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Produção de aves

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2 AVALIAÇÃO DE AVES 
Flaviane Teles de Souza 
Antonielson dos Santos 
 
A preparação do ambiente para a recepção dos pintinhos é essencial para 
manutenção da sanidade e do desenvolvimento dos mesmos para tanto é importante para 
ambos os lotes que se realize a limpeza e desinfecção prévia dos galpões e dos 
equipamentos e utensílios que serão utilizados na alimentação e fornecimento de água para 
os pintinhos. A limpeza deve ser realizada com produtos desinfetantes, deve-se também fazer 
a caiação do galpão o uso de vassoura de fogo e é necessário que esse galpão cumpra o 
vazio sanitário recomendado. Após, deve-se colocar uma cama disponível na região de boa 
qualidade, limpa e seca, com uma altura suficiente para promover também conforto aos 
animais. Montar círculos com aproximadamente 50cm a 60cm de altura, campânulas ou 
aquecedores, testando seu funcionamento. 
Deve-se calcular o número de bebedouros e comedouros com base na densidade de 
animais, no lote de pintainhas de postura será necessário 200 comedouros e no lote de 
pintinhos de corte será necessário 400 comedouros, considerando 50 aves/1 comedouros. É 
preciso avaliar as linhas de distribuição, a pressão da água ou se há o entupimento. Para a 
alimentação nos primeiros dias se usa os comedouros tipo bandeja e forra-se o chão com 
jornal para colocar ração em cima e incentivar os pintinhos a se alimentarem nos comedouros. 
Antes da recepção dos animais deve-se fazer aquecimento do ambiente e da cama, 
garantindo que na chegada dos animais o ambiente esteja nas condições adequadas de 
temperatura para atender as exigências dos animais essencial nesse período de vida para o 
bom desenvolvimento das aves. 
 A cama tem a função principal de absorver umidade, diluir as excretas e fornecer 
isolamento em relação a baixa temperatura do piso, abrasividade e dureza. Alguns critérios 
devem ser observados, o material da cama deve ser absorvente, leve, de baixo custo e 
atóxico, considerando os materiais disponíveis na região, deve ser colocada com espessura 
de 7 a 10 cm. São indicadas para uso nessa finalidade casca de arroz, serragem, maravalha, 
sabugo de milho triturado, feno triturado entre outros. Para esses lotes a palha de arroz seria 
uma boa opção, tem uma boa absorção, é leve, tem boa disponibilidade e o custo é baixo. 
 O programa de luz para aves de postura é essencial para que as aves expressem 
corretamente seu potencial de postura na fase adequada e pelo período mais longo. Nas 
semanas de vida que antecedem a postura as aves desenvolvem sua capacidade fisiológica, 
para isso é preciso fornecer as condições para tal, alimento, água e luz de maneira que esse 
animal consiga suprir suas exigências. Na fase de cria durante os primeiros dias, do 1° ao 3°, 
os pintinhos devem ser mantidos com iluminação durante 23 horas com intensidade de 20 a 
40 lux, para incentivar o consumo de ração e água com intervalo de descanso de 1 hora e 
para acostumarem-se com o escuro que estarão mais submetidos nas semanas a seguir. 
Entre o 4° e o 7° dia deve-se reduzir a iluminação em 1 hora, com iluminação durante 22 
horas e 2 horas de escuro. O fornecimento de luz deve ser reduzido gradualmente até que 
ao chegar na 10° semana a quantidade de luz para esse animal seja as 12 horas de luz 
natural, nessa fase de Recria o animal é altamente sensível aos estímulos luminosos que não 
devem ser acrescidos além das 12 horas para não antecipar a maturidade sexual dos animais 
antes da idade ideal, evitando problemas fisiológicos e de produção. 
 Ao atingirem a 17°, 18° semana onde entram na fase de Produção as horas de luz 
devem ser aumentadas gradualmente até que se atinja a média de 16 a 17 horas de luz por 
dia, além das 12 horas naturais deve-se acrescentar artificialmente as horas de luz até a 
média ideal. O programa de luz deve seguir o manual da linhagem. 
