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ESTUDO DIRIGIDO DE IMUNOLÓGIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA E MICROBIOLOGIA 
DISCIPLINA​: MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA - NUTRIÇÃO 
PROFESSOR: Dra. JOSIE HAYDÉE FERREIRA 
NOME:​Laura Beatriz Guimarães Sousa ​DATA:01/02/2021 
 
ESTUDO DIRIGIDO DE IMUNOLOGIA 
 
 ​1) Defina imunologia, descreva seu papel e importância. 
A imunologia é o estudo do sistema imunológico ou podemos dizer também que, é 
estudo da resposta imune na acepção mais ampla e dos eventos celulares e 
moleculares que ocorrem após um organismo entrar em contato com 
microorganismos e outras moléculas estranhas. Por meio dela foi possível entender 
a importância do sistema imunológico para a saúde e como a vacinação é o método 
mais eficaz de proteger os indivíduos contra infecções. 
2) Explique as vias de desenvolvimento dos vários tipos celulares que 
compõem o sistema imunológico. 
A partir da célula tronco hematopoiética pluripotente, que está presente na medula 
óssea e possui a capacidade de diferenciação de outros tipos celulares, ou seja, é 
uma célula precursora, pode haver a formação de dois progenitores: o progenitor 
linfóide comum e o progenitor mielóide comum. A partir do progenitor linfóide 
comum surgem todas as células, denominadas linfócitos (B e T), que participam da 
resposta imune adaptativa. O linfócito B, ao ser ativado, transforma-se em 
plasmócitos e os linfócitos T ao serem ativados transformam-se em células T 
efetoras. Enquanto, o progenitor mielóide comum gera todas as outras células do 
sistema imunológico, mas primeiro ele se diferencia em granulócito (origina os 
macrófagos e as células de defesa do corpo denominadas granulócitos, que são os 
 
 
 
neutrófilos, eosinófilos, basófilos) e megacariócito, que origina os megacariócitos e 
os eritoblacitos. 
3) Diferencie órgãos primários e secundários do sistema imunológico. Cite os 
principais órgãos de cada tipo. 
Os órgãos primários são aqueles onde ocorre a origem, maturação e diferenciação 
das células linfóides como a medula óssea e o timo. Enquanto, os órgãos 
secundários são onde as respostas imunitárias são montadas, aqueles 
responsáveis pela recepção e multiplicação dos linfócitos após entrarem em 
circulação como Baço, linfonodos,placa de peyer, tonsilas, GALT, BALT. 
4) Qual a importância da medula óssea na geração e amadurecimento das 
células do sistema imunológico? Quais células amadurecem neste órgão? 
Explique 
E na medula óssea que ocorre a diferenciação e maturação dos vários clones de 
linfócitos B, os genes que codificam as moléculas de imunoglobulinas, presentes 
nas células precursoras de linhagem linfocitária, sofrem rearranjos que resultam na 
produção de moléculas de imunoglobulinas específicas de cada clone, uma vez 
diferenciadas as células penetram nos seios vasculares, atravessando aberturas 
encontradas no endotélio, caem na circulação venosa e são distribuídos aos 
diversos órgãos do sistema. Também é na medula que se encontra a interleucina-7, 
fator de crescimento importante para o desenvolvimento e proliferação dos 
linfócitos. 
5) Explique de forma geral a anatomia funcional do timo e quais as células são 
principalmente encontradas em cada região​. 
O timo está localizado acima do coração, possui um formato achatado bilobado, 
seus lobos são envolvidos por uma cápsula e divididos em lóbulos que apresentam 
regiões denominadas córtex e medula. No córtex encontram-se os linfócitos T 
imaturos e na medula encontram- se os linfócitos T maduros. 
 
 
 
 
 
6) Explique a participação e importância do baço no sistema imunológico. 
O baço é um órgão abdominal altamente vascularizado, que desempenha o mesmo 
papel que os linfonodos na resposta imunológica às infecções que ganham acesso 
ao sangue. É responsável pelas respostas imunes contra Ag da corrente sanguínea, 
pela remoção de materiais ou moléculas inúteis no sangue e produzem anticorpos 
contribuindo no combate a infecções. 
7) Quais os dois tipos de imunidade adquirida e que tipos de microrganismos 
essas respostas imunológicas combatem? 
A ​imunidade humoral ​é mediada por proteínas chamadas anticorpos, produzidas 
pelos linfócitos B, no qual os anticorpos neutralizam e erradicam os microrganismos 
extracelulares e toxinas, e a ​imunidade celular ​ou mediada por célula, na qual os 
linfócitos T erradicam os patógenos intracelulares, é a principal defesa contra os 
microrganismos que sobrevivem e se proliferam dentro das células ou fagocitos. 
8) Quais são as principais classes de linfócitos, como suas funções se 
diferenciam e como podem ser identificados e distinguidos? 
Os principais são os linfócitos T (auxiliares e citotóxicos), B e células NK. Os 
linfócitos B possuem funções como bloquear infecções por meio da secreção de 
anticorpos, ativação do complemento e neutralização dos microrganismos. Os 
linfócitos T auxiliares como CD4+ ajudam os linfócitos B a produzirem anticorpos e 
as células fagocitarias a ingerirem os microrganismos, enquanto os citotóxicos como 
CD8+ destroem células infectadas por microorganismos intracelulares. E as células 
NK matam células infectadas do hospedeiro sem expressar receptores de antígenos 
como as células T e B. Podem ser identificadas através das proteínas de superfície 
ou grupos de diferenciação. 
9) Quais são as diferenças importantes entre os linfócitos T e B virgens, 
efetores e de memória? 
Os linfócitos virgens se referem às células T e B maduras que são 
imunologicamente inexperientes, ou seja, nunca responderam a um antígeno​. ​Essas 
células expressam receptores para antígenos mas não desempenham funções para 
 
