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Animação Turística para o Transporte

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Animação 
Turística para o 
Transporte
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
ead.sestsenat.org.br 
CDU 379.8:656.025.2
47 p. :il. – (EaD)
Curso on-line – Animação Turística para o Transporte – 
Brasília: SEST/SENAT, 2017.
1. Turismo. 2. Transporte de passageiros. I. Serviço 
Social do Transporte. II. Serviço Nacional de 
Aprendizagem do Transporte. III. Título.
3
Sumário
Apresentação 5
Unidade 1 | Conceitos Básicos sobre Lazer e Animação Turística – 
O Perfil do Profissional de Animação Turística 6
1 Introdução 7
2 Lazer, Viagens e Animação Turística: Algumas Definições 7
3 O Perfil do Animador Turístico 9
Atividades 11
Referências 12
Unidade 2 | O Papel do Animador Turístico e Regras de Comportamento 13
1 Introdução 14
2 Funções do Animador Turístico 14
3 Regras de Comportamento do Animador Turístico 15
4 Alguns Problemas Recorrentes em Viagens 16
Atividades 18
Referências 19
Unidade 3 | Planejamento de Atividades de Lazer e Recreação – 
Diagnóstico, Prognóstico, Execução e Avaliação 20
1 Introdução 21
2 Planejamento: Noções Básicas 22
3 Diagnóstico 23
3.1 Público-Alvo 23
3.2 Estrutura e Recursos 24
3.3 Destino 24
4 Prognóstico 24
4.1 Faixa Etária 25
4
4.2 Estrutura e Recursos 26
4.3 Destino 26
5 Execução e Avaliação 27
Atividades 29
Referências 30
Unidade 4 | Viagens Rodoviárias – Procedimentos Específicos 31
1 Introdução 32
2 Configuração dos Veículos 32
3 Controle da Refrigeração e Som Ambiente 33
4 Serviço de bordo 34
Atividades 35
Referências 36
Unidade 5 | Atividades de Apresentação e Interação 37
1 Introdução 38
2 Atividades de Entretenimento 38
3 Atividades de Apresentação e Interação 40
4 Dinâmicas de Grupo de Descongelamento 41
Atividades 44
Referências 45
Gabarito 46
5
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao curso Animação Turística para o Transporte!
Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de 
cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, 
você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e 
ajudar na compreensão do conteúdo.
Este curso possui carga horária total de 15 horas e foi organizado em 5 unidades, 
conforme a tabela a seguir.
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas 
“Aulas Interativas”;
b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;
c) responder à “Avaliação de Reação”; e
d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.
Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de 
dúvidas, entre em contato através do e-mail suporteead@sestsenat.org.br.
Bons estudos!
Unidades Carga Horária
Unidade 1 | Conceitos Básicos sobre Lazer e Animação 
Turística – O Perfil do Profissional de Animação Turística
3h
Unidade 2 | O Papel do Animador Turístico e Regras de 
Comportamento
3h
Unidade 3 | Planejamento de Atividades de Lazer e Recreação 
– Diagnóstico, Prognóstico, Execução e Avaliação
3h
Unidade 4 | Viagens Rodoviárias – Procedimentos Específicos 3h
Unidade 5 | Atividades de Apresentação e Interação 3h
6
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS 
SOBRE LAZER E ANIMAÇÃO 
TURÍSTICA – O PERFIL DO 
PROFISSIONAL DE ANIMAÇÃO 
TURÍSTICA
7
Unidade 1 | Conceitos Básicos sobre Lazer e 
Animação Turística – O Perfil do Profissional de 
Animação Turística
1 Introdução
Foi nas viagens transatlânticas, no início 
do século XX, que surgiu a animação 
turística. Naquelas ocasiões, percebeu-
se que os turistas das longas travessias 
precisavam de algumas distrações para 
enfrentar o tempo que passavam a bordo 
dos navios. Aos poucos, as atividades 
propostas nessas viagens estruturaram-
se em um esquema de animação. Com 
o decorrer dos anos, o conceito de 
animação consolidou-se e foi ampliado. Atualmente, a animação turística está presente 
em hotéis, clubes, cruzeiros marítimos e nos demais meios de transporte de turistas – 
inclusive no transporte rodoviário de passageiros. Isso tudo suscitou o surgimento de 
profissionais especializados na área.
2 Lazer, Viagens e Animação Turística: Algumas Definições
Na Grécia Antiga, o lazer era uma prerrogativa dos homens livres que materializavam 
essas atividades no seu tempo livre. Eles dispunham dessas horas de lazer para a 
contemplação e “cultivo da alma”.
Naquela época, as viagens tinham função religiosa e de cura. Viajavam com cavalos e 
veículos com rodas puxados por animais ou escravos. Os Jogos Olímpicos eram eventos 
que também motivavam as viagens de atletas e expectadores.
8
O conceito de lazer se desenvolveu a partir do momento em que o homem passou a 
ocupar o seu tempo livre com atividades de lazer.
No período da Revolução Industrial, as longas jornadas de trabalho provocaram 
mudanças nas legislações trabalhistas e o tempo de não trabalho foi expandido, 
aumentando, dessa forma, o tempo livre para o descanso dos trabalhadores.
A necessidade que o trabalhador tinha de se restabelecer física e mentalmente 
transformava as atividades de lazer em um elemento primordial da existência humana. 
O que antes era uma prerrogativa da aristocracia, passou a ser um direito de toda a 
sociedade.
Lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode 
entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para se 
divertir, recrear-se e entreter-se ou, ainda, para desenvolver sua 
informação ou formação desinteressada, sua livre capacidade 
criadora, depois de se livrar ou se desembaraçar das obrigações 
profissionais, familiares e sociais (DUMAZEDIER, 1973 p. 34).
O aumento dos problemas urbanos e do estresse gerado pelas atividades cotidianas e 
rotineiras faz com que os indivíduos busquem alternativas que proporcionem descanso 
e a reparação dos desgastes sofridos no dia a dia.
As viagens são deslocamentos 
temporários para fora do local de 
residência por um período mínimo de 24 
horas. Esses deslocamentos podem ser 
por motivo de trabalho, saúde ou lazer. 
Mesmo que se trate de uma viagem 
de trabalho, o lazer pode acompanhar 
esse conceito de viagem, uma vez que 
o turismo e o lazer estão intimamente 
relacionados.
As atividades de lazer podem ser passivas ou ativas. No primeiro caso, o indivíduo 
é apenas um receptor de manifestações lúdicas. No segundo, o indivíduo participa 
intensamente das atividades propostas, como jogos e esportes coletivos, brincadeiras, 
atividades culturais etc.
9
Esse cenário aponta a animação turística como um novo elemento desse contexto 
social.
Animação turística é o conjunto de atividades que objetivam 
humanizar as viagens, oferecendo ao turista a possibilidade de 
participação ativa, de se tornar protagonista de suas férias. 
Assim, a animação turística desenvolve-se nos centros de férias, 
nos meios de hospedagem, nos transportes de longo curso etc. 
pelos programas de cunho cultural, recreativo e esportivo.
Nesse sentido, a animação turística é um processo que se concretiza na introdução 
organizada ou sistemática de recursos materiais e não materiais, com o propósito de 
envolver o turista e incentivar a sua participação nessas atividades.
E para que a animação turística ocorra é necessária a intervenção de um profissional 
conhecido como Animador Turístico.
3 O Perfil do Animador Turístico
O animador turístico é o profissional 
que organiza e promove atividades 
de animação turística. É a pessoa que 
está em contato direto com o público 
e que, ao propor atividades lúdicas, 
tem a incumbência de animar, distrair 
ambientar e orientar os turistas.
Para um bom desempenho das suas 
funções, um animador turístico deve ter 
uma boa qualificação profissional.
Além disso, é preciso que o profissional tenha algumas características pessoais 
específicas para assumir essa atividade, uma vez que o animador turísticoestará em 
contato direto com o turista.
10
As características pessoais mais importantes de um animador turístico:
• Deve ter a capacidade de se relacionar bem com as pessoas e grupos;
• Ser adequadamente comunicativo;
• Ser ágil e dinâmico;
• Deve ter habilidade para resolver rapidamente os imprevistos que acontecem;
• Deve ter espírito de liderança, ser flexível e tolerante;
• Deve ser cordial, paciente e atencioso.
 h
Para o bom desempenho dessa função, esse profissional deve 
ser “várias pessoas em uma só”. Não é tarefa fácil, mas é muito 
importante observar essas características, pois o perfeito 
funcionamento dessa atividade dependerá dessas habilidades.
Conclusão
As conquistas trabalhistas obtidas após a Revolução Industrial permitiram que se 
definissem períodos de trabalho e não trabalho. O número de atividades de lazer e, 
consequentemente, das viagens rodoviárias cresceu e nesse cenário se destaca o papel 
do animador turístico.
O animador turístico deve ter um perfil adequado, com competências e habilidades 
e características pessoais bem definidas, para que a viagem transcorra sem grandes 
problemas e de maneira agradável.
11
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. As atividades passivas de lazer 
conta com a participação intensa do indivíduo nas atividades 
propostas, como jogos e esportes coletivos, brincadeiras, 
atividades culturais etc. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Uma importante característica 
pessoal para o animador turístico é ser paciente e ocioso. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
12
Referências
HAMPTON, David R. Administração – comportamento organizacional. São Paulo: 
McGraw-Hill, 1990.
SALVATI, Sergio Salazar; MITRAUD, Sylvia (org.) Manual de Ecoturismo de Base 
Comunitária: ferramentas para um planejamento responsável. Brasília: WWF-Brasil, 
2003.
TORRES, Zilah Barbosa. Animação Turística. 3 ed. São Paulo: Roca, 2004.
13
UNIDADE 2 | O PAPEL DO 
ANIMADOR TURÍSTICO E 
REGRAS DE COMPORTAMENTO
14
Unidade 2 | O Papel do Animador Turístico e Regras 
de Comportamento
1 Introdução
As atividades de animação no transporte rodoviário de turistas acontecem, geralmente, 
sem percalços, quando existe um animador com o perfil adequado para conduzir as 
atividades. No entanto, há situações que não estão, necessariamente, relacionadas à 
animação, mas que de alguma forma requerem a intervenção do animador turístico. 
Nesta unidade será discutida a função do animador turístico e serão apontadas algumas 
regras fundamentais no seu comportamento.
2 Funções do Animador Turístico
A principal função de um animador turístico é a de organizar atividades de animação 
que promovam a ocupação e o entretenimento dos turistas. É importante salientar 
que um amimador turístico não tem a mesma função de um guia turístico.
