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PRODUÇÃO DE AVES E SUINOS

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PRODUÇÃOPRODUÇÃO
de aves e suinos
Exigências do mercado consumidorExigências do mercado consumidor
Segurança alimentar:
Garantia de que os produtos sejam seguros para
o consumo, desde a produção até o
processamento.
Bem-estar do trabalhador: 
Ambiente de trabalho seguro e saudável, com
condições dignas e justas para o trabalhador,
treinamento adequado, etc.
Bem-estar animal:
Criação dos animais em condições que
minimizem o estresse e o sofrimento desde a
produção até o abate.
Proteção do ambiente e recursos naturais:
Preservação da biodiversidade, recursos
hídricos, qualidade do solo.
Eficiência energética:
Otimização do uso de energia na produção,
reduzindo custos e impactos ambientais.
Tecnologias adequadas:
Uso de tecnologias compatíveis com a realidade
regional, promovendo a produtividade e
competitividade do setor.
Exigências do mercado consumidorExigências do mercado consumidor
Durante 2000-2012, houve um aumento notável
no consumo global de carnes, com carne de aves
crescendo 23,7% e peixes 19,6%. A carne suína
também cresceu, registrando um aumento de
5,4%. O consumo médio de carnes por pessoa
aumentou em cerca de 11,3kg, impulsionado
pelo crescimento econômico em países em
desenvolvimento.
A carne suína é a proteína mais consumida
globalmente, com aumento de 60% no consumo
per capita entre 1970 e 2012, prevendo-se
alcançar 16,3kg por pessoa até 2020. Países
como Dinamarca, Espanha e Hong Kong
lideram o consumo per capita, enquanto a
China é o maior consumidor quantitativo,
respondendo por 45% do consumo mundial.
Evolução da indústria avícolaEvolução da indústria avícola
A evolução da indústria avícola no Brasil é
notável, com fatores fundamentais como clima
favorável, tecnologia, e um grande mercado
consumidor. O preço do frango abatido
diminuiu significativamente ao longo dos anos,
tornando-o mais acessível em comparação com
a carne bovina. A indústria avícola oferece uma
variedade de produtos, desde cortes
tradicionais até miúdos.
O mercado de ovos também está em expansão,
proporcionando oportunidades de trabalho
tanto na área de produção animal quanto na
comercial. No entanto, a falta de mão de obra
especializada é um desafio.
Quanto à carne suína, o Brasil é um dos
principais produtores e exportadores do
mundo, embora tenha enfrentado desafios
recentes devido à concorrência com outras
carnes, como a de frango. A evolução genética e
das instalações na suinocultura tem
proporcionado melhorias na qualidade do
produto, tornando-a mais atrativa para os
consumidores. O trabalho com suínos oferece
vantagens, como facilidade de manejo e
inteligência dos animais, sendo promissor
especialmente para mão de obra feminina.
Aves especializadas para postura: Não é
utilizada para corte porque a carne fica mais
dura, então será utilizada para produtos
processados. ex: nuggets.
Carne suína: Era a carne mais consumida no
mundo até 2019, sendo ultrapassada pelo
frango em 2020.
É vantajoso na suinocultura a facilidade de
manejo dos suínos e a inteligência deles.
MELHORAMENTO GENÉTICO APLICADO
À PRODUÇÃO DE SUÍNOS
MELHORAMENTO GENÉTICO APLICADO
À PRODUÇÃO DE SUÍNOS
Raças e Linhagens na Produção de Suínos
Definição: Grupos de animais com
características específicas de exterior, cor de
pelagem, perfil fronto-nasal, cabeça e orelhas,
criados e selecionados separadamente de
outros genótipos e agrupados em registros
genealógicos.
Classificação:
Por perfil fronto-nasal
Por tipo de orelhas
Pela cor da pelagem
Pela origem (nacionais e estrangeiras)
Raças e Linhagens:
Raças puras: São homozigotos para cor de
pelagem.
Linhagens ou linhas genéticas: São grupos
ou famílias de animais de uma raça
selecionada para expressão mais intensa de
uma determinada característica.
Linha materna: Machos e fêmeas
selecionados para aumento da prolificidade
e habilidade materna.
Linha paterna: Machos e fêmeas
selecionados para aumento da taxa de
crescimento, eficiência alimentar e
deposição de carne na carcaça.
Classificação pela Origem:
Nacionais: Piau, Moura, Nilo, Canastra, Tatu,
Pereira, Caruncho, Pirapetinga, Casco de
mula.
Características: Adaptação às condições
climáticas, resistência a doenças, produção
com baixo nível de insumos, importância
social.
Estrangeiras: Landrace, Large White, Duroc,
Pietrain, Hampshire, Maishan, Yorkshire.
Características: Alta produtividade, alta
prolificidade, qualidade de carne,
rendimento de carcaça, conversão
alimentar.
Exemplos de Raças:
Landrace:
Origem: Desenvolvida no norte da Espanha,
Portugal, França e Itália.
Características: Pelagem branca, perfil retilíneo,
orelhas célticas, grande capacidade de produção
de leite, alta taxa de crescimento, baixa
deposição de gordura.
Large White:
Origem: Desenvolvida na Inglaterra.
Características: Pelagem branca, orelhas
asiáticas, alta prolificidade, alto crescimento
diário, eficiência alimentar.
Duroc:
Origem: Desenvolvido no século 19 nos EUA.
Características: Pelagem vermelha, bom
comprimento corporal, boa taxa de
crescimento, baixa habilidade materna.
Estruturas do Melhoramento Genético:
Granja-núcleo: Concentrado nas mãos de
empresas de melhoramento, alto
investimento em genética, controle de
acasalamento, alta intensidade de seleção.
Granja multiplicadora: Integrada às granjas
núcleo, realiza cruzamentos de acordo com
o programa de melhoramento, promove
cruzamentos entre animais puros e
sintéticos.
Granja comercial: Recebe animais das
granjas multiplicadoras e promove o
cruzamento desses animais, produzindo
animais para abate.
Cruzamentos Industriais:
As raças Duroc, Hampshire e Pietran
possuem uma maior porcentagem de
gordura intramuscular e proporcionam um
melhor sabor, suculência e maciez à carne.
Principais raças maternas para cruzamentos:
Landrace
Large White
Wessex (sendo a melhor entre as três)
Principais características das raças maternas:
Aptidão materna
Alta prolíficidade
Boa capacidade de produção de leite
Pequena espessura do toucinho
Boa conversão alimentar
Principais raças paternas para cruzamentos:
Duroc
Hampshire (este último especialmente para
fêmeas cruzadas)
Principais características das raças paternas:
Elevada conversão alimentar
Elevada capacidade de produção de carne
Boa qualidade da carcaça
Alta precocidade
Valores de herdabilidade para suínos:
Comprimento da carcaça: 60%
Espessura do toucinho: 50%
Pernil em relação ao peso da carcaça: 60%
Cortes gordos sobre o peso da carcaça: 60%
Gordura: 63%
Conversão alimentar (C.A.): 31%
Velocidade do crescimento (Precocidade):
29%
Peso da ninhada na desmama: 17%
Número de leitões desmamados: 12%
Número de leitões nascidos: 15%
Características consideradas na seleção de
raças:
Prolificidade
Crescimento
Taxa de músculo
Marmoreio de carne
Aspectos comportamentais
Rusticidade e resistência a doenças
Qualidade e alinhamento do aparelho
mamário e número de tetas
Espessura de toucinho
Área de olho de lombo
Qualidades maternais
Longevidade
Aprumos
Taxa de sobrevivência desmame-venda
GESTÃO DA CADEIA DE PRODUÇÃO DE
AVES E SUÍNOS - Sistemas de criação
GESTÃO DA CADEIA DE PRODUÇÃO DE
AVES E SUÍNOS - Sistemas de criação
Ciclo de Produção de Suínos:
O ciclo de produção de suínos compreende
diversas fases, sendo as principais:
Gestação:1.
Período em que as fêmeas suínas
prenhes são mantidas separadas para
gestação e recebem os cuidados
necessários durante esse período.
Maternidade:2.
Etapa em que as porcas dão à luz e
cuidam dos leitões recém-nascidos.
Creche:3.
Fase em que os leitões desmamados são
criados em ambientes específicos com
alimentação adequada e cuidados
especiais.
Recria:4.
Momento em que os suínos já
desmamados continuam seu
desenvolvimento até atingirem um peso
específico.
Terminação:5.
Última fase antes do abate, onde os
suínos alcançam o peso ideal para o
abate.
Sistema Agroindustrial de Produção de Suínos:
Existem diferentes tipos de produção de suínos,
incluindo:
Produção de Ciclo Completo:1.
Engloba todas as fases de produção,
desde a gestação até a terminação.
Inclui a produção de leitões
desmamados e leitões para terminação.Produção de Somente uma Fase de Criação:2.
Consiste na produção de apenas uma
fase do ciclo de produção, como apenas
a fase de terminação.
Sistema de Produção de Suínos:
Os sistemas de produção de suínos podem
variar de acordo com o porte da criação e o tipo
de manejo, incluindo:
Sistema Extensivo:1.
Os suínos são mantidos soltos, sem
instalações específicas.
Baixa preocupação com produtividade e
rentabilidade.
Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar
Livre (Siscal):
2.
Os suínos são mantidos ao ar livre, com
menor custo de implantação e facilidade
de ampliação.
Sistema Intensivo Misto ou Semiconfinado:3.
Combinação de confinamento com uso
de piquetes para algumas categorias de
suínos.
Sistema Intensivo Confinado:4.
Todas as categorias de suínos são
mantidas confinadas sob piso e
cobertura.
Maior preocupação com produtividade e
rentabilidade.
Sistema de Produção em Cama Sobreposta:5.
Utilização de cama de material diverso
para conforto dos suínos e redução de
amônia.
