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ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL Parto é o processo através do qual os produtos da concepção são expulsos do útero e da vagina para o ambiente externo a partir da 22ª semana de gestação ou maior que 500g (<500g = aborto mesmo se mais que 22 semanas). Na obstetrícia, o conceito de parto de alto ou baixo risco é retrospectivo. Se nasceu tudo bem, era baixo risco. Mas quando há complicações, elas são abruptas. Estática fetal · Posição fetal: relação do dorso fetal com pontos de referência materna, podendo ser direito ou esquerdo (mais comum) · Situação: relação entre o maior eixo do bebê em relação à pelve materna (longitudinal, transversal ou oblíqua) · Apresentação: qual polo do bebê se insinua em relação ao estreito superior da pelve materna. Pode ser córmico, cefálico ou pélvico. · Fatores de risco para apresentação pélvica: prematuridade, malformação fetal ou uterina, gemelelaridade, anencefalia ou hidrocefalia, tumores uterinos, vícios pélvicos, brevidade do cordão umbilical, inserção anômala de placenta · Atitudes de apresentação fetal: Região fetal que ocupa a área da pelve materna e nela se insinuará, sendo verificado pelo toque vaginal. Na apresentação cefálica demonstra o grau de flexão ou deflexão da cabeça fetal. · flexão toca lambda (fontanela posterior). Atitude com menor diâmetro · deflexão de primeiro grau toca bregma (fontanela posterior). Causas: vício pélvico, feto pequeno, laceração perinal, ruprema e placenta prévia · deflexão de segundo grau toca fronte: Esta é a que mais tem associação com distocia (indicação de de cesárea). Causas: vício pélvico, tumores prévios, multiparidade, vícios de conformação uterina, feto volumoso, placenta prévia ou malformações fetais. · deflexão de terceiro grau toca face (nariz ou mento). Causas: polidrâmnio, amniorrexis precoce com saída intempestiva do líquido amniótico, ventre materno “em pêndulo”, vício pélvico, tumores prévios, bócio fetal congênito e malformações fetais. Pode ser uma indicação de cesárea · Variedade de posição: relação entre o eixo das fontanelas (geralmente lambda) e o eixo da pelve. Para passar no plano 0 de De Lee (espinhas isquiadicas) tem que ser occipito posterior ou anterior. Plano de Lee: 0 é o menor diâmetro pélvico e se situa na altura da espinha isquiádica. (-3, -2,-1 para cima e +1, +2, +3 para baixo) 1º letra: local onde se encontra o ponto de referência fetal Demais letras: pontos fixos dos níveis do estreito superior da pelve materna EX: OAE – occipito do feto na parte anterior esquerda da pelve materna · OP: occipito posterior = desse jeito que passa do plano 0 de lee · OEA: occipito esquerdo anterior · OET: occipito esquerdo transverso · OEP: occipitoesquerdo posterior · ODA: occipito direito anterior · ODT: occipito direito transverso · ODP: occipito direito posterior · OS: occipito sacral. Trajeto As articulações pélvicas ficam mais frouxas devido ao estímulo hormonal, facilitando o trabalho de parto. 3 estreitos na pelve: · orifício cervical · diafragma pélvico: músculos levantadores do ânus + isquiococcigeos · fenda vulvovaginal · Pelvimetria: · Ângulo subpúbico · Espinhas isquiádicas (diâmetro biciático): menor diâmetro da pelve (10cm) · Conjugata exitis: borda inferior da pube até o coccix · Conjugado diagonal: borda inferior da pube até promontório (12cm) FASES CLÍNICAS DO PARTO A. Período premonitório: · Ocorre a descida do útero (2 a 4cm) · Adaptação da apresentação fetal à pelve. · Secreção das glândulas cervicais (tampão mucoso). Também pode ocorrer durante o trabalho de parto · Aumento das contrações de Braxton-Hicks · Amolecimento, apagamento e centralização do colo · Início da fase latente (pródromos de trabalho de parto) · Tem duração de 20 horas nas primíparas e 14 horas nas multíparas CONTROVERSO B. Primeiro período: dilatação · Dx de trabalho de parto · 3 contrações rítmicas e dolorosas a cada 10min com intensidade de 30mmHg que se mantém por duas horas. · Avalia-se com a mão no abdome sentindo a contração. Mais