De acordo com a Portaria nº 27, de 30 de janeiro de 2014 (BRASIL, 2014), são funções 
básicas de um guia de turismo:
I – acompanhar, orientar e transmitir informações a pessoas ou 
grupos em visitas, excursões urbanas, municipais, estaduais, 
interestaduais ou especializadas dentro do território nacional;
III – promover e orientar despachos e liberação de passageiros e 
respectivas bagagens, em terminais de embarques e desembarques 
aéreos, marítimos, fluviais, rodoviários e ferroviários; (BRASIL, 
2014)
15
Por outro lado, a principal função do animador turístico é de entreter e fazer com que 
o turista se envolva nas atividades propostas. As demais funções de um animador 
turístico são:
• Organizar e desenvolver atividades de animação turística;
• Determinar o conteúdo das atividades a partir de um conhecimento prévio das 
expectativas do grupo;
• Propiciar a interação entre os membros do grupo;
• Zelar pelo bem-estar dos turistas;
• Registrar e transmitir sugestões e reclamações dos turistas;
• Tomar medidas necessárias para a prevenção de acidente;
• Sempre que necessário, prestar os primeiros socorros em caso de acidente.
Perceba que essa função não é a mesma de um guia turístico. Lembre-se: a função de 
um animador turístico é de organizar e promover atividades de animação turística que 
acarretem a ocupação e entretenimento dos turistas.
3 Regras de Comportamento do Animador Turístico
Para desenvolver bem seu trabalho, o animador turístico deve seguir algumas regras 
básicas de comportamento. Afinal, o sucesso de sua atividade está baseado no bom 
relacionamento que o profissional terá com o grupo.
Portanto observe as seguintes regras:
• Seja claro nas suas orientações: no início das atividades de animação, as 
regras das brincadeiras e jogos devem ser explícitas. Para isso, procure ser 
claro nas orientações, observe se todos estão tendo acesso à informação e se 
o seu linguajar está adequado ao perfil do grupo;
16
• Tenha comportamento adequado ao perfil do grupo: a elaboração de um 
diagnóstico fornece o perfil do grupo que você irá acompanhar. As agências 
de viagens têm as informações básicas sobre o perfil dos viajantes. Por isso, 
procure adequar o seu comportamento a esse perfil. No caso de viagens de 
grupo de jovens, seja firme sem abusar da autoridade, utilize uma linguagem 
mais informal e participe intensamente das atividades propostas. Um grupo de 
adultos requer, por outro lado, que você tenha uma postura mais cuidadosa. 
Fique atento às informações que irá repassar e selecione com cuidado as 
atividades propostas. Os grupos de terceira idade exigem uma aproximação 
maior. Mostre atenção aos aspectos pessoais – temperatura adequada do ar 
condicionado, sinais de fadiga dos turistas etc.;
• Orações no início da viagem: embora seja muito comum os animadores e 
guias turísticos rezarem antes de iniciarem uma viagem, essa prática só pode 
acontecer se todos os elementos do grupo forem seguidores da mesma 
religião. Mais uma vez salienta-se a importância de traçar e estudar o perfil do 
grupo de turistas;
• Posições políticas: não atribua problemas na estrada, na infraestrutura 
turística etc. à administração local. Jamais fale mal ou bem do governo, pois 
essas atitudes podem criar constrangimento entre os turistas.
 e
Atenção com a piada que irá contar: não conte piadas de cunho 
racista, sexista, político etc. Use o bom senso!
4 Alguns Problemas Recorrentes em Viagens
Mesmo que tudo seja planejado com cuidado, ainda assim sempre acontecem 
situações que não estavam previstas. Por isso, o animador precisa estar atento a essas 
eventualidades:
17
• Assédio do passageiro: é muito comum, sobretudo nas viagens que envolvem 
jovens, que um ou outro queira uma atenção especial do animador. Esse 
comportamento pode ser percebido quando a pessoa em questão se coloca 
em evidência e quer estar sempre ao lado do animador. Nesse caso, o 
animador deve elogiar o interesse da pessoa, mas deixar claro que ninguém 
merece privilégios e tentar dividir a sua atenção com todo o grupo de forma 
homogênea;
• Passageiros que se perdem: antes de qualquer parada técnica, sugira que cada 
passageiro se responsabilize por uma pessoa. Ou seja, o passageiro 1 cuida do 
passageiro 2, que por sua vez se preocupa com o passageiro 3, e assim por 
diante. Assim, quando todos voltarem ao ônibus, cada um terá que “prestar 
conta” da pessoa pela qual ficou responsável ou, pelo menos, deverá ser capaz 
de identificar a sua ausência. Caso um passageiro, apesar dos cuidados, não 
retorne ao ônibus, cabe ao guia e, em alguns casos, ao animador, procurar o 
passageiro sumido;
• Perda de objetos: nunca se deve solicitar objetos dos passageiros para executar 
as atividades, mas, mesmo assim, alguns objetos podem se perder. Procure 
manter a calma e organize “uma operação de busca” ao objeto perdido. Além 
de resolver o problema, há a possibilidade de transformar essa ação em uma 
atividade de recreação.
 h
Para que todos estejam motivados pela busca, faça o seguinte: 
ofereça um prêmio àquele que encontrar o objeto ou a pessoa 
perdida.Conclusão
Apesar de todo o planejamento prévio, algumas situações imprevistas podem 
acontecer e o animador precisa estar preparado para enfrentá-las. Aja com calma e use 
sempre o bom senso.
Antes de iniciar qualquer viagem explique ao grupo a diferença entre guia turístico e 
animador turístico.