 
 
eliminá-los. Já as células efetoras são da progênie diferenciada de células virgens 
que têm a habilidade de produzir moléculas cuja função é eliminar antígenos. As 
células efetoras da linhagem dos linfócitos B são células que secretam anticorpos, 
conhecidas como plasmócitos. Enquanto, as células de memória, também geradas 
da progênie de linfócitos estimuladas por antígenos, são funcionalmente silenciosas 
e não apresentam função efetora a não ser que sejam estimuladas pelo antígeno. 
Quando as células de memória encontram o mesmo antígeno que induziu o seu 
desenvolvimento, elas respondem rapidamente, iniciando respostas imunológicas 
secundárias. Os sinais que geram e mantêm as células de memória não são bem 
compreendidos, mas incluem as citocinas. 
10) Em que região dos linfonodos os linfócitos T e B estão localizados e como 
é mantida sua separação anatômica? 
Nos linfonodos, os linfócitos B se concentram nos folículos, localizados na periferia 
ou córtex. Enquanto os linfócitos T estão localizados fora, mas adjacentes aos 
folículos, no paracórtex. Os linfócitos B são atraídos para os folículos e retidos neles 
por causa da ação das quimiocinas para a qual as células B virgens expressam um 
receptor, chamado CXCR5. A quimiocina que se liga ao CXCR5 atrai as células B 
do sangue para os folículos dos órgãos linfóides. De forma parecida, as células T 
são segregadas no paracórtex dos linfonodos, pois os linfócitos T virgens 
expressam o receptor CCR7, que reconhece as quimiocinas produzidas nessas 
regiões.E consequentemente, os linfócitos T são recrutados do sangue para a 
região do córtex parafolicular do linfonodo, mantendo assim a separação anatômica. 
11) Como os linfócitos T virgens e efetores diferem em seus padrões de 
migração? 
Os linfócitos virgens circulam através do sangue e órgãos linfóides periféricos, onde 
buscam por antígenos estranhos para serem ativados e se tornarem efetores. 
Enquanto, os linfócitos efetores migram dos tecidos linfóides para os locais de 
infecção a fim de eliminar os patógenos. 
 
 
 
 
12) Explique as características gerais das respostas imune inata e quem são 
seus componentes. 
A imunidade inata consiste em mecanismos que existem antes da infecção, que são 
capazes de respostas rápidas aos microrganismos e que reagem essencialmente da 
mesma maneira a infecções repetidas, mantendo assim a separação anatômica. As 
duas principais reações celulares da imunidade inata são a inflamação, que é 
induzida por citocinas e outras moléculas e serve para trazer leucócitos e proteínas 
plasmáticas ao local de infecção ou lesão, e a defesa antiviral, que é mediada por 
interferons tipo I e células NK. Além disso, o sistema imunológico inato reconhece 
estruturas que são comuns a diversas classes de microrganismos e que não estão 
presentes nas células normais do hospedeiro e moléculas que são liberadas das 
células danificadas ou necróticas. Seus componentes são: Barreiras físicas e 
químicas (pele, epitélio de mucosas), fagócitos como macrofagos e neutrófilos, 
células NK, proteínas do sangue e citocinas. 
13) Dê exemplos de substâncias microbianas reconhecidas pelo sistema 
imunológico inato, e quais são os receptores para essas substâncias? 
O receptor TLR-2 reconhece vários lipoglicanos bacterianos, os TLR-3, 7 e 8 são 
específicos para ácidos nucleicos virais como dsRNA; o TLR-4 é específico para o 
LPS (endotoxina), o TLR-5, para uma proteína flagelar bacteriana chamada 
flagelina, e o TLR-9, para oligonucleotídeos CpG não metilados. Receptores tipo 
NOD que reconhecem DAMP e PAMP, o NLRP-3 que detecta a presença de 
produtos microbianos; substâncias que indicam dano e morte celulares, incluindo o 
trifosfato de adenosina (ATP) e etc.. 
14) Como os fagócitos ingerem e destroem os microrganismos? 
Os fagocítos circulantes como os neutrófilos ingerem os microrganismos na 
circulação e entram rapidamente nos tecidos extravasculares nos locais de infecção, 
onde também ingerem e destroem microrganismos. Essas células também são 
recrutadas a locais de dano tecidual na ausência de infecção, onde iniciam a 
depuração de detritos celulares. E os monócitos também ingerem microrganismos 
no sangue e nos tecidos. 
 