fácil perto da cicatriz umbilical. Conta-se a partir do platô da contração. · Não é a dilatação que determina o trabalho de parto. · Colo uterino dilata e sofre apagamento · Verificada pelo exame de toque vaginal bidigital e bimanual · Primíparas: COLO APAGADO E COM 2CM DE DILATAÇÃO · Multíparas: COLO SEMI APAGADO E COM 3CM DE DILATAÇÃO · A dilatação e apagamento ocorre de forma diferente em primíparas e multíparas. Nas nulíparas ocorre primeiro apagamento do colo e depois dilatação, enquanto nas multíparas ocorre apagamento e dilatação do colo de forma concomitante. · Formação da bolsa das águas · perda do tampão mucoso: pode ocorrer durante período premonitório · Esse período termina quando o colo atinge a dilatação completa (10cm) · É dividido em duas partes: · Fase de latência: contrações uterinas regulares, ínicio da dilatação cervical e descida do polo cefálico, com duração média de 8 a 18 horas. As contrações, apesar de presentes, não são suficientes para o apagamento e dilatação cervical completa · Fase ativa: o progresso franco da dilatação é iniciado. Nesta fase, espera-se uma dilatção média de 1,2 cm/h nas prímiparas e de 1,5 cm/h nas multíparas. · Pode durar até 12 horas em primíparas e 7 horas em multíparas · Fatores musculares e convergentes (reflexo de Fergunson I) · Formação do canal do parto · A amniorrexe (rompimento espontâneo da bolsa amniótica) ocorre na maioria das vezes no final da dilatação · Quando o médico rompe = amniotomia · Pelo tempo de rompimento é considerada: · Precoce: dilatação < 6cm · Oportuna: dlatação de 6-8cm · Tardia: dilatação>8cm · A força motora é de 80UM no ínicio e de 160UM no final · Assistência durante primeiro período: · GERAIS: · Roupas leves · Banho com água quente: diminui dor e melhora dilatação · Direito à acompanhante · Posição livre: só não pode de barriga para cima pela compressão da VCI - hipofluxo placentário e diminui BCF · Deambulação auxilia no trabalho de parto, encaixe do bebê. · EVENTUAIS: · Tricotomia: apenas em caso de extrema necessidade · Enteróclise (lavagem do intestino materno): só se faz em caso de fecaloma · Acesso venoso · ALIMENTAÇÃO: livre até 7cm de dilatação (contração é nauseante), líquidos de 150ml de 2 em 2 horas até parto. Mesmo assim gestante nunca é considerada como estando em jejum, aumentando assim o riisco anestésico. · BCF: escuta por 15seg antes, durante e depois das contrações de 30 em 30 minutos. Durante a contração ocorre compressão do polo cefálico que desencadeia um reflexo vagal por hipóxia e consequente bradicardia, esse é o chamado DIP I e é fisiológico. O problema é quando ocorre o DIP II (bradicardia após a contração) que demonstra uma resposta à contração de forma tardia indicando situação fetal não tranquilizadora. Melhor observado com CTG. · DINÂMICA UTERINA: a cada hora ou de meia em meia hora durante indução com uso de ocitocina (pelo risco de taquissistolia). É feito sentindo as contrações durante 10min. · TOQUE VAGINAL: de duas em duas horas se bolsa íntegra e 3 em 3 horas se bolsa rota (risco de infecção) · AMNIOTOMIA: geralmente a rotura é espontânea. Pode ser feita para verificação do líquido amniótico. Ajuda como estímulo para melhorar contrações uterinas. · INDUÇÃO OU CONDUÇÃO DE TRABALHO DE PARTO: indução se não estiver em trabalho de parto ainda. Condução é para melhorar as contrações de um útero já em trabalho de parto, mas que acabou fatigando. Escore de Bishop avalia a necessidade de indução e condução do parto com auxílio de prostraglandinas, ocitocina ou com a sonda de Foley. · INDUÇÃO COM MISOPROSTOL (análogo de prostraglandina): Se a paciente está com escore de Bishop menor ou igual à 5 eu vou usar Misoprostol (25mcg intravaginal de 6/6 horas - máximo de 8cp). Antes de colocar o comprimido deve ser feita cardiotocografia e toque vaginal. Se não melhorou o Bishop, ou seja, não entrou em trabalho de parto com 48hs de uso de misoprostol - FALHA DE INDUÇÃO (indicação de cesárea) Se o bishop melhorou e entrou em trabalho de parto - CONTINUA COM A ASSISTÊNCIAPARA O PARTO Se bishop melhorou (maior ou igual a 6) mas não começaram as contrações (não entrou em trabalho de parto) - COMEÇAR INDUÇÃO COM OCITOCINA · INDUÇÃO COM OCITOCINA: Usa 5UI com 500ml de soro glicosado 5% EV 6ml/h (2 gotas por min - bomba de infusão), aumentando de 30/30min conforme dinâmica uterina. Quando atingir o gotejamento máximo (196 ml/h) deve-se manter por mais duas horas. Se faz com soro glicosado para evitar edema (efeito colateral da ocitocina). Se gotejamento máximo for mantido por 2h e não entrou em trabalho de parto - FALHA DE INDUÇÃO (indicação de cesárea) · INDUÇÃO COM FOLEY: feita em paciente que tem bishop desfavorável, mas tem contraindicação para uso de misoprostol, como uma cicatriz uterina (cesárea) que tem risco de romper se houver taquissistolia. Coloca-se sonda foley dentro do colo uterino e enche o balão, criando o espaço real que induz a liberação de prostaglandina. Não caiu a sonda - FALHA DE INDUÇÃO Caiu a sonda - PARTO · PARTOGRAMA: existem vários tipos, mas o da secretaria estadual de saúde é o mais usado por especificar em paridade e integridade ou não da bolsa (o da OMS não faz isso). · O partograma é iniciado à partir da fase ativa do TP (1cm de dilatação) · A falta de progressão da dilatação em 1h ou um progresso lento que afaste a curva da dilatação para mais que 2h à direita da linha de alerta se constitui um trabalho de parto disfuncional · Reavaliar a permeabilidade do trajeto pélvico e das características da contratilidade uterina - Buscar uma causa dessa disfunção · Em verde: especificação de paridade e integridade da bolsa, com esses dados eu vou construir a linha de previsão para o parto após a chegada na linha de 4,5 (em vermelho) (só a partir daí que eu vou conseguir prever o parto) · No eixo x temos o tempo percorrido · Em roxo temos o plano de Lee, verificado pelo toque vaginal. Onde eu boto o plano onde se encontra a cabeça (já desenhando a variedade da posição) · Em laranja a dilatação também verificado por toque · Em rosa a variedade de posição da apresentação fetal · A linha em preto demonstra a evolução da dilatação, já a linha em vermelho é a previsão de como deveria ser esse parto. Se ultrapassar essa linha - ALERTA · Com isso eu consigo ver como está evoluindo e se tenho que intervir · Anotar SSVV maternos, presença de bolsa amniótica, cor do LA, condutas tomadas e drogas administradas C. Segundo período: expulsão · Compreende o período entre a dilatação completa (10 cm) e a expulsão do feto. · Duração de 20min em multíparas e 50min nas nulíparas. Se passar esse tempo é considerada parada de progressão -> cesárea · Contrações intensas e frequentes (5-6 em 10min) · Inicio dos puxos (quando a mulher começa a fazer força para nascer); prensa abdominal voluntária · esvaziamento retal e vesical associado à relaxamento perineal · retração uterina e relaxamento muscular · força motora de 250UI · Assistência no segundo período · POSIÇÕES: horizontal, cócoras ou genupeitoral · Paramentação cirúrgica, antissepsia e colocação de campos · BCF de 5 a 10min · Rotação interna do polo cefálico · Anestesia locorregional: analgesia dos nervos pudendo com lidocaína sem vasoconstritor e infiltração nas espinhas isquiáticas e anestesia em leque no períneo · Episiotomia: geralmente se faz a médio-lateral D. Previsão e decisão na hora do parto, conforme paridade e tamanho da criança. · períneo sem elasticidade · necessidade de abreviação do parto · forceps e prematuridade extrema? · Proteção perineal com manobra de Ritgen modificada:manobra de contenção da cabeça bebê para que ele não nasça de maneira muito “intensa”. Faz até a saída de TODA a cabeça para evitar laceração de perineo, principalmente na saída do nariz e mento. Faz uma pinça no períneo, próximo à furcula e com a outra mão protege a saída da cabeça do bebê. · Se faz revisão do trajeto do parto e epissiorrafia (mucosa e pele) e sutura de lacerações (se forem de segundo ou terceiro grau) · LEMBRAR: depois que a cabeça do bebê sai, existe apenas mais 5min de reserva de oxigênio · Se nasceu bem, sem mecônio, não é prematuro