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1 TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Gizelle Felinto MÉTODOS DE IMAGEM MAIS UTILIZADOS NO TCE ➢ RADIOGRAFIA SIMPLES: • Três Planos: ▪ Ântero-Posterior (AP) → todos os pacientes devem realizar ▪ Perfil (P) → todos os pacientes devem realizar ▪ Incidência em Towne → em alguns casos ✓ Angulação em 45° para retirar a sobreposição das mastóides e conseguir analisar o osso occipital também • Desvantagem → tem baixa sensibilidade para alterações de partes moles ▪ Assim, muitas vezes, pode-se identificar a fratura pela radiografia, mas o principal, que é o conteúdo do compartimento intracraniano, não se consegue ver. Desse modo, por exemplo, pode ser que o paciente não tenha fratura, mas tenha um hematoma subdural que não se consegue ver na radiografia • Não deve atrasar a avaliação por Tomografia Computadorizada quando indicada ➢ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA SEM CONTRASTE → com janela óssea e de partes moles • É o exame padrão-ouro para avaliar o crânio no contexto do TCE • Janela óssea → para avaliar fraturas • Partes moles → compartimento intracraniano ➢ Transição Craniocervical → deve-se incluir tanto na Radiografia quanto na Tomografia • Ou seja, o seguimento superior da coluna deve estar incluído, para avaliar se há alguma lesão/fratura instável na transição craniocervical, principalmente nas vértebras C1 e C2 ESCALA DE COMA DE GLASGOW ➢ Paciente com TCE: • Glasgow ≤ 13 → submeter à Tomografia Computadorizada • Glasgow > 13 → individualizar caso a caso, avaliando a necessidade de exame de imagem ou não CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES TRAUMÁTICAS ➢ LESÕES PRIMÁRIAS → decorrem do trauma inicial • Fraturas • Hemorragias Intracranianas e Extra-axiais → sangramentos que ocorrem no compartimento intracraniano, mas que estão fora do parênquima encefálico ▪ Hematoma Epidural → entre o osso e a dura-máter ▪ Hematoma Subdural → entre a dura-máter e a aracnoide ▪ Hemorragia Subaracnoide → entre a aracnoide e a pia-máter • Lesões Intra-axiais → lesões dentro do compartimento intracraniano e no parênquima encefálico ▪ Lesão Axonal Difusa (LAD) ▪ Contusões FRATURAS CARACTERÍSTICAS ➢ São associadas ao trauma direto ➢ Localização → são mais frequentes nas saliências ósseas ➢ Às vezes, são diagnosticadas por sinais indiretos, como: • Aumento de partes moles • Preenchimento de cavidades por sangue • Pneumoencéfalo (ar na cavidade intracraniana) → só se encontra nos seguintes casos: ▪ Trauma com fratura, comunicando o meio externo com a cavidade intracraniana ▪ Pós-neurocirurgia ➢ Quando se avalia os exames de imagem deve-se ver primeiramente de fora para dentro, seguindo-se o passo a passo de análise: 1. Couro cabeludo e espaço subgaleal → procura-se por hematoma subgaleal ▪ Quando um paciente tem uma fratura, que é causada por um trauma direto, provavelmente, adjacente a fratura tem-se algum grau de hematoma subgaleal 2. Cavidades aéreas → seios da face (etmoidais, frontais, maxilares...) e mastoides ▪ Avalia-se se há sinais de conteúdo líquido preenchendo essas cavidades aéreas, que possam indicar a presença de fratura com sangramento nas cavidades aéreas 3. Junção craniocervical → para visualizar se há alguma fratura instável de C1 e C2 4. Estruturas intracranianas → para avaliar se há algum hematoma extra-axial ou uma lesão intra-axial SINAIS INDIRETOS 2 TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Gizelle Felinto ➢ Pneumoencéfalo (setas azuis) → assim, deve-se procurar alguma fratura que esteja fazendo essa comunicação do meio externo com o meio interno ➢ Conteúdo hemático no seio maxilar esquerdo (círculo