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PRODUÇÃOPRODUÇÃO de aves e suinos Exigências do mercado consumidorExigências do mercado consumidor Segurança alimentar: Garantia de que os produtos sejam seguros para o consumo, desde a produção até o processamento. Bem-estar do trabalhador: Ambiente de trabalho seguro e saudável, com condições dignas e justas para o trabalhador, treinamento adequado, etc. Bem-estar animal: Criação dos animais em condições que minimizem o estresse e o sofrimento desde a produção até o abate. Proteção do ambiente e recursos naturais: Preservação da biodiversidade, recursos hídricos, qualidade do solo. Eficiência energética: Otimização do uso de energia na produção, reduzindo custos e impactos ambientais. Tecnologias adequadas: Uso de tecnologias compatíveis com a realidade regional, promovendo a produtividade e competitividade do setor. Exigências do mercado consumidorExigências do mercado consumidor Durante 2000-2012, houve um aumento notável no consumo global de carnes, com carne de aves crescendo 23,7% e peixes 19,6%. A carne suína também cresceu, registrando um aumento de 5,4%. O consumo médio de carnes por pessoa aumentou em cerca de 11,3kg, impulsionado pelo crescimento econômico em países em desenvolvimento. A carne suína é a proteína mais consumida globalmente, com aumento de 60% no consumo per capita entre 1970 e 2012, prevendo-se alcançar 16,3kg por pessoa até 2020. Países como Dinamarca, Espanha e Hong Kong lideram o consumo per capita, enquanto a China é o maior consumidor quantitativo, respondendo por 45% do consumo mundial. Evolução da indústria avícolaEvolução da indústria avícola A evolução da indústria avícola no Brasil é notável, com fatores fundamentais como clima favorável, tecnologia, e um grande mercado consumidor. O preço do frango abatido diminuiu significativamente ao longo dos anos, tornando-o mais acessível em comparação com a carne bovina. A indústria avícola oferece uma variedade de produtos, desde cortes tradicionais até miúdos. O mercado de ovos também está em expansão, proporcionando oportunidades de trabalho tanto na área de produção animal quanto na comercial. No entanto, a falta de mão de obra especializada é um desafio. Quanto à carne suína, o Brasil é um dos principais produtores e exportadores do mundo, embora tenha enfrentado desafios recentes devido à concorrência com outras carnes, como a de frango. A evolução genética e das instalações na suinocultura tem proporcionado melhorias na qualidade do produto, tornando-a mais atrativa para os consumidores. O trabalho com suínos oferece vantagens, como facilidade de manejo e inteligência dos animais, sendo promissor especialmente para mão de obra feminina. Aves especializadas para postura: Não é utilizada para corte porque a carne fica mais dura, então será utilizada para produtos processados. ex: nuggets. Carne suína: Era a carne mais consumida no mundo até 2019, sendo ultrapassada pelo frango em 2020. É vantajoso na suinocultura a facilidade de manejo dos suínos e a inteligência deles. MELHORAMENTO GENÉTICO APLICADO À PRODUÇÃO DE SUÍNOS MELHORAMENTO GENÉTICO APLICADO À PRODUÇÃO DE SUÍNOS Raças e Linhagens na Produção de Suínos Definição: Grupos de animais com características específicas de exterior, cor de pelagem, perfil fronto-nasal, cabeça e orelhas, criados e selecionados separadamente de outros genótipos e agrupados em registros genealógicos. Classificação: Por perfil fronto-nasal Por tipo de orelhas Pela cor da pelagem Pela origem (nacionais e estrangeiras) Raças e Linhagens: Raças puras: São homozigotos para cor de pelagem. Linhagens ou linhas genéticas: São grupos ou famílias de animais de uma raça selecionada para expressão mais intensa de uma determinada característica. Linha materna: Machos e fêmeas selecionados para aumento da prolificidade e habilidade materna. Linha paterna: Machos e fêmeas selecionados para aumento da taxa de crescimento, eficiência alimentar e deposição de carne na carcaça. Classificação pela Origem: Nacionais: Piau, Moura, Nilo, Canastra, Tatu, Pereira, Caruncho, Pirapetinga, Casco de mula. Características: Adaptação às condições climáticas, resistência a doenças, produção com baixo nível de insumos, importância social. Estrangeiras: Landrace, Large White, Duroc, Pietrain, Hampshire, Maishan, Yorkshire. Características: Alta produtividade, alta prolificidade, qualidade de carne, rendimento de carcaça, conversão alimentar. Exemplos de Raças: Landrace: Origem: Desenvolvida no norte da Espanha, Portugal, França e Itália. Características: Pelagem branca, perfil retilíneo, orelhas célticas, grande capacidade de produção de leite, alta taxa de crescimento, baixa deposição de gordura. Large White: Origem: Desenvolvida na Inglaterra. Características: Pelagem branca, orelhas asiáticas, alta prolificidade, alto crescimento diário, eficiência alimentar. Duroc: Origem: Desenvolvido no século 19 nos EUA. Características: Pelagem vermelha, bom comprimento corporal, boa taxa de crescimento, baixa habilidade materna. Estruturas do Melhoramento Genético: Granja-núcleo: Concentrado nas mãos de empresas de melhoramento, alto investimento em genética, controle de acasalamento, alta intensidade de seleção. Granja multiplicadora: Integrada às granjas núcleo, realiza cruzamentos de acordo com o programa de melhoramento, promove cruzamentos entre animais puros e sintéticos. Granja comercial: Recebe animais das granjas multiplicadoras e promove o cruzamento desses animais, produzindo animais para abate. Cruzamentos Industriais: As raças Duroc, Hampshire e Pietran possuem uma maior porcentagem de gordura intramuscular e proporcionam um melhor sabor, suculência e maciez à carne. Principais raças maternas para cruzamentos: Landrace Large White Wessex (sendo a melhor entre as três) Principais características das raças maternas: Aptidão materna Alta prolíficidade Boa capacidade de produção de leite Pequena espessura do toucinho Boa conversão alimentar Principais raças paternas para cruzamentos: Duroc Hampshire (este último especialmente para fêmeas cruzadas) Principais características das raças paternas: Elevada conversão alimentar Elevada capacidade de produção de carne Boa qualidade da carcaça Alta precocidade Valores de herdabilidade para suínos: Comprimento da carcaça: 60% Espessura do toucinho: 50% Pernil em relação ao peso da carcaça: 60% Cortes gordos sobre o peso da carcaça: 60% Gordura: 63% Conversão alimentar (C.A.): 31% Velocidade do crescimento (Precocidade): 29% Peso da ninhada na desmama: 17% Número de leitões desmamados: 12% Número de leitões nascidos: 15% Características consideradas na seleção de raças: Prolificidade Crescimento Taxa de músculo Marmoreio de carne Aspectos comportamentais Rusticidade e resistência a doenças Qualidade e alinhamento do aparelho mamário e número de tetas Espessura de toucinho Área de olho de lombo Qualidades maternais Longevidade Aprumos Taxa de sobrevivência desmame-venda GESTÃO DA CADEIA DE PRODUÇÃO DE AVES E SUÍNOS - Sistemas de criação GESTÃO DA CADEIA DE PRODUÇÃO DE AVES E SUÍNOS - Sistemas de criação Ciclo de Produção de Suínos: O ciclo de produção de suínos compreende diversas fases, sendo as principais: Gestação:1. Período em que as fêmeas suínas prenhes são mantidas separadas para gestação e recebem os cuidados necessários durante esse período. Maternidade:2. Etapa em que as porcas dão à luz e cuidam dos leitões recém-nascidos. Creche:3. Fase em que os leitões desmamados são criados em ambientes específicos com alimentação adequada e cuidados especiais. Recria:4. Momento em que os suínos já desmamados continuam seu desenvolvimento até atingirem um peso específico. Terminação:5. Última fase antes do abate, onde os suínos alcançam o peso ideal para o abate. Sistema Agroindustrial de Produção de Suínos: Existem diferentes tipos de produção de suínos, incluindo: Produção de Ciclo Completo:1. Engloba todas as fases de produção, desde a gestação até a terminação. Inclui a produção de leitões desmamados e leitões para terminação.Produção de Somente uma Fase de Criação:2. Consiste na produção de apenas uma fase do ciclo de produção, como apenas a fase de terminação. Sistema de Produção de Suínos: Os sistemas de produção de suínos podem variar de acordo com o porte da criação e o tipo de manejo, incluindo: Sistema Extensivo:1. Os suínos são mantidos soltos, sem instalações específicas. Baixa preocupação com produtividade e rentabilidade. Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre (Siscal): 2. Os suínos são mantidos ao ar livre, com menor custo de implantação e facilidade de ampliação. Sistema Intensivo Misto ou Semiconfinado:3. Combinação de confinamento com uso de piquetes para algumas categorias de suínos. Sistema Intensivo Confinado:4. Todas as categorias de suínos são mantidas confinadas sob piso e cobertura. Maior preocupação com produtividade e rentabilidade. Sistema de Produção em Cama Sobreposta:5. Utilização de cama de material diverso para conforto dos suínos e redução de amônia. Sistema de Criação "Wean to Finish":6. Os suínos permanecem no mesmo local desde o desmame até o abate. FISIOLOGIA DOS SUÍNOSFISIOLOGIA DOS SUÍNOS Dentição: Dentição de Leite: 32 dentes (12 incisivos, 4 caninos, 16 pré-molares) Dentição Permanente: 44 dentes (12 incisivos, 4 caninos, 16 pré-molares, 12 molares) Sistema Termorregulador: Os suínos são sensíveis ao frio quando jovens devido ao pouco desenvolvimento do aparelho termorregulador, mas tornam-se mais sensíveis ao calor quando adultos. Os leitões perdem temperatura após o nascimento, mas o aparelho termorregulador só começa a funcionar plenamente após 48 horas. Os adultos possuem uma camada de gordura que atua como isolante térmico. O suíno possui um pequeno grupo de glândulas sudoríparas e perde calor principalmente pela respiração, o que os torna suscetíveis à morte por asfixia em condições de superaquecimento. Sistema Digestivo: Os suínos são onívoros, o que significa que consomem uma variedade de alimentos, incluindo vegetais e carne. 1. Eles possuem um sistema digestivo monogástrico com um ceco simples não funcional. 2. O estômago dos suínos é simples e a digestão ocorre principalmente através de processos enzimáticos. 3. Eles têm uma capacidade limitada de armazenamento de alimentos, em torno de 8 litros. 4. Os suínos têm uma capacidade relativamente baixa de sintetizar nutrientes e digerir fibras, com uma digestão eficiente de carboidratos, gorduras e proteínas. 5. Sistema Imunológico: A transferência de imunoglobulinas ocorre após o parto, principalmente nas primeiras 6 horas de vida. Os leitões que nascem com anticorpos indicam a pré-existência de infecção. O colostro, que é um transudato do soro sanguíneo com alta concentração de anticorpos, é essencial para a imunidade passiva dos leitões. A imunocompetência fetal ocorre por volta de 70 dias após a concepção, durante a fase fetal. O sistema imunológico dos suínos é ativado por eventos como o parto, o consumo de colostro e o ambiente. Os suínos produzem IgA nos sistemas digestivo, urogenital, respiratório e mamário, conferindo imunidade local em várias áreas do corpo. Na imunidade intestinal dos leitões temos: 1° estágio - imunidade materna pelos anticorpos colostrais 2° estágio - síntese de Ig A pelo intestino delgado a partir de 15 dias e substituição da imunidade colostral. O estado imunitário dos leitões pode ser alterado por estresses ambientais, estresse social (produção elevada de esteróides). Longevidade: A vida útil média dos suínos é de 2,5 a 3 anos, com cerca de 6 a 7 partos durante esse período. No entanto, sua expectativa de vida total pode chegar a 10 anos. Aspectos Reprodutivos: Os suínos têm um ciclo estral poliéstrico anual, com duração média de 21 dias. O ciclo estral é dividido em fases: proestro, estro, metaestro e diestro, cada uma com características comportamentais e fisiológicas específicas. Fase Folicular: Proestro: Esta fase, que dura de 1 a 3 dias, é caracterizada pelo crescimento e maturação dos folículos ovarianos. Durante o proestro, há um aumento nos níveis de estrógeno, o que leva a sinais externos evidentes, como edema, hiperemia e aumento da secreção vulvar. No entanto, a fêmea ainda não está receptiva ao macho durante esta fase. 1. Estro: O estro é a fase mais perceptível do ciclo estral, durando entre 50 a 60 horas, sendo mais curto em marrãs. Durante o estro, os níveis de estrógeno atingem seu pico máximo, resultando em alta receptividade sexual. A porca torna-se ativamente procuradora de machos e outras fêmeas, exibindo sinais como tolerância à monta, redução do apetite e edema e hiperemia da vulva. A ovulação ocorre no terço final do estro, geralmente entre 35 a 44 horas após o início. 2. Fase Luteal: Metaestro: Esta fase, que dura de 2 a 3 dias, é caracterizada pela formação ou manutenção do corpo lúteo. Os níveis de estrógeno diminuem para níveis basais, enquanto os corpos lúteos começam a se formar ou permanecer no ovário. Durante o metaestro, a fêmea não está receptiva ao macho. 1. Diestro: Esta é a fase mais longa do ciclo estral, durando de 7 a 12 dias. Durante o diestro, os níveis de progesterona estão elevados devido à presença de corpos lúteos funcionais. As fêmeas vazias apresentam regressão dos corpos lúteos por volta do dia 15-16 do ciclo, preparando-se para um novo ciclo estral. 2. As fêmeas suínas alcançam a puberdade por volta de 150 dias de idade e têm um ciclo estral de 21 dias, com um intervalo de desmame para o cio ideal de 4 a 5 dias. A gestação dos suínos dura em média 114 dias, e as fêmeas geralmente têm de 2,3 a 2,4 partos por ano. Os machos suínos atingem a puberdade por volta de 4 a 5 meses de idade e podem ser utilizados para inseminação artificial a partir dos 8 meses. O tempo médio para o primeiro cio das marrãs é de 10 meses. CUIDADOS COM FÊMEAS GESTANTES:CUIDADOS COM FÊMEAS GESTANTES: Primeiro Mês é Muito Importante: Evite a mistura de porcas, nutrição inadequada, temperatura inadequada e estresse, pois esses fatores podem provocar morte embrionária, retorno ao cio e nascimento de leitegadas pequenas. A maioria das perdas embrionárias ocorre até 30 dias após a fecundação, tornando este período crítico. Formação do Embrião: Até 35 dias de gestação ocorre a formação do embrião. Após 35 dias, inicia-se a formação do esqueleto, denominado feto. Fatores que Influenciam a Gestação: Meio Ambiente e Alojamento: Controle de temperatura, ventilação e eliminação de gases. Acesso individual à alimentação. Alojamento em celas individuais ou baias coletivas. Espaço adequado. Nutrição: Fornecimento de quantidade adequada de ração. Manutenção do escore corporal. Utilização de ração laxativa, se necessário. Movimentação: Evite movimentar as fêmeas até 40 dias de gestação. Água e Ração de Boa Qualidade: Forneça água à vontade para evitar aumento da umidade nas instalações, o que pode favorecer o desenvolvimento de fungos prejudiciais. Cuidado com Micotoxinas: Monitore a presença de micotoxinas na alimentação, pois podem afetar a saúde das porcas gestantes e suas crias. Manejo Reprodutivo na Gestação: Uso do macho na gestação pode ter efeitos estimuladores, reduzir o intervalo desmama-cio e detectar retornos ao estro. Diagnóstico de Gestação: Pode ser realizado por palpação retal, ultrassonografia, sinais de gestação avançada, retorno ao estro e determinação hormonal. Manejo de Leitoas para Reprodução: Introdução e adaptação das leitoas devem ser feitas de forma criteriosa para garantir o sucesso reprodutivo. Seleção das leitoas na granja, compra de leitoas com critérios específicos de idade e peso. Verificação das condições de saúde e alojamento das leitoas após a chegada à granja. Estímulo de Leitoas Pré-Puberes: Promove mudanças no ambiente e manejo para reduzir a idade da primeira cobrição e aumentar a vida útil das fêmeas. Pode incluir transporte, mescla com fêmeas estranhas e contato com macho maduro. Objetivos: Reduzir a idade da primeira cobrição. Aumentar a vida útil das fêmeas. Aumentar o número de leitões.Como fazer? Provocar mudanças no ambiente e manejo. Submeter as fêmeas a estímulos. Transporte e translado para um novo alojamento: 26% das leitoas apresentam cio após uma semana. Mescla com fêmeas estranhas: Misturar animais com idades entre 170 a 220 dias. 30 a 40% das leitoas apresentam cio dentro de 4 a 10 dias (estresse de curta duração). Contato com cachaço maduro: Machos com idade superior a 10 meses (feromônios). Rotação de machos para renovação de estímulos. Machos com alta libido e interesse. Regularidade do estímulo, apresentação diária por 20 minutos, duas vezes por dia. Leitoas com mais de 150 dias. Condução das leitoas até a baia do macho. Importância do macho: O tratamento reduz o intervalo entre o contato com o macho e o início da puberdade. Idade média das leitoas no primeiro contato com o macho: 164 dias. Flushing: O flushing é uma prática que envolve alimentar as fêmeas com uma dieta rica em energia antes do período de cobertura. Aqui estão os detalhes: Dieta a vontade com alto nível de energia, fornecida no período pré-cobertura: Para leitoas: 14 a 21 dias antes da cobertura. Para porcas: IDC (Intervalo Desmama Cobertura). Objetivos: Maximizar o potencial ovulatório através do status hormonal mais adequado. Aumentar o número de nascidos vivos. Identificação do Cio: A fêmea suína é poliéstrica não estacional, com um ciclo de 17 a 25 dias (média de 21 dias). Fases do ciclo: Proestro (início da fase folicular) - 3 dias.1. Estro (40 a 60 horas - 2 a 3 dias), sendo 47 horas para marrãs. 