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IDENTIDADES E DIVERSIDADES ÉTNICO RACIAIS

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Universidade Potiguar – UNP
2° período, Noturno
 
Antônia Dulce de Souza Tavares 
Bruna Rebouças da Costa 
Maria Alice da Silva 
Maria da Conceição Romão Pereira 
Maria do Socorro da Silva Souto 
Maria Vitória Patrocínio Da Silva 
Marina Gabriela de Aquino Alves
Murilo Augusto Saraiva 
Paula Chirliane Barbosa dos Santos 
Raiany Carla Alves Batista 
Contribuições das Culturas Negra e Indígena na construção da Identidade Brasileira
 Disciplina: Identidade Étnico Raciais 
Professora: Naide Fernandes
Rio Grande do Norte
04 de Outubro de 2021
Você sabe qual é a importância da cultura negra para a história do Brasil?
 História
 A partir da metade do século 16, os africanos chegaram ao Brasil para trabalhar como escravos. Com eles, vieram os costumes, as religiões, as tradições, uma cultura forte e diferente das que já estavam aqui, vindas dos europeus e dos índios. A união e a mistura de todos esses elementos deram origem à identidade brasileira. 
 As contribuições da cultura de origem africana para a construção da personalidade brasileira são inegáveis. Elas estão em toda parte. 
Música
 Além do samba, que é o estilo brasileiro mais famoso no mundo, outros ritmos também vieram da mãe África: Maracatu, Congada, Cavalhada, Moçambique. Além disso, muitos instrumentos musicais: 
Afoxé: tipo de chocalho feito com uma cabaça e uma rede de miçangas; 
Agogô: cones de metal tocados com uma baqueta; berimbau; 
Caxixi: cesto de vime em forma de chocalho encerrado no fundo uma cabaça com sementes; 
Atabaque: tambor alto; 
Cuíca: parecido com tambor, mas com uma varinha encostada à 
pele, que fricciona produzindo som; Djembê; ganzá e muitos outros. 
Culinária
 Ingredientes como o leite de coco, a pimenta malagueta, o gengibre, o milho, o feijão preto, as carnes salgadas e curadas, o quiabo, o amendoim, o mel, a castanha, as ervas aromáticas e o azeite de dendê não eram conhecidos nem usados no Brasil antes da chegada deles. Muitos pratos conhecidos e apreciados aqui vieram de lá: vatapá, o caruru, o abará, o abrazô, o acaçá, o acarajé, o bobó, os caldos, o cozido, a galinha de gabidela, o angu, a cuscuz salgado, a moqueca e a famosa feijoada. E os doces? Canjica, mungunzá, quindim, pamonha, angu doce, doce de coco, doce de abóbora, paçoca, quindim de mandioca, tapioca, bolo de milho, bolinho de tapioca entre outros. Doce de abóbora, paçoca, quindim de mandioca, tapioca, bolo de milho, bolinho de tapioca entre outros. 
 
Saiba um pouco mais sobre alguns pratos: 
Abará: Bolinho feito com massa de feijão-fradinho temperada com pimenta, sal, cebola e azeite-de-dendê, camarão seco, inteiro ou moído e misturado à massa, que é embrulhada em folha de bananeira e cozida em água; 
Acaçá: Bolinho feito de milho macerado em água fria e depois moído, cozido e envolvido, ainda morno, em folhas verdes de bananeira; 
Ado: Doce de origem afro-brasileira feito de milho torrado e moído, misturado com azeite-de-dendê e mel; 
Aluá: Bebida refrigerante feita de milho, de arroz ou de casca de abacaxi fermentados com açúcar ou rapadura, usada tradicionalmente como oferenda aos orixás nas festas populares de origem africana; 
Quibebe: Prato feito de carne-de-sol ou com charque, refogado e cozido com abóbora; 
Acarajé: Bolo de feijão temperado e moído com camarão seco, sal e cebola, frito com azeite de dendê; 
Mungunzá: Feito de milho em grão e servido doce (com leite de coco) ou salgado com leite; 
Vatapá: Papa de farinha-de-mandioca com azeite de dendê e pimenta, servida com peixe e frutos do mar. 
 