amarelo): • Seio maxilar direito → está completamente preenchido por ar (hipodenso) • Seio maxilar esquerdo → está totalmente preenchido por um conteúdo líquido, formando um nível hidroaéreo. Assim, provavelmente esse conteúdo é sangue, já que o paciente é vítima de trauma ➢ Descontinuidade em C1 (setas vermelhas) → fratura do arco anterior de C1 ➢ Mastoides tem uma boa pneumatização (setas verdes), apresentando-se normais. Se houvesse fratura nas mastoides, provavelmente se veria um conteúdo liquido preenchendo essas células da mastoide FRATURA LINEAR ➢ RADIOGRAFIA: • Características da imagem: ▪ Fora da topografia das suturas cranianas tem-se um traço mais transparente no osso parietal que é compatível com uma fratura linear ➢ Tomografia Computadorizada: • Características da imagem: ▪ Fratura linear, sem desvio, no osso parietal direito ➢ No caso, a radiografia identificou a fratura linear na criança. Assim, ele foi submetido à tomografia para avaliar se há hemorragia, porém no exame não foi identificada qualquer hemorragia FRATURA COM AFUNDAMENTO DO OSSO PARIETAL ESQUERDO ➢ Características das imagens: • Impacto na alta convexidade do osso parietal esquerdo com afundamento de fragmentos • Sem Hematoma associado RAIO-X MOSTRANDO PNEUMOENCÉFALO ➢ Paciente fez o exame em decúbito dorsal e o ar, devido a sua densidade, depositou-se anteriormente (seta azul) HEMATOMA EXTRADURAL (EPIDURAL) CARACTERÍSTICAS ➢ A maioria dos hematomas epidurais (85 a 95%) estão associados a fraturas ➢ Ocorre entre o crânio e a dura-máter, preferencialmente acima do tentório do cerebelo (supratentorial) ➢ Geralmente, não cruzam suturas, mas podem cruzar a linha média ➢ O hematoma extradural, geralmente, é um hematoma compartimentalizado → no nível das suturas coronais e lambdóideas, a dura-máter, superiormente, se insere nessas suturas. Devido a essa inserção, há a compartimentalização do espaço. Assim, o paciente pode ter um hematoma epidural mais restrito às convexidades: • Frontal • Parietal • Occipital • Temporal ➢ É diferente do hematoma subdural, que tende a “abraçar” todo o hemisfério cerebral, se estendendo, por exemplo, desde a região frontal até a parietoccipital ➢ Imagem típica → lente biconvexa que não ultrapassa as suturas (exceto a sagital, pois a dura-máter forma a foice cerebral, não se inserindo superiormente como na coronal e labdoidea. Assim, o hematoma extradural passa por cima desse seio) ➢ Na tomografia → o hematoma tem hiperdensidade, podendo ser heterogêneo nos casos de sangramento ativo • Heterogeneidade → é classificada como o “sinal do redemoinho”, que significa provável sangramento ativo 3 TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Gizelle Felinto HEMATOMA EXTRADURAL À ESQUERDA ➢ Imagem da esquerda → janela de partes moles • Hematoma subgaleal (seta azul) • Hematoma extradural (seta vermelha) → imagem hiperdensa com morfologia biconvexa ▪ Esse hematoma comprime o lobo temporal esquerdo • Pneumoencéfalo (setas verdes) → devido à fratura ➢ Imagem da direita → janela óssea • Fratura linear no osso temporal esquerdo (seta amarela) → provavelmente houve lesão da artéria meníngea média HEMATOMA EXTRADURAL OCCIPITAL ESQUERDO ➢ Pequeno hematoma extradural na região occipital direita ➢ Provavelmente pode haver uma fratura, que não é vista nessa janela de partes moles. Por isso que é importante sempre avaliar as duas janelas (óssea e de partes moles) HEMATOMA EXTRADURAL EM TRANSIÇÃO PARIETOCCIPITAL ➢ Hematoma extradural (lente biconvexa) localizado na transição parietoccipital (seta verde) ➢ O hematoma cruza a linha média ➢ Esse sangue desloca estruturas → os cornos occipitais dos ventrículos laterais estão reduzidos/obliterados ➢ Hematoma subgaleal (seta amarela) ➢ Contusão paranquimatosa (seta vermelha) HEMATOMA EXTRADURAL – “Sinal do Redemoinho” ➢ Hematoma extradural (lente biconvexa) ➢ Área heterogênea central (“sinal do redemoinho”) → é a área hipodensa, que pode significar sangramento ativo (seta verde) HEMATOMA SUBDURAL CARACTERÍSTICAS ➢ São causados peloestiramento e rotura das veias corticais em seu trajeto a um seio venoso próximo ➢ É comum de ocorrer em idosos → idosos tendem a ter um volume cerebral reduzido. Assim, quando se tem um sangramento e o cérebro já se encontra um pouco atrofiado, esse sangramento vai se acomodando na região sem promover desvio de linha média e sem comprimir. Quando ocorre compressão de estruturas é que o paciente se torna sintomático • Ex: idoso sofre uma queda, bate a cabeça e forma-se um hematoma que vai sangrando aos poucos e se expandindo. Assim, esse paciente só terá sintomas dias ou semanas após o trauma ➢ Evolução: • Agudo → hiperdenso • Subagudo → isodenso ao parênquima (mesma densidade que a do parênquima cerebral) • Crônico → hipodenso HEMATOMA SUBDURAL AGUDO À ESQUERDA ➢ O hematoma se estende da região frontal até a parietoccipital (seta azul) ➢ Esse hematoma subdural não cruza a linha média. Ele se insere nela ➢ Há compressão do parênquima com desvio da linha média ➢ Tratamento é neurocirúrgico → craniotomia pra drenagem do sangramento 4 TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Gizelle Felinto HEMATOMA SUBDURALAGUDO À DIREITA ➢ É agudo, pois encontra-se hiperdenso HEMATOMA SUBDURAL AGUDO À DIREITA ➢ O hematoma circunda todo o hemisfério e não cruza linha média ➢ Há desvio de linha média e obliteração do ventrículo lateral HEMATOMA SUBDURAL SUBAGUDO BILATERAL ➢ O cérebro se encontra deslocado centro- medialmente, pois, como tem sangramento dos dois lados, esses dois lados acabam “empurrando” os hemisférios ➢ Giros cerebrais se encontram mais medialmente, deslocados (setas verdes) ➢ Tem-se uma coleção extra-axial entre o cérebro e o osso, com densidade próxima à da substância cinzenta → é o hematoma subagudo (setas vermelhas) HEMATOMA SUBDURAL CRÔNICO À DIREITA ➢ O hematoma subdural crônico (seta verde), na maioria das vezes, é hipodenso, mas não chega a ficar tão hipodenso quanto o líquor ➢ Diagnóstico Diferencial: • Hygroma Subdural → ocorre em pacientes idosos, por pequeno trauma ▪ O líquor encontra-se no espaço subaracnóideo, entre a membrana aracnoide e a pia-máter. Assim, um paciente idoso (pois na maioria das vezes ocorre em idosos) pode cair e bater a cabeça, fazendo uma lesão focal na membrana aracnoide e tendo-se a passagem de líquor do espaço subaracnóideo para o espaço subdural. Dessa forma, por mecanismo valvular, essa passagem forma uma coleção subdural que clinicamente se comporta como um hematoma subdural, mas vê-se que o conteúdo é líquor, e não um hematoma subdural crônico (o hematoma é menos escuro que o líquor) LESÃO AXONAL DIFUSA (LAD) CARACTERÍSTICAS ➢ Resultam da fricção de axônios e componentes vasculares no momento da desaceleração (pelo mecanismo de força de cisalhamento) ➢ Locais preferenciais para ocorrer: • Substância branca: ▪ Na transição córtico-medular (entre a substância branca e a cinzenta) ▪ Preferencialmente na região frontotemporal • Corpo caloso • Mesencéfalo ➢ Graduação (quanto maior o grau, pior o prognóstico do paciente): • Grau I → lesão distribuída apenas na transição córtico- medular • Grau II → acometimento de corpo caloso • Grau III → sangramento no mesencéfalo ➢ É apenas uma minoria dos casos de LAD que se comportam com micro hemorragias ➢ Há dissociação clínico-radiológica → Ex: o paciente se encontra grave, mas na tomografia não se tem achados