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Metas internacionais para segurança do paciente

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1 
Metas internacionais para segurança do paciente 
Contexto 
--No Brasil, de cada 10 pacientes atendidos em um 
hospital, um sofre pelo menos um evento adverso 
como: 
• Queda, administração incorreta de 
medicamentos, falha de identificação do 
paciente, erros em procedimentos cirúrgicos, 
infecções e mau uso de dispositivos 
--Incidência de eventos adversos é muito alta, sendo 
de 7,5% onde 66% são considerados evitáveis. 
--A segunda causa de morte é por falha nos hospitais 
do Brasil, a qual a cada 5 minutos 3 pacientes morre, 
perdendo apenas paras doenças de coração. 
--Consequências dos danos ou efeitos adversos 
relacionados à assistência à saúde: 
• Podem ser incapacitantes, aumento do custo e 
da permanência hospitalar, causam mortes 
prematuras como consequência direta das 
práticas em saúde inseguras, crescente 
interesse pela melhoria da segurança do 
paciente e da qualidade da assistência à saúde e 
nova abordagem frente aos erros 
--Magnitude dos problemas de segurança do paciente, 
os diversos atores envolvidos no cuidado à saúde 
precisam incluir o tema em suas agendas e definir 
estratégias para a melhoria da qualidade e do 
desempenho das organizações de saúde. 
--Em maio de 2004 foi lançado a Aliança Mundial para 
a segurança do paciente, com o objetivo de favorecer 
as normas e as práticas, onde as ações são 
organizadas sob forma de campanha de segurança 
denominadas desafios globais para a segurança do 
paciente. 
--Os profissionais e os sistemas organizacionais em 
cuidados de saúde devem ser submetidos a uma 
transformação no interesse de promover cuidados 
seguros ao paciente. 
 
Objetivo: Difundir a temática de segurança do 
paciente mundialmente e fazer com que as 
instituições elas desenvolvam práticas de saúde 
seguras voltadas para a gestão da qualidade de 
assistência 
 
O que é segurança do paciente? 
Se refere à redução dos riscos de danos desnecessário 
associados à assistência em saúde até um mínimo 
aceitável, ou seja, não é nada mais que a redução de 
atos inseguros nos processos assistências e o uso das 
melhores práticas descritas de forma a alcançar os 
melhores resultados para o paciente. 
Está intrinsecamente relacionado ao estabelecimento 
de medidas de prevenção aos riscos evidenciados nos 
processos de trabalho e ao uso dos recursos humanos 
como barreira para os eventos adversos 
 
O que são danos desnecessários? 
São eventos adversos, ou seja, danos não intencionais 
decorrentes da assistência prestada ao paciente não 
relacionadas a evolução natural da doença de base. 
Onde obrigatoriamente acarretam lesos mensuráveis 
nos pacientes afetados, óbitos ou prolongamento do 
tempo de internação 
 
Qual a importância dos eventos adversos? 
Reside na indicação de falhas na segurança do 
paciente, refletindo o marcante distanciamento entre 
o cuidado real e o cuidado ideal. 
 
Mínimo aceitável 
Se refere aquilo que é viável diante do conhecimento 
atual, dos recursos disponíveis e do contexto em que 
a assistência foi realizada frente ao risco de não 
tratamento ou outro tratamento. 
 
Metas internacionais de segurança do paciente 
1. Identificação correta do paciente: Tem como 
finalidade garantir a correta identificação, a fim de 
reduzir a ocorrência de incidentes. E deve-se utilizar 
no mínimo dois identificadores como nome completo 
do paciente e/ou da mãe do paciente, data de 
nascimento e número do prontuário. 
Intervenções: 
• Identificar o paciente 
• Educar o paciente/acompanhante 
• Confirmar a identificação do paciente antes do 
cuidado 
 
2.Melhorar a comunicação entre os profissionais de 
saúde: Importante exercer a comunicação efetiva, a 
fim de que não sejam realizados procedimentos 
incorretos. 
-- A comunicação entre os profissionais de saúde 
consiste nos registros adequados em prontuários. 
Arielly Liberato 
 2 
-- Deve-se criar estratégias de educação permanente 
para a comunicação efetiva, capacitando a equipe para 
uma adequada comunicação entre os profissionais e 
assim aprimorar a comunicação com o paciente. 
 