Sistema de Criação "Wean to Finish":6.
Os suínos permanecem no mesmo local
desde o desmame até o abate.
FISIOLOGIA DOS SUÍNOSFISIOLOGIA DOS SUÍNOS
Dentição:
Dentição de Leite: 32 dentes (12 incisivos, 4
caninos, 16 pré-molares)
Dentição Permanente: 44 dentes (12
incisivos, 4 caninos, 16 pré-molares, 12
molares)
Sistema Termorregulador:
Os suínos são sensíveis ao frio quando
jovens devido ao pouco desenvolvimento do
aparelho termorregulador, mas tornam-se
mais sensíveis ao calor quando adultos.
Os leitões perdem temperatura após o
nascimento, mas o aparelho
termorregulador só começa a funcionar
plenamente após 48 horas. Os adultos
possuem uma camada de gordura que atua
como isolante térmico.
O suíno possui um pequeno grupo de
glândulas sudoríparas e perde calor
principalmente pela respiração, o que os
torna suscetíveis à morte por asfixia em
condições de superaquecimento.
Sistema Digestivo:
Os suínos são onívoros, o que significa que
consomem uma variedade de alimentos,
incluindo vegetais e carne.
1.
Eles possuem um sistema digestivo
monogástrico com um ceco simples não
funcional.
2.
O estômago dos suínos é simples e a
digestão ocorre principalmente através de
processos enzimáticos.
3.
Eles têm uma capacidade limitada de
armazenamento de alimentos, em torno de
8 litros.
4.
Os suínos têm uma capacidade
relativamente baixa de sintetizar nutrientes
e digerir fibras, com uma digestão eficiente
de carboidratos, gorduras e proteínas.
5.
Sistema Imunológico:
A transferência de imunoglobulinas ocorre
após o parto, principalmente nas primeiras
6 horas de vida.
Os leitões que nascem com anticorpos
indicam a pré-existência de infecção.
O colostro, que é um transudato do soro
sanguíneo com alta concentração de
anticorpos, é essencial para a imunidade
passiva dos leitões.
A imunocompetência fetal ocorre por volta
de 70 dias após a concepção, durante a fase
fetal.
O sistema imunológico dos suínos é ativado
por eventos como o parto, o consumo de
colostro e o ambiente.
Os suínos produzem IgA nos sistemas
digestivo, urogenital, respiratório e
mamário, conferindo imunidade local em
várias áreas do corpo.
Na imunidade intestinal dos leitões temos:
1° estágio - imunidade materna pelos
anticorpos colostrais
2° estágio - síntese de Ig A pelo intestino
delgado a partir de 15 dias e substituição da
imunidade colostral.
O estado imunitário dos leitões pode ser
alterado por estresses ambientais, estresse
social (produção elevada de esteróides).
Longevidade:
A vida útil média dos suínos é de 2,5 a 3
anos, com cerca de 6 a 7 partos durante esse
período. No entanto, sua expectativa de vida
total pode chegar a 10 anos.
Aspectos Reprodutivos:
Os suínos têm um ciclo estral poliéstrico
anual, com duração média de 21 dias.
O ciclo estral é dividido em fases: proestro,
estro, metaestro e diestro, cada uma com
características comportamentais e
fisiológicas específicas.
Fase Folicular:
Proestro: Esta fase, que dura de 1 a 3 dias, é
caracterizada pelo crescimento e maturação
dos folículos ovarianos. Durante o proestro,
há um aumento nos níveis de estrógeno, o
que leva a sinais externos evidentes, como
edema, hiperemia e aumento da secreção
vulvar. No entanto, a fêmea ainda não está
receptiva ao macho durante esta fase.
1.
Estro: O estro é a fase mais perceptível do
ciclo estral, durando entre 50 a 60 horas,
sendo mais curto em marrãs. Durante o
estro, os níveis de estrógeno atingem seu
pico máximo, resultando em alta
receptividade sexual. A porca torna-se
ativamente procuradora de machos e outras
fêmeas, exibindo sinais como tolerância à
monta, redução do apetite e edema e
hiperemia da vulva. A ovulação ocorre no
terço final do estro, geralmente entre 35 a 44
horas após o início.
2.
Fase Luteal:
Metaestro: Esta fase, que dura de 2 a 3 dias,
é caracterizada pela formação ou
manutenção do corpo lúteo. Os níveis de
estrógeno diminuem para níveis basais,
enquanto os corpos lúteos começam a se
formar ou permanecer no ovário. Durante o
metaestro, a fêmea não está receptiva ao
macho.
1.
Diestro: Esta é a fase mais longa do ciclo
estral, durando de 7 a 12 dias. Durante o
diestro, os níveis de progesterona estão
elevados devido à presença de corpos lúteos
funcionais. As fêmeas vazias apresentam
regressão dos corpos lúteos por volta do dia
15-16 do ciclo, preparando-se para um novo
ciclo estral.
2.
As fêmeas suínas alcançam a puberdade por
volta de 150 dias de idade e têm um ciclo
estral de 21 dias, com um intervalo de
desmame para o cio ideal de 4 a 5 dias.
A gestação dos suínos dura em média 114
dias, e as fêmeas geralmente têm de 2,3 a 2,4
partos por ano.
Os machos suínos atingem a puberdade por
volta de 4 a 5 meses de idade e podem ser
utilizados para inseminação artificial a
partir dos 8 meses. O tempo médio para o
primeiro cio das marrãs é de 10 meses.
CUIDADOS COM FÊMEAS GESTANTES:CUIDADOS COM FÊMEAS GESTANTES:
Primeiro Mês é Muito Importante:
Evite a mistura de porcas, nutrição
inadequada, temperatura inadequada e
estresse, pois esses fatores podem provocar
morte embrionária, retorno ao cio e
nascimento de leitegadas pequenas.
A maioria das perdas embrionárias ocorre
até 30 dias após a fecundação, tornando este
período crítico.
Formação do Embrião:
Até 35 dias de gestação ocorre a formação
do embrião.
Após 35 dias, inicia-se a formação do
esqueleto, denominado feto.
Fatores que Influenciam a Gestação:
Meio Ambiente e Alojamento:
Controle de temperatura, ventilação e
eliminação de gases.
Acesso individual à alimentação.
Alojamento em celas individuais ou baias
coletivas.
Espaço adequado.
Nutrição:
Fornecimento de quantidade adequada de
ração.
Manutenção do escore corporal.
Utilização de ração laxativa, se necessário.
Movimentação:
Evite movimentar as fêmeas até 40 dias de
gestação.
Água e Ração de Boa Qualidade:
Forneça água à vontade para evitar
aumento da umidade nas instalações, o que
pode favorecer o desenvolvimento de
fungos prejudiciais.
Cuidado com Micotoxinas:
Monitore a presença de micotoxinas na
alimentação, pois podem afetar a saúde das
porcas gestantes e suas crias.
Manejo Reprodutivo na Gestação:
Uso do macho na gestação pode ter efeitos
estimuladores, reduzir o intervalo
desmama-cio e detectar retornos ao estro.
Diagnóstico de Gestação:
Pode ser realizado por palpação retal,
ultrassonografia, sinais de gestação
avançada, retorno ao estro e determinação
hormonal.
Manejo de Leitoas para Reprodução:
Introdução e adaptação das leitoas devem
ser feitas de forma criteriosa para garantir o
sucesso reprodutivo.
Seleção das leitoas na granja, compra de
leitoas com critérios específicos de idade e
peso.
Verificação das condições de saúde e
alojamento das leitoas após a chegada à
granja.
Estímulo de Leitoas Pré-Puberes:
Promove mudanças no ambiente e manejo
para reduzir a idade da primeira cobrição e
aumentar a vida útil das fêmeas.
Pode incluir transporte, mescla com fêmeas
estranhas e contato com macho maduro.
Objetivos:
Reduzir a idade da primeira cobrição.
Aumentar a vida útil das fêmeas.
Aumentar o número de leitões.Como fazer?
Provocar mudanças no ambiente e manejo.
Submeter as fêmeas a estímulos.
Transporte e translado para um novo
alojamento:
26% das leitoas apresentam cio após uma
semana.
Mescla com fêmeas estranhas:
Misturar animais com idades entre 170 a 220
dias.
30 a 40% das leitoas apresentam cio dentro
de 4 a 10 dias (estresse de curta duração).
Contato com cachaço maduro:
Machos com idade superior a 10 meses
(feromônios).
Rotação de machos para renovação de
estímulos.
Machos com alta libido e interesse.
Regularidade do estímulo, apresentação
diária por 20 minutos, duas vezes por dia.
Leitoas com mais de 150 dias.
Condução das leitoas até a baia do macho.
Importância do macho:
O tratamento reduz o intervalo entre o
contato com o macho e o início da
puberdade.
Idade média das leitoas no primeiro contato
com o macho: 164 dias.
Flushing:
O flushing é uma prática que envolve alimentar
as fêmeas com uma dieta rica em energia antes
do período de cobertura. Aqui estão os detalhes:
Dieta a vontade com alto nível de energia,
fornecida no período pré-cobertura:
Para leitoas: 14 a 21 dias antes da cobertura.
Para porcas: IDC (Intervalo Desmama
Cobertura).
Objetivos:
Maximizar o potencial ovulatório através do
status hormonal mais adequado.
Aumentar o número de nascidos vivos.
Identificação do Cio:
A fêmea suína é poliéstrica não estacional, com
um ciclo de 17 a 25 dias (média de 21 dias).
Fases do ciclo:
Proestro (início da fase folicular) - 3 dias.1.
Estro (40 a 60 horas - 2 a 3 dias), sendo 47
horas para marrãs.
2.
Metaestro - 3 a 6 dias.3.
Diestro - 9 a 13 dias.4.
