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TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO 35 UNIMES VIRTUAL Aula: 08 Temática: Fayol e seus seguidores Complementando nossos estudos sobre Fayol, nesta aula conheceremos alguns de seus seguidores que contribuíram para o fortalecimento do processo administrativo. Vamos começar relembrando a aula passada com um exemplo. Um mecânico de uma empresa tem sua atividade eminente- mente técnica, porém, para obter peças de reposição para máquinas é necessário que ele preencha uma requisição de materiais e obtenha a aprovação de sua chefia imediata. Podemos dizer que o procedimento de preencher e obter autorização para a requisição é uma função administrativa do mecânico (técnico). Da mesma forma podemos considerar que um vendedor, cuja função téc- nica é vender, ao desenvolver o relatório de vendas diárias, estará cum- prindo uma função administrativa. Por outro lado o supervisor de vendas desenvolve uma quantidade de função administrativa, maior do que a de função técnica. Podemos perceber desta maneira que alguns profissionais especialistas, quando são promovidos a supervisor, coordenador, chefe, gerente ou líder de setor, não têm sucesso, e várias vezes ouvimos que quando promo- vemos um especialista podemos estar ganhando um mau chefe. Isto se deve ao fato de que as qualidades administrativas do funcionário devem ser examinadas, pois estará exercendo um novo papel na organização, não mais eminentemente técnico. Fayol teve alguns seguidores, que contribuíram para fortalecimento do processo administrativo: Luther Gulick (1892 – 1983) Sua visão a respeito da função administrativa inclui a seguinte função ad- ministrativa proposta por Fayol: • Staffing (Assessoria): função de consultoria, treinamento e apoio à execução de tarefas para a organização; TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO36 UNIMES VIRTUAL • Directing (direção): função de tomada de decisão e responsável pela implementação das estratégias e planos elaborados; • Reporting (informação): disseminação de informações para conheci- mento das pessoas que se relacionam com a organização, para estabele- cer ações e diretrizes; • Budgeting (orçamento): plano contábil e fiscal para acompanhamento das atividades organizacionais no exercício definido (tempo). Lyndall F. Urwick (1891 – 1984) A ênfase em sua abordagem se direciona para três princípios: a) Princípio da especialização: um funcionário deve preencher apenas uma função, o mais possível, o que implica a divisão especializada do trabalho; b) Princípio da autoridade: deve haver uma linha clara de autoridade, defi- nida e reconhecida por todos os membros da organização; c) Princípio da amplitude administrativa: cada gerente ou chefe não deve ter mais do que cinco ou seis subordinados. Os Princípios Gerais da Administração de Fayol Escritos em 1916, os princípios ainda são considerados por grande parte dos administradores e utilizados por muitas organizações. Divisão do trabalho: Executando tarefas, de acordo com a especia- lização, um trabalhador pode produzir mais e melhor com o mesmo esforço. Autoridade e Responsabilidade: Autoridade como o direito de dar or- dens e ser obedecido. Responsabilidade é uma conseqüência de auto- ridade, como ser confiável nas demandas de atribuições e decisões. Disciplina: Ordenação do esforço comum dos trabalhadores de forma a criar um senso de relacionamento entre ação, autoridade e respon- sabilidade. Unidade de Comando: Deve haver somente um chefe para cada em- pregado, portanto, uma só unidade de comando e um só programa de trabalho. 1. 2. 3. 4. TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO 37 UNIMES VIRTUAL Unidade de Direção: Todas as unidades da organização devem seguir em direção aos mesmos objetivos através de um esforço coordenado. Subordinação do interesse individual ao geral: Os interesses da or- ganização devem ter prioridade sobre os interesses dos empregados. Remuneração dos empregados: O salário e a compensação para os empregados devem ser justos, tanto para os empregados como para a organização. Centralização: Deve haver um equilíbrio entre o envolvimento do em- pregado, através da descentralização, e a autoridade final do adminis- trador, através da centralização. Hierarquia: As organizações devem ter uma via de autoridade e co- municação, que vem do alto até os níveis mais baixos e deve ser se- guida pelos administradores e pelos subordinados. Ordem: Pessoas e materiais devem estar no lugar certo e no tempo certo para o máximo de eficiência, isto é, um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. Eqüidade: É necessário bom senso e experiência para assegurar um tratamento justo a todos os empregados, os quais devem ser tratados da mesma forma. Estabilidade de Pessoal: A mobilidade do pessoal provoca custos de recrutamento, treinamento e surgimento de defeitos na fabricação. A administração deveria reter os trabalhadores mais produtivos, a fim de garantir uma estabilidade na eficiência. Iniciativa: Os administradores devem encorajar os trabalhadores para terem iniciativa própria. Espírito de equipe: Os administradores devem enfatizar a harmonia e a boa vontade geral entre os empregados, como grandes forças da organização. Como você pôde notar, os princípios destacados por Fayol são plenamente utilizáveis nas organizações, pois se tratam de criação de valor organizacional que não colidem com os valores sociais, agindo desta forma como elemento orientador da conduta das pessoas, tanto dos administradores, quanto dos trabalhadores, que correspondiam à época a uma porção significativa das pessoas formado- ras de opinião na sociedade. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14.