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Fases Clínicas do Parto Período premonitório 2 Mudanças que ocorrem entre 38sem-40sem 1) Descida do fundo uterino 2)Aumento da capacidade ventilatória 3) Melhora sensação de plenitude após almoço 4) COMPRESSÃO DE BAIXO VENTE 5) DORES LOMBARES POR ESTIRAMENTO NAS ARTICULAÇÕES 6) COMPRESSÃO DA PAREDE VESICAL POLACIURIA 7) AUMENTO VARIZES VULVARES E HEMORROIDAS 8) AUMENTO DAS SECREÇÕES VULVARES + SAÍDA DE TAMPÃO = SINAL DE PARTO DURAÇÃO EM PRIMÍPARAS 20 HORAS E MULTÍPARAS 14 HORAS CONTRAÇÕES UTERINAS adelgaçamento do segmento uterino inferior e orientação do colo uterino,que passa a se alinhar ao eixo vaginal. (BREXTON-HICKS) ocorre o amolecimento, apagamento e centralização progressivos do colo uterino. FASE LATENTE = CONTRAÇÕES CONTRAÇÕES MAIS INTENSAS, NA AUSÊNCIA DE DILATAÇÃO PROGRESSIVA E RÁPIDA DO COLO Primeira fase OU FASE DE DILATAÇÃO 3 contrações uterinas ritmadas, regulares, de intensidade > 25mmHg, COM DURABILIDADE EM TORNO 40-60S QUE GERAM DILATAÇÃO E APAGAMENTO DO COLO DO ÚTERO EM 3-5CM Inicio após fase latente Primiparas duração de 10-12 horas ( apagamento do colo uterino antes do tp) Multíparas 6- 8 horas ( apagamento do colo uterino durante tp) O fim dessa fase caracterizado com dilatação uterine de 10cm Durante essa fase há formação das bolsas das águas (projeção das membranas ovulares através do colo) DU = 2/10 MIN Cuidados fase DILATAÇÃO 1) INTERNAÇÃO HOSPITALAR 2) TRICOTOMIA Alguns autores recomendam que estes sejam aparados com tesoura apenas no trajeto da incisão da episiotomia 3) HIDRATAÇÃO VENOSA 4)EVITAR ENTERÓCLISE RISCO DE CONTAMINAÇÃO DE CAMPO CIRÚRGICO COM FEZES PASTOSAS DESECONRAJADO O PROCEDIMENTO 5) EVITAR INGESTÃO DE ALIMENTOS SÓLIDOS Cuidados fase DILATAÇÃO 1) ESTIMULAR DEAMBULAÇÃO E POSIÇÃO QUE GESTANTE JULGAR MAIS CONFORTÁVEL decúbito dorsal deve ser evitado pelo risco da síndrome de hipotensão supina (caso esteja deitada, a gestante deverá assumir o decúbito lateral, e no final do primeiro período para o lado onde está situado o dorso fetal, fato que facilita a flexão do polo cefálico. 2) TOQUE VAGINAL alguns autores indicam realizar a cada 1-2 horas e diretriz nacional de parto a cada 4h Avaliar dilatação cervical e o esvaecimento do colo Avaliar integridade da bolsa das águas Avaliar apresentação fetal Avaliar variedade de posição Avaliar altura da apresentação Avaliar presença de assinclitismo Cuidados fase DILATAÇÃO 1) CLASSIFICAÇÃO DA BOLSA AMNIÓTICA (QUANTIDADE) A = chata ou colabada B = cilíndrica C = piriforme ou protusa Integra ou rota Se rota, há mecônio? sofrimento fetal 2) AVALIAR VITALIDADE FETAL APÓS, NO MÍNIMO, DUAS CONTRAÇÕES UTERINAS A CADA 30 MIN PINNARD OU DOPPLER BAIXO RISCO MONITORIZAÇÃO ELETRÔNICA ALTO RISCO Transparente - prematuridade Opalescente - pós-data Achocolatado – morte fetal Sanguinolento (hemoâmnio) Esverdeado – mecônio – sofrimento fetal Cuidados fase DILATAÇÃO 1) NÃO É INDICADO ESTIMULAR A PACIENTE A REALIZAR PUXOS (“FAZER FORÇA”) EXAUSTÃO 2) AMNIOTOMIA aumentar o risco de compressão do cordãoumbilical, de infecção e da taxa de cesariana. Atualmente, só está indicada para correção de distocias funcionais, avaliação da variedade de posição (caso não seja possível com a bolsa íntegra), avaliação do líquido amniótico quando indicada e nos casos de parto operatório. Amniorrexe acontece por aumento da pressão intra-amniótica contra a reduzida resistência das membranas 3) DROGAS Analgesia ( não farmacológico banho de