Ovulação dura de 1 a 3 horas (ocorre 30
horas após o pico de LH).
IDC longo resulta em cio curto (para
primíparas), enquanto IDC curto resulta em
cio longo (para porcas).
Modificações externas:
Edema e hiperemia de vulva.
Ocasionalmente, podem ocorrer descargas
vulvares.
Modificações comportamentais:
Inquietação.
Diminuição do apetite.
Interesse do macho pela matriz.
Reflexo de tolerância ao homem/macho -
imobilidade da fêmea ao ser montada.
A duração do cio varia de 40 a 60 horas, com
uma média de 47 horas.
Observação de cio:
Durante as primeiras 10-12 horas do
estro, a fêmea não é estimulada pelo
homem, mas é estimulada pelo macho.
Durante as últimas 10-12 horas do estro,
a fêmea somente é estimulada pelo
macho.
O cio é diagnosticado duas vezes ao dia
com intervalos de 12 horas.
Esquema de cobertura:
Marrãs;
Fêmeas adultas.
Fases do ciclo estral:
Proestro;
Estro;
Metaestro;
Diestro.
Momento de Inseminar:
Reflexo de imobilização positivo frente
ao cachaço (RTM);
Reflexo de tolerância ao teste da monta
pelo homem (RTM).
Esquema de inseminação:
Diferenças entre Porcas e Marrãs:
Porcas: Intervalo de 12 horas pós
início do cio;
Marrãs: Intervalo de 0 hora pós
início do cio.
Ovulação:
Marrãs: 24 a 36 horas;
Porcas multíparas: 33 a 39 horas.
Primeira cobertura: 4 a 12 horas antes da
ovulação.
Número de coberturas: 2 a 3.
Fatores de risco para inseminações
múltiplas: endometrite.
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
Favoreceu a difusão de características
desejáveis nos rebanhos.
Avaliação do ejaculado antes da sua
deposição no sistema reprodutor da fêmea.
Um ejaculado produz 20 a 24 doses.
PROTOCOLO DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
Depende da ordem de parto da fêmea.
Protocolos de 1 ou 2 doses/dia.
Não inseminar depois do cio (RTH).
MANEJO REPRODUTIVOMANEJO REPRODUTIVO
TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO
Inseminação Tradicional:
Na presença do macho.
Inseminação Pós Cervical:
Utiliza pipeta e cateter;
Sem necessidade do macho.
GESTAÇÃO
Acompanhar o desenvolvimento da
gestação.
Desenvolvimento da barriga e glândula
mamária.
Correção do escore corporal nos primeiros
60 dias de gestação.
Transferência para maternidade 3 a 7 dias
antes do parto.
MANEJO DE MACHOS REPRODUTORES E
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
MANEJO DE MACHOS REPRODUTORES E
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
MANEJO DE CACHAÇOS
Condicionamento à monta
O condicionamento à monta começa por
volta dos 7 a 8 meses de idade.
Os machos são apresentados às fêmeas,
observando-se o comportamento do
cachaço, corrigindo montas errôneas,
auxiliando na introdução do pênis e
evitando excesso de montas frustradas.
Os machos híbridos tendem a ter maior
interesse e agressividade sexual e são
frequentemente apresentados ao
manequim.
Fases da monta
Prelúdio: envolve a apresentação da fêmea
até o início da ereção, com a fêmea imóvel.
Durante esta fase, observam-se
comportamentos como a pressão do flanco
e abdômen, avaliação do odor da vulva,
tentativa de monta e urina. A duração é de 5
a 10 minutos.
Monta: inicia-se com o salto sobre a fêmea,
seguido pela fixação pelo abraço,
movimentos rítmicos para exteriorização
do pênis e procura da vulva. A introdução
do pênis até a cervix, fixação e ejaculação
ocorrem durante esta fase. A monta dura de
3 a 20 minutos, enquanto a ejaculação dura
de 5 a 10 minutos.
 Descida: caracterizada pelo relaxamento e
retração do pênis e descida do macho.
Fatores de importância para uso do cachaço
Idade: os machos começam a ser utilizados
para reprodução a partir de 7,5 a 8 meses de
idade.
Frequência de utilização: machos entre 7 e
10 meses têm menor utilização que os
adultos, o que pode resultar em redução no
número de espermatozoides, menor
fertilidade das fêmeas e esgotamento físico.
Número de fêmeas por cachaço: em monta
natural, recomenda-se 1:25 e em
inseminação artificial, 1:100.
Sistema de monta: pode ser livre ou
controlada, sendo importantes o local de
cobertura e as instalações para garantir o
estímulo adequado às fêmeas, melhor
manejo e aumento do índice de concepção.
Transporte e introdução de machos
Ao descer do caminhão, os machos devem
ser tratados com cuidado para evitar
situações de estresse. Em seguida, devem
ser encaminhados ao quarentenário para
adaptação.
Descarte e taxa de reposição de machos
Os machos são geralmente utilizados por 3 a
3,5 anos antes do descarte.
Efeito de altas temperaturas
As altas temperaturas podem afetar
negativamente a libido e a qualidade do
sêmen dos machos suínos. Estratégias de
manejo, como nebulização, ventilação
forçada e gotejamento controlado, podem
ser adotadas para minimizar os efeitos do
estresse térmico.
Reprodutores comerciais
Diversas linhagens de machos reprodutores
comerciais estão disponíveis, cada uma com
suas características genéticas e
desempenho reprodutivo.
Amadurecimento sexual do macho
O amadurecimento sexual dos machos é
avaliado com base em características
qualitativas e quantitativas do sêmen, como
volume, motilidade, concentração e
morfologia dos espermatozoides.
Vida útil de um reprodutor na granja
A vida útil de um reprodutor é calculada
desde o primeiro serviço até o descarte,
geralmente entre 210 e 240 dias.
Para machos na granja comercial, essa vida
útil pode se estender até os 2 a 3 anos de
idade.
O cálculo da vida útil (V.U.) é realizado
subtraindo a idade do descarte pela idade
do primeiro serviço, dividindo o resultado
pelo número de dias em um ano (365 dias).
Por exemplo, se um macho é descartado aos
3 anos de idade (ou 1095 dias):
V.U. = (1095 dias - 225 dias) / 365 dias = 2,4
anos de vida útil.
A taxa de reposição anual é calculada
dividindo 100 pela vida útil (V.U.),
resultando em uma taxa de reposição de
41,7%.
Alojamento dos machos
Alojamento individual em:
Baias ou gaiolas
Tipos de piso:
Compacto ou ripado
Disponibilidade de:
Cocho
Sistema de arraçoamento:
Manual ou automático
Alimentação restrita com acompanhamento
do escore de condição corporal
Acesso à água fornecida à vontade através
de chupeta
Ambiência controlada entre 18 a 24°C
Coleta de sêmen
Procedimentos:
Retirada do macho da baia
Limpeza a seco do prepúcio
Etapas na sala de coleta:
Prelúdio
Monta
Coleta
Equipamentos utilizados:
Sala de coleta
Box de coleta
Manequim de coleta
Técnicas de coleta:
Mão enluvada
Coleta automática
Avaliação andrológica
Aspectos avaliados:
Potência coeundi (libido e capacidade de
realizar a monta)
Potência generandi (qualidade e
fertilidade do sêmen)
Etapas da avaliação:
Identificação e anamnesea.
Exame clínicogeralb.
Exame clínico especial (dos aparelhos
reprodutor e locomotor)
c.
Comportamento sexuald.
Exame do ejaculadoe.
Análise do ejaculado
Avaliação macroscópica:
Volume
Aspecto (coloração e densidade)
Avaliação microscópica:
Vigor
Motilidade (%)
Concentração (contagem)
Morfologia espermática
Avaliação em laboratório:
Vigor
Motilidade
Concentração
Morfologia
Métodos de análise:
Análise computadorizada
Frequência de coleta variável de acordo com
a idade do macho
Diluição do sêmen para prolongar a vida útil
e o volume ejaculado
Envase em recipientes específicos de 90mL
ou 45mL
Armazenamento em conservadora própria a
uma temperatura de 15 a 17°C, de acordo
com o tempo de garantia do diluente.
MANEJO DE PORCAS E LEITÕES NA
MATERNIDADE
MANEJO DE PORCAS E LEITÕES NA
MATERNIDADE
Eficiência de uma Maternidade:
Saúde dos Leitões:1.
Diminuição da ocorrência de diarreia.
Ganho de peso diário dos leitões acima
de 200 g para um desmame médio de 30
dias.
Taxa de mortalidade abaixo de 5%.
Leitões homogêneos ao desmame
(variação de peso menor que 1 kg da
média da leitegada).
Estado Corporal da Fêmea:2.
Manutenção do estado corporal
adequado da fêmea.
Maternidade – Instalações e Ambiente:
Ambiente livre de ruídos.
Limpeza e desinfecção regular.
Realização de vazio sanitário entre os lotes.
Transferência das porcas, com no mínimo 7
dias de intervalo entre os lotes.
Funcionamento adequado dos
equipamentos.
Índices Zootécnicos:
Número de leitões nascidos vivos por parto:
Idealmente acima de 12 a 14.
Peso médio dos leitões ao nascer: Desejável
acima de 1.5 kg.
Taxa de natimortos: Deve ser inferior a
3.0%.
Taxa de mortalidade: Deve ser mantida
abaixo de 5.0%.
Leitões desmamados por parto: Desejável
acima de 12.
Média de leitões desmamados por porca por
ano: Desejável acima de 30.0.
Ganho médio de peso diário dos leitões:
Deve ser superior a 250 g.
Peso dos leitões ao 21 dias: Idealmente
acima de 6.7 kg.
Manejo na Maternidade:
Ações específicas no pré-parto, parto e pós-
parto.
Ambiente calmo, limpo e seco.