compatíveis com a gravidade do caso ➢ Sinais de edema cerebral → na maioria dos casos de LAD LESÃO AXONAL DIFUSA ➢ Caso clínico → Paciente, 30 anos, acidente automobilístico em alta velocidade ➢ Características da Imagem: • Hematoma Subgaleal à direita (seta azul) • Micro hemorragias intra-axiais (dentro do parênquima) na transição entre a substância branca e a substância cinzenta, principalmente nas regiões frontais e temporais → constituindo uma Lesão Axonal Difusa (seta vermelha – são todas essas áreas mais hiperdensas no parênquima) • Sinais de edema cerebral difuso → não se consegue identificar os sulcos cerebrais e os ventrículos estão obliterados 5 TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Gizelle Felinto LESÃO AXONAL DIFUSA ➢ Na tomografia não se vê os focos de sangramento, mas isso não significa que o paciente não tem lesão axonal. O que ocorre é que, às vezes, os sangramentos são múltiplos, porém muito pequenos, não aparecendo na tomografia, pois ela não tem sensibilidade para identificar a lesão axonal quando ela é pequena ➢ Características das imagens: • Presença de edema cerebral → pois não se identifica os sulcos, as fissuras de silverton estão apagadas e o sistema ventricular se encontra obliterado ▪ Assim, muitas vezes, os achados da lesão axonal serão os sinais de edema cerebral LESÃO AXONAL DIFUSA ➢ Ressonância Magnética (T2*) → é muito boa para identificar sangramento ➢ Imagem da esquerda: • Focos de hiposinal → indicam sangue ou calcificação. Porém, no contexto de um paciente com história de TCE grave, o diagnóstico clínico é de Lesão Axonal • LAD grau I → pois acomete a transição córtico-medular ➢ Imagem da direita: • LAD grau II → lesão no corpo caloso (setas amarelas) HEMORRAGIA SUBARACNOIDEA AGUDA (HSA) CARACTERÍSTICAS ➢ Na Hemorragia Subaracnoidea tem-se sangue preenchendo os sulcos e fissuras cerebrais ➢ Está no espaço subaracnóidea, entre a aracnoide e a pia-máter ➢ Podem ser: • Hemorragia Subaracnóidea Traumática → geralmente, é mais localizada, ocorrendo no local do trauma ou em contragolpe (no lado oposto ao trauma) • Hemorragia Subaracnóidea Espontânea → geralmente, é secundária à ruptura de um aneurisma intracraniano ➢ Hemorragia Subaracnóidea Perimesencefálica → hemorragia subaracnóidea em volta do mesencéfalo e não há uma causa exata para esse sangramento • São sangramentos limitados e que revertem espontaneamente • Os pacientes não tem história de aneurisma, trombose ou trauma • Assim, o único achado é o sangue no espaço subaracnóideo em torno do mesencéfalo HEMORRAGIA SUBARACNÓIDEA TRAUMÁTICA (por contragolpe) ➢ Caso → paciente com história de TCE é submetido à tomografia ➢ Características da imagem: • Hematoma subgaleal na região parietal esquerda (seta verde) • Sangramento preenchendo a fissura silviana (material hiperdenso que é compatível com sangue) → diagnóstico de Hemorragia Subaracnóidea traumática (círculo vermelho) • Devido a uma lesão em contragolpe CONTUSÕES PARENQUIMATOSAS CARACTERÍSTICAS ➢ As lesões são provocadas pelo impacto do cérebro contra as saliências ósseas das fossas cranianas, devido a um trauma ➢ Localização → ocorrem tipicamente nas regiões frontobasais, mais próximos da fossa craniana anterior, e nos lobos temporais, nas fossas cranianas médias ➢ Sequela após a contusão → áreas de encefalomalacia CONTUSÕES INTRAPARENQUIMATOSAS ➢ Presença de sangramentos, sendo caracterizados por imagens arredondadas e hiperdensas (densidade de sangue) localizadas dentro do parênquima (lesões intra-axiais) ➢ Localização → lobos frontais e temporais esquerdos 6 TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Gizelle Felinto CONTUSÕES INTRAPARENQUIMATOSAS ➢ Hemorragia