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AVA 2 - Histório e ensino da Cultura afrobrasileira e Indigena

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3
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA – UVA
SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS GERENCIAIS
ALEXANDRE 
Matricula 
TRABALHO DA DISCIPLINA HISTÓRIA E ENSINO DA CULTURA AFROBRASILEIRA E INDIGENA
RIO DE JANEIRO-RJ
2020
O intenso intercâmbio cultural ocorrido entre os escravos africanos, os indígenas e os europeus ocorridas por vários séculos durante o período colonial brasileiro contribuíram para a formação de uma cultura híbrida e bastante rica. 
A influência africana no Brasil ocorre através de diversos aspectos hoje comuns à nossa cultura, tais como: a língua, a culinária, as danças , as músicas, algumas religiões e demais costumes dos diversos grupos vindos do continente africano. Os negros escravizados eram forçados a trabalhar para os senhores de engenho, obrigados a abandonar suas crenças e hábitos culturais e encaravam uma realidade dura. Na culinária, as negras preparavam a feijoada, utilizavam o azeite de dendê, e até a colher de pau foi introduzida como um instrumento. A capoeira, conhecida por alguns como dança, mas também uma luta, hoje é uma referência do Brasil. Nossa língua, também recebeu forte influência africana, como por exemplo: fubá, macaco, moleque, e tantas outras palavras. Nossa vestimenta colorida e cheia de detalhes, colares, etc. Na música uma infinidade de sons e instrumentos musicais como o berimbau, o agogô, o afoxé entre outros. Na dança, em quase todos os estados deste nosso país existe uma influência da cultura africana; percebe-se então, que ela está bem enraizada em nossos costumes, em nosso dia a dia. Faz-se necessário pensar a razão das práticas de racismo e exclusão de negros em boa parte dos espaços sociais, senão todos, afinal somos todos brasileiros. 
O Brasil é certamente um dos países mais diversificados do mundo, pelas misturas étnicas, culturais e a diversidade de pessoas que convivem no mesmo espaço. O nosso país era habitado por diferentes grupos indígenas e quando os portugueses chegaram, dominaram alguns desses grupos e dizimaram a população de nativos através de batalhas desiguais, considerando a existência de uma grande diferença entre as armas utilizadas pelos portugueses e as armas mais simples dos indígenas e também em função das doenças trazidas pelos europeus, contra as quais os indígenas não possuíam qualquer forma de imunidade. Vendo os portugueses que o trabalho com os índios não estava dando o resultado esperado, resolveram ir até as suas colônias na África e escravizar os negros habitantes daquelas colônias. Desta forma os negros saíram de suas terras de forma brutal, sem qualquer chance de reação, encararam uma viagem muito difícil na qual, muitos não resistiram e morreram
A culinária brasileira herdou vários hábitos e costumes da cultura indígena, como a utilização da mandioca e derivados (farinha de mandioca e polvilho, por exemplo).  O costume de se alimentar com peixes, frutos do mar e carne de caça também é uma herança indígena. As frutas, como cupuaçu, graviola, açaí, caju e buriti, eram muito consumidas por esses povos. Outros alimentos de origem indígena são o milho, palmito, batata e inhame.
As práticas indígenas de cura, derivadas de ervas medicinais, são muito populares no Brasil. Muitas vezes, costumamos confiar nos conhecimentos indígenas e utilizar produtos como o pó de guaraná (contra problemas no estômago, intestinos e enxaquecas), óleo de copaíba (para tratar bronquite e outros problemas respiratórios) e semente de sucupira (contra inflamações).      
Muitas palavras de origem indígena, principalmente derivadas do tupi-guarani, fazem parte do nosso vocabulário cotidiano. Várias delas são ligadas a alimentos, plantas e animais, como abacaxi, mandioca, tatu, gambá, pipoca, cupuaçu, cacau, tamanduá, sabiá e samambaia. Diversas palavras em tupi se tornaram nomes de lugares, como o parque do Ibirapuera, em São Paulo, que significa lugar que já foi mato, e o município de Jericoacoara, no Ceará, que quer dizer refúgio das tartarugas. Pernambuco, Paraná, Piauí, Ipanema, Ubatuba e Bauru também são palavras indígenas. Muitos nomes próprios também têm origem indígena, como Tainá e Cauã.
Objetos desenvolvidos por povos indígenas são muito comuns no dia a dia da população de várias cidades brasileiras. As redes, canoas, jangadas, armadilhas de caça e pesca e instrumentos musicais são alguns deles. O artesanato e o uso de utensílios feitos de barro e palha, como vassouras e vasilhas, também são muito utilizados. Bolsas trançadas com fios e fibras, enfeites e ornamentos com penas, sementes e escamas de peixe são usados em diversas regiões do país.
Quando você chega em casa, a primeira coisa que faz é tirar os sapatos? Então, saiba que isso também é uma herança da cultura indígena. O hábito de andar descalço é muito forte entre os povos indígenas. Outro costume é o de tomar banho todos os dias – os europeus tomavam banhos raros, enquanto os índios se banhavam nos rios diariamente.  Descansar em redes, usar poucas roupas e ficar de pernas cruzadas também são hábitos que fazem parte do nosso cotidiano.
Os povos indígenas têm grande conhecimento sobre a natureza. Observando as plantas e o solo, eles descobriram informações valiosas e aprenderam a utilizá-las no dia a dia. Os índios desenvolveram um processo de escolha de áreas para o plantio e criaram um método de plantio e colheita ainda muito utilizado por pequenos agricultores. Eles também usavam as posições dos astros no céu para orientar os calendários agrícolas, sabendo qual o momento certo de plantar cada alimento. Todos esses conhecimentos são muito úteis para os pesquisadores hoje em dia.
REFERENCIAIS 
BERLINCK, M.T. ; KOLTAI, C.; CANONGIA, A.I. Esquizofrenia e miscigenação. Revista Latinoamricana de psicopatia fundamental. IV. N.4, 11-29. 2010.
SCHWARCZ, L.M. Espetáculo da miscigenação. Estudos avançados. N.8, v. 20, 1994.
SOUSA, R.O. oliveira Viana e as questões da miscigenação no Brasil: a desconstrução dos discursos e ideais que negavam a contribuição do negro e do indígena em nosso país. VI Jornada Internacional de Políticas Públicas.  20-23 ago. 2013. UFMA – São Luís do Maranhão.
FERREIRA, Márcio Carvalho C. A influência africana no processo de formação da
cultura afro-brasileira. A cor da cultura, 28 aug, 2013. Disponível em:
<http://www.acordacultura.org.br/artigos/29082013/a-influencia-africana-no-processo-deformacao-da-cultura-afro-brasileira>
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