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RADIOLOGIA – N3 CRÂNIO Sutura coronal - une o osso frontal com os ossos parietais Sutura sagital - une os 2 ossos parietais na linha média Sutura Lambdoid - une os ossos parietais com o osso occipital Sutura esquamosal - une a porção escamosa do osso temporal com os ossos parietais Sutura metópica - (se houver) une os 2 ossos fontais TELENCÉFALO • Se divide nos hemisférios cerebrais (D) e (E), separados pela fissura longitudinal. • Corpo Caloso: Conecta os hemisférios. • Lobos: Frontal, Parietal, Temporal e Occipital. • Massa Cinzenta: Composta por corpos celulares de neurônios. • Massa Branca: Composta por axônios mielínicos. Núcleos da Base: Localizados dentro da massa branca. São corpos de neurônios que participam no controle motor e cognitivo. 1. Núcleo Lentiforme: Putamen e globo pálido. 2. Núcleo Caudado. 3. Claustrum 4. Corpo Amigdaloide. 5. Núcleo Accumbens. 6. Núcleo Basal de Meyert. DIENCÉFALO • Composto por: TÁLAMO, HIPOTÁLAMO, EPITÁLAMO E SUBTÁLAMO. Todos relacionados ao III Ventrículo. • Sela Túrcica: Onde encontra a hipófise VENTRÍCULOS ENCEFÁLICOS • Ventrículos Laterais: Composto por corno frontal, occipital, lateral, temporal e átrio. • III Ventrículo: Comunica-se com os ventrículos laterais por meio dos forames interventriculares e com o IV Ventrículo pelo aqueduto do mesencéfalo. • IV Ventrículo: Cavidade que se comunica com o espaço subaracnóideo. Localizado entre o tronco encefálico (bulbo e ponte anteriormente) e cerebelo (posteriormente). MENINGES • Dura – Mater: Mais externa, espessa e resistente. Possui o espaço epidural (entre o crânio e dura - mater). • Aracnoide: Justaposta a dura mater. Possui o espaço subdural (entre a dura mater e aracnoide). • Pia – Máter: É a parte mais interna das meninges, aderindo intimamente á superfície do encéfalo e da medula. Possui o espaço subaracnóideo (entre a aracnoide e pia mater) e existe a presença do LIQUOR. LÍQUOR • Ventrículos Laterais (1º e 2º Ventrículos): Produzido nos plexos coroides. Reabsorvidos nas granulações aracnoideas. • Forame Interventricular (Monroe). • 3º Ventrículo. • Aqueduto Cerebral (Sylvius). • 4º Ventrículo. • Aberturas: Mediana (Magendie – Medula Espinhal) e Laterais (Luschka – Cérebro). IRRIGAÇÃO A vascularização encefálica é realizada por dois sistemas vasculares: (anterior) carotídeo e o (posterior) vertebrobasilar. O sistema carotídeo é composto pelas artérias carótidas internas que se bifurcam para originar a artéria cerebral anterior e a artéria cerebral média. Esse sistema supre o lobo frontal, ínsula, lobos parietais e occipitais. O sistema vertebrobasilar é composto pela união das artérias vertebrais, a qual forma a artéria basilar que origina as artérias cerebrais posteriores. Esse sistema irriga o tronco cerebral e porções mediais encefálicas, como tálamo e hipocampo. O polígono de Willis é a anastomose que une os dois sistemas vasculares através artérias comunicantes anteriores e posteriores. TRAUMA TEMPAROPARIENTAL E HEMORRAGIA A divisão anterior da artéria meníngea média é a artéria mais comumente lesada (relacionada com o ptério). TERRITÓRIOS VASCULARES Diferentes áreas do cérebro são supridas pelas artérias cerebrais anterior, média e posterior em uma distribuição previsível. As estruturas da fossa posterior são supridas pelas artérias vertebrobasilares. As artérias do cérebro não são bem visualizadas na TC convencional, mas o conhecimento das áreas do cérebro que irrigam é útil para determinar a origem de uma lesão vascular. Acima dos ventrículos laterais • As artérias cerebrais anteriores fornecem uma faixa estreita dos hemisférios cerebrais adjacentes à linha média • A artéria cerebral média fornece a maior área do cérebro. Ao nível da ínsula Vários pequenos ramos perfurantes da artéria cerebral média suprem a