 
 
15) O que são moléculas do MHC? Como as moléculas do MHC humanas são 
chamadas? Como foram descobertas e qual a função? 
As moléculas de MHC são proteínas presentes na membrana das APC que 
apresentam antígenos peptídicos para reconhecimento pelos linfócitos T. As 
proteínas do MHC humanas são também chamadas de antígenos leucocitários 
humanos ou A célula de um hospedeiro normal expressa moléculas do complexo 
principal de histocompatibilidade (MHC), que são reconhecidas pelos receptores 
inibitórios, assegurando, então, que as células NK não ataquem as células normais 
do hospedeiro. O MHC foi descoberto como o locus genético que é o principal 
determinante da aceitação ou rejeição dos enxertos do tecido trocados entre os 
indivíduos. A função fisiológica do MHC é a apresentação dos peptídeos derivados 
de antígenos proteicos aos linfócitos T específicos para antígenos como uma 
primeira etapa nas respostas imunes. 
16) Qual o papel das moléculas MHC no reconhecimento das células 
infectadas pelas células NK e qual o significado fisiológico desse 
reconhecimento? 
A expressão do MHC classe I protege células saudáveis da destruição por células 
NK, ou seja, célula de um hospedeiro normal expressa moléculas do MHC, que são 
reconhecidas pelos receptores inibitórios, assegurando, então, que as células NK 
não ataquem as células normais do hospedeiro. 
 
 
 
 
 
17) Construa uma tabela comparando as subclasses de imunoglobulinas 
(peso molecular, forma, distribuição, concentração no soro, funções...); 
 
 
 
 
 
18) Faça um esquema da estrutura básica da molécula de anticorpo 
apresentando: cadeias leves e pesadas, região de dobradiça, domínios 
variáveis e constantes, fragmentos Fab, Fc, F(ab)’2 e sítio de ligação ao 
antígeno 
 
 
Tipos de Ig IgG (85%) IgA (8%) IgM IgD IgE 
Subtipos 
Cadeia H 
IgG1-4 
(1,2,3,4)λ 
IgA1,2 
 (1 ou 2)α 
nenhum 
μ 
nenhum 
δ 
nenhum 
ε 
Peso 
molecular 
(x10-3) 
150 150-600 900 180 190 
 
Concentração 
sérica 
(mg/dl-1) 
1300 350 100 3 0,01 
Concentração 
plasmática 
(mg/ml) 
13,5 3,5 1,5 Traço 0,05 
Estrutura Monômero Monômero, 
dímero 
Pentâmero nenhum Monômero 
Função Fixar o 
complemen
to C; 
Ativar a 
fagocitose 
Proteção de 
secreções. 
Imunidade da 
mucosa 
Fixa C, 
receptor 
antigênico 
da célula B 
virgem 
Reconheci
mento de 
Ag 
Atividade 
reacional, ativação 
do mastócito 
 
Estrutura básica de anticorpos: 
​➪Todas as imunoglobulinas têm uma estrutura de 
quatro cadeias como unidade básica. 
 Elas são compostas por: 
❏ 2 cadeias polipeptídicas pesadas (P) 
❏ 2 cadeias polipeptídicas leves (L) 
❏ Pontes de dissulfeto 
➪Um anticorpo é dividido em porções (fragmentos): 
❏ Fab: ​Fração de ligação ao antígeno 
❏ Fc: ​Primeira fração do anticorpo que teve sua conformação determinada 
F(ab’)2: É um fragmento divalente que resulta da clivagem da cadeia pesada e das 
pontes dissulfeto H-H intercadeia. 
Domínios 
➪Cada cadeia apresenta uma 
sequência com cerca de 110 
aminoácidos similares, denominadas 
dominio de Ig 
❏ Cadeia leve:​ possui 2 domínios 
❏ Cadeia pesada: possui 4 
domínios 
➪Cada cadeia possui uma: 
❏ Região constante (C): 
altamente conservada entre 
diferentes anticorpos. 
❏ Região variável (V): muito 
variável entre diferentes 
anticorpos. 
➪Sendo elas: 
❏ Cadeias leves - ​V​L​ (110 aminoácidos) e C​L​ (110 aminoácidos) 
❏ Cadeia Pesada ​- V​H​ (110 aminoácidos) e C​H​ (330-440 aminoácidos) 
Região de dobradiça ​➪ Esta é a região com a qual os braços da molécula 
de anticorpo formam um Y. É chamada de região da dobradiça porque há 
uma flexibilidade na molécula nesse ponto. 
 