2. Metaestro - 3 a 6 dias.3. Diestro - 9 a 13 dias.4. Ovulação dura de 1 a 3 horas (ocorre 30 horas após o pico de LH). IDC longo resulta em cio curto (para primíparas), enquanto IDC curto resulta em cio longo (para porcas). Modificações externas: Edema e hiperemia de vulva. Ocasionalmente, podem ocorrer descargas vulvares. Modificações comportamentais: Inquietação. Diminuição do apetite. Interesse do macho pela matriz. Reflexo de tolerância ao homem/macho - imobilidade da fêmea ao ser montada. A duração do cio varia de 40 a 60 horas, com uma média de 47 horas. Observação de cio: Durante as primeiras 10-12 horas do estro, a fêmea não é estimulada pelo homem, mas é estimulada pelo macho. Durante as últimas 10-12 horas do estro, a fêmea somente é estimulada pelo macho. O cio é diagnosticado duas vezes ao dia com intervalos de 12 horas. Esquema de cobertura: Marrãs; Fêmeas adultas. Fases do ciclo estral: Proestro; Estro; Metaestro; Diestro. Momento de Inseminar: Reflexo de imobilização positivo frente ao cachaço (RTM); Reflexo de tolerância ao teste da monta pelo homem (RTM). Esquema de inseminação: Diferenças entre Porcas e Marrãs: Porcas: Intervalo de 12 horas pós início do cio; Marrãs: Intervalo de 0 hora pós início do cio. Ovulação: Marrãs: 24 a 36 horas; Porcas multíparas: 33 a 39 horas. Primeira cobertura: 4 a 12 horas antes da ovulação. Número de coberturas: 2 a 3. Fatores de risco para inseminações múltiplas: endometrite. INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Favoreceu a difusão de características desejáveis nos rebanhos. Avaliação do ejaculado antes da sua deposição no sistema reprodutor da fêmea. Um ejaculado produz 20 a 24 doses. PROTOCOLO DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Depende da ordem de parto da fêmea. Protocolos de 1 ou 2 doses/dia. Não inseminar depois do cio (RTH). MANEJO REPRODUTIVOMANEJO REPRODUTIVO TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO Inseminação Tradicional: Na presença do macho. Inseminação Pós Cervical: Utiliza pipeta e cateter; Sem necessidade do macho. GESTAÇÃO Acompanhar o desenvolvimento da gestação. Desenvolvimento da barriga e glândula mamária. Correção do escore corporal nos primeiros 60 dias de gestação. Transferência para maternidade 3 a 7 dias antes do parto. MANEJO DE MACHOS REPRODUTORES E INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL MANEJO DE MACHOS REPRODUTORES E INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL MANEJO DE CACHAÇOS Condicionamento à monta O condicionamento à monta começa por volta dos 7 a 8 meses de idade. Os machos são apresentados às fêmeas, observando-se o comportamento do cachaço, corrigindo montas errôneas, auxiliando na introdução do pênis e evitando excesso de montas frustradas. Os machos híbridos tendem a ter maior interesse e agressividade sexual e são frequentemente apresentados ao manequim. Fases da monta Prelúdio: envolve a apresentação da fêmea até o início da ereção, com a fêmea imóvel. Durante esta fase, observam-se comportamentos como a pressão do flanco e abdômen, avaliação do odor da vulva, tentativa de monta e urina. A duração é de 5 a 10 minutos. Monta: inicia-se com o salto sobre a fêmea, seguido pela fixação pelo abraço, movimentos rítmicos para exteriorização do pênis e procura da vulva. A introdução do pênis até a cervix, fixação e ejaculação ocorrem durante esta fase. A monta dura de 3 a 20 minutos, enquanto a ejaculação dura de 5 a 10 minutos. Descida: caracterizada pelo relaxamento e retração do pênis e descida do macho. Fatores de importância para uso do cachaço Idade: os machos começam a ser utilizados para reprodução a partir de 7,5 a 8 meses de idade. Frequência de utilização: machos entre 7 e 10 meses têm menor utilização que os adultos, o que pode resultar em redução no número de espermatozoides, menor fertilidade das fêmeas e esgotamento físico. Número de fêmeas por cachaço: em monta natural, recomenda-se 1:25 e em inseminação artificial, 1:100. Sistema de monta: pode ser livre ou controlada, sendo importantes o local de cobertura e as instalações para garantir o estímulo adequado às fêmeas, melhor manejo e aumento do índice de concepção. Transporte e introdução de machos Ao descer do caminhão, os machos devem ser tratados com cuidado para evitar situações de estresse. Em seguida, devem ser encaminhados ao quarentenário para adaptação. Descarte e taxa de reposição de machos Os machos são geralmente utilizados por 3 a 3,5 anos antes do descarte. Efeito de altas temperaturas As altas temperaturas podem afetar negativamente a libido e a qualidade do sêmen dos machos suínos. Estratégias de manejo, como nebulização, ventilação forçada e gotejamento controlado, podem ser adotadas para minimizar os efeitos do estresse térmico. Reprodutores comerciais Diversas linhagens de machos reprodutores comerciais estão disponíveis, cada uma com suas características genéticas e desempenho reprodutivo. Amadurecimento sexual do macho O amadurecimento sexual dos machos é avaliado com base em características qualitativas e quantitativas do sêmen, como volume, motilidade, concentração e morfologia dos espermatozoides. Vida útil de um reprodutor na granja A vida útil de um reprodutor é calculada desde o primeiro serviço até o descarte, geralmente entre 210 e 240 dias. Para machos na granja comercial, essa vida útil pode se estender até os 2 a 3 anos de idade. O cálculo da vida útil (V.U.) é realizado subtraindo a idade do descarte pela idade do primeiro serviço, dividindo o resultado pelo número de dias em um ano (365 dias). Por exemplo, se um macho é descartado aos 3 anos de idade (ou 1095 dias): V.U. = (1095 dias - 225 dias) / 365 dias = 2,4 anos de vida útil. A taxa de reposição anual é calculada dividindo 100 pela vida útil (V.U.), resultando em uma taxa de reposição de 41,7%. Alojamento dos machos Alojamento individual em: Baias ou gaiolas Tipos de piso: Compacto ou ripado Disponibilidade de: Cocho Sistema de arraçoamento: Manual ou automático Alimentação restrita com acompanhamento do escore de condição corporal Acesso à água fornecida à vontade através de chupeta Ambiência controlada entre 18 a 24°C Coleta de sêmen Procedimentos: Retirada do macho da baia Limpeza a seco do prepúcio Etapas na sala de coleta: Prelúdio Monta Coleta Equipamentos utilizados: Sala de coleta Box de coleta Manequim de coleta Técnicas de coleta: Mão enluvada Coleta automática Avaliação andrológica Aspectos avaliados: Potência coeundi (libido e capacidade de realizar a monta) Potência generandi (qualidade e fertilidade do sêmen) Etapas da avaliação: Identificação e anamnesea. Exame clínicogeralb. Exame clínico especial (dos aparelhos reprodutor e locomotor) c. Comportamento sexuald. Exame do ejaculadoe. Análise do ejaculado Avaliação macroscópica: Volume Aspecto (coloração e densidade) Avaliação microscópica: Vigor Motilidade (%) Concentração (contagem) Morfologia espermática Avaliação em laboratório: Vigor Motilidade Concentração Morfologia Métodos de análise: Análise computadorizada Frequência de coleta variável de acordo com a idade do macho Diluição do sêmen para prolongar a vida útil e o volume ejaculado Envase em recipientes específicos de 90mL ou 45mL Armazenamento em conservadora própria a uma temperatura de 15 a 17°C, de acordo com o tempo de garantia do diluente. MANEJO DE PORCAS E LEITÕES NA MATERNIDADE MANEJO DE PORCAS E LEITÕES NA MATERNIDADE Eficiência de uma Maternidade: Saúde dos Leitões:1. Diminuição da ocorrência de diarreia. Ganho de peso diário dos leitões acima de 200 g para um desmame médio de 30 dias. Taxa de mortalidade abaixo de 5%. Leitões homogêneos ao desmame (variação de peso menor que 1 kg da média da leitegada). Estado Corporal da Fêmea:2. Manutenção do estado corporal adequado da fêmea. Maternidade – Instalações e Ambiente: Ambiente livre de ruídos. Limpeza e desinfecção regular. Realização de vazio sanitário entre os lotes. Transferência das porcas, com no mínimo 7 dias de intervalo entre os lotes. Funcionamento adequado dos equipamentos. Índices Zootécnicos: Número de leitões nascidos vivos por parto: Idealmente acima de 12 a 14. Peso médio dos leitões ao nascer: Desejável acima de 1.5 kg. Taxa de natimortos: Deve ser inferior a 3.0%. Taxa de mortalidade: Deve ser mantida abaixo de 5.0%. Leitões desmamados por parto: Desejável acima de 12. Média de leitões desmamados por porca por ano: Desejável acima de 30.0. Ganho médio de peso diário dos leitões: Deve ser superior a 250 g. Peso dos leitões ao 21 dias: Idealmente acima de 6.7 kg. Manejo na Maternidade: Ações específicas no pré-parto, parto e pós- parto. Ambiente calmo, limpo e seco. Temperatura adequada para porca e leitão. Fornecimento de água à vontade. Utilização de celas parideiras com barra antiesmagamento. Registro detalhado das informações de cada porca. MANEJO NO PRÉ-PARTO Desinfecção: Utilização de desinfetantes como iodo, formol, amônia quaternária, etc. Importante para garantir a higiene e reduzir o risco de infecções. Vazio sanitário: Os partos devem ocorrer mais ou menos ao mesmo tempo para evitar a difusão de patógenos de leitões mais velhos para os mais novos. Facilita a realização do vazio sanitário, contribuindo para a limpeza e desinfecção do ambiente. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO AMBIENTE: Limpeza diária inclui a raspagem das fezes, limpeza do escamoteador, dos cochos, canaletas, corredores e manter a gaiola sempre seca. Lâmpadas ou aquecedores devem ser posicionados no escamoteador e na lateral menor da gaiola para garantir uma temperatura adequada. Pisos devem ter capacidade isolante para evitar perda de calor por contato com os leitões. INSTALAÇÕES: Maternidades não devem ser excessivamente fechadas para garantir o conforto, principalmente das porcas. Celas parideiras devem ter barras de proteção para evitar esmagamentos e área maior que 3,6 m². Evitar salas de maternidade com mais de 15 porcas. Transferência das fêmeas: A transferência deve ocorrer de 3 a 5 dias antes do parto, preferencialmente nas horas mais frescas do dia. Limpeza completa das fêmeas com escova, sabão e água para eliminar a sujeira. Pré-Parto: Após o alojamento das fêmeas, oferecer o mínimo de estresse. Ficha da porca deve conter informações como data prevista do parto, histórico de partos anteriores, espaço para anotações da leitegada, uso de medicamentos e vacinações. Preparação do material necessário para o parto, como papel toalha ou panos limpos e desinfetados, barbante em solução desinfetante, frasco de iodo glicerinado, seringa e agulha, entre outros. Disponibilidade de medicamentos e recipientes para resíduos MANEJO DURANTE O PARTO Cuidados durante o parto: Não fornecer ração para a fêmea no dia do parto; O parto deve ser sempre acompanhado pelo tratador para reduzir a mortalidade de leitões; A fase do parto compreendida entre a expulsão do primeiro feto até a eliminação das placentas normalmente dura até 1 hora. Mão de obra: DIA: 100% dos funcionários durante 8 horas do dia, com 30% dedicados aos partos; NOITE: 2 guardas para outras atividades durante 16 horas do dia, com 70% dos partos. Proximidade do parto: Assistido: Acompanhado por uma pessoa treinada que deve estar munida de material necessário para intervir se houver problemas com leitões e/ou matrizes. Não assistido: Ocorre sem nenhum acompanhamento e tudo fica nas mãos da natureza. Alterações comportamentais e fisiológicas pré- parto: Mudanças fisiológicas (15 dias pré-parto) incluem aumento da sensibilidade da glândula mamária, edema de vulva, relaxamento dos músculos abdominais, e descida do leite. Mudanças comportamentais (4 dias pré- parto) incluem inquietação, redução do consumo, e preparação do ninho no dia do parto. O parto O parto é um momento crítico com consequências significativas para as duas categorias, tanto para as porcas quanto para os leitões. Ele influencia a lactação e o período pós- lactacional, além da próxima gestação. Este processo é induzido pelo cortisol fetal, que desencadeia a luteólise mediada pela PGF2α, resultando na liberação de hormônios como prolactina, relaxina e ocitocina. A assistência ao parto aumenta a sobrevivência pós-parto e dos desmamados. Em geral, cerca de 60% dos partos ocorrem no final da tarde ou à noite. Cuidados durante o parto: Intervenções como massagem, levantar e deitar, uso de ocitocina, e intervenção manual em caso de distocias são necessárias. Distocias ocorrem em 3 a 5% dos partos e podem ter origem materna (como inércia uterina) ou fetal (como anomalias de apresentação). A assistência ao parto é crucial para reduzir natimortos, especialmente em leitegadas grandes, fêmeas velhas e partos prolongados. Intervenção no parto: A ocitocina deve ser utilizada criteriosamente, especialmente em porcas com mais de 5 a 7 partos, no final do parto, ou quando há um grande intervalo entre o nascimento dos leitões e contrações persistentes. Após o parto, é importante verificar a produção de leite e o consumo de ração para evitar problemas com as fêmeas e os leitões. Entre 1 e 3 dias após o parto, ocorre a eliminação dos lóquios (também chamados de corrimento loquial). Leitões mumificados: Representam cerca de 1,5% dos casos. Já nascem mortos. Apresentam coloração achocolatada e aspecto desidratado, semelhante a múmias. Possuem tamanhos reduzidos. Sua vida é interrompida entre o 35º e 90º dia de gestação, durante um processo asséptico. Leitões natimortos: Correspondem a cerca de 5% dos casos. São leitões que morrem antes do nascimento. Podem ser classificados em tipo I, causados por agentes infecciosos, ou tipo II, resultantes de problemas no momento do parto. Natimortalidade: A natimortalidade pré-parto (tipo I) abrange 10 a 30% dos casos e é ocasionada por infecções durante a gestação, deficiências nutricionais, traumatismos, intoxicações, entre outros. Já a natimortalidade intra-parto (tipo II) ocorre em 70 a 90% dos casos e é causada por anóxia fetal, atraso no nascimento e falta de assistência ao parto. Mortalidade pré-parto pode ser causada por doenças como leptospirose (no terço final da gestação) e parvovirose, que resultam em leitões mumificados e natimortos. A mortalidade neonatal é mais crítica nas primeiras 72 horas após o nascimento, devido a problemas como esmagamento, inanição e hipotermia. O fornecimento de fonte de calor e colostragem adequada são essenciais para minimizar essa mortalidade. MANEJO APÓS O PARTO Assistência ao parto: Porcas bravas Cuidado com os leitões: Limpeza do Leitão Secar narinas e boca dos leitões Massagear a região lombar Cuidado com os leitões: umbigo Realizar a ligadura do umbigo deixando cerca de 4 cm desua inserção Cortar 1 cm abaixo da amarração Desinfetar com iodo glicerinado (5 a 7%) Observar que 20 a 28% dos leitões nascidos por último apresentam maior índice de rompimento prematuro Manejo de mamada x Uniformização de leitegada A produção de leite nos 4 primeiros tetos é de aproximadamente 15%. É importante orientar os leitões nas mamadas, dando atenção aos menores. Nas primeiras 48 horas, devido à ingestão de colostro, é crucial para os leitões. Cuidado com leitões: Colostragem A colostragem deve ser realizada nas primeiras horas após o nascimento para garantir a ingestão do colostro, rico em anticorpos. Manejo pós-parto É essencial pesar os leitões para monitorar seu desenvolvimento. Deve-se observar a ocorrência de corrimento vaginal nas porcas. Cuidado com leitões: Escamoteador É necessário garantir uma temperatura adequada para os leitões, conforme a idade. Leitões com frio estão sujeitos a esmagamento. Manejo: Pesagem dos leitões O peso ao nascer é fundamental para proteger os leitões, facilitar o manejo e reduzir as mortes. A pesagem ajuda a distinguir áreas limpas e sujas e a evitar doenças. Outros cuidados: Dar atenção especial aos últimos leitões a nascer; Observar a hierarquia estabelecida pelos leitões; Fazer transferências, se necessário, nas primeiras 24 a 48 horas de vida do leitão; Observar o número de leitões por porca (tamanho da leitegada); Observar a condição dos tetos das porcas. Observar possíveis problemas nos cascos das porcas; Garantir uma alimentação adequada para as porcas; Monitorar o escore corporal das porcas; Observar os leitões quanto à temperatura corporal e descargas vulvares. Uniformização: Estabelecer hierarquia entre os leitões nos primeiros dias; Uniformizar as leitegadas. Manejo dos Primeiros Dias: 24 horas: Uniformização das leitegadas. 24 a 48 horas: Corte dos dentes. Corte do terço final da cauda. Administração de antibiótico injetável como medida preventiva. 3 dias: Aplicação de ferro injetável (Ferro Dextrano - 200mg IM) para evitar a ocorrência de Anemia Ferropriva. 5 dias: Administração de coccidiostático. 