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1 ATIVIDADE INDIVIDUAL Matriz de atividade individual Disciplina: Corporate Finance Módulo: 2, 3 e 4 Aluno: João Marcelo Gomes Pedroza Turma: 0821-1_6 Tarefa: Análise de viabilidade de implantação de uma loja de roupas Custo de capital próprio e custo médio ponderado de capital O custo de capital próprio (Ke), calculado pelo método CAPM, é mensurado pela seguinte expressão: Ke = Rf + βx (Rm – Rf). Este custo representa a taxa mínima de atratividade exigida pelos investidores para se tornarem acionistas de uma empresa, sendo o retorno mínimo que justifica correr o risco do negócio. O coeficiente beta foi calculado pelo risco sistêmico do setor de roupas femininas, que, segundo a contextualização da atividade e adequado às características do negócio, seja 20% superior ao da carteira de mercado (1 + 0,2 = 1,2). Outros dados fornecidos são: Rf = 3,40% e Rm = 11,40%. Logo: Ke = 3,40% + 1,2 x (11,40% – 3,40%) Ke = 3,40% + 1,20 x 8% Ke = 3,40% + 9,60% Ke = 13% O prêmio pelo risco de mercado (Rm – Rf) é de 8%. Com isso, o investimento demonstra a capacidade de criação de valor aos acionistas somente em caso do retorno sobre o capital próprio superar o custo de capital de 13%. 2 O custo médio ponderado de capital (CMPC) representa a taxa mínima de atratividade dos investimentos dos credores e dos acionistas, deste modo, o CMPC representa o percentual de retorno mínimo exigido que todos os investidores esperam receber de maneira a recompensar o risco assumido ao aplicar os seus recursos, indicando o peso que cada um de seus elementos representa no financiamento de uma entidade, visto que, a partir dele, podemos estabelecer parte de cada elemento no momento de compartilhar os lucros/prejuízos da empresa. CMPC = (Ke x %PL) + (Kᶟº x %P) Acionistas: (47,5%) x (13%) = 6,175% Terceiros: (52,5%) x (10%) x (1 - 34%) = 3,465% CMPC = 6,175% + 3,465% CMPC = 9,64% Considerando o cenário do projeto de Amanda, a taxa de desconto a ser utilizada para o desconto dos fluxos de caixa será de 9,64% ao ano, sendo esta a taxa que justifica assumir os riscos, levando-se em conta a proporção de capital próprio e de terceiros investidos. Projeção dos resultados e dos fluxos de caixa livres da empresa e do acionista Um dos aspectos mais importantes de uma decisão de investimento está centrada na projeção dos fluxos de caixa que o ativo em análise tem capacidade de oferecer no futuro. O método do fluxo de caixa livre, seja sob a ótica da empresa ou do acionista, consiste em apurar o valor que, efetivamente, está disponível para novos investimentos ou para pagamentos dos investidores de capital. 3 Cenário 1 Cenário 2 Análise de viabibilidade VPL O valor presente líquido tem por objetivo calcular o valor presente equivalente de todos os fluxos de caixa futuros de um determinado projeto, mediante a aplicação da taxa mínima de atratividade dos investimentos, e subtrair deste montante o valor total dos investimentos necessários para a sua implementação. A apuração deste indicador significa verificar quanto um ativo vale, a mais ou a menos, do que ele custa, inclusive, descontando a rentabilidade desejada pela investidor, por esta razão, o VPL fornece ao analista uma visão altamente objetiva da geração ou destruição de valor ao implementar um investimento. Em resumo, o VPL mede o lucro ou o prejuízo em valor monetário, de modo que para o projeto ser viável, o VPL deverá ser maior que zero. 4 VPL - Cenário 1 VPL – Cenário 2 Em ambos os cenários o VPL foi positivo (VPL > 0), significa dizer que o projeto de Amanda possui a capacidade de remunerar a rentabilidade exigida, devolver o capital total investido e ainda gerar um ganho excedente no momento presente. Contudo, o primeiro cenário analisado possui um VPL bem maior do que o segundo, tornando-se, consequentemente, o mais viável. TIR A taxa interna de retorno é a taxa média de retorno, período após período, que determinado fluxo de caixa oferece, considerando toda a vida útil do projeto em análise, demonstrando a qualidade do retorno sobre o investimento, apontando se o mesmo é ou não viável. Este indicador deve ser maior do que a taxa de retorno do capital e somente pode ser calculada se os fluxos de caixa forem convencionais, ou seja, primeiro se investe para depois receber. 