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1 TCE ⤷ Na abordagem com paciente vítima de TCE quando tiver indicação de fazer exame de imagem pode começar com a radiografia simples: 3 planos (AP, P, Towne- AP um pouco angulado 45° para conseguir visualizar melhor os ossos occipitais) e incluir estudo cervical (afastar fratura instável C1- C2) o Pouca sensibilidade para alterações de partes moles o Não deve atrasar avaliação por TC quando indicada ⤷ TC sem contraste, com janela óssea e de partes moles o É o padrão ouro para avaliar TCE ⤷ Alguns livros falam que pacientes que são vítimas de TCE com Glasgow <13 devem ser submetidos a TC para avaliação de alguma lesão neurológica Diferença de densidade entre as estruturas Classificação das lesões traumáticas ⤷ Lesões primárias: derivam do trauma inicial o Fraturas o Hemorragias intracranianas e extra-axiais ▪ Hematoma epidural ▪ Hematoma subdural ▪ Hemorragia subaracnóide o Lesões intra-axiais ▪ Lesão axonal difusa (LAD) ▪ Contusões ▪ Lacerações ▪ Qualquer lesão que comprometa o parênquima encefálico Trauma de uma criança novinha então temos que ver se a sutura aberta é normal ou traumática, identificar se tem um afastamento das suturas Fratura linear no osso parietal, sem desvio, desalinhamento, porém a criança precisa ser submetida a TC Fratura linear sem desvio no osso parietal direito, sem comprometimento no compartimento intracraniano Fratura com afundamento de crânio no osso parietal esquerdo Fraturas ⤷ Associadas a trauma direto ⤷ Mais frequentes nas saliências ósseas ⤷ Às vezes diagnosticas por seus sinais indiretos o Aumento de partes moles o Preenchimento de cavidades por sangue o Pneumoencéfalo Relembrando... Substância branca 26 UH (densidade menor por conta da bainha de mielina que é rica em lipídeos) Substância cinzenta 39 UH (densidade um pouco maior) Osso 812 UH (hiperdenso) Lesão hiperdensa intraparenquimatosa 70 UH (sangue em estágio agudo) Lesão intracraniana hiperdensa, densidade maior do que a densidade de partes moles e menor que a densidade de osso e calcificação = sangue! 2 Janela óssea, seio maxilar esquerdo com conteúdo em seu interior (provavelmente um hemossinus) que não mostrou a fratura no local Atrás da junção crânio-cervical, no nível C1-C2 (ao nível da articulação atlantoaxial,tem o processo odontoide de C2 que articula no arco anterior de C1) No arco anterior de C1 tem um traço de fratura com grande chance de ser uma fratura instável Paciente também apresenta focos gasosos no compartimento intracraniano (provavelmente ou fraturou alguma das mastoides ou os seios frontais e comunicou o compartimento) Rx com paciente em decúbito dorsal evidenciando um grande pneumoencéfalo Janela de partes moles: não consegue identificar bem se tem alguma fratura ou não (osso fica muito branco), fez hematoma subgaleal, focos de pneumoencéfalo, tem uma coleção no compartimento intracraniano com compressão sobre o lobo temporal (hematoma extradural- morfologia típica de lente biconvexa, além da topografia) Janela óssea: fratura linear do osso temporal esquerdo Hematoma extradural ou epidural ⤷ 85-95% associados a fraturas ⤷ É um sangramento que vai ocorrer entre o crânio e a dura-máter, preferencialmente acima da tenda do cerebelo ⤷ Não cruzam suturas, mas pode cruzar a linha média ⤷ Imagem típica de lente biconvexa que não ultrapassa as suturas, exceto sagital ⤷ Na TC tem hiper densidade, podendo ser heterogêneo nos casos de sangramento ativo ⤷ Lesão vascular arterial (+comum artéria meníngea média) o Tendem a expandir mais rápido Pequeno hematoma extradural, morfologia biconvexa Quando vamos analisar uma TC no contexto de TCE, começamos a olhar por fora para identificar hematoma subgaleal, é importante sempre incluir a transição crânio-cervical para ver se há alguma fratura instável. Tentar identificar alguma alteração nas cavidades áreas paranasais, mastoides. Tentar identificar se tem ar no compartimento intracraniano. Não é para ter focos aéreos livres no compartimento intracraniano, só iremos observar isso no contexto do TCE (fratura comunicando os dois espaços) e pós-operatório de neurocirurgia. 3 Hematoma subgaleal + contusão + hemorragia extradural cruzando a linha média Sinal do redemoinho pode indicar um sangramento ativo (hematomas com áreas hipodensas pelo meio) = hematoma em expansão = urgência Hematoma subdural Coleção no compartimento intracraniano de morfologia bem diferente, o sangramento ele está se estendendo desde a região frontal até a região occipital, não ultrapassa a linha média, se insere na foice, hematoma meio que abraça o hemisfério causando umas repercussões no encéfalo (comprimindo, sulcos todos apagados, obliterando o ventrículo, desviando a linha média) TTO cirúrgico de urgência para drenar esse hematoma ⤷ Causados pelo estiramento e rotura das veias corticais em seu trajeto a um seio venoso próximo o Tende a expandir de forma mais lenta ⤷ Ocorrem muitas vezes em idosos, por eles terem redução senil do volume cerebral, então ele tem espaço liquórico ocupando o compartimento intracraniano o Paciente pode vir a se tornar sintomático