5 a 7 dias: Castração. Manejo: Corte de Dentes: Corte de oito dentes pontiagudos entre 24 a 48 horas após o nascimento. Manejo: Corte do Terço Final da Cauda: Prevenção de canibalismo e necrose de cauda, causada por micotoxinas ou corte inadequado. Manejo: Aplicação do Ferro: Necessidade diária de ferro entre 5 a 10 mg/dia. O leite materno supre de 10 a 20% das necessidades. Aplicação de Ferro Dextrano (200mg IM) no 3º dia de vida, preferencialmente até 7 dias, para prevenir a Anemia Ferropriva. Manejo: Castração: Pode ser feita a partir do 3º dia de vida, evitando que seja realizada com mais de 10 dias. Preferencialmente, a castração é feita na mesma ocasião da aplicação do ferro ou até 7 dias de vida. A castração evita odor e sabor na carne. Mãe de Leite: Objetivo: cuidar e amamentar leitões que não podem ficar com suas próprias mães. Dois métodos: Leitões com menos de 10 dias de vida: Trabalhar com 2 matrizes, desmamar uma porca e transferir leitões de outra matriz com até 10 dias de parida. a. Leitões com mais de 10 dias de vida: Trabalhar com uma matriz que vai desmamar e transferir os leitões para ela. b. Fornecimento de Água: Constitui 65 a 70% dos tecidos. Necessidade diária não satisfeita com o leite, com aumento gradativo: 480g na primeira semana, 570g na segunda e 620g na terceira semana. Fornecer do 1º ao 21º dia de vida, podendo instalar chupetas para leitões. Fornecimento da Ração: Secreções digestivas até a 3ª semana. Iniciar a partir do 7º ao 10º dia de vida, visando suprir necessidades nutritivas, favorecer o crescimento, acostumar com a dieta sólida e diminuir o estresse da desmama. Desempenho de Leitões: Fatores não infecciosos como peso ao nascimento, ordem da mamada, lesões nos membros, corte e antissepsia do cordão umbilical, desgaste dentário e castração influenciam. Principais causas de mortalidade pós-parto são esmagamento, inanição e diarréias, com taxa média de 15 a 20%, maior entre 3 e 7 dias de vida. Perfil da Mamada: Determinantes biológicos incluem o nível nutricional da dieta da porca, frequência de aleitamento, tamanho da leitegada, estado geral da porca e intensidade de uso da matriz. Desmama: Duração da lactação zootécnica. Indicadores zootécnicos como intervalo desmama-cobrição, dias não produtivos, partos por porca, taxa de parto, leitões nascidos vivos por parto, mortalidade na maternidade, leitões desmamados por parto e desmamados por porca ao ano. MANEJO DE LEITÕES NA FASE DE CRECHE, RECRIA E TERMINAÇÃO MANEJO DE LEITÕES NA FASE DE CRECHE, RECRIA E TERMINAÇÃO Vazio Sanitário: Desinfecção:1. Retirada dos animais. Tudo dentro - Tudo fora. Limpeza seca das instalações. Desmontar Instalações:2. Desmontar as estruturas. Lavagem de Sala e Equipamentos:3. Lavar completamente a sala e todos os equipamentos. Enxaguar e Deixar Secar as Instalações:4. Enxaguar todas as instalações e deixá- las secar completamente. Desinfecção de Ambiente e Equipamentos:5. Desinfetar todo o ambiente e os equipamentos após a limpeza. Pintar e Remontar:6. Pintar as instalações, se necessário, e remontar todas as estruturas. Observação: Durante o vazio sanitário, o local deve estar completamente vazio de animais para permitir uma limpeza e desinfecção eficazes, visando prevenir a propagação de doenças e manter a saúde dos animais. Desinfecção e Limpeza do Ambiente: Limpeza Diária: Raspagem das fezes. Limpeza dos corredores. Manutenção da gaiola sempre seca. Desmame: Processo de Desmame: Separação dos leitões da matriz, geralmente aos 21-28 dias. Alojamento dos leitões na creche, agrupados por idade, sexo e peso. Transferência para a Creche: Realizada pela manhã ou no final da tarde para minimizar o estresse. Leitões desmamados à noite consumiram mais ração e se desenvolveram mais rápido. Evitar lotes com mais de três leitegadas e mudanças frequentes nos leitões de lote. Condições Ideais de Desmame: Espaço adequado por animal, considerando fatores ambientais. Temperatura controlada: 26°C aos 14 dias, 24°C na saída da creche. Bebedouros adequados e água de boa qualidade. Dificuldades do Desmame: Troca de alimentação. Supressão da imunidade passiva. Troca de ambiente e tensões sociais. Adaptação a novos cochos e bebedouros. Tipos de Desmama: Convencional: Idade de 21 a 28 dias. Alimentação e instalações adequadas. Desmame Precoce: Idade de 15 a 18 dias. Vantagens: melhor aproveitamento de instalações, menor consumo de ração pela fêmea. Desvantagens: aumento da vulnerabilidade a infecções, necessidade de ração especializada. Desmame Precoce Segregado: Idade de 15 a 18 dias, com diferentes estágios de produção em sítios separados. Vantagens: eliminação de doenças, melhor desempenho, redução da mortalidade pós-desmame. Desvantagens: maior mão de obra, custos adicionais, dificuldade na eliminação de patógenos. Manejo de Leitões Fracos: Reunião em uma matriz por mais uma semana ou tratamento em baia separada com ração especial. Alternativas de manejo para garantir o desenvolvimento dos leitões mais fracos. Creche: Alimentação: Fornecer ração pré-inicial do desmame até os 50 dias e ração inicial até a saída da creche (56 a 70 dias). Garantir que a ração seja fornecida diariamente, sem deixar nos comedouros ração úmida, velha ou estragada. Criação e Manejo: Fase crítica para ocorrência de diarréia devido a fatores estressantes. Criação em gaiolas, com altura de 60 cm do chão ou piso. Bebedouros de fácil acesso, com altura, vazão e pressão regulados. Limpeza diária dos dejetos, podendo ser utilizado canal para dejetos ou sistema de piscina. Cuidados Adicionais: Vacinação na entrada da creche de acordo com o programa vacinal. Monitoramento constante do ambiente para manter calma, higiene e temperatura adequada. Recria: Transferência e Peso: Transferir para as baias de crescimento os leitões com idade entre 56 a 70 dias. Fase de recria corresponde aos pesos de 25 a 35 Kg até 60 Kg(100 dias). Evitar misturar muitos lotes para prevenir brigas, estresse e diarréia. Manejo das Baias: Limpeza das baias somente na saída do lote, com vassoura, diariamente. Fornecer ração e água à vontade. Terminação: Fase de Terminação: Correspondente aos pesos de 60 kg até 95 a 100 Kg (150 dias). Limpeza das baias somente na saída do lote, com vassoura, diariamente. Fornecer ração e água à vontade. Manter temperatura de conforto entre 15 a 18º C. Densidade de 1m2 por animal, formando lotes com até 30 animais. Transporte: Realizar o transporte durante as horas menos quentes do dia, com animais saudáveis e espaço adequado. Evitar estresse e morte por esforço excessivo, retirando a ração 12 horas antes do embarque. Separação de Machos e Fêmeas: Podem ser criados juntos até três ou quatro meses, sendo ideal separá-los na saída da creche com 70 dias. Manter grupos de 6 a 12 fêmeas para uma criação adequada. TRATAMENTO DE DEJETOS NA SUINOCULTURA TRATAMENTO DE DEJETOS NA SUINOCULTURA Controle de Dejetos na Suinocultura Na suinocultura, o manejo inadequado dos dejetos pode resultar em sérios problemas ambientais e de saúde pública devido à sua potencialidade poluidora. Alguns dos desafios enfrentados incluem: Proliferação de Moscas: Os dejetos não tratados podem servir como substrato para larvas de moscas, o que pode levar a problemas sanitários. Doenças Transmissíveis: A falta de tratamento dos dejetos pode aumentar o risco de doenças que afetam tanto os suínos quanto os seres humanos. Poluição Orgânica: Os dejetos não tratados contribuem para a poluição do meio ambiente, especialmente de solos, mananciais e águas subterrâneas, devido à presença de compostos orgânicos como nitrogênio. Emissão de Odores Desagradáveis: A evaporação de compostos voláteis presentes nos dejetos, como amônia, metano e ácidos graxos voláteis, pode resultar em odores desagradáveis. Para enfrentar esses desafios, é essencial implementar práticas adequadas de controle de dejetos na suinocultura. Alguns pontos importantes a considerar são: Composição dos Dejetos: Os dejetos suínos variam de acordo com o estágio de desenvolvimento dos animais e o sistema de manejo e nutrição adotado. Eles têm uma capacidade poluidora significativa, sendo cerca de 3,5 vezes maior que a dos seres humanos. Volume de Água nos Dejetos: A quantidade de água presente nos dejetos pode afetar significativamente o seu volume e, consequentemente, os custos associados ao armazenamento, tratamento e distribuição. Técnicas de Edificação: A construção adequada de instalações pode ajudar a minimizar perdas de água nos dejetos devido a vazamentos e à entrada de água da chuva. Composição Nutricional e Manejo Alimentar: O balanceamento adequado dos nutrientes na dieta dos suínos pode influenciar a composição dos dejetos e sua capacidade poluidora. Tratamento e Utilização dos Dejetos: O tratamento dos dejetos suínos pode envolver várias etapas, como produção, coleta, armazenagem, tratamento e distribuição. Diferentes sistemas de tratamento, como decantação e peneiramento, podem ser empregados para reduzir a carga poluente dos dejetos e facilitar sua utilização como fertilizante. Sistemas de Separação de Fase (Sólido/Líquido): O uso de sistemas de separação de fase, como decantação e peneiramento, pode ajudar a remover os sólidos dos dejetos líquidos, facilitando seu tratamento e utilização posterior. Ao implementar práticas eficazes de controle de dejetos na suinocultura, é possível reduzir os impactos ambientais e sanitários associados a essa atividade, promovendo a sustentabilidade do setor e a proteção do meio ambiente. Tratamento e utilização de dejetos Produção de suínos sobre camas biológicas (Deep Bedding): 1. Nesse sistema, os suínos são criados sobre uma cama de material