região dos gânglios da base e da ínsula Ao nível do cerebelo As artérias vertebrobasilares suprem o cerebelo e o tronco cerebral TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC) INDICAÇÕES DA TC: • Alterações na GCS. • Estado confusional agudo. • Cefaleia súbita intensa. • TCE grave. • Sonolência persistente. • Estado de mal epiléptico. • Lesão hipóxica cerebral. CONTRA INDICAÇÕES DA TC: Gestantes; Paciente com instabilidade hemodinâmica. VANTAGENS: • A TC obtém as imagens sem sobreposição. • As imagens são processadas em vários terços. • Tem a capacidade de capturar as diferenças mínimas de densidade tissular. • Método não-invasivo. DESVANTAGENS: • Tem muita radiação ionizante. • Em alguns casos, necessita de contraste para diferenciar vasos e alças intestinais. • Alguns artefatos do aparelho (placas de metal, parafusos) prejudicam a formação de imagem. • Método mais oneroso. RESSONANCIA MAGNÉTICA (RM) • TC e RM: primeiramente, é necessário diferenciar as imagens geradas entre esses dois exames, uma vez que, um bom aparelho de TC pode gerar imagens tão nítidas quanto uma RM. Basicamente, a diferença entre as imagens está na observação da calota craniana: na TC, a calota se apresenta espessa, bem pronunciada; na RM, a calota se apresenta mais fina (não confundir com a gordura galeal, que, caracteristicamente, fica mais afastada do parênquima cerebral). • T2: única aquisição em que o líquor se apresenta branco. • T2-Estrela: líquor branco, mas com anatomia menos definida do que em T2. A calota, calcificações e o sangue se mostram escuros. • T1: líquor escuro + substância branca hiperintensa (devido ao hiperssinal emitido pela gordura da mielina). Se o seio sagital estiver hiperintenso (branco), significa que o exame foi feito com contraste. • Flair: líquor escuro + substância branca hipointensa. • Difusão: líquor escuro + substância branca hipointensa, com hiperssinal em regiões de isquemia + anatomia de limites imprecisos. • Perfusão: imagem fonte se mostra mais borrada e depois de aplicado o mapa de cores, torna-se colorida. Principais vantagens da RM com relação à TC: • Não utiliza radiação ionizante; • Não necessita de contraste iodado; • Melhor resolução espacial da imagem e maior disponibilidade de cortes; • Maior sensibilidade a alterações teciduais; • Melhor visualização da fossa posterior. Contraindicações: Aneurisma; Marcapasso (que não são apropriados) PARTICULARIDADES GERAIS Calota Craniana: Composta pelo cérebro, líquor e sangue (vasos sanguíneos). A perfeita harmonia entre os componentes acima, determina a existência da PIC normal. PIC: Até 15mmHg (podendo aumentar ou diminuir – MECANISMO COMPENSATÓRIO). A quantidade de líquor pode ser aumentada ou diminuída na tentativa de compensar e normalizar a PIC em casos de hipertensão craniana (causa herniações). Ex: Paciente que retirou uma massa do cerebelo. O vazio que ficará após a retirada do tumor, será substituída por líquor. *Não confundir com hidrocefalia. Ex: Paciente com 95 anos. Pacientes idosos, com o decorrer do anos, vai diminuindo o tamanho do cérebro (fisiológico), e sendo assim, essa diminuição deixará um espaço vazio no cérebro, que por sua vez, será substituída por líquor. *Não confundir com hidrocefalia. ANGIOGRAFIA DIGITAL • A angiografia cerebral é usada para avaliação de estruturas vasculares, como doença obstrutiva aterosclerótica, aneurismas e malformações arteriovenosas. Sua técnica pode complementar os estudos de TC e RM em alguns casos. A angiografia por RM é realizada isoladamente e com uso de contraste intravenoso para avaliação de artérias carótidas, vertebrais e cerebrais. Também é usada em TC e RM para melhor avaliar tumores – auxiliando na sua remoção e na identificação de seus vasos • Se a TC ou RM inicial apontar lesão vascular primária – como malformação arteriovenosa (MAV) ou aneurisma – prosseguimos para uma angiografia com cateterismo, angiorresonância ou angiotomografia. Destas, a angioRM é melhor para documentar MAV, e a angioTC,para aneurismas. A angiografia, por sua vez, fica reservada para casos em que há necessidade de intervenção invasiva com fins terapêuticos. UTILIZAÇÃO DO CONTRASTE ENDOVENOSO • É avaliado o comportamento vascular das estruturas em análise, completando a avaliação inicial sem contraste. • Contraste iodado endovenoso. • Indicação: Tumores, aneurismas, abscessos cerebrais. • Contra Indicação: Pacientes com insuficiência renal e histórico de anafilaxia em virtude do contraste. • O meio de contraste mais seguro e mais utilizado na tomografia computadorizada é o iodado não iônico, administrado, geralmente, por via endovenosa e oral em alguns casos. ESCALA DE COMA DE GLASGOW Trauma leve = 13-15 Trauma moderado = 9-12 Trauma grave = 3-8 GCS (Escala de Glasgow) = 3 a 15 P (Reatividade pupilar) = 0 a 2 GCS - P = 1 a 15 Abertura Ocular Resposta Verbal Resposta Motora Reatividade pupilar Espontânea 4 Orientado 5 Obedece comandos 6 Bilateral 0 Ao chamado 3 Confuso 4 Localiza estímulos 5 Unilateral -1 A pressão 2 Palavras 3 Flexão normal 4 Inexistente -2 Nenhuma 1 Sons 2 Flexão anormal 3 Não testável 0 Nenhuma 1 Extensão anormal 2 Não testável NT Nenhuma 1 Não testável NT INTERPRETAÇÃO DA TOMOGRAFIA A – Attenuation: Avaliação da diferença de atenuação da substancia branca e cinzenta. Sinais de AVC, tumores e edema cerebral. Desvio de linha média: comprime o bulbo = morre B – Blood: Avaliação da existência de sangramento do parênquima, cisternas e ventrículos. C – Cavities: Avalia a patência dos ventrículos, cisternas, fissuras e sulcos. D – Dilation: Dilatação dos ventrículos. De CIMA para BAIXO: Laterais, III e IV. E – External: Avaliação da tábula óssea (fraturas). F – Fisher Scale: Escala de fisher, usada para determinar a extensão da HSA. G – Ghosts: Artefatos. metal na boca APRESENTAÇÃO TOMOGRÁFICA DOS DIVERSOS TIPOS DE CRISES CONVULSIVAS • A TC é limitada na avaliação, ajudando a descartar diagnósticos diferenciais. • A ressonância magnética é a indicada, pois este exame rastreia lesões estruturais (TC também) e alterações mais sutis (TC não pega), como por exemplo: displasias celulares e esclerose hipocampal. • PET CT – Tomografia Computadorizada por Emissão Positróns: Análise metabólica. • Avaliar anomalias, como tumores e falhas na memória. • Estado hipermetabólico ou hipometabólico. • PET na CONVULSÃO: Hipometabolismo regional (epilepsia focal). CALCIFICAÇÃO E OSSIFICAÇÃO INTRACRANIANA Determinadas estruturas no crânio calcificam normalmente, enquanto outras calcificações visibilizadas na TC ou em outros exames têm importância patológica. Nos adultos, quase sempre há calcificação da pineal e, em geral, calcificação das comissuras habenulares adjacentes. Entretanto, na TC a visualização de calcificação no corpo pineal é rara em indivíduos com menos de 6 anos de idade. A pineal calcificada normal varia até 10 ou 12 mm em seu maior diâmetro, mas costuma medir entre 3 e 5 mm. Quando existem calcificações com mais de 1 cm de diâmetro, deve-se suspeitar de uma anormalidade, como pineocitoma ou malformação arteriovenosa (MAV). Calcificação de porções do plexo coroide visualizada na TC ocorre em quase todos os adultos e, com frequência, está presente em crianças. É mais verificada no glomus (nos átrios dos ventrículos laterais), mais pode ocorrer me qualquer outro ponto. Deve-se observar que o plexo coroide do quarto ventrículo estende-se através da abertura lateral do IV ventrículo (forame de Luschka) e, por isso, pode ser visualizada como “massa” calcificada ou realçada no ângulo cerebelo-pontino. INTERVALO LÚCIDO • O hematoma extradural, em sua forma clássica é caracterizado por um intervalo lúcido (período em que