DIFERENCIAL CLONAL · Nicolas, 10 anos · Anteriormente saudável · Há 5 dias . Febre de 38ºC, principalmente vespertina . Associada com . Cefaleia . Tontura . Discreta dispnéia . Tosse · CD . Prescrito sintomáticos · Há 24 horas · Episódio de epistaxe . Nunca havia apresentado · Equimoses e petéquias no tórax · Descorado 3+/4+ · Anictérico, acianótico, taquicárdico, dispneico +/4+ · Sem linfonodos aumentado · Lesões vesiculares no lábio inferior e na narina direita . Sugestiva de herpes simples · AP e AC sem alterações · Orofaringe moderadamente hiperemiada · Sem hepatomegalia e macicez no espaço de Traube · Exames . Hb 7,0 g/dL . Ht 21% . Leucometria 5100/mm³, 24% neutrófilos e linfócitos atípicos presentes . Plaquetas 50.000 céls/mL · CD . Tamponamento nasal anterior . Encaminhamento para Santa casa · Avaliação hematologista · Solicitou nova hematoscopia e mielograma para estabelecer o tipo de leucemia para planejamento terapêutico BRAINSTORMING · Febre vespertina, dispneia e tosse . Diagnóstico diferencial → TB · Paciente com . Bicitopenia . Plaquetopenia . Moderada? · Anemia · Leucócitos dentro da referência · Presença de linfócito atípico · Ocorre na · Leucemia · Linfoma de Hodgkin · Causas não neoplásicas: ? · Presença de blastos? → Desvio à esquerda · Sinais de hemorragia · Epistaxe · Petéquia · Equimose · Palidez · Palidez, taquicardia e dispneia · Anemia? · Herpes simples · Relação com imunossupressão · Percussão maciça no espaço de Traube · Indica esplenomegalia · Sequestro? · Hematopoiese extramedular? · Hemoscopia · Buscar células imaturas · Mielograma · Biópsia medular · Crista ilíaca · Presença de blastos · Imunofenotipagem? · Tipos · Linfóide · Mielóide · Aguda · Crônica · Linfóide aguda · Mais comum em crianças · Bastonetes de Auer · Patognomônico de linfóide aguda? · Cromossomo Philadelphia · Palpação de linfonodos · Características · Tamanho · Mobilidade · Formato · Consistência · Contornos · Sensibilidade dolorosa · Cadeias · Submandibular · Retroauricular · Occipital · Supra e infraclavicular · Anterior e posterior · Dispneia, tontura e cefaleia · Relação com anemia aguda e hipóxia · Tosse · Relação com imunossupressão? PERGUNTAS 01) Sobre leucemia: Definição - Classificação - Tipos e epidemiologia- Fisiopatologia - Quadro clínico - Diagnóstico - Indicação de mielograma - Fisiopatologia das manifestações hemorrágicas nas leucemias Linhagens hematopoiéticas Todos os tipos de células do sangue periférico e algumas de outros tecidos do corpo são derivadas das células-tronco hematopoiéticas (de hemo: sangue; poiesis: criação). Quando a célula-tronco hematopoiética sofre lesão e não pode mais exercer sua função (p. ex., devido a um acidente nuclear), uma pessoa pode sobreviver de 2 a 4 semanas na ausência de medidas de suporte extraordinárias. Com o uso clínico das células-tronco hematopoiéticas, dezenas de milhares de vidas são salvas por ano (Cap. 30). As células-tronco produzem dezenas de bilhões de células sanguíneas diariamente, a partir de um compartimento que se acredita seja único entre as centenas de milhares existentes. Todos os tipos de células-tronco têm duas funções principais: autorrenovação e diferenciação · BIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DAS CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS Durante o desenvolvimento, as células sanguíneas são produzidas em locais diferentes. De início, o saco vitelino fornece eritrócitos que transportam oxigênio e, em seguida, a placenta e vários locais de produção sanguínea intraembrionária ficam envolvidos. Esses locais intraembrionários engajam-se em ordem sequencial, movem-se da crista genital, de um local onde a aorta, o tecido gonádico e o mesonefro estão emergindo, para o fígado fetal e em seguida, no segundo trimestre, para a medula óssea e o baço. À medida que a localização das células-tronco se altera, as células por ela produzidas também se modificam. O saco embrionário fornece eritrócitos