orgânico, como maravalha ou palha. A compostagem ocorre "in situ", reduzindo os riscos de poluição e valorizando os dejetos como adubo orgânico. O calor gerado durante a compostagem reduz o volume dos dejetos, diminuindo a necessidade de tratamento adicional. As emissões de gases como CH4 e NH3 são reduzidas em comparação com sistemas convencionais. Lagoas de decantação: Lagoas anaeróbias, facultativas e de aguapé são usadas em série para tratar o efluente líquido. As lagoas anaeróbias removem a carga orgânica e coliformes fecais, enquanto as facultativas oferecem tratamento adicional. A combinação desses tipos de lagoas remove até 98% da carga orgânica poluente e 99,9% dos coliformes fecais. Esterqueira: Tanques escavados e impermeáveis usados para fermentação dos dejetos, permitindo a produção de biofertilizante. A fermentação anaeróbica reduz o poder poluidor dos dejetos, tornando-os adequados para uso como fertilizante em lavouras e pastagens. O biofertilizante resultante pode ser aplicado diretamente no solo após um período de fermentação. Bioesterqueira: Uma versão aprimorada da esterqueira convencional, com um tempo de retenção mais longo. Reduz ainda mais a carga orgânica dos dejetos, melhorando a qualidade do esterco como fertilizante. Tem um custo aproximadamente 20% superior ao da esterqueira convencional. Produção de gás metano (Biogás) - Biodigestores: Os biodigestores anaeróbios convertem os dejetos em biogás e biofertilizante. O biogás produzido, composto principalmente de metano, pode ser usado como substituto de combustíveis em várias aplicações. O biofertilizante resultante é um excelente adubo para plantações. Compostagem: Processo de decomposição biológica de matéria orgânica, resultando em um produto final estável e adequado para aplicação agrícola. A compostagem aeróbia é conduzida em pilhas aeradas, com controle de temperatura e umidade para otimizar a decomposição. O produto final é um composto orgânico rico em nutrientes, ideal para uso como fertilizante. BEM-ESTAR ANIMALBEM-ESTAR ANIMAL Aspectos Físicos: O bem-estar animal é influenciado por uma série de fatores físicos que afetam as condições de vida dos animais. Isso inclui: Clima: Condições climáticas extremas, como temperaturas muito altas ou baixas, podem causar estresse térmico nos animais. Espaço: A disponibilidade de espaço adequado é crucial para permitir o comportamento natural dos animais, como o exercício e a movimentação livre. Alimentos: Uma dieta balanceada e nutritiva é essencial para a saúde e o bem- estar dos animais. Instalações: As instalações devem ser projetadas para proporcionar conforto e segurança aos animais, incluindo áreas de descanso adequadas e proteção contra elementos externos. Ruído: Ambientes com excesso de ruído podem causar estresse nos animais e afetar negativamente seu bem-estar geral. Aspectos Sociais: A interação social desempenha um papel importante no bem-estar animal, incluindo: Interação Social: Os animais têm necessidades sociais e podem sofrer quando privados de interações adequadas com outros membros de sua espécie. Interacoes sexuais: O acesso a parceiros reprodutivos e a expressão de comportamentos sexuais naturais são aspectos importantes do bem-estar animal. Relacionamentos Familiares: Animais que vivem em grupos sociais, como rebanhos ou matilhas, podem sofrer quando separados de seus membros familiares. Aspectos de Saúde: A saúde dos animais é fundamental para seu bem-estar geral, e isso inclui: Patógenos: Infecções e doenças podem causar sofrimento e comprometer a qualidade de vida dos animais. Traumas: Lesões físicas, como fraturas ou ferimentos, podem causar dor e desconforto significativos nos animais. Cuidados Veterinários: Acesso a cuidados veterinários adequados é essencial para garantir a saúde e o bem-estar dos animais. Aspectos Mentais: Os animais também têm necessidades mentais que devem ser consideradas para promover seu bem-estar: Sensações e Sentimentos: Os animais são capazes de experimentar uma variedade de sensações e emoções, como prazer, medo, ansiedade e tédio. Considerar esses aspectos mentais é essencial para promover seu bem-estar. História e Evolução: O conceito moderno de bem-estar animalteve origem em preocupações crescentes com as condições de vida dos animais de produção e de companhia. Ao longo do tempo, diversas organizações e grupos de defesa dos direitos dos animais surgiram para promover melhores padrões de bem-estar animal. Uma das principais contribuições para o desenvolvimento do conceito de bem-estar animal foi a introdução das "Cinco Liberdades", que estabelecem as condições básicas necessárias para garantir o bem-estar dos animais. Implementação Prática: A implementação do bem-estar animal na prática envolve uma série de medidas e práticas destinadas a melhorar as condições de vida dos animais. Isso pode incluir: Melhorias nas instalações e na gestão das fazendas para garantir o conforto e a segurança dos animais. Programas de alimentação e cuidados veterinários adequados. Treinamento e capacitação da equipe para lidar adequadamente com os animais. Utilização de tecnologias e práticas inovadoras para monitorar e melhorar o bem-estar animal. Desafios e Tendências: Embora o bem-estar animal seja uma preocupação crescente em todo o mundo, ainda existem muitos desafios a serem enfrentados, incluindo: Pressões econômicas e competitivas que podem dificultar a implementação de práticas de bem-estar animal. Diferenças culturais e regulatórias entre os países que podem afetar a adoção de padrões internacionais de bem-estar animal. Avanços tecnológicos e científicos estão constantemente impulsionando novas abordagens para promover o bem-estar animal, como o uso de sensores e dispositivos de monitoramento. Material da Rampa de Desembarque: O tipo de material utilizado na construção da rampa de desembarque é um aspecto crucial para garantir o bem-estar dos animais durante esse processo. Alguns materiais comumente utilizados incluem: Borracha: Rampas revestidas com borracha oferecem aderência e conforto aos animais, reduzindo o risco de escorregões e lesões durante o desembarque. Madeira Tratada: A madeira tratada pode ser uma opção durável e resistente, desde que seja mantida em boas condições e tratada regularmente para evitar o acúmulo de sujeira e umidade. Metal: Rampas de metal podem ser robustas e fáceis de limpar, mas é importante garantir que sejam antiderrapantes para evitar escorregões. Plástico: Rampas de plástico podem oferecer uma superfície suave e antiderrapante para os animais, além de serem fáceis de limpar e manter. Etapas de Desembarque: O processo de desembarque dos animais em um frigorífico geralmente segue várias etapas para garantir o bem-estar dos animais e a qualidade da carne. Estas etapas podem incluir: Descida da Rampa: Os animais são conduzidos cuidadosamente pela rampa de desembarque, garantindo que o processo seja feito de forma calma e controlada para evitar lesões e estresse desnecessários. 1. Identificação Individual: Cada animal pode ser identificado individualmente por meio de tatuagens ou outros métodos de marcação para rastreamento e controle de qualidade. 2. Condução para a Pocilga de Repouso: Após o desembarque, os animais são conduzidos para a pocilga de repouso, onde podem descansar antes do abate. Este período de descanso é crucial para o bem-estar animal e a qualidade da carne. 3. Baia de Repouso: As baias de repouso proporcionam um ambiente tranquilo e confortável para os animais descansarem antes do abate. Isso ajuda a reduzir o estresse e garantir a qualidade da carne. 4. Fatores de Impacto sobre o Bem-Estar e a Qualidade da Carne: Vários fatores podem afetar o bem-estar dos animais e a qualidade da carne durante o processo de desembarque e abate. Alguns desses fatores incluem: Mistura de lotes durante o desembarque. Manejo inadequado dos animais. Densidade excessiva nas baias de repouso. Tempo de espera prolongado. Desenho inadequado do frigorífico. Condições ambientais dentro do frigorífico. Baia de Repouso: As baias de repouso são áreas projetadas para permitir que os animais descansem antes do abate. Essas áreas são essenciais para garantir o bem-estar dos animais e a qualidade da carne, pois proporcionam um ambiente tranquilo e confortável para os animais relaxarem e se recuperarem do transporte e do desembarque. Motivos para Utilização da Aspersão de Água nas Baias de Repouso: A aspersão de água nas baias de repouso pode ser realizada por diversos motivos, incluindo: Higiene: A água pode ajudar a manter as baias limpas e livres de sujeira e resíduos. Eficiência do Atordoamento Elétrico: A umidade na pele dos animais pode melhorar a eficácia do atordoamento elétrico antes do abate. Qualidade da Carne: A aspersão de água pode ajudar a evitar o ressecamento da pele dos animais, o que pode afetar negativamente a qualidade da carne. Lesões na Pele: Lesões na pele dos animais podem ocorrer devido a uma variedade de fatores, incluindo densidade elevada nas baias, mistura de lotes, e golpes de mangueira durante o manejo. Essas lesões podem causar desconforto e estresse nos animais, além de afetar a qualidade da carne. Portanto, é importante implementar medidas para minimizar o risco de lesões durante o transporte, desembarque e abate dos animais. BEM ESTAR ANIMAL NA AVICULTURA Dificuldades e Problemas: Existem duas principais dificuldades e problemas associados ao bem-estar animal na avicultura: Associar Mínimo Custo aos Elevados Padrões de Bem-Estar das Aves: É desafiador equilibrar a busca por custos mínimos de produção com a garantia de elevados padrões de bem-estar animal. Este é um desafio enfrentado pelos produtores de aves, pois muitas vezes as práticas que visam melhorar o bem-estar animal podem aumentar os custos de produção. 