o paciente permanece consciente e assintomático), desde o trauma até o aparecimento dos sintomas. • Intervalo lúcido maior = hemorragia venosa HEMATOMAS INTRACRANIANOS TRAUMÁTICOS Hemorragia extra-axial - extracerebral intracraniana A hemorragia subaracnóide é o sangramento agudo sob a aracnóide. Mais comumente visto na ruptura de um aneurisma ou como resultado de um trauma. O hematoma subdural é um sangramento entre a camada interna da dura-máter e a aracnoide das meninges. Geralmente resulta de ruptura traumática das veias em ponte que cruzam o espaço subdural em pacientes com terapia anticoagulante. O hematoma epidural está sangrando no espaço virtual entre a dura-máter e o crânio. Visto na fratura do osso temporal com ruptura da artéria meníngea média. Hemorragia intra-axial - intracerebral Contusão hemorrágica cerebral pequenas hemorragias pós-traumáticas localizadas perto do crânio na área do cupê e contra-golpe, mais comumente frontobasal e anterior nos lobos temporais. Às vezes, em combinação com um hematoma subdural ou hemorragia subaracnoide. Lesão axonal difusa (DAI). Lesão difusa no nível da junção da substância cinza-branca vista em lesões de alta velocidade. A TC tem baixa sensibilidade. Melhor visto na ressonância magnética. HEMATOMAS INTRACRANIANOS NÃO-TRAUMÁTICOS Hemorragia extra-axial - extracerebral intracraniana A hemorragia subaracnóide é o sangramento agudo sob a aracnóide. Mais comumente visto na ruptura de um aneurisma ou como resultado de um trauma. Hemorragia intra-axial - intracerebral O hematoma lobar está localizado na periferia de um lobo. A causa mais comum é a angiopatia amilóide cerebral, mas também pode ser observada na hipertensão, tumor, malformação vascular, infarto venoso e muitas outras doenças. Hemorragia localizada centralmente nos gânglios da base, ponte ou cerebelo. A causa mais comum é a hipertensão. HEMATOMA EPI/EXTRADURAL (LIMÃO) • Resulta de lesões das artérias ou veias meníngeas. • A divisão anterior da artéria meníngea média é a artéria mais comumente lesada (relacionada com o ptério). • Ocorre então sangramento capaz de descolar a camada meníngea da dura-máter, previamente aderida à superfície interna do crânio. • Ocorre o intervalo lúcido: Desmaia (trauma inicial), depois acorda (com o sangramento) e após um tempo que já sangrou muito o sangue fica em altas quantidades a ponto de comprimir o parênquima (herniação) assim. • É valido ressaltar que esta coleção raramente se expande além das suturas cranianas, onde a dura-máter se encontra firmemente fixada. • Para interromper a hemorragia, a artéria rota deve ser ligada ou ocluída. Radiologicamente: observa-se uma coleção limitada hiperdensa (esbranquiçada), rente ao osso (possivelmente fraturado), de convexidade voltada para o parênquima cerebral (ou mesmo biconvexa). HEMATOMA SUBDURAL (BANANA) • Acúmulo de sangue entre a dura-máter e aracnoide. • Causa: Trauma (Veias Corticais). • Intervalo lúcido maior. • Causa desvio de linha média. • O idoso e a criança tendem a ter mais esse tipo de hemorragia pois os vasos (veias corticais) esticam ao ter mais espaço entre o parênquima e a calota. • Faixa etária: Crianças, alcóolatras e idosos. • Crianças: O cérebro ainda não está desenvolvido. • Idoso: O cérebro está atrofiado. sofre microinfartos • Alcóolatra: O cérebro atrofia com o decorrer do tempo. • Resulta da ruptura das veias cerebrais superiores (as chamadas veias em ponte) no ponto por onde entram no seio sagital superior. • Esta condição é muito mais comum que a hemorragia da artéria meníngea média. Uma vez rompida as veias, o sangue sob baixa pressão começa a se acumular no espaço potencial entre a dura e a aracnoide. Radiologicamente: independente da cronologia do hematoma subdural, observaremos uma coleção, com concavidade voltada para o parênquima cerebral (em forma