 
 
 
 
19) Quais os isotipos de cadeias leves? Quais os isotipos de cadeia 
pesada? O que os distingue entre si? 
Os tipos de cadeias leves são denominadas de κ e λ, e diferem em suas regiões 
constantes. Cada célula B expressa ou κ ou λ, mas não ambas. As cadeias 
pesadas, são denominadas μ, δ, γ, e α, que diferem nas suas regiões C. Os 
anticorpos que contêm diversas cadeias pesadas pertencem a diferentes classes ou 
isotipos, e são denominados de acordo com a cadeia pesada (IgM, IgD, IgG, IgE e 
IgA), independentemente da classe da cadeia leve. Cada isótipo difere nas suas 
propriedades físicas e biológicas e nas suas funções efetoras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20) Construa uma tabela e para cada tipo de imunoglobulina cite as formas 
principais, suas funções efetoras, se atravessa a placenta ou não, se ativa 
complemento ou não, local de maior frequência. 
 
 
Principais I 
 Ig 
Funçõesefetoras Atravessa 
a 
placenta? 
Local de maior frequência 
IgG ● Neutralização de 
microrganismos e 
toxinas 
● Ativação da via clássica 
do complemento 
● Imunidade neonatal 
● Opsonização e fagocitose 
dos microrganismos 
● Citotoxicidade celular 
dependente de anticorpo 
 
SIM Linfa, sangue e líquidos 
peritoneal e 
cerebrospinal 
IgM ● Ativação da via clássica 
do complemento 
● Receptor antigênico do 
linfócito B virgem 
Não Espaços intravasculares 
IgA ● Imunidade de mucosa 
● Neutralização de 
microrganismos e 
toxinas 
Não Superfícies externas 
como as mucosas 
IgE ● Desgranulação de 
mastócito 
(hipersensibilidade) 
Não Sangue e superfície de 
basófilos 
 
 
 
21) Qual o papel das citocinas abaixo contra as infecções: 
a) TNF: são as principais citocinas envolvidas no recrutamento de neutrófilos no 
sangue e monócitos aos locais de infecção, também têm efeitos sistêmicos, 
incluindo a indução da febre pela atuação no hipotálamo. Em altas concentrações o 
TNF produz trombos no endotélio e reduz a pressão arterial por meio de uma 
combinação de contratilidade miocárdica reduzida e vasodilatação e drenagem. 
b) IL-12: ativa as células NK desencadeando a produção de IFN-y, aumento da 
atividade citotóxica, estimula a diferenciação de células T CD4+ virgens em Th1. 
c) IL-2: As principais funções são de estimular a sobrevivência e a proliferação das 
células T, resultando no aumento do número das células T específicas do antígeno 
e também é essencial para a manutenção de células T reguladoras, e, portanto, 
para controlar as respostas imunes. 
d) Interferon do tipo I: bloqueiam a replicação viral dentro das células do 
hospedeiro, está envolvida no recrutamento de neutrófilos e monócitos aos locais de 
infecção. 
22) Que subgrupo de linfócitos T reconhece os antígenos apresentados pelas 
moléculas do MHC da classe I e da classe II? Quais as moléculas das células T 
que contribuem para sua especificidade para os peptídeos antigênicos 
associados às moléculas do MHC da classe I e da classe II? 
Os linfócitos T citotóxicos CD8 + reconhecem complexos de MHC de classe 
I-peptídeo e os linfócitos T CD4+ reconhecem antígenos apresentados pelas 
moléculas da classe II. 
​23) Explique como ocorre o processamento antigênico e apresentação de 
antígenos pelas células T via MHC I e MHC II. 
 