18
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. A função de um animador 
turístico é de organizar e promover atividades de animação 
turística que acarretem a ocupação e entretenimento dos 
turistas igual ao de um guia turístico. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. O sucesso de sua atividade 
está baseado no bom relacionamento que o profissional terá 
com o grupo. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
19
Referências
HAMPTON, David R. Administração – comportamento organizacional. São Paulo: 
McGraw-Hill, 1990.
SALVATI, Sergio Salazar; MITRAUD, Sylvia (org.) Manual de Ecoturismo de Base 
Comunitária: ferramentas para um planejamento responsável. Brasília: WWF-Brasil, 
2003.
TORRES, Zilah Barbosa. Animação Turística. 3 ed. São Paulo: Roca, 2004.
20
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO 
DE ATIVIDADES DE LAZER E 
RECREAÇÃO – DIAGNÓSTICO, 
PROGNÓSTICO, EXECUÇÃO E 
AVALIAÇÃO
21
Unidade 3 | Planejamento de Atividades de Lazer 
e Recreação – Diagnóstico, Prognóstico, Execução 
e Avaliação
1 Introdução
João comprou um pacote turístico para Buenos Aires. Às vésperas da viagem, descobriu 
que a temperatura nessa cidade estava muito baixa, – 5º C. Como João é carioca, não 
tinha roupas adequadas para o frio que estava prestes a enfrentar.
Matheus, seu irmão, reuniu a família e juntos discutiram soluções para o problema 
de João. Pedro, seu primo, havia feito uma viagem recente à Europa e se propôs a 
emprestar as roupas para João. Marta, sua irmã mais velha, ofereceu as botas quentes 
de seu marido. O prognóstico não poderia ser melhor: problema solucionado!
Nada disso teria acontecido se João tivesse investigado as características do clima de 
Buenos Aires, assim que comprou o pacote turístico.
Essa pequena história ilustra a importância de planejarmos todas as ações de nossa 
vida pessoal e profissional.
Quando nossas ações estão pautadas no conhecimento prévio da realidade atual, temos 
as ferramentas necessárias para apontar soluções e diretrizes para ações futuras.
Da mesma forma acontece com a função do animador turístico. Antes de iniciar uma 
viagem, um diagnóstico deve ser realizado para que se conheça a realidade e, com base 
nesse conhecimento prévio, poder construir cenários futuros e organizar as atividades 
que serão desenvolvidas no decorrer da viagem.
22
2 Planejamento: Noções Básicas
O planejamento é uma ferramenta fundamental para o sucesso de qualquer ação do 
ser humano, seja no campo pessoal ou no campo profissional.
Em maior ou menor grau, todos nós planejamos as nossas ações, pois o ato de planejar 
é inerente ao ser humano. Quanto mais organizado for esse planejamento, maiores as 
chances de se chegar a um resultado positivo.
O planejamento pode ser entendido como o aperfeiçoamento 
dos princípios e das expectativas a longo prazo, traduzindo-os 
em objetivos específicos a curto prazo e métodos para colocá-
los em prática. Ou, ainda, entendido como a definição de 
estratégias e meios para sair de ou modificar determinada 
situação, visando alcançar uma situação futura desejada.
Em termos profissionais, o ato de planejar 
é indispensável para o sucesso de suas 
ações. Existem várias metodologias de 
planejamento, mas aqui a preocupação 
é com os aspectos mais relevantes à 
atividade de animação turística para o 
transporte rodoviário de turistas.
O resultado do processo de planejamento 
é um plano, ou seja, um documento que 
apresenta propostas e ações que deverão 
ser implementadas.
O processo de planejamento subdivide-se em três etapas: diagnóstico, prognóstico e 
execução.
23
3 Diagnóstico
Chega-se ao diagnóstico por meio do levantamento das principais características e 
interesses dos turistas que farão parte da viagem. O diagnóstico ajudará na elaboração 
das atividades de animação que serão propostas ao grupo. Os itens que devem fazer 
parte desse diagnóstico são: público-alvo, estrutura, recursos e o destino.
3.1 Público-Alvo
Antes de propor qualquer atividade de animação, é necessário estudar as características 
individuais e do grupo, considerando a sua faixa etária, seus interesses e expectativas 
e o que cada grupo é capaz de fazer.
As faixas etárias podem ser definidas de acordo com suas características. Para 
exemplificar, algumas faixas etárias específicas podem ser definidas da seguinte 
maneira:
• Dos 12 aos 18 anos;
• Dos 18 aos 40 anos;
• Meia idade (40 a 65 anos) e terceira idade (acima dos 65 anos).
Além da faixa etária, é importante conhecer o nível educacional, as atividades sócio-
profissionais e as classes de renda.
O número de viajantes é outro ponto a ser considerado na hora de definir atividades, 
pois muitas delas podem exigir a formação de grupos.
24
3.2 Estrutura e Recursos
Antes de cada viagem é preciso analisar as características do ônibus utilizado e checar 
se todos os equipamentos estão em perfeita ordem, permitindo o seu uso sem maiores 
problemas.
3.3 Destino
Conhecer as principais características do local que será visitado e das atrações que 
serão encontradas no caminho pode ser uma ferramenta muito útil para a elaboração 
de atividades de recreação.
É fundamental buscar informações sobre o trajeto e a distância a ser percorrida, o 
tempo de percurso, o clima e local previstos para as paradas.
 e
O diagnóstico é a primeira etapa a ser realizada antes da 
elaboração de atividades de animação turística. O sucesso da 
proposta dependerá das informações disponíveis e elas irão 
determinar o tipo de atividades que podem ser propostas.