de meia-lua), que nunca passa da linha mediana. Contudo, dependendo da extensão do hematoma, podemos observar a compressão de estruturas cerebrais contra o plano mediano (efeito em massa). o Hematoma subdural agudo: a coleção sanguíneaapresenta-se hiperdensa (esbranquiçada) devido à presença de ferro na hemoglobina. Neste estágio, geralmente não se opta por uma conduta cirúrgica, mas apenas a observação e acompanhamento do paciente. o Hematoma subdural subagudo: a coleção sanguínea, à medida que evolui, se torna isodensa, isto é, apresenta características radiológicas semelhantes ao parênquima cerebral. o Hematoma subdural crônico: com o decorrer do tempo, a coleção vai ganhando tonalidades mais escuras e se tornando hipodenso (hipoatenuante). Quando se injeta contraste, geralmente pode-se observar a aparição de septos. Este paciente com um hematoma subdural teve três tomografias - uma no momento da lesão, uma em 1 mês e outra em 2 meses após a lesão 1. Inicialmente, o hematoma subdural é mais denso ou "hiperdenso" (mais branco) quando comparado ao córtex cerebral adjacente 2. Em 1 mês, a coleção é difícil de ver porque é idêntica em densidade ou "isodensa" ao córtex cerebral adjacente 3. Aos 2 meses, o subdural é "hipodenso" (mais escuro) quando comparado ao córtex cerebral adjacente. HEMORRAGIA SUBARACNOIDEA (Aranha) • Acúmulo de sangue entre a aracnoide e pia-máter, onde há a presença de líquor. • Causas: Ruptura de aneurisma (75%), 25% por MAV’s e trauma. • Não tem intervalo lúcido. O sangue dilui no líquor e comprime o bulbo. • Os sintomas tem início abrupto e incluem cefaleia intensa, rigidez do pescoço e perda da consciência. • O diagnóstico pode ser feito pela TC, onde não observaremos a formação de um hematoma, mas sim, de uma hemorragia, com depósito de sangue hiperdenso ao longo dos sulcos cerebrais, nas fissuras e nas cistenas. • A coleta de líquor por punção lombar também serve como diagnóstico, uma vez que o LCR pode demonstrar-se colorido pelo sangue. ESCALA DE FISHER HEMORRAGIA INTRAVENTRICULAR (HEMOVENTRICULO) O sangue pode se abrigar dentro dos ventrículos encefálicos geralmente devido à ruptura de aneurismas ou por trauma. Depois que o paciente passa um tempo deitado, observamos a formação de níveis líquidos devido à deposição sanguínea nos cornos occipitais, uma vez que o sangue é mais denso que o líquor. HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA • Hemorragia dentro do parênquima. • Causas: Hipertensão e trauma • Forma uma bola dentro do parênquima • Causa intervalo lúcido. • Microvasculatura (Comum em MAV em criança). • Associação com HSA: Pode se expandir e a medida que o sangramento cresce o cérebro sofre lesões que invadem as cisternas, sulcos e ventrículos determinando uma HSA associada. ESCALA DE HUNT & HESS PARA ANEURISMAS INTRACRANIANOS CONTUSÃO CEREBRAL • Condição geralmente causada devido a um impacto de uma estrutura mole com uma rígida como, como por exemplo, foice do tentório contra o osso. • Portanto, na maioria dos casos, a contusão cerebral é acompanhada de histórico de trauma. • Esta condição causa uma contusão no parênquima, gerando uma área hipodensa (mais escura) com focos hemorrágicos hiperdensos dentro (hemorragia aguda). Ocorre então que estes focos hemorrágicos coalescem, se juntam e formam um tipo de hematoma retilíneo, que depois vai sendo absorvido. • Esse hematoma pode ocorrer também no lobo frontal, temporal adjacente a porção petrosa do osso temporal (rochedo) e no cerebelo próximo a foice do tentório. Também podem ocorrer devido a ruptura de aneurismas, mas pode ocorrer também por traumas. A contusão cerebral pode ser reconhecida radiologicamente como um hematoma intraparenquimatoso de menor tamanho. PNEUMOENCÉFALO: AR ENTRO DO PARENQUIMA! + PRETO QUE GORDURA CRANIOTOMIA X CRANIECTOMIA Craniectomia: Abertura para acessar a dura máter. Retalho ósseo do crânio não é reposto imediatamente, permitindo o cérebro inchar, reduzindo assim a pressão intracraniana). Craniotomia: Abertura para acessar o encéfalo. Retalho ósseo temporariamente removido do crânio para acessar o cérebro. O retalho ósseo retirado é geralmente substituído ou reposto após o procedimento com pequenas placas metálicas (de titânio, em geral). A craniotomia muitas vezes precisa ser realizada para possibilitar a cirurgia para várias doenças neurológicas, lesões ou condições, tais como tumores, aneurismas, hematomas cerebrais e fraturas no crânio. O tamanho e localização das craniotomias variam de acordo com o objetivo e estrutura a ser abordada. As craniotomias de pacientes vítimas de traumas crânio-encefálico, por exemplo, variam com o tamanho do hematoma a ser drenado e a necessidade de descompressão do tecido cerebral - variam de trepanações únicas para hematomas localizados até as ditas craniotomias descompressivas para tumefações cerebrais difusas. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) • Os AVC podem ocorrer por isquemia (falta de suprimento sanguíneo para o parênquima) ou por rompimento de um vaso dentro do parênquima (hemorrágicos). Quanto à prevalência, 85% são isquêmicos e 15% hemorrágicos. • 1º saber se é isquêmico ou hemorrágico através da tomografia • TC afasta possibilidade de hemorragia intracraniana e subaracnóidea O objetivo da imagem em um paciente com AVC agudo é: Excluir hemorragia Diferencie entre tecido cerebral irreversivelmente afetado e tecido reversivelmente prejudicado (tecido morto versus tecido em risco) Identificar estenose ou oclusão das principais artérias extra e intracranianas AVC HEMORRÁGICO • O principal tipo de AVCH é o hipertensivo. • O fator de pior prognóstico não é aquele paciente com hipertensão crônica, mas sim aquele que desenvolve picos de hipertensão. A pressão diastólica é a que determina o risco de ocorrência AVC hemorrágico (quando chega em torno de 140 mmHg, o risco de um AVCH é aumentado). • Paciente com problemas na coagulação sanguínea como hemofílicos, por ruptura de aneurismas ou por malformação arteriovenosa (MAV) também entram no grupo de risco. Geralmente são hemorragias que acometem mais a região central. Radiologicamente: o AVCH aparece como uma coleção hiperdensa (branca) circundada, na maioria das vezes, por um halo hipodenso de edema citotóxico. Muitas vezes, nota-se desvio da linha média. • AVC hemorrágico hipertensivo: geralmente se dá pelo rompimento dos pequenos vasos (principalmente, as artérias lentículo-estriadas) que estão na insula, no tálamo, nos núcleos da base e ventrículos. • AVC hemorrágico por coagulopatias (hemofilia): normalmente é um único sangramento que se resolve espontaneamente. A principal característica é o sangramento em vários estágios. Radiologicamente, podemos observar uma coleção hipoatenuante (sangramento crônico que já está sendo absorvido) e outro hiperatenuante (sangramento agudo), o que forma nível líquido. • AVC por aneurisma: o sangramento ocorre no espaço subaracnoideo se depositando nas cisternas e nas fissuras. • AVC por malformação arteriovenosa (MAV): as malformações arteriovenosas (MAV) têm aspecto de sal com pimenta, onde os pontos escuros são os vasos (a pimenta) imersos no sangue extravasado (o sal). Radiologicamente, encontramos imagens serpiginosas, com presença de flebólitos, calcificações e hematomas intraparenquimatosos. AVC ISQUÊMICO • Pode ocorrer por um trombo arterial ou venoso, por embolia de uma coágulo, aterosclerose difusa, estenose de vasos e hipoperfusão (afogamento). • No AVC isquêmico, o sangue deixa de perfundir o parênquima, o que leva ao sofrimento da área acometida por hipóxia. Pode ocorrer um AVC isquêmico com transformação hemorrágica. • A área isquemiada pode