Temperatura adequada para porca e leitão.
Fornecimento de água à vontade.
Utilização de celas parideiras com barra
antiesmagamento.
Registro detalhado das informações de cada
porca.
MANEJO NO PRÉ-PARTO
Desinfecção:
Utilização de desinfetantes como iodo,
formol, amônia quaternária, etc.
Importante para garantir a higiene e reduzir
o risco de infecções.
Vazio sanitário:
Os partos devem ocorrer mais ou menos ao
mesmo tempo para evitar a difusão de
patógenos de leitões mais velhos para os
mais novos.
Facilita a realização do vazio sanitário,
contribuindo para a limpeza e desinfecção
do ambiente.
LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO AMBIENTE:
Limpeza diária inclui a raspagem das fezes,
limpeza do escamoteador, dos cochos,
canaletas, corredores e manter a gaiola
sempre seca.
Lâmpadas ou aquecedores devem ser
posicionados no escamoteador e na lateral
menor da gaiola para garantir uma
temperatura adequada.
Pisos devem ter capacidade isolante para
evitar perda de calor por contato com os
leitões.
INSTALAÇÕES:
Maternidades não devem ser
excessivamente fechadas para garantir o
conforto, principalmente das porcas.
Celas parideiras devem ter barras de
proteção para evitar esmagamentos e área
maior que 3,6 m².
Evitar salas de maternidade com mais de 15
porcas.
Transferência das fêmeas:
A transferência deve ocorrer de 3 a 5 dias
antes do parto, preferencialmente nas horas
mais frescas do dia.
Limpeza completa das fêmeas com escova,
sabão e água para eliminar a sujeira.
Pré-Parto:
Após o alojamento das fêmeas, oferecer o
mínimo de estresse.
Ficha da porca deve conter informações
como data prevista do parto, histórico de
partos anteriores, espaço para anotações da
leitegada, uso de medicamentos e
vacinações.
Preparação do material necessário para o
parto, como papel toalha ou panos limpos e
desinfetados, barbante em solução
desinfetante, frasco de iodo glicerinado,
seringa e agulha, entre outros.
Disponibilidade de medicamentos e
recipientes para resíduos
MANEJO DURANTE O PARTO
Cuidados durante o parto:
Não fornecer ração para a fêmea no dia do
parto;
O parto deve ser sempre acompanhado pelo
tratador para reduzir a mortalidade de
leitões;
A fase do parto compreendida entre a
expulsão do primeiro feto até a eliminação
das placentas normalmente dura até 1 hora.
Mão de obra:
DIA: 100% dos funcionários durante 8 horas
do dia, com 30% dedicados aos partos;
NOITE: 2 guardas para outras atividades
durante 16 horas do dia, com 70% dos
partos.
Proximidade do parto:
Assistido: Acompanhado por uma pessoa
treinada que deve estar munida de material
necessário para intervir se houver
problemas com leitões e/ou matrizes.
Não assistido: Ocorre sem nenhum
acompanhamento e tudo fica nas mãos da
natureza.
Alterações comportamentais e fisiológicas pré-
parto:
Mudanças fisiológicas (15 dias pré-parto)
incluem aumento da sensibilidade da
glândula mamária, edema de vulva,
relaxamento dos músculos abdominais, e
descida do leite.
Mudanças comportamentais (4 dias pré-
parto) incluem inquietação, redução do
consumo, e preparação do ninho no dia do
parto.
O parto
O parto é um momento crítico com
consequências significativas para as duas
categorias, tanto para as porcas quanto para os
leitões. Ele influencia a lactação e o período pós-
lactacional, além da próxima gestação.
Este processo é induzido pelo cortisol fetal, que
desencadeia a luteólise mediada pela PGF2α,
resultando na liberação de hormônios como
prolactina, relaxina e ocitocina.
A assistência ao parto aumenta a sobrevivência
pós-parto e dos desmamados. Em geral, cerca
de 60% dos partos ocorrem no final da tarde ou
à noite.
Cuidados durante o parto:
Intervenções como massagem, levantar e
deitar, uso de ocitocina, e intervenção
manual em caso de distocias são
necessárias.
Distocias ocorrem em 3 a 5% dos partos e
podem ter origem materna (como inércia
uterina) ou fetal (como anomalias de
apresentação).
A assistência ao parto é crucial para reduzir
natimortos, especialmente em leitegadas
grandes, fêmeas velhas e partos
prolongados.
Intervenção no parto:
A ocitocina deve ser utilizada
criteriosamente, especialmente em porcas
com mais de 5 a 7 partos, no final do parto,
ou quando há um grande intervalo entre o
nascimento dos leitões e contrações
persistentes.
Após o parto, é importante verificar a
produção de leite e o consumo de ração para
evitar problemas com as fêmeas e os leitões.
Entre 1 e 3 dias após o parto, ocorre a
eliminação dos lóquios (também chamados
de corrimento loquial).
Leitões mumificados:
Representam cerca de 1,5% dos casos.
Já nascem mortos.
Apresentam coloração achocolatada e
aspecto desidratado, semelhante a múmias.
Possuem tamanhos reduzidos.
Sua vida é interrompida entre o 35º e 90º dia
de gestação, durante um processo asséptico.
Leitões natimortos:
Correspondem a cerca de 5% dos casos.
São leitões que morrem antes do
nascimento.
Podem ser classificados em tipo I, causados
por agentes infecciosos, ou tipo II,
resultantes de problemas no momento do
parto.
Natimortalidade:
A natimortalidade pré-parto (tipo I) abrange
10 a 30% dos casos e é ocasionada por
infecções durante a gestação, deficiências
nutricionais, traumatismos, intoxicações,
entre outros.
Já a natimortalidade intra-parto (tipo II)
ocorre em 70 a 90% dos casos e é causada
por anóxia fetal, atraso no nascimento e
falta de assistência ao parto.
Mortalidade pré-parto pode ser causada por
doenças como leptospirose (no terço final
da gestação) e parvovirose, que resultam em
leitões mumificados e natimortos.
A mortalidade neonatal é mais crítica nas
primeiras 72 horas após o nascimento,
devido a problemas como esmagamento,
inanição e hipotermia. O fornecimento de
fonte de calor e colostragem adequada são
essenciais para minimizar essa mortalidade.
MANEJO APÓS O PARTO
Assistência ao parto: Porcas bravas
Cuidado com os leitões: Limpeza do Leitão
Secar narinas e boca dos leitões
Massagear a região lombar
Cuidado com os leitões: umbigo
Realizar a ligadura do umbigo deixando
cerca de 4 cm desua inserção
Cortar 1 cm abaixo da amarração
Desinfetar com iodo glicerinado (5 a 7%)
Observar que 20 a 28% dos leitões
nascidos por último apresentam maior
índice de rompimento prematuro
Manejo de mamada x Uniformização de
leitegada
A produção de leite nos 4 primeiros tetos é
de aproximadamente 15%.
É importante orientar os leitões nas
mamadas, dando atenção aos menores.
Nas primeiras 48 horas, devido à ingestão de
colostro, é crucial para os leitões.
Cuidado com leitões: Colostragem
A colostragem deve ser realizada nas
primeiras horas após o nascimento para
garantir a ingestão do colostro, rico em
anticorpos.
Manejo pós-parto
É essencial pesar os leitões para monitorar
seu desenvolvimento.
Deve-se observar a ocorrência de
corrimento vaginal nas porcas.
Cuidado com leitões: Escamoteador
É necessário garantir uma temperatura
adequada para os leitões, conforme a idade.
Leitões com frio estão sujeitos a
esmagamento.
Manejo: Pesagem dos leitões
O peso ao nascer é fundamental para
proteger os leitões, facilitar o manejo e
reduzir as mortes.
A pesagem ajuda a distinguir áreas limpas e
sujas e a evitar doenças.
Outros cuidados:
Dar atenção especial aos últimos leitões a
nascer;
Observar a hierarquia estabelecida pelos
leitões;
Fazer transferências, se necessário, nas
primeiras 24 a 48 horas de vida do leitão;
Observar o número de leitões por porca
(tamanho da leitegada);
Observar a condição dos tetos das porcas.
Observar possíveis problemas nos cascos
das porcas;
Garantir uma alimentação adequada para as
porcas;
Monitorar o escore corporal das porcas;
Observar os leitões quanto à temperatura
corporal e descargas vulvares.
Uniformização:
Estabelecer hierarquia entre os leitões nos
primeiros dias;
Uniformizar as leitegadas.
Manejo dos Primeiros Dias:
24 horas: Uniformização das leitegadas.
24 a 48 horas:
Corte dos dentes.
Corte do terço final da cauda.
Administração de antibiótico injetável
como medida preventiva.
3 dias: Aplicação de ferro injetável (Ferro
Dextrano - 200mg IM) para evitar a
ocorrência de Anemia Ferropriva.
5 dias: Administração de coccidiostático.
5 a 7 dias: Castração.
Manejo: Corte de Dentes:
Corte de oito dentes pontiagudos entre 24 a
48 horas após o nascimento.
Manejo: Corte do Terço Final da Cauda:
Prevenção de canibalismo e necrose de
cauda, causada por micotoxinas ou corte
inadequado.
Manejo: Aplicação do Ferro:
Necessidade diária de ferro entre 5 a 10
mg/dia.
O leite materno supre de 10 a 20% das
necessidades.
Aplicação de Ferro Dextrano (200mg IM) no
3º dia de vida, preferencialmente até 7 dias,
para prevenir a Anemia Ferropriva.
Manejo: Castração:
Pode ser feita a partir do 3º dia de vida,
evitando que seja realizada com mais de 10
dias.
Preferencialmente, a castração é feita na
mesma ocasião da aplicação do ferro ou até
7 dias de vida.
A castração evita odor e sabor na carne.