4 Prognóstico
A partir das informações recolhidas na fase do diagnóstico, são realizadas as projeções, 
ou seja, essa é a fase em que se estabelecem objetivos para atingir uma situação ideal.
Esse é o momento das proposições. A partir da faixa etária, por exemplo, define-se o 
tipo de atividade que deve ser desenvolvida.
25
4.1 Faixa Etária
Dos 12 aos 18 anos – os adolescentes dessa idade costumam estar na fase das 
contestações, não gostam de se expor e se reúnem em “panelinhas”. Eles elegem seus 
próprios líderes e, baseados em conceitos populares, costumam excluir aqueles que, 
por uma razão ou outra, se destacam (NERDs, CDF, Patricinhas e Mauricinhos). Para essa 
faixa etária sugerem-se atividades que não exponham em demasia os participantes.
É importante identificar os grupos e seus respectivos líderes e, por meio deles, tentar 
uma aproximação com os demais integrantes. Atividades de “descongelamento” ou 
dinâmicas de grupo são bastante adequadas e ajudam o animador a conhecer o perfil 
do grupo.
Dos 18 aos 40 anos – os adultos dessa idade são bastante sociáveis e gostam de trocar 
experiências. As atividades de recreação podem explorar conhecimentos gerais, 
música, filmes e arte em geral. Além da faixa etária, fatores como nível educacional 
e sócio profissional são fundamentais para se definir o tipo de jogos e brincadeiras. 
A sociabilidade inerente a essa faixa etária permite que dinâmicas de grupo sejam 
bastante exploradas.
Meia idade (40 a 65 anos) e terceira idade (acima dos 65 anos) – nessa faixa etária as 
pessoas podem perder um pouco da sua autonomia, podem apresentar problemas de 
surdez e a sua saúde pode apresentar certa fragilidade.
No entanto, é um grupo que participa ativamente das atividades propostas e o nível 
de interação entre eles é bastante grande. As atividades podem ser similares àquelas 
adotadas na faixa etária dos 18 aos 40 anos, mas é importante observar o ritmo imposto 
para a sua realização.
Uma análise do nível educacional, das atividades sócio profissionais e da classe de renda 
desse público é fundamental, pois de nada adianta propor atividadesque envolvam 
temas não condizentes com a realidade do grupo.
26
4.2 Estrutura e Recursos
Os ônibus de turismo são, em geral, bem equipados, pois possuem microfone e sistema 
de som, frigobar e espaço para acomodar os equipamentos. No entanto, o animador 
encontra um contratempo que é a falta de espaço para as atividades.
É importante que o animador se 
posicione bem perante os turistas, 
evitando ficar de costas – nem que para 
isso ele faça a viagem de costas. Nesse 
caso, é importante que ele tome cuidado 
com os movimentos bruscos do ônibus.
O animador deve propor atividades 
que dispensem o deslocamento dos 
passageiros e deve se valer do fato de 
estarem todos muito próximos para 
propor atividades de interação.
Antes de propor qualquer atividade o animador deve se certificar de que os 
equipamentos dos quais vai dispor estão disponíveis – microfones, sistema de som, 
fantasias, acessórios etc.
4.3 Destino
Conhecer o destino e o trajeto que o ônibus percorrerá pode ser um aliado do animador 
turístico. A partir desse conhecimento prévio, pode-se prever a duração ideal das 
atividades.
De acordo com as normas da Embratur, as paradas técnicas devem acontecer a cada 
três horas e meia de viagem, no máximo.
27
5 Execução e Avaliação
Após o levantamento das informações e a projeção da situação que se espera alcançar, 
é chegado o momento de elaborar um plano de execução. Ou seja, esse é o momento 
de se colocar em prática o que foi estabelecido pelo prognóstico.
Nesse sentido, a programação deve considerar os seguintes itens:
• Número de participantes: estimar o número de pessoas envolvidas na 
atividade;
• Definição de um plano de ação: definir o tipo de programação que será 
adotada. Lembre-se de que é importante adequar o tipo de atividade com o 
perfil do público-alvo;
• Cronograma: prever as atividades a partir do tempo de percurso. Uma 
atividade não deve ser interrompida em função de uma parada técnica;
• Material: estabelecer o material que será necessário na execução das 
atividades. Materiais de limpeza e de primeiros socorros também devem ser 
providenciados.
A avaliação deve ser aplicada após a execução do programa. Essa avaliação servirá de 
parâmetro para a elaboração de novos programas.
Há inúmeras metodologias de avaliação que podem ser aplicadas: questionários, “boca 
a boca”, observação etc.
O animador turístico deve igualmente, elaborar um relatório depois de finalizada a 
viagem. Devem constar desse relatório todos os fatos ocorridos, os possíveis incidentes, 
a reação dos turistas às atividades propostas, o registro das sugestões, opiniões etc. 
Esse relatório é um grande aliado para a contínua melhoria da programação.
28
Conclusão
Depois do recolhimento das informações acerca do público-alvo, da estrutura e 
recursos e do destino, o animador chegará a um perfil descritivo da situação. Essas 
informações subsidiarão um diagnóstico – que é a análise e avaliação das informações 
recolhidas.
Com base nesse diagnóstico é hora de estruturar um prognóstico. Nessa fase, são 
feitas as projeções e ações que deverão ser implementadas. Em outras palavras, traça-
se um plano das atividades de animação que serão implementadas na viagem.