Religiões
 Na África, há muitas religiões diferentes. Antes de vir para cá, cada um seguia a religião de sua família, clã ou grupo. Mas quando chegaram aqui, os escravos foram separados de seus parentes e pessoas próximas. Por isso, passaram a se reunir com pessoas de outras etnias para realizarem os cultos secretamente. Para que todos pudessem participar, essas reuniões eram uma mistura de cada religião, com rituais e cultura unidos e partilhados. Daí surgiu o Candomblé.
 A crença nasceu na Bahia e tem sido sinônimo de tradições religiosas afro-brasileiras em geral. A Umbanda, que também tem origens africanas, une práticas de várias religiões, inclusive a Católica. Ela se originou no Rio de Janeiro, no início do século 20. Tem muitas outras religiões de origem africana:
 Babaçu (PA); 
Batuque (RS); 
Cabula (ES, MG, RJ e SC); 
Culto aos Egungun (BA, RJ e SP); 
Culto de Ifá (BA, RJ e SP) 
Macumba (RJ), 
Omoloko (RJ, MG, SP), 
Quimbanda (RJ, SP), 
Tambor-de-Mina (MA), 
Terecô (MA), 
Xambá (AL, PE), 
Xangô do Nordeste (PE), 
Confraria, 
Irmandade dos homens pretos, 
Sincretismo 
 
Artes marciais
 A capoeira, uma mistura de dança e luta, foi criada pelos escravos como uma estratégia de defesa. Como os treinamentos de combate eram proibidos, os escravos que conseguiam fugir, mas que eram recapturados ensinavam aos demais os movimentos. Embalados pelo som do berimbau, eles enganavam os capatazes, que achavam que estavam apenas dançando. Assim, eles treinavam nos engenhos sem levantar suspeitas. A capoeira só deixou de ser proibida no Brasil apenas na década de 1930. Em 1953, o mestre Bimba apresentou a arte ao então presidente Getúlio Vargas, que a chamou de “único esporte verdadeiramente nacional”. 
Língua
 As línguas africanas exerceram tanta influência no modo de falar do povo brasileiro que a nossa língua já é considerada diferente do Português de Portugal. Na Bahia, são usadas cerca de 5 mil palavras de origem africana. A maior parte das palavras que enriqueceram o vocabulário brasileiro vêm do quimbundo, língua do povo banto. Na época da escravidão, o quimbundo era a língua mais falada nas regiões Norte e Sul do país. 
 