Mãe de Leite:
Objetivo: cuidar e amamentar leitões que
não podem ficar com suas próprias mães.
Dois métodos:
Leitões com menos de 10 dias de vida:
Trabalhar com 2 matrizes, desmamar
uma porca e transferir leitões de outra
matriz com até 10 dias de parida.
a.
Leitões com mais de 10 dias de vida:
Trabalhar com uma matriz que vai
desmamar e transferir os leitões para
ela.
b.
Fornecimento de Água:
Constitui 65 a 70% dos tecidos.
Necessidade diária não satisfeita com o
leite, com aumento gradativo: 480g na
primeira semana, 570g na segunda e 620g na
terceira semana.
Fornecer do 1º ao 21º dia de vida, podendo
instalar chupetas para leitões.
Fornecimento da Ração:
Secreções digestivas até a 3ª semana.
Iniciar a partir do 7º ao 10º dia de vida,
visando suprir necessidades nutritivas,
favorecer o crescimento, acostumar com a
dieta sólida e diminuir o estresse da
desmama.
Desempenho de Leitões:
Fatores não infecciosos como peso ao
nascimento, ordem da mamada, lesões nos
membros, corte e antissepsia do cordão
umbilical, desgaste dentário e castração
influenciam.
Principais causas de mortalidade pós-parto
são esmagamento, inanição e diarréias, com
taxa média de 15 a 20%, maior entre 3 e 7
dias de vida.
Perfil da Mamada:
Determinantes biológicos incluem o nível
nutricional da dieta da porca, frequência de
aleitamento, tamanho da leitegada, estado
geral da porca e intensidade de uso da
matriz.
Desmama:
Duração da lactação zootécnica.
Indicadores zootécnicos como intervalo
desmama-cobrição, dias não produtivos,
partos por porca, taxa de parto, leitões
nascidos vivos por parto, mortalidade na
maternidade, leitões desmamados por parto
e desmamados por porca ao ano.
MANEJO DE LEITÕES NA FASE DE
CRECHE, RECRIA E TERMINAÇÃO
MANEJO DE LEITÕES NA FASE DE
CRECHE, RECRIA E TERMINAÇÃO
Vazio Sanitário:
Desinfecção:1.
Retirada dos animais.
Tudo dentro - Tudo fora.
Limpeza seca das instalações.
Desmontar Instalações:2.
Desmontar as estruturas.
Lavagem de Sala e Equipamentos:3.
Lavar completamente a sala e todos os
equipamentos.
Enxaguar e Deixar Secar as Instalações:4.
Enxaguar todas as instalações e deixá-
las secar completamente.
Desinfecção de Ambiente e Equipamentos:5.
Desinfetar todo o ambiente e os
equipamentos após a limpeza.
Pintar e Remontar:6.
Pintar as instalações, se necessário, e
remontar todas as estruturas.
Observação: Durante o vazio sanitário, o local
deve estar completamente vazio de animais
para permitir uma limpeza e desinfecção
eficazes, visando prevenir a propagação de
doenças e manter a saúde dos animais.
Desinfecção e Limpeza do Ambiente:
Limpeza Diária:
Raspagem das fezes.
Limpeza dos corredores.
Manutenção da gaiola sempre seca.
Desmame:
Processo de Desmame:
Separação dos leitões da matriz,
geralmente aos 21-28 dias.
Alojamento dos leitões na creche,
agrupados por idade, sexo e peso.
Transferência para a Creche:
Realizada pela manhã ou no final da
tarde para minimizar o estresse.
Leitões desmamados à noite
consumiram mais ração e se
desenvolveram mais rápido.
Evitar lotes com mais de três leitegadas
e mudanças frequentes nos leitões de
lote.
Condições Ideais de Desmame:
Espaço adequado por animal,
considerando fatores ambientais.
Temperatura controlada: 26°C aos 14
dias, 24°C na saída da creche.
Bebedouros adequados e água de boa
qualidade.
Dificuldades do Desmame:
Troca de alimentação.
Supressão da imunidade passiva.
Troca de ambiente e tensões sociais.
Adaptação a novos cochos e bebedouros.
Tipos de Desmama:
Convencional:
Idade de 21 a 28 dias.
Alimentação e instalações adequadas.
Desmame Precoce:
Idade de 15 a 18 dias.
Vantagens: melhor aproveitamento de
instalações, menor consumo de ração
pela fêmea.
Desvantagens: aumento da
vulnerabilidade a infecções, necessidade
de ração especializada.
Desmame Precoce Segregado:
Idade de 15 a 18 dias, com diferentes
estágios de produção em sítios
separados.
Vantagens: eliminação de doenças,
melhor desempenho, redução da
mortalidade pós-desmame.
Desvantagens: maior mão de obra,
custos adicionais, dificuldade na
eliminação de patógenos.
Manejo de Leitões Fracos:
Reunião em uma matriz por mais uma
semana ou tratamento em baia separada
com ração especial.
Alternativas de manejo para garantir o
desenvolvimento dos leitões mais fracos.
Creche:
Alimentação:
Fornecer ração pré-inicial do desmame
até os 50 dias e ração inicial até a saída
da creche (56 a 70 dias).
Garantir que a ração seja fornecida
diariamente, sem deixar nos
comedouros ração úmida, velha ou
estragada.
Criação e Manejo:
Fase crítica para ocorrência de diarréia
devido a fatores estressantes.
Criação em gaiolas, com altura de 60 cm
do chão ou piso.
Bebedouros de fácil acesso, com altura,
vazão e pressão regulados.
Limpeza diária dos dejetos, podendo ser
utilizado canal para dejetos ou sistema
de piscina.
Cuidados Adicionais:
Vacinação na entrada da creche de
acordo com o programa vacinal.
Monitoramento constante do ambiente
para manter calma, higiene e
temperatura adequada.
Recria:
Transferência e Peso:
Transferir para as baias de crescimento os
leitões com idade entre 56 a 70 dias.
Fase de recria corresponde aos pesos de 25 a
35 Kg até 60 Kg(100 dias).
Evitar misturar muitos lotes para prevenir
brigas, estresse e diarréia.
Manejo das Baias:
Limpeza das baias somente na saída do lote,
com vassoura, diariamente.
Fornecer ração e água à vontade.
Terminação:
Fase de Terminação:
Correspondente aos pesos de 60 kg até 95 a
100 Kg (150 dias).
Limpeza das baias somente na saída do lote,
com vassoura, diariamente.
Fornecer ração e água à vontade.
Manter temperatura de conforto entre 15 a
18º C.
Densidade de 1m2 por animal, formando
lotes com até 30 animais.
Transporte:
Realizar o transporte durante as horas
menos quentes do dia, com animais
saudáveis e espaço adequado.
Evitar estresse e morte por esforço
excessivo, retirando a ração 12 horas antes
do embarque.
Separação de Machos e Fêmeas:
Podem ser criados juntos até três ou quatro
meses, sendo ideal separá-los na saída da
creche com 70 dias.
Manter grupos de 6 a 12 fêmeas para uma
criação adequada.
TRATAMENTO DE DEJETOS 
NA SUINOCULTURA 
TRATAMENTO DE DEJETOS 
NA SUINOCULTURA 
Controle de Dejetos na Suinocultura
Na suinocultura, o manejo inadequado dos
dejetos pode resultar em sérios problemas
ambientais e de saúde pública devido à sua
potencialidade poluidora. Alguns dos desafios
enfrentados incluem:
Proliferação de Moscas: Os dejetos não
tratados podem servir como substrato para
larvas de moscas, o que pode levar a
problemas sanitários.
Doenças Transmissíveis: A falta de
tratamento dos dejetos pode aumentar o
risco de doenças que afetam tanto os suínos
quanto os seres humanos.
Poluição Orgânica: Os dejetos não tratados
contribuem para a poluição do meio
ambiente, especialmente de solos,
mananciais e águas subterrâneas, devido à
presença de compostos orgânicos como
nitrogênio.
Emissão de Odores Desagradáveis: A
evaporação de compostos voláteis
presentes nos dejetos, como amônia,
metano e ácidos graxos voláteis, pode
resultar em odores desagradáveis.
Para enfrentar esses desafios, é essencial
implementar práticas adequadas de controle de
dejetos na suinocultura. Alguns pontos
importantes a considerar são:
Composição dos Dejetos: Os dejetos suínos
variam de acordo com o estágio de
desenvolvimento dos animais e o sistema de
manejo e nutrição adotado. Eles têm uma
capacidade poluidora significativa, sendo
cerca de 3,5 vezes maior que a dos seres
humanos.
Volume de Água nos Dejetos: A quantidade
de água presente nos dejetos pode afetar
significativamente o seu volume e,
consequentemente, os custos associados ao
armazenamento, tratamento e distribuição.
Técnicas de Edificação: A construção
adequada de instalações pode ajudar a
minimizar perdas de água nos dejetos
devido a vazamentos e à entrada de água da
chuva.
Composição Nutricional e Manejo
Alimentar: O balanceamento adequado dos
nutrientes na dieta dos suínos pode
influenciar a composição dos dejetos e sua
capacidade poluidora.
Tratamento e Utilização dos Dejetos: O
tratamento dos dejetos suínos pode
envolver várias etapas, como produção,
coleta, armazenagem, tratamento e
distribuição. Diferentes sistemas de
tratamento, como decantação e
peneiramento, podem ser empregados para
reduzir a carga poluente dos dejetos e
facilitar sua utilização como fertilizante.
Sistemas de Separação de Fase
(Sólido/Líquido): O uso de sistemas de
separação de fase, como decantação e
peneiramento, pode ajudar a remover os
sólidos dos dejetos líquidos, facilitando seu
tratamento e utilização posterior.
Ao implementar práticas eficazes de controle de
dejetos na suinocultura, é possível reduzir os
impactos ambientais e sanitários associados a
essa atividade, promovendo a sustentabilidade
do setor e a proteção do meio ambiente.