5 TIR – Cenário 1 TIR – Cenário 2 Como já calculado anteriormente, o percentual da TMA foi de 13%, portanto, os dois cenários possuem TIR maiores do que a taxa mínima de atratividade, isto é, o fluxo de caixa oferece uma rentabilidade média maior do que a exigida por Amanda, deste modo, ambos os cenários são considerados viáveis, porém, o primeiro novamente se apresentou maior do que o segundo, tornando-se a escolha mais segura. Payback simples O PS é o termo utilizado, em análise de investimento, para especificar o tempo em que os fluxos de caixa gerados por um projeto são capazes de devolver, integralmente, o capital investido. Resumidamente, o período de retorno (payback period) é o tempo entre o momento do investimento e o momento em que os fluxos de caixa acumulados se igualam ao valor investido, ou seja, é o tempo que determinado projeto de investimento leva para devolver todo o capital investido. Seu cálculo consiste, basicamente, em subtrair os fluxos de caixa gerados por um projeto, período a período, do investimento inicialmente realizado, 6 no objetivo de verificar o momento em que os fluxos de caixa acumulados terão a capacidade de devolver todo o capital investido no projeto. Payback Simples – Cenário 1 Payback Simples – Cenário 2 Nos dois cenários o payback simples não excedeu o prazo máximo de retorno estipulado em 48 meses, entretanto, o tempo de retorno mostrou-se menor no primeiro cenário, diante disto, é o que proporcionará o retorno mais rápido para Amanda. Payback descontado O cálculo do PD obedece ao mesmo princípio do PS, verificando o momento em que os fluxos de caixa acumulados serão capazes de devolver, integralmente, os investimentos realizados. Todavia, no payback descontado os fluxos de caixa deverão ser computados pelo seu valor equivalente no presente, devidamente descontados pela TMA do investimento, por tal razão, o período de payback descontado evidencia quanto tempo é necessário para que um projeto devolva o capital investido devidamente remunerado pela 7 rentabilidade mínima exigida pelos investidores, ou seja, é o tempo que determinado projeto de investimento leva para devolver o capital investido e rentabilizar, adequadamente, todo o investimento. Para uma análise de viabilidade de projeto, utilizamos o payback descontado, pois ele é equivalente ao número de fluxos de caixa (em períodos), a valores descontados, que um projeto leva para pagar seus custos de implantação. Payback descontado – Cenário 1 Payback descontado – Cenário 2 Visto que Amanda espera que a devolução do capital próprio investido, devidamente remunerado pelo risco do negócio, aconteça em, no máximo, 48 meses, notamos que os resultados do payback descontado em ambos os cenários, exceto do FCLA do primeiro cenário, ultrapassam esta solicitação, impactando a viabilidade do negócio. No entanto, como neste caso estamos analisando o projeto sob a ótica do acionista, o retorno do FCLA do primeiro cenário não excede o limite de tempo e se torna totalmente viável. Conclusão da análise 8 Uma análise de viabilidade tem por objetivo examinar a saúde financeira de uma organização ou um negócio, identificando possíveis riscos que podem impactar uma companhia nos próximos anos. Por tal razão, esta análise busca mensurar as variáveis de mercado no intuito de proporcionar maiorsegurança, confiabilidade e fidedignidade ao investidor no momento de iniciar um projeto, auxiliando também na sua tomada de decisão. Diante das análises realizadas, concluímos que os indicadores VPL, TIR e Payback simples responderem positivamente às exigências estabelecidas nos dois cenários do projeto, já o resultado do Payback descontado não atendeu totalmente às expectativas, inviabilizando de certa forma o investimento. No primeiro cenário, apesar do payback descontado do FCLE ser superior ao máximo exigido, devemos focar nos resultados obtidos do FCLA, visto que são os que representam os parâmetros de Amanda. Todos os indicadores deste cenário mostraram- se satisfatórios, retratando a rentabilidade e lucratividade do investimento, consequentemente e para finalizar, podemos considerar o primeiro cenário, indiscutivelmente, o que apresentou maior viabilidade para que o primeiro passo do grande sonho de Amanda se realize. BIBLIOGRAFIA FEUSER, Carlos E. P. Corporate Finance. Rio de Janeiro: FGV, 2020. 96 p. Apostila do curso de Corporate Finance – Fundação Getúlio Vargas.
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