 
● Defesa contra helmintos 
 
​Quando há antígenos intracelulares, o processamento inicia quando os antígenos, 
por não serem próprio, conseguem passar pelo proteossomo, local onde ocorre a 
quebra parcial deste, o qual posteriormente passa pelo TAP no retículo 
endoplasmático e se liga ao MHC classe I. O retículo endoplasmático recebe uma 
sinalização para mandar uma vesícula contendo o complexo MHC I/ antígeno para a 
superfície da célula, onde este é exposto e o linfócito T citotóxico CD8+ reconhece o 
MHC I, assim como o TCR reconhece o antígeno. E quando há antígenos 
extracelulares, a APC fagocita o antígeno havendo a formação de um fagossoma 
que logo depois se liga com uma vesícula do lisossoma, onde ocorre a quebra 
parcial do antígeno por enzimas líticas. De forma paralela, o MHC de classe, que é 
produzido no retículo endoplasmático, é transportado dentro de uma vesícula até o 
fagolisossoma para que ocorra a união desse antígeno com o MHC II. A vesícula 
contendo o complexo MHC II/antígeno é encaminhada até a superfície da célula, 
onde o antígeno será exposto. Posteriormente, o linfócito T CD4 + confere o MHC II 
e o TCR reconhece o antígeno. 
24) Quais são os componentes do complexo TCR? Quais desses 
componentes são responsáveis pelo reconhecimento de um antígeno, e quais 
são responsáveis pela transdução de sinais? 
O complexo (TCR) é composto por cadeias de TCR α e β, responsáveis pelo 
reconhecimento do antígenos, e o complexo CD3 e homodímeros ζ, necessários 
para a transdução do sinal. 
25) O que é co-estimulação? Qual o significado fisiológico da co-estimulação? 
Cite alguns dos pares ligante-receptores envolvidos na co-estimulação. 
A coestimulação se refere aos sinais liberados a um linfócito que são reconhecidos 
para a ativação do linfócito, mas independem da sinalização do receptor do 
antígeno. Os sinais coestimuladores são normalmente referidos como um segundo 
sinal que fornecem aos linfócitos informações que o antígeno no qual eles estão 
reconhecendo pode ser de origem microbiana. O B7 -1 e B7-2 são os principais 
estimuladores nas células apresentadoras de antígenos que se ligam ao CD28 nas 
células T . 
 
 
 
26) Qual o principal fator de crescimento para as células T? Por que as células 
T antígenos-específicas se expandem mais que outras células T quando 
expostas a um antígeno? 
O principal fator de crescimento para células T é a interleucina-2 (IL-2). As células T 
específicas para antígenos recebem sinais dos receptores de antígenos, 
estimulação mediada por citocinas e coestimulação. As células T que reconhecem 
os antígenos expressam altos níveis de receptores para fatores de crescimento e 
são estimuladas principalmente durante as respostas imunes aos antígenos. 
27) Quais são os principais subgrupos de células T auxiliares CD4 + e como 
elas se diferem? 
Os subtipos de célula T auxiliar CD4+ incluem as células TH1 que produzem 
interferon -γ, que então estimula as atividades microbicidas dos fagócitos . As 
células TH2 secretam IL-4, IL-5 e IL-13 que medeiam respostas alérgicas e 
anti-helmínticas. As células TH17 produzem o IL-17 e contribuem para o 
recrutamento de neutrófilos para os locais de infecção. 
28) Que sinais são necessários para induzir as respostas das células T CD8 +? 
​As células CD8 + são ativadas por antígenos peptídicos MHC de classe I,quando 
encontram células dendríticas maduras e sinais co-estimulatórios e citocinas. 
29) Quais os mecanismos pelos quais as células T ativam os macrógagos, e 
quais são as respostas dos macrófagos que resultam na morte dos 
microrganismos ingeridos? 
Os macrófagos são ativados pela Via clássica, denominada de M1, que atua na 
proteção contra os agentes cancerígenos devido a sua alta atividade citotóxica e da 
resposta imune que realiza, além de expressar altos níveis de moléculas de MHC 
classe I e II, no qual permitem funcionar como APC (células apresentadoras de 
antígeno). E na via clássica, serão mediados por estímulos de IFN-γ e TNF-α. 
Também existe a via alternativa, que promove a limpeza de possíveis dendritos,e é 
importante para a resolução da inflamação além de possuir baixa capacidade de 
promover apresentação de antígenos e cicatrização. Essa via é mediada pela IL-4 e 
 
 
 
IL-13. Os macrófagos ativados são mais eficazes como fagócitos e também como 
APCs sendo fatores importantes no controle de células cancerosas e patógenos 
intracelulares. 
 
30) Como as CTLs CD8 + destroem as células infectadas por vírus? 
Os linfócitos T citotóxicos CD8+ destroem as células portadoras de microrganismos 
em seu citosol, eliminando reservatórios de infecção. Isso se dá quando o antígeno 
anormal é apresentado na superfície da célula em associação com moléculas do 
MHC de classe I e as células CD8 + com receptores para o antígeno, são entãotransformadas em CTLs. E os CTLs induzem a destruição por apoptose da célula 
infectada por vírus. 
31) Como os anticorpos ajudam na eliminação dos microrganismos pelos 
fagócitos? 
O complemento e os receptores de anticorpos transduzem sinais de ativação que 
intensificam a capacidade dos fagócitos de matar microrganismos ingeridos. Além 
de que, os macrofogos utilizam muitos dos mesmos receptores de anticorpos para 
reconhecer e ingerir microrganismos. 
32) Como os animais recém-nascidos se tornam capazes de se proteger 
contra infecções mesmo antes de seus sistemas imunológicos atingirem a 
maturidade? 
Os mamíferos recém-nascidos adquirem anticorpos IgG de sua mãe pela placenta e 
do leite materno pelo epitélio intestinal, utilizando um receptor Fc neonatal para 
capturar e transportar esses anticorpos. 
33) Qual a função do CTLA-4? 
O CTLA-4 age bloqueando e removendo as moléculas B7 da superfície das APC, 
reduzindo posteriormente a coestimulação e evitando a ativação das células T e o 
CTLA-4 também é usado pelas células T reguladoras para suprimir as respostas 
imunes e deve distribuir os sinais inibitórios para as células T. 
 