1. Estabelecer Parâmetros Científicos para Avaliar o Bem-Estar: Outra dificuldade é a falta de parâmetros científicos claros para avaliar o bem-estar animal. Avaliar o bem- estar de animais envolve aspectos físicos, comportamentais e psicológicos, e muitas vezes é difícil quantificar esses aspectos de forma objetiva. 2. Bem-Estar Animal na Avicultura: Na avicultura, o bem-estar animal é uma preocupação crescente e tem implicações tanto éticas quanto econômicas. A legislação europeia tem sido pioneira na implementação de regulamentações para garantir o bem-estar das aves. Legislação Europeia: Países como a Suíça proibiram o uso de gaiolas na criação de aves, enquanto na União Europeia, a prática de criar poedeiras livres inicialmente não teve sucesso econômico. Atualmente, busca-se uma solução intermediária, conhecida como "livre dentro de galpões", que tem sido adotada com sucesso por produtores em diversos países. Aparas do Bico: A prática de aparo do bico é controversa, pois quando feita inadequadamente pode causar sangramento excessivo ou queimaduras. Isso está sob estudo para garantir que seja feito de forma humanitária e eficaz. Transporte de Animais: O transporte de animais, incluindo aves, é uma etapa crítica que pode impactar significativamente seu bem-estar. Esta fase envolve diversas operações, tais como: Embarque: Momento de carregar os animais nos veículos de transporte. Operações Pré-Abate: Incluem apanha manual das aves e a recepção e espera nos frigoríficos. Operações de Abate: Incluem o pendura, atordoamento e insensibilização das aves antes do abate. Operações de Abate: Durante as operações de abate, é fundamental minimizar o estresse das aves. Isso pode ser feito através de técnicas como o uso de luz azul e a utilização de operadores treinados. Atordoamento e Insensibilização: O atordoamento é uma etapa crucial para garantir que as aves estejam insensíveis à dor durante o abate. Métodos como a eletronarcose são comuns, onde uma corrente elétrica é aplicada por um curto período de tempo para induzir insensibilidade antes do abate propriamente dito. ANATOMIA E FISIOLOGIA DAS AVES ASPECTOS PRINCIPAIS ANATOMIA E FISIOLOGIA DAS AVES ASPECTOS PRINCIPAIS Pele: Duas camadas principais: epiderme (camada superior) e derme (camada inferior). Seboqueratinócitos: células que revestem a pele e secretam substâncias oleosas. Folículos da pele não contêm glândulascomo nos mamíferos. Cor da pele varia com a presença de pigmentos. Penas: Funções: regulação da temperatura, proteção e sexagem. Muda natural e forçada. Ordem definida na muda. Crista e barbelas: Importância na maturidade sexual, uniformidade do lote e termorregulação. Glândula uropigial (glândula do óleo): Produz substância oleosa para impermeabilização das penas e lubrificação do bico. Escamas: Presentes em algumas aves. Esqueleto: Diferenciado, com poucos ossos e ossos pneumáticos. Músculos: Carne tenra devido ao tecido conjuntivo pouco desenvolvido. Diafragma não separa completamente a cavidade torácica e abdominal. Sistema urinário: Composto por rins, ureteres e ausência de bexiga. Urina composta principalmente de ácido úrico. Sistema digestivo: Composto por várias partes, incluindo boca, papo, proventrículo, moela, intestino delgado e grosso, e cloaca. Funções de cada parte durante a digestão. Sistema respiratório: Composto por fossas nasais, traqueia, pulmões, sacos aéreos e ossos pneumáticos. Mecanismos de perda de calor e umidade. Produção e perda de calor: Mecanismos de perda de calor incluem convecção, condução, radiação e evaporação. Produção de umidade e amônia: Processos de produção de umidade e amônia e suas consequências para a saúde das aves. Sistema reprodutivo da galinha: Estrutura e função do ovário e oviduto. Estrutura do ovo: Composição e formação das diferentes partes do ovo. Formação do ovo: Processo de formação do ovo na cloaca antes da postura. Sistema reprodutivo do galo: Estrutura do sistema reprodutivo do galo, incluindo testículos, canais deferentes e pênis rudimentar. Fertilização: Ocorre no infundíbulo e envolve a liberação de esperma e armazenamento de esperma nos ninhos de esperma. PRODUÇÃO DE FRANGOS DE CORTE PRODUÇÃO DE FRANGOS DE CORTE PRODUÇÃO DE FRANGOS DE CORTE 45g em 42 dias (1080 horas) resultando em 2,600 Kg, com um ganho médio de 60,8 g/dia ou 2,53 g/hora. Sistemas de criação de aves: Integração: Cooperativa Independente Sistema integrado Sistema integrado: Aliança de vários setores da criação e abate de frangos para dividir custos e lucros visando a viabilidade e racionalização da produção industrial. Modelo predominante no Brasil. Benefícios: Integrador: Redução de problemas trabalhistas. Avicultor: Aumento da responsabilidade sobre o processo produtivo. Sistema integrado - EMPRESA (e.g., BRF): Projeto técnico para construção do aviário. Fornecimento de pintinhos de um dia. Provisão de medicamentos, vacinas e desinfetantes. Suprimento de rações e insumos. Assistência técnica. Gerenciamento do transporte. Realização do abate e comercialização. Remuneração do granjeiro de acordo com os índices de produtividade do lote (ganho de peso, conversão alimentar, etc). Sistema integrado - GRANJEIRO: Criação das aves de corte. Gestão da mão de obra. Manutenção das instalações. Preparação da cama do aviário. Manutenção e operação dos equipamentos (comedouros, bebedouros, aquecimento, resfriamento). Sistema de cooperativismo: O avicultor participa das decisões da empresa. A cooperativa é administrada pelos próprios associados. Risco dos lucros ou prejuízos é compartilhado. Cooperativa Agroindustrial: Produz insumos (pintos, ração) repassados ao cooperado pelo custo de produção. Remuneração baseada no custo de produção (incluindo despesas administrativas e operacionais). Distribuição do lucro decidida em assembleias: novos investimentos, reserva, distribuição entre cooperados. Sistema de produção independente: Avicultor responsável por todas as fases do processo: Instalações. Equipamentos. Aquisição de pintinhos. Aquisição de ração. Comercialização das aves para abate. Assistência técnica. Medicamentos e vacinas Enfrenta riscos de mercado. Prevaleceu até a década de 90, persistindo em algumas regiões. Produção independente: Caracterização: Produtor rural: pessoa física ou jurídica. Responsável por todo o processo produtivo: instalações, equipamentos, mão de obra, nutrição, assistência técnica, comercialização das aves, etc. Instalações: Localização: Alto, ventilado e seco. Topografia plana. Afastado de rodovias, povoamentos e setores industriais. Rede elétrica disponível. Água de qualidade. Galpões ou aviários: Local de criação das aves. Boa drenagem hídrica. Movimentação natural de ar. Vias de acesso apropriadas. Sombreamento/corta vento. Orientação leste-oeste para reduzir a incidência de luz direta nas paredes laterais. Outras características dos galpões: Telhado: Pintura reflexiva (branco). Inclinação adequada. Uso de forro sob a cobertura. Material isolante térmico para reduzir entrada/saída de calor conforme a temperatura. Piso: Concreto ou terra batida. Declividade de 2% para drenagem. Silos para armazenamento de ração: Tamanho ideal para armazenar ração para 5 dias. Ideal: 2 silos por galpão. Vedados, secos, limpos e desinfetados entre lotes. Dimensionamento do galpão: Largura: Clima úmido: 8 a 10 m. Clima quente e seco: 10 a 14 m. Comprimento: 100 a 140 m (recomendação: 125 m). Beiral: 1,5 a 2 m. Altura do pé direito varia de acordo com a largura para favorecer a ventilação. Campânulas ou fornalhas: Função: Fornecer calor na fase inicial. Fontes de energia: Gás. Biogás. Lenha. Carvão. Elétrica. Tipos de aquecimento: Localizado (focal): Campânulas. Ambiente: Fornalhas. Cortinas: Dependem do tipo do galpão. Impedem a entrada de água da chuva