3.Melhorar a segurança dos medicamentos: Tem como 
finalidade promover práticas seguras no uso de 
medicamentos em estabelecimentos de saúde. 
-- A administração de medicamentos é um processo 
multi e interdisciplinar que exige conhecimento 
técnico e prática. 
-- Um erro na administração pode trazer graves 
consequências, devendo-se observar as ações, 
interações e os efeitos colaterais. 
Intervenções: 
• Identificação do paciente 
• Identificação do prescritor na prescrição 
• Identificação da data de prescrição 
• Legibilidade 
• Uso de abreviaturas 
• Denominação dos medicamentos 
• Prescrição de medicamentos com nomes 
semelhantes (ex: DOPAmina e DOBUmina) 
• Padronização de medicamentos 
• Doses 
• Via de administração 
• Duração do tratamento 
 
4.Garantir o local correto, o procedimento correto e a 
cirurgia no paciente correto: A finalidade deste 
protocolo é determinar as medidas a serem 
implantadas para reduzir a ocorrência de incidentes 
e eventos adversos e a mortalidade cirúrgica, 
possibilitando o aumento da segurança na realização 
de procedimentos, por meio da lista de verificação de 
cirurgia segura desenvolvida pela OMS. 
 
-- Dificuldades para segurança cirúrgica 
• Falta de infraestrutura e equipamentos 
• Falhas no controle de infecção 
• Antibioticoterapia profilática aplicada de forma 
inconsistente 
• Treinamento de pessoas ainda é insuficiente 
• Interação dos membros da equipe 
 
-- Check list: Antes da anestesia (sing in), antes da 
iniciação cirúrgica (time out) e antes do paciente 
deixar a sala (sign out). 
 
 
5.Reduzir o risco de infecção associado ao cuidado: 
Tem a higiene das mãos como algo fundamental no 
cuidado à saúde, a fim de prevenir a transmissão de 
microorganismos e doenças. 
-- Momentos em que a higienização deve ser feita 
1. Antes do contato com o paciente 
2. Antes da realização do procedimento 
3. Após a exposição a fluídos corporais 
4. Após o contato com o paciente 
5. Após o contato com arear próximas ao 
paciente 
 
6.Reduzir o risco de danos aos pacientes resultante 
de quedas: Pretende reduzir a ocorrência de queda 
nos pacientes nos pontos de assistência e o dano dela 
decorrente, identificando os fatores físicos e do 
ambiente relacionados ao incidente e sugerindo 
intervenções como: 
• Avaliação do risco de queda, identificação do 
paciente com risco com a sinalização à beira do 
leito ou pulseira, agendamento dos cuidados de 
higiene pessoal, revisão periódica da medicação, 
atenção dos calçados utilizados pelos pacientes, 
educação dos pacientes e dos profissionais, 
revisão da ocorrência de queda para 
identificação de suas possíveis causas. 
 
-- As quedas dos enfermos resultam em danos de 30 a 
50% dos casos, sendo que 6 a 44% destes são graves. 
Consequências: 
• Aumento da estadia hospitalar 
• Aumento dos custos assistenciais 
• Diminuição da credibilidade da instituição 
• Complicações legais 
 
Criação dos núcleos – NSP’s 
Devem atuar como articuladores e incentivadores das 
demais instâncias do hospital que gerenciam riscos e 
ações de qualidade, promovendo complementaridade e 
sinergias nesse âmbito. 
 
 
 
 
Arielly Liberato

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