 
 
34) Explique a necessidade de segundo sinal para ativação das células T. 
Um segundo sinal, é importante para a resposta adequada e para inativar as células 
T, produzindo um estado de tolerância imunológica específica. 
 
35) O que é sinapse imunológica? 
É a região de contato entre a APC e a célula T, que engloba as proteínas de 
membrana redistribuídas, pode ser descrita primeiramente como um sítio de 
transdução de sinais ativadores, mas que pode servir a outras funções, onde muitas 
moléculas efetoras e citocinas podem ser secretadas através dessa região, 
garantindo que elas não irão se difundir para longe, mas serão alvo para a APC. 
36) Qual a função do B71 e B72 e onde cada um se encontra? Qual seu 
ligante? 
Também denominadas CD80 e CD86 são proteínas coestimuladores que são 
expressas na superfície das APC (praticamente em todas células T) e cuja 
expressão aumenta quando as APC encontram microrganismos, ou seja, essas 
moléculas produzem estímulos para as células T. 
37) Qual a função do LFA-1 e onde ele se encontra? 
É uma integrina das células T virgens que possui função leucocitária associada ao 
antígeno 1. 
38) Explique os mecanismos microbicidas dos macrófagos ativados. 
Os macrófagos ativados produzem substâncias, incluindo espécies de oxigênio 
reativas, óxido nítrico e enzimas lisossômicas, que destroem microrganismos 
ingeridos, também secretam citocinas que induzem inflamação:fator de necrose 
tumoral (TNF), interleucina-1 (IL-1) e quimiocinas e ativam células T (IL-12), e eles 
expressam mais moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC) e 
coestimuladores, que aumentam as respostas das células T. 
39) Como ocorre a ativação da via clássica do complemento? 
 
 
 
A via clássica da ativação do complemento é desencadeada quando a IgM ou 
algumas subclasses de IgG se ligam aos antígenos. Como resultado dessa ligação, 
às regiões adjacentes do Fc tornam-se acessíveis e ligam à proteína do 
complemento C1. O C1 ligado torna-se ativo como enzima, resultando, então, na 
ligação e na clivagem sequencial de duas outras proteínas, C4 e C2. C4b fica 
ligada de maneira covalente ao anticorpo e à superfície microbiana, onde o 
anticorpo está ligado, em seguida liga a C2, que é clivada pela C1 ativa para 
produzir o complexo C4b2a. Este complexo é a via da C3 convertase clássica, que 
funciona para quebrar a C3, e o C3b gerado se liga novamente ao microrganismo. 
Parte de C3b se liga ao complexo C4b2b, e o complexo C4b2a3b funciona como C5 
convertase, que cliva a proteína do complemento C5. 
40) Quais imunoglobulinas ativam a via clássica? 
As imunoglobulinas humanas que iniciam a ativação do complemento pela via 
clássica pertencem às classes IgM e às subclasses IgG1, IgG2, IgG3. 
41) Quais vias do complemento são ações da resposta imune inata? 
A via alternativa e as vias das lectinas 
42) Explique como ocorre a ativação das vias das lectinas e a via alternativa 
A ​via alternativa da ativação do complemento é desencadeada quando um produto 
de ruptura da hidrólise de C3, chamado de C3b, é depositado na superfície de um 
microrganismo. Aí, a C3b forma ligações covalentes estáveis 274 com proteínas 
microbianas ou polissacarídeos, protegendo-se de uma maior degradação. A C3b 
ligada ao microrganismo liga-se a outra proteína chamada de fator B, que é 
quebrado por uma protease plasmática para gerar o fragmento Bb. Esse fragmento 
continua ligado à C3b, e o complexo C3bBb se rompe emzimaticamente em mais 
proteínas C3, que funcionam como a “via da C3 convertase alternativa”. Como 
consequência dessa atividade convertase, mais moléculas de C3b e de C3bBb são 
produzidas e se ligam ao microrganismo. Algumas das moléculas de C3bBb ligam 
uma molécula adicional C3b, e o complexo C3bBb3b funciona como C5 convertase, 
para causar a ruptura da proteína C5 do complemento e iniciar as etapas finais da 
ativação do complemento. A ​via da lectina da ativação do complemento não é 
 
 
 
iniciada por anticorpos, mas pela ligação da lectina ligante da manose plasmática 
aos microrganismos. A MBL é estruturalmente similar a um componente de C1 da 
via clássica e serve para ativar C4. As etapas subsequentes são, em essência, as 
mesmas encontradas na via clássica. 
 