29
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. O animador deve propor 
atividades que dispensem o deslocamento dos passageiros e 
deve se valer do fato de estarem todos muito próximos para 
propor atividades de interação. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. O animador turístico deve 
igualmente, elaborar um relatório depois de finalizada a 
viagem. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
30
Referências
HAMPTON, David R. Administração – comportamento organizacional. São Paulo: 
McGraw-Hill, 1990.
SALVATI, Sergio Salazar; MITRAUD, Sylvia (org.) Manual de Ecoturismo de Base 
Comunitária: ferramentas para um planejamento responsável. Brasília: WWF-Brasil, 
2003.
TORRES, Zilah Barbosa. Animação Turística. 3 ed. São Paulo: Roca, 2004.
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UNIDADE 4 | VIAGENS 
RODOVIÁRIAS – 
PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS
32
Unidade 4 | Viagens Rodoviárias – Procedimentos 
Específicos
1 Introdução
A animação turística pode acontecer em qualquer meio de transporte: fluvial, aéreo e 
rodoviário. Mas, é o transporte rodoviário de turistas que exige maior acompanhamento 
e intervenção de animadores. Grande parte do transporte rodoviário de turistas é feita 
em ônibus equipados para tal. Assim, é importante, para o animador turístico, conhecer 
as características desses veículos e ter o conhecimento do dia a dia de uma viagem de 
ônibus.
2 Configuração dos Veículos
A configuração do ônibus pode interferir 
nas atividades de animação. Para que a 
viagem e a animação turística aconteçam 
com tranquilidade e o animador consiga 
desempenhar um bom papel na sua 
função, é necessário que, antes da viagem, 
o animador conheça o veículo em que se 
realizará a excursão. Portanto, antes da 
viagem o animador deve verificar:
• O posicionamento das poltronas: verificar se o ônibus é simples ou de dois 
andares (double deck);
• Verificar o posicionamento dos banheiros: o posicionamento dos banheiros 
não interfere na atividade do animador, mas é importante que ele oriente os 
passageiros sobre o seu uso (restrito) e sobre o deslocamento dos mesmos, 
sobretudo à noite, quando a luminosidade é menor;
33
• Equipamentos de refrigeração e audiovisual: verificar os equipamentos 
disponíveis e que podem ser utilizados pelas atividades de animação propostas 
– aparelho de CD, TV, DVD, microfone, karaokê etc.
3 Controle da Refrigeração e Som Ambiente
O controle, tanto da refrigeração como da música 
ambiente, traz problema para o animador, pois nunca 
haverá consenso entre o grupo quanto ao estilo e volume 
da música nem quanto à temperatura ambiente. Por essa 
razão, mais uma vez é importante conhecer o perfil dos 
turistas: adolescentes, jovens, adultos e terceira idade 
possuem preferências específicas. Por exemplo, pessoas 
de terceira idade são mais sensíveis ao frio, por outro 
lado, os adolescentes gostam de temperatura mais fria.
A música deve ser escolhida de acordo com a faixa 
etária do grupo. Você pode aceitar sugestões e CDs dos 
passageiros, mas procure evitar músicas de gêneros 
extremos – como jazz, rap e funk, sempre que possível.
Quando for passar um filme, fique atento ao estilo. Os grandes clássicos são excelentes, 
mas nem sempre agradam a todo mundo. Procure filmes leves, que possam ser 
assistidos por todas as faixas etárias.
 g
Há vários sites disponíveis na internet que oferecem sugestões 
de filmes. Acesse os links a seguir e confira as sugestões! 
 
http://www.interfilmes.com/index.html 
 
http://intercinebr.blogspot.com
34
Procure usar filmes dublados, pois ler legendas pode incomodar e causar mal-estar 
nas pessoas. Evite deixar o som muito alto, mas verifique se todos estão ouvindo 
perfeitamente.
O microfone é um equipamento indispensável para o animador turístico. Além de guiar 
as atividades, serve para transmitir qualquer mensagem de orientação e informação.
4 Serviço de bordo
O serviço de bordo só acontece em viagens de longas distâncias e nem sempre é função 
do animador turístico. Mas, caso o animador seja solicitado para tal, é importante ficar 
atento a algumas recomendações.
Antes da viagem é preciso checar se o frigobar está em perfeito funcionamento e se 
os mantimentos previstos para a viagem estão disponíveis e de acordo com o número 
de passageiros.
Para dar início ao serviço de bordo, solicite que os passageiros deixem suas poltronas 
no sentido vertical e solicite que todos fiquem sentados. Não há ordem específica para 
a realização do serviço, mas procure servir primeiro o lanche e depois as bebidas. Muito 
cuidado com os movimentos bruscos do veículo.
Depois de finalizado o serviço, recolha os dejetos e promova um período de descanso. 
Recomenda-se para esse momento, uma música ambiente maiscalma.
Conclusão
Reiteramos a necessidade de que o profissional de animação turística tenha 
conhecimento prévio das condições gerais de trabalho. Esse conhecimento prévio será 
a base da elaboração de um bom plano de atividades de recreação.
35
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Não é importante, para o 
animador turístico, conhecer as características desses 
veículos e ter o conhecimento do dia a dia de uma viagem de 
ônibus. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Antes da viagem é preciso 
checar se o frigobar está em perfeito funcionamento e se os 
mantimentos previstos para a viagem estão disponíveis e de 
acordo com o número de passageiros. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
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Referências
HAMPTON, David R. Administração – comportamento organizacional. São Paulo: 
McGraw-Hill, 1990.