no galpão. Proporcionam proteção contra ventos fortes. Cores escolhidas visando o bem-estar das aves. Forro e Cortinas para Alojamento: Podem ser nas cores azul, amarela ou preta. Tipos de comedouros: 1 a 14 dias de vida: Bandeja Tubular infantil Automático (prato) Acima de 14 dias: Tubulares: 1 comedouro para 30 a 40 aves; 1 comedouro para 80 a 100 pintos Ferramentas: Automático linear (corrente): 2,5 cm linear por ave Automático helicoidal (prato): 1 comedouro para 40 a 50 aves Comedouro tubular: Pode ser usado para aves infantis e adultas. Comum em aviários antigos. Pode causar desuniformidade no lote. Comedouros: Infantis: 1 comedouro para 40 pintos - do nascimento aos 18 dias de idade. Tubulares: 1 comedouro para 40 frangos - a partir de 7 dias de idade. Comedouro automático tipo helicoidal: A altura do comedouro deve ser ajustada de acordo com a idade e tamanho das aves. Recomenda-se seguir as especificações do fabricante. Comedouros Tuboflex (tubo + prato): 1 prato para 55 aves - a partir do 1º dia de idade. Bebedouros: A água deve ser limpa, fresca e com vazão adequada. Bebedouro infantil (pressão): 1 para 80 aves até o 3º dia de vida. Bebedouro pendular: sistema aberto. Bebedouro nipple: sistema fechado. Bebedouros pendulares - sistema aberto: 1 para cada 100 aves. Utilizados a partir do 1º dia de vida. Difícil manter a limpeza da água. Requer limpeza diária, o que demanda mais mão de obra. Pode haver desperdício de água e problemas com a cama. Bebedouro tipo Nipple - sistema fechado: 1 para cada 10-12 aves. Utilizados a partir do 1º dia de vida. Menor chance de contaminação. Não exige limpeza diária. Cuidado com a vazão da água, pois pode afetar o ganho de peso das aves no verão. Regulagem de altura do bebedouro Nipple: Nos primeiros 3 dias de vida: altura dos olhos das aves. Após os 3 primeiros dias: acima da cabeça das aves. Círculos de proteção: Feitos de folha de Eucatex com 50 cm de altura. Inicialmente, um círculo de cerca de 5 metros de diâmetro. Mantêm os pintinhos aquecidos e concentrados próximos ao aquecedor, comedouro e bebedouro. Devem ser abertos gradativamente conforme a idade, temperatura, época do ano, densidade, umidade da cama, etc. Na saída do lote anterior: Retirar restos da ração. Remover equipamentos, lavando-os, desinfetando-os e expondo-os ao sol. Retirar a cama, utilizando lança-chamas, se necessário. Varrer tetos, telas, paredes, silos e pisos. Lavar com água sob pressão, com sabão ou detergente, o teto, paredes, equipamentos fixos e piso. Utilizar desinfetantes. Fazer o controle de insetos e ratos. Aplicar cal hidratada(1 kg para cada 5 m²). Realizar o vazio sanitário por 10 dias. Preparativos para a chegada dos pintinhos: Espalhar a cama por todo o galpão. Verificar o bom estado e funcionamento das cortinas, mantendo-as fechadas. Preparar os círculos de proteção. Instalar e testar as campânulas com antecedência. Ligar as campânulas de 1 a 2 horas antes da chegada dos pintinhos. Garantir ração e água nos comedouros e bebedouros. Transporte dos pintainhos para a granja: Ambiente de transporte adequado (ventilação, temperatura, umidade). Mão-de-obra treinada para evitar movimentos bruscos. Manutenção regular dos caminhões. Chegada na granja dentro do horário previsto. Manejo na chegada dos pintinhos: Descarregar rapidamente e colocá-los nos círculos de proteção com cuidado. Orientar os pintinhos para os comedouros e bebedouros. Retirar as caixas do galpão e queimar jornais e resíduos. Evitar amontoamento e baixas temperaturas. Alojamento dos pintinhos: Distribuir os pintinhos nos círculos de proteção logo após a chegada. Pesar 5% das caixas para verificar o peso inicial. Condicionar os pintinhos para beber água e ração. Verificar a temperatura adequada. Preparação do galpão: Utilizar círculos de proteção ou salas para alojar os pintinhos. Providenciar piso forrado com jornal nos primeiros dias. Dispor fonte de aquecimento, bebedouros e comedouros na proporção adequada. Controle da temperatura: Iniciar com temperatura em torno de 33°C no primeiro dia e reduzir gradativamente. Manter entre 22°C e 25°C após os 25 dias, utilizando mecanismos de arrefecimento. Avaliação da qualidade dos pintinhos: Plumagem seca. Atividade. Olhos brilhantes. Patas brilhantes e sem deformidades. Tamanho e cor uniformes. Umbigo bem cicatrizado e limpo. Checagem dos Pintos 1 (4 a 6 horas após o alojamento): Realizar amostragem de 100 pintos por pinteiro. Verificar a temperatura dos pés das aves, comparando com o pescoço ou o rosto do examinador. Se os pés estiverem frios, reavaliar a temperatura de pré-aquecimento. Consequências da Cama Fria: Baixo consumo precoce de ração.1. Baixo crescimento.2. Baixa uniformidade.3. Checagem dos Pintos 2 (24 horas após o alojamento): Examinar o papo dos pintinhos na manhã seguinte ao alojamento para confirmar se tiveram acesso à água e alimento. Nesse momento, os papos de 95% das aves, no mínimo, devem estar macios e flexíveis ao toque, indicando que os pintos tiveram acesso à água e à ração. Examinar 100 pintos por pinteiro. O resultado desejado é a presença de água e ração em 95% dos papos. Outras características dos galpões: Funções da Cama: Material distribuído sobre o piso do galpão para servir de cama para as aves. Absorver umidade e diluir excretas, minimizando o contato com as aves. Fornecer isolamento térmico em relação à baixa temperatura do piso. Absorver o impacto do peso da ave, evitando lesões nas patas e no peito. Afetar diretamente a qualidade do ar dentro do aviário. Problemas relacionados à amônia (NH3): Queimaduras no coxim plantares (calos). Irritação ocular e da pele. Calos de peito. Perda de peso e desuniformidade do lote. Suscetibilidade a doenças. Materiais Utilizados na Cama: Maravalha (pinus ou madeira). Bagaço de cana. Casca de arroz, café ou amendoim. Capim elefante. Sabugo de milho triturado. Ideal: 5 a 7 cm de altura. Qualidade da Cama: Boa absorção de umidade, sem empastar (evitando a amônia). Baixo nível de poeira. Livre de fungos, insetos e outros contaminantes. Nova, limpa e seca. Umidade ideal: 25%. Altura da cama: 5-10cm (capacidade de amortecimento e condutividade térmica). Reutilização da Cama: Razões: custo do material, mão-de-obra, escassez de materiais e impacto ambiental. Densidade de Alojamento: Garante o bem-estar e espaço adequado ao desempenho máximo das aves. Depende do tipo de galpão, ventilação, clima e peso de abate. Densidade ideal: de 30 a 42kg/m². Problemas de densidade inadequada: lesões, mortalidade e integridade da cama comprometida. Cálculo da Densidade (nº aves/m²): Área do galpão (comprimento x largura). Exemplo: Galpão de 125m de comprimento e 12m de largura = 1500m². Densidade de 12 aves/m²: 1500m² x 12 = 18.000 aves no galpão. Indicativos de Superpopulação: Redução da taxa de crescimento. Aumento da mortalidade. Cama de baixa qualidade e defeitos de pernas. Problemas na qualidade da carne e condição da pele. Consumo de Água: O consumo de água aumenta em 6% para cada grau de aumento de temperatura, entre 20-32 ºC. O consumo de água aumenta em 5% para cada grau de aumento de temperatura, entre 32-38 ºC. O consumo de ração diminui em 1,23% para cada grau de aumento de temperatura acima de 20 ºC. Registros de Produção: Informações Iniciais:1. Número inicial de aves, origem do lote, data e hora da chegada, qualidade dos pintos (peso vivo, uniformidade e mortalidade na chegada). Mortalidade:2. Mortalidade diária, semanal e acumulada. Vacinação:3. Datas de vacinação. Peso Corporal:4. Peso corporal médio semanal. Entrega de Ração:5. Quantidade e data de cada entrega de ração. Consumo de Ração e Água:6. Consumo diário de ração e água. Registro de Temperatura:7. Registro de temperatura máxima e mínima, e umidade relativa do ar. Indicadores de Produção: Consumo de Ração (CR):1. Consumo de ração do lote em relação ao número de aves retiradas. Conversão alimentar (CA): consumo de ração do lote dividido pelo peso vivo do lote. Viabilidade (VB):2. Percentual de frangos retirados em relação ao número de pintos recebidos. Índice de Eficiência Produtiva (IEP):3. Calculado com base no peso médio, viabilidade e idade ao abate, em relação à conversão alimentar. Programas de Luz: Descrição dos programas de luz utilizados, incluindo os objetivos e métodos adotados para maximizar a produtividade das aves e controlar problemas de saúde associados ao desenvolvimento rápido. Avaliações do Lote: Avaliações semanais incluindo peso médio, consumo de ração, mortalidade, conversão alimentar e descarte de refugos. Destino das Aves Mortas: Métodos e procedimentos para o descarte adequado das aves mortas, visando evitar a proliferação de microrganismos patogênicos e garantir práticas sustentáveis de manejo.
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