43) O que ocorre se um indivíduo tiver deficiência na produção do 
componente C3 do complemento? 
A deficiência de C3 resulta em uma profunda suscetibilidade a infecções e, 
geralmente, é fatal no início da vida. 
44) Faça um resumo do capítulo 6 do livro Abbas e Lichtman relatando os 
mecanismos efetores das respostas imunes mediadas por células. 
MECANISMOS EFETORES DAS RESPOSTAS IMUNES MEDIADAS POR 
CÉLULAS T 
● A imunidade mediada por células é a resposta imune adaptativa que é 
mediada por linfócitos T, sendo um importante mecanismo contra os 
microrganismos que sobrevivem e se proliferam no interior das células e fagócitos. 
Essas respostas mediadas por células iniciam pela ativação das células T virgens 
que se replicam e se diferenciam em células T efetoras. 
● Existem dois tipos de reações imunes mediadas por células: As células 
T CD4 + que reconhecem os antígenos dos microrganismos extracelulares 
fagocitados e produzem citocinas que ativam fagócitos para matar microrganismos 
ingeridos, também estimulam a inflamação, e os linfócitos T citotóxicos (CTL) CD8 + 
que reconhecem os antígenos dos microrganismos das células infectadas no 
citoplasma e as destroem. 
● Para acontecer as respostas imunes mediadas por células T a uma 
infecção, é necessário que, as células T virgens migrem pelo o sangue e os tecidos 
linfóides, por todo o corpo até encontrar células dendríticas que apresentem os 
antígenos reconhecidos por células T. Logo, as células T virgens ativadas se 
diferenciam em vários clones de células efetoras, que migram de volta aos locais de 
infecção e destroem os microrganismos. 
 
 
 
● As células T efetoras que foram diferenciadas são recrutadas 
principalmente para os sítios dos tecidos periféricosda infecção e de lesões 
teciduais, enquanto as células que reconhecem os antígenos nos tecidos são 
mantidas. Essa migração é mediada por moléculas de adesão e por quimiocinas. 
● A principal função das células Th1 é a ativação dos macrofagos, na 
qual é mediada por IFN-y (citocina interferon-y) e pelas interações ligante de 
CD40L-CD40. E o resultado dessa ativação é que os macrófagos se tornam 
fortemente microbicidas e conseguem destruir muitos dos microrganismos ingeridos. 
● Essa interação entre os macrófagos das células T é um importante 
exemplo de interações bidirecionais entre os sistemas imune inato e adaptativo. 
● A inflamação, que é uma das principais reações da imunidade inata, 
também é componente das reações mediadas por células T na defesa normal do 
hospedeiro. E são estimuladas pelas células TH17. 
● As células TH17 também estimulam a produção de substâncias 
antimicrobianas, designadas como defensinas, que funcionam como antibióticos 
endógenos localmente produzidos e produzem citocinas que contribuem na 
manutenção da integridade funcional das barreiras epiteliais. 
● As células TH2 CD4+ reconhecem antígenos produzidos por parasitas 
helmínticos e outros microrganismos, e logo após esse reconhecimento, produzem 
as citocinas IL-4 IL-5 que estimula a produção de anticorpos e ativa eosinófilos, 
respectivamente. Além disso, as citocinas secretadas pelo subgrupo TH2 inibem a 
via clássica de ativação dos macrofagos e estimulam a via alternativa. 
● Os linfócitos T citotóxicos CD8 eliminam as células que expressam 
peptídeos derivados dos antígenos proteicos do citosol que são apresentados em 
associação às moléculas MHC classe I. A destruição das células por CTL é mediada 
por exocitose de grânulos que liberam granzimas e perforina. As granzimas iniciam 
diversas vias de apoptose, efetuando a clivagem de enzimas caspases e a perforina 
facilita sua entrada no citoplasma das células alvo. Os linfócitos CD8 também 
liberam a IFN-y, podendo participar na defesa de reações DHT e de microrganismos 
fagocitados. 
● Vários microrganismos desenvolveram mecanismos para resistir à 
defesa do hospedeiro mediada por linfócitos T, como algumas bactérias que inibem 
a fusão de fagossomos a lisossomos e vírus que inibem a apresentação de 
antígenos associados ao MHC classe I ou produzem citocinas inibitórias. Os CTL 
 
 
 
reconhecem peptídeos virais associados ao MHC classe I enquanto, as células NK 
reconhecem a ausência de moléculas MHC classe I. 
 
