma e sistema de governo, respectivamente. https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_governo https://pt.wikipedia.org/wiki/Forma_de_governo https://pt.wikipedia.org/wiki/Presidencialismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica https://pt.wikipedia.org/wiki/Plebiscito_sobre_a_forma_e_o_sistema_de_governo_do_Brasil_(1963) https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%AAs_Poderes https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%AAs_Poderes https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado https://pt.wikipedia.org/wiki/1889_no_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Presidencialismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica
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