 Durante os primeiros dias de vida os pintinhos não possuem capacidade de regulação 
da temperatura corporal, o seu sistema de termorregulação só estará totalmente desenvolvido 
após os 14 dias de idade. Durante essa fase para manter a sua temperatura corporal depende 
da temperatura ambiente e da cama que devem ser aquecidos antes da entrada dos animais 
no galpão, deve-se aquecer uma quantidade de horas antes suficiente para que 24 horas 
antes do alojamento as temperaturas de piso e ambiente estejam estabilizadas. 
 A temperatura ambiente nos 3 primeiros dias deve ser de 33-31°C e a da cama deve 
ser de 32°C, a temperatura deve ser reduzida gradativamente a cada semana até que sua 
exigência seja próxima de 26-28°C. Durante esse período é essencial observar o 
comportamento dos animais em relação às fontes de calor, observando se o seu 
comportamento reflete conforto ou excesso de temperatura ou baixa temperatura. Os animais 
devem apresentar seu comportamento normal, se alimentando, tomando água, piando e 
espalhados uniformemente. Para manejo dessa temperatura deve-se utilizar cortinas e fontes 
de calor que podem ser campânulas ou aquecedores, deve-se fazer o acompanhamento 
dessa temperatura com aparelhos de controles de temperaturas. Além da temperatura é 
importante observar a umidade relativa do ar que pode interferir na exigência de temperatura 
dos animais sendo necessário interferir na umidade artificialmente ou regular a temperatura. 
 A densidade de alojamento para o lote de pintainhas de postura durante as duas 
primeiras semanas no piso é de 30 aves por m², após a segunda semana a densidade deve 
reduzir para 20 aves por m², da quinta semana até a décima a densidade deve obedecer a 
ordem de 12 aves por m², após a décima semana deve-se utilizar uma densidade de 9 aves 
por m² até a décima sétima semana. Em gaiolas até a terceira semana a densidade deve ser 
de 80 aves por m², da terceira até a quinta semana a deve ser 45 aves por m²,da quinta 
semana até a décima a densidade deve ser de 12 aves por m² e da décima a décima sétima 
de 9 aves por m². Na fase de produção em sistemas livres de gaiolas, sobre o piso a 
densidade é de 6 a 8 aves por m², em gaiolas a área para cada aves é de 350 cm² a 450 cm² 
variando em quantidade de acordo com o tamanho da gaiola. 
 A densidade de alojamento das aves de corte, considera-se uma densidade 
populacional de 10 a 14 aves por metro quadrado ou uma criação de alta densidade que pode 
atingir a lotação de 15 a 18 aves por metro quadrado. 
 A água disponibilizada deve ser limpa e fresca e com vazão adequada, para isso deve-
se realizar constantemente o manejo dos bebedouros, no caso dos bebedouros de sistema 
abertos que são os pendulares ou tipo copinho em que as aves têm maior contato direto com 
a água é necessário a limpeza diária. Esses tipos de bebedouros devem ser suspensos 
garantindo que o nível da borda do bebedouro seja igual a altura do dorso da ave em pé, à 
medida que as aves vão crescendo deve-se fazer o ajuste da altura. Há também os 
bebedouros do tipo nipple de alta vazão ou baixa vazão, esses sistemas devem ser ajustados 
de acordo com a altura das aves e da pressão da água, nesse caso as aves devem ter que 
levantar-se ligeiramente mantendo os pés em contato com o piso, não exige limpeza diária 
deve-se apenas monitorar regularmente e realizar testes de vazão para averiguar se estão 
funcionando corretamente, evitar sujeiras, entupimentos e/ou vazamentos. 
A alimentação assim como os bebedouros é essencial e precisa de manejo, deve-se 
repor a ração nos comedouros no mínimo 4 vezes ao dia, no caso dos comedouros tubulares 
rodar os pratos para a renovação de ração. A altura do prato em relação ao tubo deve ser 
regulada para evitar grandes quantidades de ração no prato. Assim como os bebedouros a 
regulação da sua altura de acordo com o crescimento da ave garantido que esteja na altura 
do papo. 