chuveiro/imersão, massagem, respiração e relaxamento) Anestesia de condução A analgesia peridural contínua deve ser oferecida à parturiente sempre que possível, após a comprovação da adequada evolução do trabalho de parto apontada por atividade uterina coordenada, colo dilatado acima de 4 cm, apresentação fetal insinuada e adaptada à cérvice. Quando não disponível oferecer opiaceos (meperidina Pode-se aplicá-la a cada duas horas, na dose de 50 mg IM.) Ocitona ((1 a 8 mU/min.), dose que pode ser dobrada a cada 30 minutos até que o perfil contrátil desejado seja alcançado. Período expulsivo ou Segundo períOdo GESTANTE APRESENTA PUXOS E DESEJO DE DEFECAR ELEVA-SE PRESSÃO ABDOMINAL ATÉ 100MMHG VULVA E ANUS FICA ENTREABERTA, PERÍNEO DISTENDIDO E ABAULADO 8 Tem inicio com dilatação total do colo uterino em 10cm Término com expulsão total do feto DURAÇÃO EM PRIMÍPARAS 50MIN E MULTÍPARAS 20MIN DE ACORDO COM MS LIMITE DE TEMPO EM PRÍMIPARAS DE 0,5 – 2,5 HORAS (3H SE PERIDURAL) E MULTÍPARAS EM ATÉ UMA HORA (SE PERIDURAL 2H) CONTRAÇÕES UTERINAS ATINGEM SEU MÁXIMO 5 EM 10MIN COM DURAÇÃO DE 60-70S Cuidados fase expulsiva 1) POSIÇÃO Posições mais comumente utilizadas são a de litotomia (Bonnaire-Bué), com a gestante deitada em decúbito dorsal, com flexão parcial das coxas sobre o abdome e abdução dos joelhos, e a de Laborie-Duncan, a qual se diferencia pela flexão exagerada das coxas sobre o abdome, provocando uma ampliação do estreito inferior e maior facilidade no desprendimento fetal. A parturiente só deverá ser colocada em uma destas posições no final do período expulsivo, próximo ao nascimento. Litotomia Laborie- Duncan Cuidados fase expulsiva 1) CUIDADOS DE PROTEÇÃO DE PERÍNEO E PREVENÇÃO DE TRAUMATISMOS FETAIS medidas de proteção do períneo e prevençãode traumatismos fetais. A mais utilizada era a episiotomia. No entanto, atualmente seu uso de forma indiscriminada não está indicado, devendo ser considerada em casos específicos na chamada episiotomia seletiva. A mediana é mais fisiológica e parece apresentar melhores resultados em relação à dor pós-operatória e dispareunia, porém existe risco maior de lacerações para o reto. Deverá ser feita antes que a apresentação distenda acentuadamente o períneo. No entanto, caso seja efetuada precocemente, aumenta as perdas sanguíneas maternas. Caso seja realizada tardiamente, pode não proteger adequadamente as estruturas perineais. Outra maneira bastante adequada de proteção do períneo é a manobra de Ritgen modificada: consiste na compressão do períneo posterior e controle da deflexão da cabeça fetal com a mão oposta, visando evitar a deflexão rápida da cabeça O uso do fórcipe obstétrico é indicado quando a abreviação do desprendimento do polo cefálico fetal for indicado. 2) SAÍDA DO FETO Após a saída do feto, pode-se mantê-lo na altura do introito vaginal com a face para baixo ou para o lado (evitar aspiração de líquido amniótico) ou apoiá-lo sobre o abdome materno, para, em seguida, realizar o clampeamento do cordão umbilical aproximadamente a 10 cm de sua inserção no recém-nascido. Depois de as pulsações do cordão terem cessado (aproximadamente três minutos após o parto), procede-se o clampeamento e o corte, de acordo com técnicas estritas de higiene e limpeza. Período DE SECUNDAMENTO ou TERCEIRO períOdo MECANISMOS DE DESCOLAMENTO BAUDELOCQUE-SCHULTZE (FACE FETAL) BAUDELOCQUE-DUNCAN (FACE MATERNA) 11 Tem inicio com DESPRENDIMENTO DO FETO Término com SAÍDA DA PLACENTA E MEMBRANAS FETAIS CONSIDERADO PROLONGADO QUANDO