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Malária resumo

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Malária
vetor
 Fêmea do Anopheles;
 Parasitas heteroxenicos (atingem mais de uma espécie. 
 O ser humano é o hospedeiro intermediário e o mosquito é o hospedeiro definitivo. 
ESPÉCIES QUE AFETAM O SER HUMANO
 Plasmodium vivax: mais antigo e menos letal pois o parasito aprendeu a manipular os mecanismos de patogênese e controlar o hospedeiro para que não morra e o parasito consiga sobreviver e se reproduzir por mais tempo pois sem o hospedeiro ele morre; invade apenas reticulócitos (hemácias imaturas). 
 Plasmodium falciparum: menos antigo e mais letal pois não teve tempo de evoluir seus mecanismos e por isso causa mais morte; invade hemácias de diferentes tipos de maturação; causa malária cerebral; forma coagulos.
 Plasmodium ovale: Ocorre na África subsaariana, índia e Indonésia.
 Plasmodium malariae: invade preferencialmente hemácias maduras; causa malária branda e também pode causar infecções crônicas e raramente síndrome nefrótica.
 Plasmodium knolewsi: própria de primatas e pode ser transmitida ao homem pelos vetores. Causa malária humana grave no sudeste asiático.
Fator de virulência
 Proteína circum-esporozoito (CS): ajuda a deixar o hepatócito mais permeável ao parasito. 
 Proteína adesiva relacionada a trombospondina (TRAP): está relacionada a adesão.
ciclo
1ª Em humanos: esporozoítos infectantes são inoculados no homem pelo inseto vetor. 
2ª Após a invasão do hepatócito, os esporozoítos se diferenciam em trofozoítos pré-eritrocíticos que se multiplicam por reprodução assexuada do tipo esquizogonia, dando origem aos esquizontes teciduais e posteriormente a milhares de merozoítos que serão liberados do fígado para a circulação sanguínea por meio de vesículas denominadas merossomos. 
3ª Após invadir os eritrócitos, os merozoítos transformam-se em trofozoítos jovens e posteriormente em trofozoítos maduros. 
4ª O desenvolvimento intra-eritrocítico do parasito dá-se por esquizogonia, com consequente formação de esquizontes dando origem aos merozoítos que invadirão novos eritrócitos. 
5ª Depois de algumas gerações de merozoítos sanguíneos, ocorre a diferenciação em estágios sexuados, os gametócitos. 
6ª No vetor: somente os gametócitos serão capazes de evoluir no inseto, dando origem ao ciclo sexuado ou esporogônico. O gametócito masculino, por um processo denominado exflagelação, dá origem a oito microgametas e o gametócito feminino transforma-se em macrogameta. Cada microgameta fecundará um macrogameta, formando o ovo ou zigoto que é móvel e atinge a parede do intestino médio, encistando-se na camada epitelial do órgão, passando a ser chamado oocisto. Inicia-se então o processo de divisão esporogônica e, após a ruptura da parede do oocisto, os esporozoítos formados são liberados e atingirão as células das glândulas salivares do mosquito. 
 Em infecções por vivax e ovale alguns esporozoitos dão origem aos hipnozoitos (forma latente); eles são responsáveis pelas recaídas tardias da doença (45 a 90 dias para a maioria de cepas de P. vivax, mas pode se prolongar por 6 meses ou mais). Infecções bacterianas ou parasitarias concomitantes podem gerar produtos inflamatórios capazes de ativar as formas latentes. 
 Recaídas são decorrentes da esquizogonia tardia de parasitos dormentes no interior do hepatócito. Resumo do ciclo: 
1ª mosquito injeta os esporozoitos ao picar o ser humano; 
2ª esporozoito vai para o fígado (ciclo hepático); invade o hepatócito e se diferencia em merozoito.
3ª o merozoito infecta a hemácia (maioria) e uma parte deles vão se transformar em gametócitos masculinos ou femininos mosquito consome o parasito ao se alimentar de sangue gametas oocineto ovócito fecha o ciclo. 
 O ciclo sanguíneo se repete sucessivas vezes a cada 48h para falciparum, vivax e ovale e a cada 72h para malariae. 
 Nutrição dos trofozoitos: hemoglobina (ingestão através do citóstoma) e componentes metabólicos do plasma (glicose, metionina, biotina, certas purinas e pirimidinas, fosfato e ácido paraminobenzoico); 
 Ácido paraminobenzoico (PABA): responsável 
 Vacúolo digestivo: digestão e formação de pigmento malárico.
 Pigmento malárico ou hemozoína: são monomereos ou dímeros de ferriprotoporfiria IX (heme), metemoglobina e proteínas plasmodiais; sobrecarrega o fígado e baço; Ao final da esquizogonia e o rompimento das hemácias parasitarias o pigmento malárico acumulado no citoplasma do eritrócito é liberado no plasma e posteriormente fagocitado pelas células de Kupffer no fígado ou pelos macrófagos do baco e outros órgãos (hepatomegalia). 
 No horário crepuscular vai ter mais rompimento de hemácias e liberação de pigmento malárico causando febre, com o aumento da temperatura nosso corpo exala mais voláteis fazendo com que mais mosquitos sejam atraídos pois esse é o horário que ele sai para se alimentar. 
Resistência natural
 Deficiência de G6PD: proteção das hemácias da oxidação.
 Talessemia: anemia crônica.
 Anemia falciforme
 Algumas populações negras africanas que não apresentam o antígeno de grupo sanguineo Duffy são resistentes a infecção pelo PV, o que explica a raridade deste tipo de malária em certas regiões da África. 