 
45) Faça um resumo do capítulo 8 do livro Abbas e Lichtman relatando os 
mecanismos efetores das respostas imunes humorais. 
Mecanismos Efetores da Imunidade Humoral 
 
● A imunidade humoral é mediada por anticorpos secretados e possui a 
função fisiológica de defender o organismo contra microrganismos extracelulares e 
toxinas microbianas. Esses anticorpos são produzidos por plasmócitos na medula 
óssea e nos órgãos linfóides. As funções efetoras dos anticorpos são neutralizar 
antígenos se ligando às toxinas microbianas e eliminar microrganismos infecciosos 
e toxinas. 
● Os anticorpos são produzidos após a estimulação dos linfócitos B 
pelos antígenos nos órgãos linfoides periféricos, muitos se diferenciam-se em 
plasmócitos enquanto outros migram e para a medula óssea e continuam a produzir 
anticorpos por meses ou anos depois da infecção ou vacina. Alguns dos linfócitos B 
estimulados podem se diferenciar em células de memória, que ao entrarem em 
contato com microrganismos se diferenciam e proliferam em células produtoras de 
anticorpos fornecendo uma defesa eficaz. 
● Os anticorpos bloqueiam os microrganismos e os efeitos prejudiciais 
das toxinas microbianas utilizando apenas suas regiões de ligação de antígenos 
(Fab). Para outras funções que requerem a ligação dos anticorpos ao Fc e aos 
receptores do complemento é necessário a identificação dos antígenos pelas 
regiões Fab, garantindo que ocorra ativação dos mecanismos efetores somente 
quando há necessidades. 
● A opsonização é o processo de revestimento das partículas para uma 
subsequente fagocitose. Os anticorpos opsonizados são fagocitados pela ligação 
das porções Fc dos anticorpos aos receptores Fc dos fagócitos. A fagocitose 
mediada por anticorpos é o principal mecanismo de defesa contra as bactérias 
 
 
 
encapsuladas. O baço é um dos órgãos que são importantes locais de eliminação 
fagocitica de bactérias oponizadas. 
● O FcγRIIB, um dos receptores de Fcγ te o papel de inibir a 
retroalimentação da ativação da célula B e inibe também a ativação de macrófagos 
e células dendríticas e podendo ter uma função anti-inflamatória. Além disso, o 
FcγRIIB é expressado pelas células NK e eliminam a célula opsonizada num 
processo denominado de citotoxicidade mediada por células dependente de 
anticorpos. 
● Os anticorpos (IgE) de imunoglobulina E ativam reações que 
estimulam a eliminação de vermes como helmintos por eosinófilos, também podem 
ativar mastócitos, que secretam citocinas, incluindo quimiocinas, que atraem mais 
leucócitos que agem para destruir os helmintos. E estão envolvidos em doenças 
alérgicas. 
● O sistema complemento consiste em proteínas circulantes e de 
membrana interagem de uma maneira bastante regulada para sintetizar produtos 
proteicos ativos que envolve a clivagem proteolítica sequencial dessas proteínas e 
leva à geração de moléculas efetoras que participam de diferentes maneiras na 
eliminação dos microrganismos. As principais vias de ativação do complemento são: 
a via alternativa, que é ativada em superfícies de microrganismos na ausência de 
anticorpos, por um produto de ruptura da hidrólise de C3, chamado de C3b, a via 
clássica que é ativada por complexos antígenos anticorpos, e via da lectina que é 
iniciada pela a ligação da lectina ligante de manose plasmática aos microrganismos. 
Sendo as vias da lectina e alternativa mecanismos efetores da imunidade inata e a 
via clássica mecanismo da imunidade humoral adaptativa. 
● As vias de ativação do complemento geram enzimas que clivam a 
proteína C3 e o produto dessa clivagem é que os microrganismos adquirem um 
revestimento com ligação covalente a C3b. As funções efetoras do sistema 
complemento são: a opsonização dos organismos e de imunocomplexos por 
fragmentos proteolíticos de C3, ativação das células inflamatórias, indução de lise 
celular osmótica pelo MAC e outras. 
● A Regulação da Ativação do Complemento é mediada por várias 
proteínas plasmáticas e de membrana que inibem diversas reações na via, como o 
fator de aceleração do decaimento (DAF) e a proteína regulatória chamada de 
inibidor C1. 
 
 
 
● A imunidade da mucosa é a imunidade em que os anticorpos são 
secretados nos lúmens dos tratos respiratório e gastrointestinal e se ligam aos 
microrganismos que geralmente são inalados ou ingeridos, impedindo-os de 
colonizar o hospedeiro. A IgA é a principal classe de anticorpos produzida nos 
tecidos mucosos. 
● A imunidade Neonatal é uma forma de imunidade em que os 
recém-nascidos obtêm anticorpos IgG fornecidos pela mãe através da placenta por 
um receptor Fc neonatal.

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