que expressam hemoglobinas embrionárias, enquanto os sítios intraembrionários de hematopoiese geram eritrócitos, plaquetas e as células da imunidade inata. A produção de células da imunidade adaptativa ocorre quando a medula óssea é colonizada e o timo se forma. A proliferação de células-tronco continua alta, mesmo na medula óssea, até pouco depois do nascimento, quando parece cair de forma acentuada. Acredita-se que as células na medula óssea se originam por via hematogênica a partir de células do fígado fetal, após o início da calcificação dos ossos longos. · CAPACIDADE EXCESSIVA DAS CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS Na ausência de doença, as células-tronco hematopoiéticas não se esgotam. O fato de que os receptores de transplante alogeneico de células-tronco também nunca ficam sem suas células sanguíneas durante a vida, que pode durar décadas, confirma que mesmo o fornecimento de um número limitado de células-tronco é suficiente. Ainda não se sabe como as células-tronco respondem a condições diferentes para aumentar ou diminuir sua produção de células maduras. Sem dúvida, mecanismos de retroalimentação negativa afetam o nível de produção da maioria das células, ocasionando contagens normais de células sanguíneas estritamente reguladas. No entanto, muitos dos mecanismos reguladores que governam a produção de mais células maduras progenitoaras não se aplicam às células-tronco ou o fazem de forma diferente. Da mesma forma, a maioria das moléculas que mostrou ter a capacidade de modificar o tamanho do conjunto de células-tronco tem pouco efeito sobre as células sanguíneas mais maduras. Por exemplo, o fator de crescimento eritropoietina, que estimula a produção de eritrócitos a partir de células precursoras mais maduras, não exerce efeito sobre as células-tronco. De modo semelhante, o fator estimulante de colônia de granulócitos comanda a proliferação rápida de precursores de granulócitos, porém apresenta pouco ou nenhum efeito sobre o ciclo celular das células-tronco. Em vez disso, altera a localização de células-tronco por meios indiretos, alterando moléculas como CXCL12, que prendem as células-tronco ao seu nicho. As moléculas que se mostraram importantes no sentido de alterar a proliferação, autorrenovação ou sobrevivência das células-tronco, como os inibidores da quinase dependentes de ciclina, os fatores de transcrição como Bmi-1, ou microRNAs como miR125a, exercem pouco ou distintos efeitos sobre as células progenitoras. As células- -tronco hematopoiéticas têm mecanismos determinantes diferentes daqueles operados pelas células que elas geram. · DIFERENCIAÇÃO DAS CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS As células-tronco hematopoiéticas se situam na base de uma hierarquia de células, que culmina nos diversos tipos de células maduras que compõem o sangue e o sistema imune. As etapas da maturação que, por fim, levam às células sanguíneas diferenciadas e funcionais ocorrem tanto como consequência de alterações intrínsecas na expressão gênica, como de modificações nas células dirigidas pelo nicho e pelas citocinas nas células. Nosso conhecimento dos detalhes continua incompleto. À medida que as células-tronco amadurecem, tornando-se progenitoras, precursoras e, por fim, células efetoras maduras, sofrem uma série de alterações funcionais. Estas incluem a aquisição óbvia de funções que definem células sanguíneas maduras, como a capacidade de fagocitose ou a síntese de hemoglobina. Também incluem a perda progressiva de plasticidade (isto é, a capacidade de transformar-se em outros tipos celulares). Por exemplo, a progenitora mieloide pode originar todas as células da série mieloide, mas nenhuma da série linfoide. À medida que as progenitoras mieloides comuns amadurecem, tornam-se precursoras de monócitos e granulócitos ou eritrócitos e megacariócitos, mas não de ambos. Pode haver alguma reversibilidade desse processo no início da cascata de diferenciação,