Resistência adquirida
 Na África o P. falciparum é predominante, os recém-nascidos são protegidos de malária grave durante os três primeiros meses de vida. A transferência passiva de anticorpos IgG da mãe imune para o filho é um dos principais fatores responsáveis pela resistência do recém-nascido
 Presença de eritrócitos contendo grandes quantidades de hemoglobina fetal (HbF), gerando um microambiente desfavorável ao crescimento do parasito.
 Dieta alimentar do recém-nascido, deficiente em PABA (ácido paraminobenzóico), também pode impedir o desenvolvimento do parasito. Após este período, as crianças são altamente suscetíveis a malária grave, sendo frequentes as infecções fetais durante os dois a três primeiros anos de vida. Com o aumento da idade, as crianças sofrem progressivamente menos episódios de malária, embora possam apresentar altas parasitemias, na ausência de sintomas
 Na idade adulta há menos sintomas clínicos e menores níveis de parasitos sanguíneos desenvolvimento de uma imunidade "antiparasito” ou “premunição” fonte de infecção
 Estado imune adquirido lentamente, após anos de exposição em áreas de intensa transmissão;
 Imunidade não-esterilizante que mantém níveis de parasitemia abaixo de um limiar de patogenicidade, determinando infecções assintomáticas; 
 Imunidade dependente de exposição contínua ao parasito, sendo perdida por indivíduos imunes após cerca de um ano, na ausência de exposição;
 Equilíbrio suprimido durante a gravidez, principalmente na primigesta
Quadro clínico
 Tríade sintomática: febre, cefaleia e calafrio;
 Mal-estar, dor muscular, sudorese, náusea a tontura.
 Forma grave: prostação, alteração de consciência, dispneia ou hiperventilação, convulsões, hipotensão arterial ou choque, edema pulmonar, hemorragia, icterícia, hemoglobinúria, hiperpirexia (>41*C) e oliguria. 
· Susceptibilidade à forma grave:
 Espécie do parasito; 
 Tempo da doença ate o diagnostico;
 Primoinfecção/outros episódios;
 Gestantes e crianças (>1 ano);
 Idosos (>70 anos);
 Pacientes imunodeprimidos. 
DIAGNÓSTICO
· Clinico: 
 Pela sintomatologia da doença, podendo estar associada a presença de hepatoesplenomegalia.
· Laboratorial: 
 Gota espessa: baseia-se no encontro de parasitos no sangue. Permite diferenciação das espécies de Plasmodium e do estágio de evolução do parasito circulante. Pode-se ainda calcular a densidade da parasitemia em relação aos campos microscópicos examinados.
 Métodos sorológicos
 ELISA
 Testes rápidos (cromatográficos) 
 Métodos moleculares – PCR
· Imunofluorescência indireta (detecção de anticorpos no soro do paciente por meio de antígenos fixados em uma lâmina, na qual se aplica primeiramente um anticorpo específico não fluorescente)
 Imunofluorescência indireta: detecção de anticorpos no soro do paciente por meio de antígenos fixados em uma lâmina,na qual se aplica primeiramente um anticorpo específico não fluorescente.
Tratamento
· Imunofluorescência indireta (detecção de anticorpos no soro do paciente por meio de antígenos fixados em uma lâmina, na qual se aplica primeiramente um anticorpo específico não fluorescente)
 Depende de cada espécie do plasmódio; utiliza-se medicamentos ou associações de medicamentos específicos. 
 Quinico; Cloroquina; Primaquina; mefloquina; Artemisina; Clindamicina; Tetraciclina; e Coarten. 
1- Cite os fatores que levam a anemia e a resistência natural a malária.
- Malária pode levar a anemia pois há muito rompimento de hemácias durante o ciclo eritrocítico e o ciclo se repete varias vezes, outro fator que colabora é a destruição de eritrócitos não parasitados pelo sistema imune, há participação de auto-anticorpos com afinidade tanto com o parasito quando com a hemácia e também pode ocorrer uma disfunção da medula óssea estimulada pela ação de citocinas. Os fatores que levam a uma resistência natural são deficiência de G6PD, talessima, anemia falciforme e deficiência de PABA, algumas populações negras não possuem o antígeno do grupo sanguineo Duffy o que lhes confere resistência para o P. vivax.
2- Quais são os fatores envolvidos nessas recaídas? Discuta.
Um dos fatores envolvidos em recaidas por malária são os hipnozoitos que são esporozoitos em estado de latência no hepatócito e caso o individuo não seja tratado pode ocorrer uma recaída por reativação desses hipnozoitos não sendo necessariamente uma reinfecção, não se sabe ao certo mas acredita-se que as recaidas podem ocorrer devido a infecções subsequentes bacterianas ou parasitarias e a secreção de citocinas estimuladas por elas.
3- Cite e explique detalhadamente todos os fatores que estão associados a isso (hepatomegalia)
A hepatomegalia ocorre pois com o rompimento do eritrócito parasitado é liberado o pigmento malárico no plasma que são fagocitados pelas células de Kupffer no fígado ou em macrófagos no baço e esse processo faz com que a célula fique “cheia” e acaba sobrecarregando o órgão fazendo com que ele fique inchado o que explica hepatomegalia. 
4- Quais são os fatores de virulência?
Proteína CS que deixa o hepatócito mais permeável ao parasito, a TRAP que ajuda o parasito na adesão ao hepatócito e também há o sequestro de hemácias no P. falciparum onde eritrócitos infectados tem pré disposição de formar rosetas que podem se aderir ao epitélio e obstruir vasos o que impede que eles sejam destruídos no baço.
5- Qual a patogenia da malária?
A malária é uma doença sistema que provoca alterações no fígado e baço principalmente, se caracteriza pelo rompimento de hemácias infectadas pelo parasito, só há manifestação clinica da malária no ciclo eritrocitário.

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