ULTRAPASSA 30MIN FORMA DO ÚTERO MUDA DE ACHATADA PARA GLOBOSA CONTRAÇÕES 50MMHG INDOLORES E 4-5/10MIN Cuidados fase SECUNDAMENTO 1) DESCOLAMENTO DA PLACENTA Baudelocque-Schultze: a implantação placentária encontra-se no fundo uterino (corporal).Ocorre em cerca de 75% dos casos, desprendendo-se pela face fetal em forma de guarda-chuva, com o sangramento se exteriorizando após a saída da placenta; Baudelocque-Duncan: a implantação placentária ocorreu nas paredes laterais uterinas.Responde por cerca de 25% dos casos, desprende-se pela borda inferior, o sangramento precedendo a saída da placenta. CORDÃO UMBILICAL (MANOBRA DO PESCADOR OU FABRE) CLAMPEAMENTO TARDIO SE RN SEM COMPLICAÇÕES Baudelocque-Duncan Baudelocque-Schultze Cuidados fase SECUNDAMENTO 1)EVITAR TRAÇÕES DE PLACENTA RISCO DE INVERSÃO UTERINA, ROTURA CORDÃO UMBILICAL E RETENÇÃO DE RESTOS PLACENTÁRIOS Durante sua exteriorização,pode-se impor leve tração e torção axial da placenta, para auxiliar no seu descolamento (manobra de Jacob-Dublin). Em caso de hemorragia ou retenção placentária, pode ser indicada a extração manual da placenta, preferentemente sob anestesia. Introduz-se a mão na cavidade uterina e procura-se descolar a placenta pelo seu plano de clivagem. 2) OCITOCINA PROFILÁTICA 10UI IM 3) MANOBRAS PARA VERIFICAR DESPRENDIMENTO PLACENTÁRIO Pinçamento do cordão umbilical próximo à vulva, e com o descolamento da placenta o local de pinçamento se distancia (sinal de Ahlfeld). Tração intermitente discreta do cordão umbilical, a qual não será transmitida ao fundo uterino quando a placenta estiver descolada(sinal de Fabre) ou inversamente, a percussão do fundo uterino não é propagada ao cordão umbilical (sinal de Strassmann) Elevação do corpo uterino através da palpação abdominal não acompanhada da movimentação do cordão umbilical (sinal de Kustner). Sinal da placenta: sensação de peso sobre o reto referida pela paciente. Diagnosticado o descolamento da placenta, pode-se auxiliar na descida da placenta pelo canal vaginal com compressão leve na região do segmento uterino inferior (manobra de Harvey). Período DE GREENBERG ou QUARTO períOdo PERDA SANGUÍNEA MÉDIA É DE 500-1000ML NO PARTO NORMAL REVISÃO DE PLACENTA E MEMBRANAS OVULARES OBSERVAR CONDIÇÕES DO PERÍNEO 14 Tem inicio com DESCOLAMENTO DA PLACENTA E ESTENDE-SE ATÉ UMA HORA APÓS Mecanismos de hemostasia A) MIOTAMPONAMENTO B) TROMBOTAMPONAMENTO Cuidados fase DE GREENBERG 1)MECANISMOS DE HEMOSTASIA Miotamponagem: caracteriza-se pela contração da musculatura uterina, que desencadeia uma consequente ligadura dos vasosuteroplacentários (ligaduras vivas de Pinard). Trombotamponagem: formação de trombos (coágulos) nos grandes vasos uteroplacentários e hematoma intrauterino que promovem o tamponamento de arteríolas e veias abertas no sítio placentário. Indiferença miouterina: o útero se torna “apático” e, do ponto de vista dinâmico, apresenta fases de contração e relaxamento, podendo se encher progressivamente com sangue. Contração uterina “fixa”: depois de decorrida uma hora, o útero adquire maior tônus, a contração se sobrepõe ao relaxamento. Assim, o útero se mantém contraído, constituindo o chamado globo de segurança de Pinard. 2) REVISÃO PLACENTA E MEMBRANAS OVULARES integridade, forma e aspecto da placenta inserção do cordão umbilical presença do âmnio e cório odor OBSERVAR PERÍNEO (SUTURA, EDEMA, HEMATOMA) CONTROLE DE PA E PULSO MASSAGEM UTERINA ADMINISTRAÇÃO DE OCITOCINA
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