evoluir para um infarto. • Até 6 horas é possível • Caso seja solucionado o problemas antes de ocorrer o infarto, ainda haverão chances de recuperação da área lesada, mas após a ocorrência do infarto, as chances de recuperação diminuem, deixando sequelas. • Embólico – um embolo a distancia • Trombólico – obstrução por placa • Território – posterior ou anterior Radiologicamente: Encontraremosuma área hipodensa (mais escura) decorrente da infiltração aquosa devido à reação inflamatória instalada na região. AVC Isquêmico subagudo: quando o AVC se torna subagudo ele evolui para uma neovascularização da área isquêmica. Os vasos neoformados são mais fracos e podem sangrar com a transformação do AVC isquêmico. Às vezes não há sangramento, mas percebe-se o realce ao redor da área isquemiada, que indica a neovascularização. A característica principal do AVC subagudo é a neovascularização. Na TC, os sinais precoces de AVC isquêmico são: • Sinal da artéria cerebral média hiperdensa: uma artéria que se mostra hiperdensa devido à presença de trombos, por exemplo. • Apagamento dos contornos do núcleo caudado e lentiforme • Perda de diferenciação da substância cinzenta e branca • Apagamento dos sulcos corticais Obscuração do núcleo lentiforme • A obscuração do núcleo lentiforme, também chamado de gânglios basais borrados, é um sinal importante de infarto. • É visto no infarto da artéria cerebral média e é um dos sinais mais precoces e freqüentes. • Os gânglios da base estão quase sempre envolvidos no infarto MCA. Sinal de fita insular • Isso se refere à hipodensidade e inchaço do córtex insular. • É um sinal precoce de infarto na TC precoce, muito indicativo e sutil, no território da artéria cerebral média. • Essa região é muito sensível à isquemia por ser a mais distante do fluxo colateral. • Deve ser diferenciado da encefalite por herpes. Sinal da artéria hiperdensa (ACM) • Isso é resultado de trombo ou êmbolo no MCA. • À esquerda, um paciente com um sinal de MCA denso. • Na angiografia por TC, a oclusão do MCA é visível. Artéria Cerebelar Inferior Posterior (PICA em azul) O território da PICA está na superfície occipital inferior do cerebelo e está em equilíbrio com o território da AICA em roxo, que está na face lateral. Quanto maior for o território do PICA, menor será o AICA e vice-versa. Artéria Cerebelar Superior (SCA em cinza) O território SCA está na superfície superior e tentorial do cerebelo. Ramos da artéria vertebral e basilar Esses ramos suprem a medula oblonga (em azul) e a ponte (em verde). Artéria coróide anterior (AchA em azul) O território da AChA é parte do hipocampo, o ramo posterior da cápsula interna e se estende para cima até uma área lateral à parte posterior da célula média. Artérias lentículo estriadas As LSA laterais (em laranja) são artérias de penetração profunda da artéria cerebral média (MCA). Seu território inclui a maior parte dos gânglios da base. Os LSA mediais (indicados em vermelho escuro) surgem da artéria cerebral anterior (geralmente o segmento A1). A artéria de Heubner é a maior das artérias lenticulostriadas mediais e supre a parte ântero-medial da cabeça do caudado e a cápsula interna ântero-inferior. Artéria cerebral anterior (ACA em vermelho) O ACA supre a parte medial do lobo frontal e parietal e a porção anterior do corpo caloso, gânglios da base e cápsula interna. Artéria cerebral média (MCA em amarelo) Os ramos corticais da MCA suprem a superfície lateral do hemisfério, exceto para a parte medial do lobo frontal e parietal (artéria cerebral anterior), e a parte inferior do lobo temporal (posterior artéria cerebral). Os ramos LSA de penetração profunda são discutidos acima. Artéria cerebral posterior (PCA em verde) P1 estende-se desde a origem da PCA até a artéria comunicante posterior, contribuindo para o círculo de Willis. As artérias