Cultura Indígena
História 
 A cultura indígena brasileira é vasta e diversificada, ao contrário do que pensa o senso comum. Os historiadores estimam que, no início do século XVI, havia quatro agrupamentos linguísticos principais: tupi-guarani, jê, caribe e aruaque. Essas famílias linguísticas compartilhavam o mesmo idioma e culturas semelhantes.
 Antes da colonização, os índios que habitavam o território (hoje denominado Brasil) tinham uma cultura similar em alguns pontos, tais eram: organização social baseada no coletivismo; ausência de política, Estado e governo; ausência de moeda e de trocas mercantis; religiões politeístas baseadas em elementos da natureza; e ausência da escrita.
Influências da cultura indígena no Brasil
 Historiadores apontam que, em 1500, existiam cerca de quatro milhões de indígenas habitando as terras brasileiras. Hoje, a Funai estima que um milhão de indígenas vive no país, espalhados em 250 etnias, que, em suas aldeias, ocupam cerca de 13% do território |1|. Essa pequena parcela ocupada somente se mantém devido à demarcação de terras indígenas.
 Apesar do genocídio praticado contra os índios desde 1500 (em especial no período das bandeiras, durante a Ditadura Militar e em conflitos de terras atuais em estados, como Mato Grosso, Amazonas e Pará) e da desvalorização dos povos indígenas, o nosso país herdou inúmeros elementos da cultura indígena.
 O Brasil é um país extremamente miscigenado e pluricultural. Além da influência de povos africanos, orientais e europeus, os povos indígenas deixaram elementos importantes para a nossa cultura, sobretudo em relação aos hábitos alimentares. A culinária nortista, por exemplo, é rica em elementos da cultura indígena, como a maniçoba e a utilização do tucupi em pratos típicos. Frutos como o caju e a acerola eram consumidos pelos indígenas, e os seus respectivos nomes tiveram origem nas línguas tupi. O açaí, o guaraná e a tapioca, que consumimos amplamente nos dia de hoje e são, inclusive, explorados pela indústria alimentícia, são oriundos dos hábitos alimentares indígenas.
Características 
 Se considerarmos apenas as culturas desenvolvidas por povos indígenas brasileiros, já temos uma grande gama cultural. É característica comum das várias etnias indígenas brasileiras a valorização e o contatocom a natureza, sendo que o modo de vida tribal, antes da ocupação violenta do homem branco no território brasileiro, permitia a caça, a coleta e a agricultura familiar como modos de subsistência dos povos indígenas.
 As religiões animistas (aquelas que colocam como seres sobrenaturais e divinos elementos da natureza, como o Sol, a Lua e as florestas) compunham o imaginário religiosos dos povos indígenas. Antes da chegada dos portugueses, a maioria das tribos indígenas era guerreira, e essas disputavam os territórios entre si quando uma tribo migrava de um lugar para outro já habitado.
 Outra característica comum das diversas tribos indígenas era a fabricação de utensílios religiosos e de decoração com base em argila, madeira, bambu e penas de aves, além da confecção de pinturas corporais utilizadas em processos de caça e de guerra ou em festivais religiosos.
Costumes indígenas
 As sociedades indígenas prezam muito por duas coisas: respeito e ligação com a natureza e respeito à sabedoria dos anciãos. É ainda comum nas tribos indígenas o pensamento de uma vivência sustentável — retirando da natureza somente aquilo que é necessário para a manutenção da vida. As pessoas mais velhas são consideradas mais sábias, o que garante a elas certa autoridade dentro da tribo.
 Os povos falantes do tupi estabeleciam uma divisão do trabalho baseada no gênero e na idade. Idosos e crianças não trabalhavam, exceto espantando pássaros e outros animais das plantações. As meninas adolescentes ajudavam no cuidado das crianças mais novas. Homens adultos fabricavam utensílios de caça, pesca e guerra, também fabricavam canoas, guerreavam, caçavam e preparavam a terra para o cultivo. Já as mulheres adultas eram as responsáveis pelas atividades agrícolas, pela coleta, pela fabricação de utensílios domésticos, pela preparação de alimentos e pelo cuidado das crianças.
Alimentação indígena
 A alimentação indígena costumava ser baseada no consumo de frutas, legumes, verduras, raízes, caules, peixes e carnes de caça. Frutos como o caju e o açaí eram comuns na alimentação de povos de algumas localidades, como o Norte e o Nordeste brasileiros. Os índios do Norte também consumiam muito o guaraná como fonte de energia para as atividades diárias e para a guerra. A mandioca era a principal fonte de carboidrato deles, por isso era amplamente cultivada. A tapioca e a farinha de mandioca eram maneiras de estocar a mandioca para a utilização posterior.
 Hoje em dia, apesar de manterem muitos hábitos alimentares, os indígenas que permaneceram tiveram que se adaptar aos hábitos alimentares da sociedade brasileira contemporânea. A caça, a pesca e a coleta, que eram possíveis quando as florestas eram preservadas, já não são mais suficientes para alimentar a pequena população indígena, devido ao desmatamento.
Curiosidades
· O caoim era uma bebida típica feita pelos tupi-guarani à base de mandioca. Em um ritual, vários membros da tribo mascavam a mandioca crua e cuspiam o bolo de mandioca misturada com saliva em uma moringa de barro que era enterrada. A fermentação da mistura resultava em uma bebida alcoólica apreciada em festas.
· Os índios brasileiros não conheciam a metalurgia antes da chegada dos europeus ao território brasileiro.
· Antes da chegada dos portugueses, havia tribos indígenas canibais no Brasil. Alguns relatos dão conta de que tais tribos sobreviveram até o início do século XX na Amazônia.
· Várias palavras comuns no nosso cotidiano são de origem indígena. São exemplos: maracujá, guaraná, mandioca, caju, acerola, moringa, tambaqui, pirarucu e oca.
· O consumo de mandioca, de peixes típicos de rios brasileiros, como o pirarucu, o cará e a caranha, e de frutas brasileiras, como a acerola, o maracujá e o guaraná, está em nossas mesas hoje graças à presença marcante da cultura indígena na formação cultural do Brasil.
· A vontade de andar descalço foi um dos hábitos que herdamos dos indígenas. Geralmente, quando chegamos em casa após um dia inteiro de trabalho ou estudo, a primeira coisa que fazemos é retirar o calçado e ficar certo tempo descalços. Muitas pessoas têm o hábito de sempre andar descalças quando estão em suas casas;
· O costume de descansar em redes é outra herança dos povos indígenas;
· A culinária brasileira herdou vários hábitos e costumes da cultura indígena, como a utilização da mandioca e seus derivados (farinha de mandioca, beiju, polvilho);
· O costume de nos alimentarmos com peixes;
· Comer carne socada no pilão de madeira (conhecida como paçoca);
· Comer pratos derivados da caça (como picadinho de jacaré e pato ao tucupi);
· Costume de comer frutas (principalmente o cupuaçu, bacuri, graviola, caju, açaí e o buriti).
· Herdamos também a crença nas práticas populares de cura derivadas das plantas. Por isso sempre se recorre ao pó de guaraná, ao boldo, ao óleo de copaíba, à catuaba, à semente de sucupira, entre outros, para curar alguma enfermidade;
Referências: https://tvbrasil.ebc.com.br/novelawindeck/post/vocesabe-qual-e-a-importancia-da-cultura-negra-para-a-historia-do-brasil 
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cultura-indigena.htm

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