intraparenquimatosa (seta verde) com edema vasogênico em volta da lesão (seta amarela) ➢ O que nos faz pensar em uma lesão traumática: • História do paciente (histórico de TCE) • Localização da lesão (próximo às fossas cranianas anterior e média) LESÃO COM MECANISMO DE GOLPE E CONTRAGOLPE ➢ Caso clínico → paciente que levou uma “pancada” na região occipital direita, apresentando lesão em contragolpe ➢ Características das imagens: • Hematoma Subgaleal (seta amarela) • Hematoma Extradural na região occipital direita (seta verde)• Hemorragia Subaracnóidea por mecanismo de lesão em contragolpe (círculo roxo) → Pois há sangue preenchendo o sulco, na região localizada a cerca de 180° da região em que ele levou a pancada HIGROMA SUBDURAL CARACTERÍSTICAS ➢ É diagnóstico diferencial de hematoma subdural ➢ A depender do volume do higroma, ele pode ter o mesmo efeito compressivo de um hematoma, deslocando o parênquima ➢ Pode ter a mesma clínica que um hematoma ➢ Em idosos, devido a pequenas lacerações na aracnoide, o líquor começa a passar para o espaço subdural e a se acumular, formando o higroma e simulando um hematoma subdural HIGROMA SUBDURAL BILATERAL HIGROMA x HEMATOMA ➢ Relembrando → sequência FLAIR apaga/suprime o líquor (é a imagem da direita) ➢ Na imagem da direita, sequência FLAIR, tem-se: • Hemorragia Subaracnóidea Aguda (HSA) → região que não ficou totalmente hipodensa • Higroma subdural → região hipodensa (tal qual líquor) OUTRAS APRESENTAÇÕES HEMATOMA SUBDURAL CRÔNICO AGUDIZADO ➢ Caso clínico → o paciente teve um sangramento, não teve sintomas e houve um certo grau de atrofia. Cerca de 2 meses depois ele teve um traumatismo craniano (ou alguma rotura vascular) no mesmo local e houve ressangramento ➢ Hematoma Subdural Crônico (seta azul) Agudizado (seta amarela) PNEUMOENCÉFALO ➢ Quando se visualiza um desses casos, deve-se procurar a região em que houve a fratura/perfuração que está fazendo com que haja essa comunicação do meio externo com a região encefálica HERNIAÇÕES CEREBRAIS CARACTERÍSTICAS ➢ Qualquer lesão com efeito expansivo no compartimento intracraniano, dependendo do seu volume, causa o deslocamento de estruturas encefálicas. Assim, esse deslocamento pode provocar herniações cerebrais, que são alterações que devem ser evitadas com o diagnostico precoce de suas causas 7 TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO (TCE) Gizelle Felinto ➢ Tipos de Herniações Cerebrais: 1. Transtentorial Descendente (Hérnia Uncal ou Hérnia do Uncos) → quando a porção medial do lobo temporal hernia para o compartimento infratentorial 2. Central 3. Subfalcina → quando um hemisfério hernia para o lado contralateral por baixo da foice cerebral 4. Extracraniana 5. Transtentorial Ascendente 6. Tonsilar ➢ Achados de Imagem da Herniação Cerebral: • Herniação Subfalcina → herniação do giro do cíngulo por baixo da foice • Herniação Transtentorial descendente unilateral → herniação da parte medial do lobo temporal inferiormente pela incisura • Herniação Transtentorial descendente central → herniação bilateral da parte medial do lobo temporal inferiormente pela incisura • Herniação Transtentorial ascendente → cerebelo e tronco deslocados superiormente pela incisura • Herniação Tonsilar HERNIAÇÃO SUBFALCINA POR HEMATOMA SUBDURAL ➢ Ocorre a herniação do hemisfério esquerdo para o lado direito, por baixo da foice cerebral HÉRNIA UNCAL ➢ Hérnia uncal causada por um tumor no lobo temporal direito HERNIAÇÃO TRANSCALVARIANA ou EXTRACRANIANA ➢ Devido a uma craniectomia descompressiva HERNIAÇÃO DE TONSILA CEREBELAR ➢ A tonsila cerebelar encontra-se passando inferiormente ao forame magno
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