SALVATI, Sergio Salazar; MITRAUD, Sylvia (org.) Manual de Ecoturismo de Base 
Comunitária: ferramentas para um planejamento responsável. Brasília: WWF-Brasil, 
2003.
TORRES, Zilah Barbosa. Animação Turística. 3 ed. São Paulo: Roca, 2004.
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UNIDADE 5 | ATIVIDADES DE 
APRESENTAÇÃO E INTERAÇÃO
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Unidade 5 | Atividades de Apresentação e Interação
1 Introdução
Uma viagem de ônibus pode ser 
enfadonha e cansativa. Mas, se uma 
viagem conta com a presença de um 
animador turístico, passa a ser um 
momento muito prazeroso. Há muitas 
atividades que podem ser desenvolvidas 
durante os deslocamentos. Esta Unidade 
visa apresentar algumas sugestões de 
atividades de animação.
2 Atividades de Entretenimento
No plano de atividade, que foi elaborado antes da viagem e a partir do diagnóstico 
elaborado, são previstas atividades de animação. Agora é a hora de colocá-las em 
prática.
• Procure preparar várias atividades, dessa forma, se houver algum imprevisto 
ou se o grupo não gostar de determinada atividade proposta, haverá opções 
de escolha. É importante observar algumas recomendações importantes:
• Evite as atividades que exijam deslocamento dos passageiros, pois com o 
movimento do ônibus, os viajantes podem machucar-se;
• Antes da execução da atividade, deve-se dar orientações claras sobre as 
instruções e regras do jogo/brincadeira. Use o microfone para isso;
39
• Enfatizando, evite as piadas e pegadinhas que envolvam opiniões políticas, 
religião, sexo e questões raciais. Alguns desses temas podem ser utilizados, 
mas nunca trate o assunto de forma pejorativa e evite chacotas;
• O material utilizado não deve ser muito pequeno, para não se perder, e nem 
pontiagudo, para não ferir ninguém. Nunca utilize objetos pessoais valiosos dos 
turistas, como alianças, documentos, relógios e joias em geral. Esses objetos 
podem se perder ou estragar e isso criará uma situação muito constrangedora 
para todos;
• Ofereça brindes ou lembranças para os vencedores das competições. 
Mesmo que as brincadeiras não provoquem uma grande competição entre 
os participantes, o oferecimento de brindes pode ajudar na descontração do 
grupo;
• Há pessoas que, por timidez, preferem somente assistir às brincadeiras, por 
isso, não obrigue ninguém a participar das atividades. Aos poucos o animador 
pode aproximar essas pessoas do grupo e inseri-las nas brincadeiras. Uma opção 
é fazer com que os não participantes “elejam” os vencedores ou entreguem os 
prêmios aos vencedores. Mas, mesmo nessas situações, é importante usar o 
bom senso para não constranger ninguém;
• O tempo de duração das atividades deve estar de acordo com o percurso 
da viagem. É importante evitar as atividades muito longas, mas também é 
importante manter os turistas entretidos por boa parte da viagem. Outro 
fato que precisa ser considerado são as paradas técnicas. Procure evitar 
a interrupção das atividades em função da parada e dê tempo para que os 
passageiros se preparem para elas. Se o animador perceber que a atividade 
não está mais tão empolgante quanto estava no início, cabe a ele encerrá-
la. Caso haja uma boa receptividade, a atividade pode ser prolongada. Nesse 
caso, é importante a percepção do animador e mais uma vez é importante usar 
o bom senso;
• A orientação sobre a programação geral da viagem é uma função do guia, 
mas é comum os turistas pedirem orientações ao animador. Por essa razão, 
é importante conhecer a programação da viagem. O animador deve orientar 
o turista para que ele se dirija ao guia, mas se for necessário, as informações 
podem ser passadas pelo próprio animador – por isso há necessidade de se 
ter acesso a essas informações e ter uma relação de cordialidade com o guia 
oficial da viagem;
40
• Ao final da viagem, o animador deve usar o microfone para agradecer a 
presença e participação de todos. Essa fala não deve ser muito longa e deve 
ter sido previamente escrita para evitar os improvisos.
 h
O recebimento de presentes ou de gorjetas é um procedimento 
comum nessas viagens. Essa gentileza deve ser aceita pelo 
animador, mas nunca se deve sugerir essa prática.
3 Atividades de Apresentação e Interação
Há atividades de apresentação, mais conhecidas como descongelamento ou quebra-
gelo. Depois que essa aproximação ocorreu, outras atividades de interação podem ser 
desenvolvidas.
Algumas precauções devem ser tomadas antes de aplicar as atividades:
• Verifique se todos querem participar das brincadeiras. Caso nem todos 
aderirem à atividade, sugira que eles troquem de lugar e aproxime o grupo 
que participará das atividades;
• Explique de forma clara as regras e orientações gerais sobre a brincadeira;
• Se na atividade houver a necessidade de deslocamento dos passageiros, 
oriente-os a se apoiarem e a andar com cuidado dentro do ônibus;
• Preste atenção à dinâmica da brincadeira. Se os participantes demonstrarem 
fadiga ou desinteresse, passe para outra atividade ou encerre as brincadeiras;
• Lembre-se de que ao propor alguma atividade que exija materiais como lápis, 
papel, barbantes e outros objetos, você deve fornecer esse material;
• Tenha sempre em mãos um estojo de primeiros-socorros.
41
4 Dinâmicas de Grupo de Descongelamento
Essas dinâmicas têm como objetivo fazer com que os 
integrantes da viagem se conheçam e contribuem também 
para que o animador conheça o grupo.