semana depois o Diagnóstico mais em fases tardias ⤷ O hematoma vai perdendo a densidade por conta da degradação da hemoglobina (1-2 UH/dia) Hematoma subdural Hematoma subdural + obliteração do ventrículo + desvio de linha média Paciente idoso com história de trauma há 15 dias Hematoma subdural bilateral em estágio subagudo A densidade se assemelha a densidade da substância cinzenta, hematoma bilateral com efeito de massa dos dois lados, não desviando a linha média Geralmente quando diagnosticamos um hematoma extradural pela sintomatologia vai ser na fase aguda 4 Hematoma subdural na fase crônica Hematoma fica hipodenso, não chega a ser tão hipodensa quanto o líquor!! Paciente idoso, as vezes o sangramento é de pequena monta, não chega a desviar linha média então o paciente pode desenvolver os sintomas mais tardiamente Lesão axonal difusa (LAD) Paciente com história de trauma de alto impacto Hematoma subgaleal + focos hiperdensos hemorrágicos intraparenquimatosos distribuídos, predominantemente, nas transições entre substância branca e cinzenta + ausência de ventrículos laterais + sem sulcos = edema cerebral ⤷ Resultam da fricção de axônios e componentes vasculares no momento da desaceleração (força de cisalhamento) ⤷ Locais preferenciais o Substância branca (transição córtico- medular) frontotemporais ▪ Local típico para trauma devido a proximidade do parênquima encefálico com as fossas cranianas anterior (frontais) médias (temporais) o Corpo caloso o Mesencéfalo ⤷ TC pode se apresentar: o Micro hemorragias focais o Apenas com edema bilateral o Normal Paciente em coma pós trauma em acidente automobilístico Hematoma subgaleal + não conseguimos visualizar os sulcos e ventrículos bilateralmente + ventrículos laterais reduzidos Sugere paciente com edema cerebral difuso, pode ser um achado de lesão axonal difusa embora não apresente os micro focos hemorrágicos, TC pode não identificar RM T2 estrela Identificar os micro focos hemorrágicos Locais mais comuns: transição substância branca e cinzenta, corpo caloso e mesencéfalo Classificação: Grau 1: se tiver apenas na transição córtico-medular Grau 2: lesão no corpo caloso Grau 3: mesencéfalo Quanto maior o grau, pior o prognóstico, tende a ter mais sequelas 5 Paciente com história de trauma Hematoma subgaleal do lado esquerdo + hemorragia subaracnoide do lado direitotraumática (lesão em contragolpe 180°) Fissura sylviana do lado esquerdo preenchida por líquor e do lado direito ela tá hiperdensa ⤷ Hemorragia que preenche sulcos e fissuras ⤷ Ou no local do trauma ou por contragolpe a 180° da pancada Não é regra, mas geralmente as HAS traumáticas são mais localizadas Áreas hiperdensas junto a cortical dos lobos frontal e temporal esquerdo, são contusões parenquimatosas. São sangramentos maiores. Paciente levou uma pancada e é muito típico essas localizações, nos polos temporais e no parênquima frontobasal no lobo frontal (já está perto da fossa craniana média por conta das saliências) Contusão parenquimatosa, vai ficar uma sequela, esse parênquima vai uma área de encefalomalacia Parênquima frontobasal perto da fossa craniana anterior + lobo temporal esquerdo Contragolpe Hematoma subgaleal + Pneumoencéfalo + Pequeno hematoma extradural + Hemorragia subaracnoide na região frontal Diagnóstico diferencial de Hematoma subdural crônico (Higroma subdural bilateral) Higroma subdural: Ocorre principalmente em pacientes idosos com traumas pequenos que fazem uma laceração na membrana aracnoide e começa a passar líquor do espaço subaracnoide para o espaço subdural, simula um hematoma subdural. Dependendo do seu volume pode comprimir o parênquima, desviar a linha média O hematoma subdural crônico é hipodenso, porém não chega a ser tão hipodenso quanto o líquor Hematoma subdural crônico agudizado (paciente já tinha um sangramento, já tinha um certo grau de atrofia, paciente caiu de novo e ressangrou, diferença de densidade) + com importante compressão do parênquima + desvio de linha média 6 Pneumoencéfalo por fratura Herniações cerebrais Qualquer lesão expansiva no compartimento intracraniano pode ter repercussões sobre o parênquima encefálico, a ponto de levar a uma herniação ⤷ Herniação subfalcina o Herniação do giro do cíngulo por baixo da foice ⤷ Herniação transtentorial descendente unilateral o Herniação da parte medial do lobo temporal inferiormente pela incisura ⤷ Herniação transtentorial descendente central o Herniação bilateral da parte medial do lobo temporal inferiormente pela incisura ⤷ Herniação transtentorial ascendentes o Cerebelo e tronco deslocados superiormente pela incisura ⤷ Herniação tonsilar + comum Quando tem um hematoma subdural agudo do lado direito tá comprimindo o parênquima e o parênquima do hemisfério cerebral direito ele passa para o lado contralateral por baixo da foice cerebral, causando uma herniação subfalcina Tumor causando uma Herniação de uncus: essa estrutura do lobo temporal passa do compartimento supratentorial para o infratentorial Craniectomia descompressiva com herniação extracraniana Herniação de tonsila cerebelar
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