Tratamento e utilização de dejetos
Produção de suínos sobre camas biológicas
(Deep Bedding):
1.
Nesse sistema, os suínos são criados
sobre uma cama de material orgânico,
como maravalha ou palha.
A compostagem ocorre "in situ",
reduzindo os riscos de poluição e
valorizando os dejetos como adubo
orgânico.
O calor gerado durante a compostagem
reduz o volume dos dejetos, diminuindo
a necessidade de tratamento adicional.
As emissões de gases como CH4 e NH3
são reduzidas em comparação com
sistemas convencionais.
Lagoas de decantação:
Lagoas anaeróbias, facultativas e de
aguapé são usadas em série para tratar o
efluente líquido.
As lagoas anaeróbias removem a carga
orgânica e coliformes fecais, enquanto
as facultativas oferecem tratamento
adicional.
A combinação desses tipos de lagoas
remove até 98% da carga orgânica
poluente e 99,9% dos coliformes fecais.
Esterqueira:
Tanques escavados e impermeáveis
usados para fermentação dos dejetos,
permitindo a produção de
biofertilizante.
A fermentação anaeróbica reduz o
poder poluidor dos dejetos, tornando-os
adequados para uso como fertilizante
em lavouras e pastagens.
O biofertilizante resultante pode ser
aplicado diretamente no solo após um
período de fermentação.
Bioesterqueira:
Uma versão aprimorada da esterqueira
convencional, com um tempo de
retenção mais longo.
Reduz ainda mais a carga orgânica dos
dejetos, melhorando a qualidade do
esterco como fertilizante.
Tem um custo aproximadamente 20%
superior ao da esterqueira
convencional.
Produção de gás metano (Biogás) -
Biodigestores:
Os biodigestores anaeróbios convertem
os dejetos em biogás e biofertilizante.
O biogás produzido, composto
principalmente de metano, pode ser 
usado como substituto de combustíveis
em várias aplicações.
O biofertilizante resultante é um
excelente adubo para plantações.
Compostagem:
Processo de decomposição biológica de
matéria orgânica, resultando em um
produto final estável e adequado para
aplicação agrícola.
A compostagem aeróbia é conduzida em
pilhas aeradas, com controle de
temperatura e umidade para otimizar a
decomposição.
O produto final é um composto orgânico
rico em nutrientes, ideal para uso como
fertilizante.
BEM-ESTAR ANIMALBEM-ESTAR ANIMAL
Aspectos Físicos:
O bem-estar animal é influenciado por uma
série de fatores físicos que afetam as condições
de vida dos animais. Isso inclui:
Clima: Condições climáticas extremas, como
temperaturas muito altas ou baixas, podem
causar estresse térmico nos animais.
Espaço: A disponibilidade de espaço
adequado é crucial para permitir o
comportamento natural dos animais, como
o exercício e a movimentação livre.
Alimentos: Uma dieta balanceada e
nutritiva é essencial para a saúde e o bem-
estar dos animais.
Instalações: As instalações devem ser
projetadas para proporcionar conforto e
segurança aos animais, incluindo áreas de
descanso adequadas e proteção contra
elementos externos.
Ruído: Ambientes com excesso de ruído
podem causar estresse nos animais e afetar
negativamente seu bem-estar geral.
Aspectos Sociais:
A interação social desempenha um papel
importante no bem-estar animal, incluindo:
Interação Social: Os animais têm
necessidades sociais e podem sofrer quando
privados de interações adequadas com
outros membros de sua espécie.
Interacoes sexuais: O acesso a parceiros
reprodutivos e a expressão de
comportamentos sexuais naturais são
aspectos importantes do bem-estar animal.
Relacionamentos Familiares: Animais que
vivem em grupos sociais, como rebanhos ou
matilhas, podem sofrer quando separados
de seus membros familiares.
Aspectos de Saúde:
A saúde dos animais é fundamental para seu
bem-estar geral, e isso inclui:
Patógenos: Infecções e doenças podem
causar sofrimento e comprometer a
qualidade de vida dos animais.
Traumas: Lesões físicas, como fraturas ou
ferimentos, podem causar dor e desconforto
significativos nos animais.
Cuidados Veterinários: Acesso a cuidados
veterinários adequados é essencial para
garantir a saúde e o bem-estar dos animais.
Aspectos Mentais:
Os animais também têm necessidades mentais
que devem ser consideradas para promover seu
bem-estar:
Sensações e Sentimentos: Os animais são
capazes de experimentar uma variedade de
sensações e emoções, como prazer, medo,
ansiedade e tédio. Considerar esses aspectos
mentais é essencial para promover seu
bem-estar.
História e Evolução:
O conceito moderno de bem-estar animalteve
origem em preocupações crescentes com as
condições de vida dos animais de produção e de
companhia. Ao longo do tempo, diversas
organizações e grupos de defesa dos direitos
dos animais surgiram para promover melhores
padrões de bem-estar animal.
Uma das principais contribuições para o
desenvolvimento do conceito de bem-estar
animal foi a introdução das "Cinco Liberdades",
que estabelecem as condições básicas
necessárias para garantir o bem-estar dos
animais.
Implementação Prática:
A implementação do bem-estar animal na
prática envolve uma série de medidas e práticas
destinadas a melhorar as condições de vida dos
animais. Isso pode incluir:
Melhorias nas instalações e na gestão das
fazendas para garantir o conforto e a
segurança dos animais.
Programas de alimentação e cuidados
veterinários adequados.
Treinamento e capacitação da equipe para
lidar adequadamente com os animais.
Utilização de tecnologias e práticas
inovadoras para monitorar e melhorar o
bem-estar animal.
Desafios e Tendências:
Embora o bem-estar animal seja uma
preocupação crescente em todo o mundo, ainda
existem muitos desafios a serem enfrentados,
incluindo:
Pressões econômicas e competitivas que
podem dificultar a implementação de
práticas de bem-estar animal.
Diferenças culturais e regulatórias entre os
países que podem afetar a adoção de
padrões internacionais de bem-estar
animal.
Avanços tecnológicos e científicos estão
constantemente impulsionando novas
abordagens para promover o bem-estar
animal, como o uso de sensores e
dispositivos de monitoramento.
Material da Rampa de Desembarque:
O tipo de material utilizado na construção da
rampa de desembarque é um aspecto crucial
para garantir o bem-estar dos animais durante
esse processo. Alguns materiais comumente
utilizados incluem:
Borracha: Rampas revestidas com borracha
oferecem aderência e conforto aos animais,
reduzindo o risco de escorregões e lesões
durante o desembarque.
Madeira Tratada: A madeira tratada pode
ser uma opção durável e resistente, desde
que seja mantida em boas condições e
tratada regularmente para evitar o acúmulo
de sujeira e umidade.
Metal: Rampas de metal podem ser robustas
e fáceis de limpar, mas é importante
garantir que sejam antiderrapantes para
evitar escorregões.
Plástico: Rampas de plástico podem
oferecer uma superfície suave e
antiderrapante para os animais, além de
serem fáceis de limpar e manter.
Etapas de Desembarque:
O processo de desembarque dos animais em um
frigorífico geralmente segue várias etapas para
garantir o bem-estar dos animais e a qualidade
da carne. Estas etapas podem incluir:
Descida da Rampa: Os animais são
conduzidos cuidadosamente pela rampa de
desembarque, garantindo que o processo
seja feito de forma calma e controlada para
evitar lesões e estresse desnecessários.
1.
Identificação Individual: Cada animal pode
ser identificado individualmente por meio
de tatuagens ou outros métodos de
marcação para rastreamento e controle de
qualidade.
2.
Condução para a Pocilga de Repouso: Após o
desembarque, os animais são conduzidos
para a pocilga de repouso, onde podem
descansar antes do abate. Este período de
descanso é crucial para o bem-estar animal
e a qualidade da carne.
3.
Baia de Repouso: As baias de repouso
proporcionam um ambiente tranquilo e
confortável para os animais descansarem
antes do abate. Isso ajuda a reduzir o
estresse e garantir a qualidade da carne.
4.
Fatores de Impacto sobre o Bem-Estar e a
Qualidade da Carne:
Vários fatores podem afetar o bem-estar dos
animais e a qualidade da carne durante o
processo de desembarque e abate. Alguns
desses fatores incluem:
Mistura de lotes durante o desembarque.
Manejo inadequado dos animais.
Densidade excessiva nas baias de repouso.
Tempo de espera prolongado.
Desenho inadequado do frigorífico.
Condições ambientais dentro do frigorífico.
Baia de Repouso:
As baias de repouso são áreas projetadas para
permitir que os animais descansem antes do
abate. Essas áreas são essenciais para garantir o
bem-estar dos animais e a qualidade da carne,
pois proporcionam um ambiente tranquilo e
confortável para os animais relaxarem e se
recuperarem do transporte e do desembarque.
Motivos para Utilização da Aspersão de Água
nas Baias de Repouso:
A aspersão de água nas baias de repouso pode
ser realizada por diversos motivos, incluindo:
Higiene: A água pode ajudar a manter as
baias limpas e livres de sujeira e resíduos.
Eficiência do Atordoamento Elétrico: A
umidade na pele dos animais pode melhorar
a eficácia do atordoamento elétrico antes do
abate.
Qualidade da Carne: A aspersão de água
pode ajudar a evitar o ressecamento da pele
dos animais, o que pode afetar
negativamente a qualidade da carne.
Lesões na Pele:
Lesões na pele dos animais podem ocorrer
devido a uma variedade de fatores, incluindo
densidade elevada nas baias, mistura de lotes, e
golpes de mangueira durante o manejo. Essas
lesões podem causar desconforto e estresse nos
animais, além de afetar a qualidade da carne.