Seguem algumas sugestões de atividades de 
descongelamento:
a) Entrevista
Nessa técnica, os integrantes do grupo formarão pares e 
terão 15 minutos para se entrevistar mutuamente. Depois, 
um apresentará o outro para o grande grupo. As perguntas 
que podem ser feitas são:
• Quem são?
• De onde são?
• Como são?
• O que esperam da viagem?
• Qual a sua cor favorita?
• Qual o seu prato preferido?
Os vencedores serão os membros da dupla que apresentar mais detalhes sobre a 
conversa.
Monte um júri com dois ou três turistas para julgar os pares e declarar os vencedores.
b) Quem conta um conto, aumenta um ponto
Cada integrante da viagem deve responder a um questionário com cinco perguntas, 
sendo que uma das respostas deve ser uma mentira. Dividem-se os participantes em 
dois grupos (pode ser as fileiras da direita contra a fileira da esquerda). O animador 
42
deve escolher, aleatoriamente, um questionário de cada grupo e ler as respostas. O 
outro grupo deve adivinhar qual é a resposta errada. A cada acerto o grupo acumula 
pontos e, ao final, vence aquele grupo que mais descobrir mentiras do grupo adversário.
Sugestão de perguntas:
Nome – estado civil – cor preferida – comida preferida – time de futebol.
Outras atividades
a) Incidentes da infância
O animador seleciona cinco voluntários que contarão para os demais um incidente 
ocorrido na infância. Fica a critério do animador definir quantas histórias devem 
ser verdadeiras e quantas devem ser fictícias. Os demais membros do grupo devem 
adivinhar quais histórias são verdadeiras e quais são fictícias.
b) Pergunta indiscreta
O animador distribuirá papéis com a pergunta: o que você faria...? A pessoa é orientada 
a completar a pergunta e colocar a respostano verso do papel. Depois, o animador 
pede para uma pessoa ler a sua pergunta e para outro responder com a resposta que 
ele mesmo deu para a pergunta elaborada por ele. As respostas serão desconectadas 
e isso torna a brincadeira muito divertida.
c) Confusão de países e cidades
Cada equipe escreverá 10 nomes de países e cidades em um papel. Mas, o nome desses 
países e cidades deve estar com as letras embaralhadas. Depois, trocam-se os papéis 
e as equipes devem descobrir o nome da cidade ou país. Exemplo: OROJIANERDE (Rio 
de Janeiro)
d) Memória
Alguém começa a brincadeira:
— Meu nome é Maria.
A segunda dirá:
— O Meu nome é Maria e eu gosto de laranja.
43
A terceira dirá:
— Meu nome é Maria, gosto de laranja e tomate.
E assim por diante. A pessoa que errar a sequência de palavras pagará uma prenda.
e) Quantos feijões?
Coloca-se um tanto de feijões dentro de um recipiente transparente. O recipiente deve 
ser passado de mão em mão e quem adivinhar o número de feijões ganha um prêmio.
f) Ata e desata o nó
Os viajantes devem ser divididos em dois grupos: a fileira da esquerda contra a fileira 
da direita. O animador entrega um barbante para o passageiro que está no banco da 
frente. Ele deve fazer um nó no barbante e passar para a pessoa que está ao seu lado. 
Ela deverá desatar o nó e passar o barbante para o passageiro que está sentado no 
banco de trás. Esse, por sua vez, deverá fazer um nó no barbante e assim por diante. 
Ganha aquela equipe que fizer chegar primeiro o barbante no último passageiro.
g) Vocês se lembram?
Essa atividade deve ser feita ao final da viagem. Os participantes devem escrever num 
papel uma situação engraçada que aconteceu durante a viagem, mas não se deve 
colocar o nome dos protagonistas da história. Quando o animador ler o relato, todos 
devem se lembrar da história e apontar o protagonista.
Além dessas brincadeiras e jogos, proponha a exibição de filmes e músicas variadas. 
Um “bate papo” entre os turistas também é uma atividade prazerosa.
Conclusão
É importante planejar atividades de recreação que devem ser aplicadas no início da 
viagem – atividades de “descongelamento”, atividades que podem ser desenvolvidas 
no decorrer da viagem e atividades que encerram a viagem. Para isso, o animador deve 
conhecer o perfil dos turistas e estudar várias formas e brincadeiras de entretenimento. 
Neste curso, algumas técnicas de entretenimento foram apresentadas, mas não se 
esgotou o leque de brincadeiras, que podem ser criadas e desenvolvidas de acordo 
com a criatividade e conhecimento do animador.
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 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. O recebimento de presentes 
ou de gorjetas é um procedimento comum nessas viagens. 
Essa gentileza deve ser sempre proposta pelo animador. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. É importante que o animador 
evite as atividades que exijam deslocamento dos passageiros, 
pois com o movimento do ônibus, os viajantes podem 
machucar-se. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
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Referências
HAMPTON, David R. Administração – comportamento organizacional. São Paulo: 
McGraw-Hill, 1990.
SALVATI, Sergio Salazar; MITRAUD, Sylvia (org.) Manual de Ecoturismo de Base 
Comunitária: ferramentas para um planejamento responsável. Brasília: WWF-Brasil, 
2003.
TORRES, Zilah Barbosa. Animação Turística. 3 ed. São Paulo: Roca, 2004.
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Gabarito
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 F F
Unidade 2 F V
Unidade 3 V V
Unidade 4 F V
Unidade 5 F V

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