 A estimativa do consumo de ração do lote de pintainhas de postura considerando o 
consumo de ração acumulada disponível no manual da raça dekalb brown de 55,7 kg/ave, no 
lote de 10.000 pintainhasde postura o consumo seria de 557.000 kg de ração. A estimativa 
do consumo de ração do lote de pintinhos de corte considerando o consumo de ração 
acumulada disponível no manual da raça Cobb500 de 4,99 kg/ ave até o 42° dia o consumo 
estimado para o lote de 20.000 pintinhos é de 99.800 kg de ração. 
As recomendações nutricionais para ave de corte é de 0 a 8 dias: Proteína bruta de 
21 a 22%, energia metabolizável 2,975 Kcal/kg, lisina digestível 1,22%, metionina digestível 
0,46%, met + cistina digestível 0,91%, triptofano digestível 0,20%, arginina digestível 1,28%, 
valina digestível 0,89%, isoleucina digestive 0,77%, cálcio 0,90%, fósforo disponivel 0,45%, 
sodio de 0,16 a 0,23%, cloreto de 0,16 a 0,30%, potássio de 0,60 a 0,95% e ácido linoleico 
1,00%. Até os 7 dias de idade recomenda-se o uso de uma ração inicial para suprir as 
necessidades nutricionais desses animais. 
De 9 a 18 dias de idade Proteína bruta de 19 a 20%, energia metabolizável 3,025 
Kcal/kg, lisina digestível 1,12%, metionina digestível 0,45%, met + cistina digestível 0,85%, 
triptofano digestível 0,18%, arginina digestível 1,18%, valina digestível 0,85%, isoleucina 
digestive 0,72%, cálcio 0,84%, fósforo disponivel 0,42%, sodio de 0,16 a 0,23%, cloreto de 
0,16 a 0,30%, potássio de 0,60 a 0,95% e ácido linoleico 1,00%. A partir dos 7 dias deve-se 
utilizar ração de crescimento até o 28° dia, após deve utilizar uma ração de terminação que 
deve manter até os 42 dias, até o abate. 
No caso das pintainhas de postura a ração inicial deve perdurar até a 6 semana de 
idade, após deve-se utilizar ração de crescimento até a 17° semana de idade, após o início 
da produção deve-se utilizar ração para aves de postura em produção para que tenha 
nutrientes suficientes para produzir. 
A importância dos aminoácidos sintéticos se relacionam com diversos fatores, 
permitem a incrementação da dieta de forma mais eficiente, eles podem ser fornecidos 
isolados na dieta o que possibilita diminuir a proteína bruta disponibilizando os aminoácidos 
com maior digestibilidade e maior absorção pelos animais reduzindo os custos com a redução 
da proteína que seria em volume maior para atender as exigências de aminoácidos, permite 
a suplementação de aminoácidos limitantes principalmente os primeiro metionina e o segundo 
lisina e aminoácidos essenciais evitando problemas fisiológicos em decorrência do não 
atendimento a exigências destes pelo animal. além disso melhoram a utilização dos 
aminoácidos para a síntese proteica, aumenta o ganho de peso e a produção de ovos, reduz 
o custo metabólico da excreção de nitrogênio e a quantidade de excreção o que é prejudicial 
ao meio ambiente. 
A proibição dos antibióticos é uma questão de importância a saúde, apesar de terem 
sido utilizados como fatores de crescimento as subdoses utilizadas gerando resíduos 
contribuíram/contribuem para a resistência de bactérias a utilização de eubióticos como 
alternativa, como substituto é um grande passo, o uso de eubióticos além de não prejudicar 
o animal age de forma natural de forma simbiótica com os organismos do próprio animal 
promovendo um desempenho adequado sem gerar prejuízos. 
As enzimas endógenas ajudam na digestão dos fatores antinutricionais de alguns 
ingredientes, alguns ingredientes apresentam polissacarídeos não amiláceos que formam 
complexos insolúveis pelos animais interferindo na digestibilidade do alimento, esses 
complexos além de insolúveis captam nutrientes que ficam indisponíveis aos animais o que 
gera queda de desempenho. O uso dessas enzimas ajuda na digestão desses complexos 
que são quebrados e na disponibilidade de nutrientes ao animal, reduz o gasto metabólico do 
animal para digerir alimentos com fatores antinutricionais. Na nutrição de aves alguns 
ingredientes apresentam tais características o que qualifica o uso dessas enzimas na sua 
nutrição.

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