Portanto, é importante implementar medidas
para minimizar o risco de lesões durante o
transporte, desembarque e abate dos animais.
BEM ESTAR ANIMAL NA AVICULTURA
Dificuldades e Problemas:
Existem duas principais dificuldades e
problemas associados ao bem-estar animal na
avicultura:
Associar Mínimo Custo aos Elevados
Padrões de Bem-Estar das Aves: É
desafiador equilibrar a busca por custos
mínimos de produção com a garantia de
elevados padrões de bem-estar animal. Este
é um desafio enfrentado pelos produtores
de aves, pois muitas vezes as práticas que
visam melhorar o bem-estar animal podem
aumentar os custos de produção.
1.
Estabelecer Parâmetros Científicos para
Avaliar o Bem-Estar: Outra dificuldade é a
falta de parâmetros científicos claros para
avaliar o bem-estar animal. Avaliar o bem-
estar de animais envolve aspectos físicos,
comportamentais e psicológicos, e muitas
vezes é difícil quantificar esses aspectos de
forma objetiva.
2.
Bem-Estar Animal na Avicultura:
Na avicultura, o bem-estar animal é uma
preocupação crescente e tem implicações tanto
éticas quanto econômicas. A legislação europeia
tem sido pioneira na implementação de
regulamentações para garantir o bem-estar das
aves.
Legislação Europeia: Países como a Suíça
proibiram o uso de gaiolas na criação de
aves, enquanto na União Europeia, a prática
de criar poedeiras livres inicialmente não
teve sucesso econômico. Atualmente,
busca-se uma solução intermediária,
conhecida como "livre dentro de galpões",
que tem sido adotada com sucesso por
produtores em diversos países.
Aparas do Bico: A prática de aparo do bico é
controversa, pois quando feita
inadequadamente pode causar sangramento
excessivo ou queimaduras. Isso está sob
estudo para garantir que seja feito de forma
humanitária e eficaz.
Transporte de Animais:
O transporte de animais, incluindo aves, é uma
etapa crítica que pode impactar
significativamente seu bem-estar. Esta fase
envolve diversas operações, tais como:
Embarque: Momento de carregar os animais
nos veículos de transporte.
Operações Pré-Abate: Incluem apanha
manual das aves e a recepção e espera nos
frigoríficos.
Operações de Abate: Incluem o pendura,
atordoamento e insensibilização das aves
antes do abate.
Operações de Abate:
Durante as operações de abate, é fundamental
minimizar o estresse das aves. Isso pode ser
feito através de técnicas como o uso de luz azul
e a utilização de operadores treinados.
Atordoamento e Insensibilização: O
atordoamento é uma etapa crucial para
garantir que as aves estejam insensíveis à
dor durante o abate. Métodos como a
eletronarcose são comuns, onde uma
corrente elétrica é aplicada por um curto
período de tempo para induzir
insensibilidade antes do abate
propriamente dito.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DAS AVES 
ASPECTOS PRINCIPAIS
ANATOMIA E FISIOLOGIA DAS AVES 
ASPECTOS PRINCIPAIS
Pele:
Duas camadas principais: epiderme
(camada superior) e derme (camada
inferior).
Seboqueratinócitos: células que
revestem a pele e secretam substâncias
oleosas.
Folículos da pele não contêm glândulascomo nos mamíferos.
Cor da pele varia com a presença de
pigmentos.
Penas:
Funções: regulação da temperatura,
proteção e sexagem.
Muda natural e forçada.
Ordem definida na muda.
Crista e barbelas:
Importância na maturidade sexual,
uniformidade do lote e
termorregulação.
Glândula uropigial (glândula do óleo):
Produz substância oleosa para
impermeabilização das penas e
lubrificação do bico.
Escamas:
Presentes em algumas aves.
Esqueleto:
Diferenciado, com poucos ossos e ossos
pneumáticos.
Músculos:
Carne tenra devido ao tecido conjuntivo
pouco desenvolvido.
Diafragma não separa completamente a
cavidade torácica e abdominal.
Sistema urinário:
Composto por rins, ureteres e ausência
de bexiga.
Urina composta principalmente de
ácido úrico.
Sistema digestivo:
Composto por várias partes, incluindo
boca, papo, proventrículo, moela,
intestino delgado e grosso, e cloaca.
Funções de cada parte durante a
digestão.
Sistema respiratório:
Composto por fossas nasais, traqueia,
pulmões, sacos aéreos e ossos
pneumáticos.
Mecanismos de perda de calor e
umidade.
Produção e perda de calor:
Mecanismos de perda de calor incluem
convecção, condução, radiação e
evaporação.
Produção de umidade e amônia:
Processos de produção de umidade e
amônia e suas consequências para a
saúde das aves.
Sistema reprodutivo da galinha:
Estrutura e função do ovário e oviduto.
Estrutura do ovo:
Composição e formação das diferentes
partes do ovo.
Formação do ovo:
Processo de formação do ovo na cloaca
antes da postura.
Sistema reprodutivo do galo:
Estrutura do sistema reprodutivo do
galo, incluindo testículos, canais
deferentes e pênis rudimentar.
Fertilização:
Ocorre no infundíbulo e envolve a
liberação de esperma e armazenamento
de esperma nos ninhos de esperma.
PRODUÇÃO DE 
FRANGOS DE CORTE
PRODUÇÃO DE 
FRANGOS DE CORTE
PRODUÇÃO DE FRANGOS DE CORTE
45g em 42 dias (1080 horas) resultando
em 2,600 Kg, com um ganho médio de
60,8 g/dia ou 2,53 g/hora.
Sistemas de criação de aves:
Integração:
Cooperativa
Independente
Sistema integrado
Sistema integrado:
Aliança de vários setores da criação e
abate de frangos para dividir custos e
lucros visando a viabilidade e
racionalização da produção industrial.
Modelo predominante no Brasil.
Benefícios:
Integrador: Redução de problemas
trabalhistas.
Avicultor: Aumento da responsabilidade
sobre o processo produtivo.
Sistema integrado - EMPRESA (e.g.,
BRF):
Projeto técnico para construção do
aviário.
Fornecimento de pintinhos de um dia.
Provisão de medicamentos, vacinas e
desinfetantes.
Suprimento de rações e insumos.
Assistência técnica.
Gerenciamento do transporte.
Realização do abate e comercialização.
Remuneração do granjeiro de acordo
com os índices de produtividade do lote
(ganho de peso, conversão alimentar,
etc).
Sistema integrado - GRANJEIRO:
Criação das aves de corte.
Gestão da mão de obra.
Manutenção das instalações.
Preparação da cama do aviário.
Manutenção e operação dos
equipamentos (comedouros,
bebedouros, aquecimento,
resfriamento).
Sistema de cooperativismo:
O avicultor participa das decisões da
empresa.
A cooperativa é administrada pelos
próprios associados.
Risco dos lucros ou prejuízos é
compartilhado.
Cooperativa Agroindustrial:
Produz insumos (pintos, ração)
repassados ao cooperado pelo custo de
produção.
Remuneração baseada no custo de
produção (incluindo despesas
administrativas e operacionais).
Distribuição do lucro decidida em
assembleias: novos investimentos,
reserva, distribuição entre cooperados.
Sistema de produção independente:
Avicultor responsável por todas as fases
do processo:
Instalações.
Equipamentos.
Aquisição de pintinhos.
Aquisição de ração.
Comercialização das aves para abate.
Assistência técnica.
Medicamentos e vacinas
Enfrenta riscos de mercado.
Prevaleceu até a década de 90,
persistindo em algumas regiões.
Produção independente:
Caracterização:
Produtor rural: pessoa física ou jurídica.
Responsável por todo o processo
produtivo: instalações, equipamentos,
mão de obra, nutrição, assistência
técnica, comercialização das aves, etc.
Instalações:
Localização:
Alto, ventilado e seco.
Topografia plana.
Afastado de rodovias, povoamentos e
setores industriais.
Rede elétrica disponível.
Água de qualidade.
Galpões ou aviários:
Local de criação das aves.
Boa drenagem hídrica.
Movimentação natural de ar.
Vias de acesso apropriadas.
Sombreamento/corta vento.
Orientação leste-oeste para reduzir a
incidência de luz direta nas paredes laterais.
Outras características dos galpões:
Telhado:
Pintura reflexiva (branco).
Inclinação adequada.
Uso de forro sob a cobertura.
Material isolante térmico para reduzir
entrada/saída de calor conforme a
temperatura.
Piso:
Concreto ou terra batida.
Declividade de 2% para drenagem.
Silos para armazenamento de ração:
Tamanho ideal para armazenar ração
para 5 dias.
Ideal: 2 silos por galpão.
Vedados, secos, limpos e desinfetados
entre lotes.
Dimensionamento do galpão:
Largura:
Clima úmido: 8 a 10 m.
Clima quente e seco: 10 a 14 m.
Comprimento: 100 a 140 m (recomendação:
125 m).
Beiral: 1,5 a 2 m.
Altura do pé direito varia de acordo com a
largura para favorecer a ventilação.
Campânulas ou fornalhas:
Função: Fornecer calor na fase inicial.
Fontes de energia:
Gás.
Biogás.
Lenha.
Carvão.
Elétrica.
Tipos de aquecimento:
Localizado (focal): Campânulas.
Ambiente: Fornalhas.
Cortinas:
Dependem do tipo do galpão.
Impedem a entrada de água da chuva no
galpão.
Proporcionam proteção contra ventos
fortes.
Cores escolhidas visando o bem-estar das
aves.
Forro e Cortinas para Alojamento:
Podem ser nas cores azul, amarela ou preta.