talamoperfurantes posteriores se ramificam do segmento P1 e fornecem sangue ao mesencéfalo e ao tálamo. Ramos corticais do PCA suprem a parte inferomedial do lobo temporal, pólo occipital, córtex visual e esplênio do corpo caloso. ACOMETIMENTOS DE CADA TERRITÓRIO ARTERIAL (SABER EM AVCI) ACA Hemiparesia e parestesia contralateral em membro inferior e alterações comportamentais; ACM Hemiparesia, plegia e parestesia contralareral em face e membro superior. Afasia, apaxia e hemianopsia homônima; ACP Ataxia, distúrbios visuais e síndromes talâmicas; MICROANGIOPATIA - Idosos tendem a sofrer microinfartos ao longo dos anos! HERNIAÇÃO CEREBRAL Refere-se ao deslocamento do tecido cerebral de sua localização normal para um espaço adjacente como resultado do efeito de massa. Risco de vida que requer diagnóstico imediato. SUBFALCINA (por cima da foice) • Conhecida como desvio da linha média ou hérnia cingulada, é o padrão de hérnia cerebral mais comum. • É geralmente causada por doença unilateral frontal, parietal ou do lobo temporal que cria um efeito de massa com direção medial do giro cingulado ipsilateral abaixo da borda livre da foice do cérebro devido à pressão intracraniana elevada. • O método mais fácil de avaliar o desvio subfalcino é uma linha reta traçada no plano axial, no nível do forame de Monro , e medindo a distância entre essa linha e o septo pelúcido deslocado. • O deslocamento do septo pelúcido dessa linha média pode ser medido em milímetros e comparado ao longo do tempo para determinar qualquer alteração. TRANSTENTORIAL – ASCENDENTE (UNCAL) E DESCENDENTE • A hérnia transtentorial é um tipo de hérnia cerebral amplamente dividida em dois tipos principais com base na direção da herniação: para baixo devido ao efeito de massa supratentorial e para cima devido ao efeito de massa infratentorial. Herniação transtentorial descendente • A hérnia descendente ocorre quando há efeito de massa sobre ou de dentro dos hemisférios cerebrais. O padrão de herniação pode ser dividido em herniação lateral e central . Herniação lateral • A hérnia lateral ocorre devido ao efeito de massa unilateral ou assimétrica. As partes mediais do lobo temporal são empurradas para a cisterna ambiente e contra o tronco cerebral. Isso pode ser subdividido de acordo com se a hérnia é predominantemente anterior (hérnia uncal), que é mais comum, ou posterior (giro parahipocampal posterior e parte anterior do giro lingual). A hérnia anterior e posterior podem ocorrer separadamente ou em conjunto. Herniação central • A hérnia central ocorre quando há efeito de massa simétrico ou severo, resultando no deslocamento para baixo do tálamo e do mesencéfalo. Herniação transtentorial ascendente • A hérnia transtentorial ascendente ocorre devido ao efeito de massa na fossa posterior. TONSILAR • Caracterizada pela descida inferior das tonsilas cerebelares abaixo do forame magno > 3 mm 5 . Clinicamente, a presença de hérnia tonsilar costuma ser chamada de cone. • A hérnia tonsilar é observada na TC e na RNM como apagamento das cisternas do LCR ao redor do tronco encefálico e como descida inferior das tonsilas cerebelares abaixo do nível do forame magno. • A hidrocefalia supratentorial obstrutiva pode resultar da compressão do quarto ventrículo. EXTERNA • Refere-se à herniação do tecido cerebral externo à calvária através de um defeito ósseo do crânio, que pode ser pós-traumático ou pós-cirúrgico. Ao contrário da encefalocele , a hérnia cerebral não é circundada pelas meninges . • A craniectomia pode ser realizada para descomprimir o conteúdo intracraniano em pacientes com hipertensão intracraniana após falha do tratamento médico. • O tecido cerebral herniado requer redução cirúrgica, pois apresenta risco de isquemia e infarto venoso de veias corticais ocluídas.
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