Tipos de comedouros:
1 a 14 dias de vida:
Bandeja
Tubular infantil
Automático (prato)
Acima de 14 dias:
Tubulares: 1 comedouro para 30 a 40 aves; 1
comedouro para 80 a 100 pintos
Ferramentas:
Automático linear (corrente): 2,5 cm linear
por ave
Automático helicoidal (prato): 1 comedouro
para 40 a 50 aves
Comedouro tubular:
Pode ser usado para aves infantis e adultas.
Comum em aviários antigos.
Pode causar desuniformidade no lote.
Comedouros:
Infantis: 1 comedouro para 40 pintos - do
nascimento aos 18 dias de idade.
Tubulares: 1 comedouro para 40 frangos - a
partir de 7 dias de idade.
Comedouro automático tipo helicoidal:
A altura do comedouro deve ser ajustada de
acordo com a idade e tamanho das aves.
Recomenda-se seguir as especificações do
fabricante.
Comedouros Tuboflex (tubo + prato): 1 prato
para 55 aves - a partir do 1º dia de idade.
Bebedouros:
A água deve ser limpa, fresca e com vazão
adequada.
Bebedouro infantil (pressão): 1 para 80 aves
até o 3º dia de vida.
Bebedouro pendular: sistema aberto.
Bebedouro nipple: sistema fechado.
Bebedouros pendulares - sistema aberto:
1 para cada 100 aves.
Utilizados a partir do 1º dia de vida.
Difícil manter a limpeza da água.
Requer limpeza diária, o que demanda mais
mão de obra.
Pode haver desperdício de água e problemas
com a cama.
Bebedouro tipo Nipple - sistema fechado:
1 para cada 10-12 aves.
Utilizados a partir do 1º dia de vida.
Menor chance de contaminação.
Não exige limpeza diária.
Cuidado com a vazão da água, pois pode
afetar o ganho de peso das aves no verão.
Regulagem de altura do bebedouro Nipple:
Nos primeiros 3 dias de vida: altura dos
olhos das aves.
Após os 3 primeiros dias: acima da cabeça
das aves.
Círculos de proteção:
Feitos de folha de Eucatex com 50 cm de
altura.
Inicialmente, um círculo de cerca de 5
metros de diâmetro.
Mantêm os pintinhos aquecidos e
concentrados próximos ao aquecedor,
comedouro e bebedouro.
Devem ser abertos gradativamente
conforme a idade, temperatura, época do
ano, densidade, umidade da cama, etc.
Na saída do lote anterior:
Retirar restos da ração.
Remover equipamentos, lavando-os,
desinfetando-os e expondo-os ao sol.
Retirar a cama, utilizando lança-chamas, se
necessário.
Varrer tetos, telas, paredes, silos e pisos.
Lavar com água sob pressão, com sabão ou
detergente, o teto, paredes, equipamentos
fixos e piso.
Utilizar desinfetantes.
Fazer o controle de insetos e ratos.
Aplicar cal hidratada(1 kg para cada 5 m²).
Realizar o vazio sanitário por 10 dias.
Preparativos para a chegada dos pintinhos:
Espalhar a cama por todo o galpão.
Verificar o bom estado e funcionamento das
cortinas, mantendo-as fechadas.
Preparar os círculos de proteção.
Instalar e testar as campânulas com
antecedência.
Ligar as campânulas de 1 a 2 horas antes da
chegada dos pintinhos.
Garantir ração e água nos comedouros e
bebedouros.
Transporte dos pintainhos para a granja:
Ambiente de transporte adequado
(ventilação, temperatura, umidade).
Mão-de-obra treinada para evitar
movimentos bruscos.
Manutenção regular dos caminhões.
Chegada na granja dentro do horário
previsto.
Manejo na chegada dos pintinhos:
Descarregar rapidamente e colocá-los nos
círculos de proteção com cuidado.
Orientar os pintinhos para os comedouros e
bebedouros.
Retirar as caixas do galpão e queimar
jornais e resíduos.
Evitar amontoamento e baixas
temperaturas.
Alojamento dos pintinhos:
Distribuir os pintinhos nos círculos de
proteção logo após a chegada.
Pesar 5% das caixas para verificar o peso
inicial.
Condicionar os pintinhos para beber água e
ração.
Verificar a temperatura adequada.
Preparação do galpão:
Utilizar círculos de proteção ou salas para
alojar os pintinhos.
Providenciar piso forrado com jornal nos
primeiros dias.
Dispor fonte de aquecimento, bebedouros e
comedouros na proporção adequada.
Controle da temperatura:
Iniciar com temperatura em torno de 33°C
no primeiro dia e reduzir gradativamente.
Manter entre 22°C e 25°C após os 25 dias,
utilizando mecanismos de arrefecimento.
Avaliação da qualidade dos pintinhos:
Plumagem seca.
Atividade.
Olhos brilhantes.
Patas brilhantes e sem deformidades.
Tamanho e cor uniformes.
Umbigo bem cicatrizado e limpo.
Checagem dos Pintos 1 (4 a 6 horas após o
alojamento):
Realizar amostragem de 100 pintos por
pinteiro.
Verificar a temperatura dos pés das aves,
comparando com o pescoço ou o rosto do
examinador.
Se os pés estiverem frios, reavaliar a
temperatura de pré-aquecimento.
Consequências da Cama Fria:
Baixo consumo precoce de ração.1.
Baixo crescimento.2.
Baixa uniformidade.3.
Checagem dos Pintos 2 (24 horas após o
alojamento):
Examinar o papo dos pintinhos na manhã
seguinte ao alojamento para confirmar se
tiveram acesso à água e alimento.
Nesse momento, os papos de 95% das aves,
no mínimo, devem estar macios e flexíveis
ao toque, indicando que os pintos tiveram
acesso à água e à ração.
Examinar 100 pintos por pinteiro.
O resultado desejado é a presença de água e
ração em 95% dos papos.
Outras características dos galpões:
Funções da Cama:
Material distribuído sobre o piso do galpão
para servir de cama para as aves.
Absorver umidade e diluir excretas,
minimizando o contato com as aves.
Fornecer isolamento térmico em relação à
baixa temperatura do piso.
Absorver o impacto do peso da ave,
evitando lesões nas patas e no peito.
Afetar diretamente a qualidade do ar dentro
do aviário.
Problemas relacionados à amônia (NH3):
Queimaduras no coxim plantares (calos).
Irritação ocular e da pele.
Calos de peito.
Perda de peso e desuniformidade do lote.
Suscetibilidade a doenças.
Materiais Utilizados na Cama:
Maravalha (pinus ou madeira).
Bagaço de cana.
Casca de arroz, café ou amendoim.
Capim elefante.
Sabugo de milho triturado.
Ideal: 5 a 7 cm de altura.
Qualidade da Cama:
Boa absorção de umidade, sem empastar
(evitando a amônia).
Baixo nível de poeira.
Livre de fungos, insetos e outros
contaminantes.
Nova, limpa e seca.
Umidade ideal: 25%.
Altura da cama: 5-10cm (capacidade de
amortecimento e condutividade térmica).
Reutilização da Cama:
Razões: custo do material, mão-de-obra,
escassez de materiais e impacto ambiental.
Densidade de Alojamento:
Garante o bem-estar e espaço adequado ao
desempenho máximo das aves.
Depende do tipo de galpão, ventilação,
clima e peso de abate.
Densidade ideal: de 30 a 42kg/m².
Problemas de densidade inadequada: lesões,
mortalidade e integridade da cama
comprometida.
Cálculo da Densidade (nº aves/m²):
Área do galpão (comprimento x largura).
Exemplo: Galpão de 125m de comprimento e
12m de largura = 1500m².
Densidade de 12 aves/m²: 1500m² x 12 =
18.000 aves no galpão.
Indicativos de Superpopulação:
Redução da taxa de crescimento.
Aumento da mortalidade.
Cama de baixa qualidade e defeitos de
pernas.
Problemas na qualidade da carne e condição
da pele.
Consumo de Água:
O consumo de água aumenta em 6% para
cada grau de aumento de temperatura,
entre 20-32 ºC.
O consumo de água aumenta em 5% para
cada grau de aumento de temperatura,
entre 32-38 ºC.
O consumo de ração diminui em 1,23% para
cada grau de aumento de temperatura
acima de 20 ºC.
Registros de Produção:
Informações Iniciais:1.
Número inicial de aves, origem do lote,
data e hora da chegada, qualidade dos
pintos (peso vivo, uniformidade e
mortalidade na chegada).
Mortalidade:2.
Mortalidade diária, semanal e
acumulada.
Vacinação:3.
Datas de vacinação.
Peso Corporal:4.
Peso corporal médio semanal.
Entrega de Ração:5.
Quantidade e data de cada entrega de
ração.
Consumo de Ração e Água:6.
Consumo diário de ração e água.
Registro de Temperatura:7.
Registro de temperatura máxima e
mínima, e umidade relativa do ar.
Indicadores de Produção:
Consumo de Ração (CR):1.
Consumo de ração do lote em relação ao
número de aves retiradas.
Conversão alimentar (CA): consumo de
ração do lote dividido pelo peso vivo do
lote.
Viabilidade (VB):2.
Percentual de frangos retirados em
relação ao número de pintos recebidos.
Índice de Eficiência Produtiva (IEP):3.
Calculado com base no peso médio,
viabilidade e idade ao abate, em relação
à conversão alimentar.
Programas de Luz:
Descrição dos programas de luz utilizados,
incluindo os objetivos e métodos adotados
para maximizar a produtividade das aves e
controlar problemas de saúde associados ao
desenvolvimento rápido.
Avaliações do Lote:
Avaliações semanais incluindo peso médio,
consumo de ração, mortalidade, conversão
alimentar e descarte de refugos.
Destino das Aves Mortas:
Métodos e procedimentos para o descarte
adequado das aves mortas, visando evitar a
proliferação de microrganismos
patogênicos e garantir práticas sustentáveis
de manejo.

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