a criança pode ir com a mãe, caso tiver um desses casos vai para o neonato. D. Terceiro período: dequitação · Período de descolamento e expulsão da placenta · duração de 10 a 30min · fase de repouso e relaxamento clínico · causado pela retração uterina · puxos ao ocupar cavidade abdominal · Mecanismos de saída · Baudeloque-Schultze: 75% dos casos - desprendimento pela parte fetal (lisa). Normalmente é deslizamento. ESQUERDA. · Baudeloque-Duncan: 25% dos casos - Desinserção pela borda inferior,por deslizamento DIREITA. Tem maior chance de reter placenta, maior cuidado com infecção. · Conduta ativa para evitar hemorragia: tração contínua e massagem no útero (manobra de Harvey). Quando a placenta aparece no períneo tem que ficar girando (manobra de Jacob-dublin) para romper membranas. Se as membranas permanecerem ali ocorre endometrite puerperal, devendo fazer curagem (gaze) ou curetagem (cureta) · NÃO TRACIONAR MUITO O CORDÃO: pode gerar inversão uterina · Usa ocitocina IM em todas as pacientes após a expulsão do feto para auxiliar a retirada da placenta e se não ocorre saída em até 30min, se faz ocitocina direto no cordão umbilical. · Após saída da placenta, verificar sua integridade (membranas e cotilédones) · avaliar globo de segurança de Pinard: trombotamponagem · toque retal em caso de suturas E. Quarto período: primeira hora pós-parto ou Greemberg · Período onde ocorre: · miotamponagem (retração uterina e ligaduras vivas) · trombotamponagem (trombos e hematoma) · indiferença miouterina (contração e relaxamento) · contração fixa (tônus constante) · Estimular lactação (reflexo de Fergunson II) · ASSISTÊNCIA · Observação clínica (perda normal de 300-500ml): avaliar sinais vitais · Tratamento de atonia uterina · reposição volêmica com cristalóides ou colóides. Avaliar hemoderivados · ocitocina EV (10UI em bolo) · derivado de ergotamina (Metherghin 1 ampola IM) · Pressão uterina (saco de areia) · Curetagem e histerectomia HEMORRAGIA PUERPERAL Hemorragia pós-parto que cursa com perda sanguínea suficiente para causar instabilidade hemodinâmica de grande importância. Os sinais e sintomas podem variar de palpitações, vertigem, fraqueza, sudorese, taquicardia, agitação, palidez, podendo chegar à oligúria/anúria e colapso. São fatores predisponentes: macrossomia fetal, gemelaridade, hemorragia pós-parto, parto cesárea em gestação prévia, dequitação prolongada, parto assistido, trapalho de parto prolongado, entre outros. Sempre que tiver um sangramento eu vou pensar nos 4 T’s: · Tônus uterino · Trombo: fatores de coagulação, coagulopatia · Tecido: retenção de placenta · Trajeto: laceração A conduta seria massagem uterina bimanual, drogas que ajudam na contratilidade das fibras musculares do útero, sendo as mais utilizadas a ocitocina, metilergotamina e misoprostol e medidas cirurgícas, como ligadura das artérias uterinas, das artérias hipogástrica, sutura de B-lynch ou histerectomia caso as outras alternativas falhem. FÓRCIPE Indicações: · Complicações maternas que indiquem abreviar a expulsão: cardiopatias, doenças pulmonares, compromentimento neurológico, descolamento de retina e eclampsia · Dificuldade ou impossibilidade de utilização da prensa abdominal: astenia, hérnias abdominais, entre outros · Sofrimento fetal · Prolapso de cordão · Sangramento muito intenso (suspeita de descolamento prematuro de placenta) · Falha de progressão ou de rotação da apresentação · Período expulsivo prolongado · Exaustão materna · Cabeça derradeira no parto pélvico Condições de aplicabilidade do fórcipe · Dilatação completa · Membranas rotas · Sem impedimento de partes moles ou duras do trajeto · Feto vivo ou com morte recente que permita a preensão da cabeça · Volume (cabeça fetal) e espaço (pelve) compatíveis · Diagnóstico correto de posição · Vértice da cabeça fetal no plano >= +3 de De Lee DISTÓCIA DE OMBRO (DO) Uma das principais complicações no parto normal.Impactação do ombro anterior contra a sínfise púbica após o desprendimento da cabeça fetal, ou seja, quando sai a cabeça e o ombro não sai. Ocorre em até 3%, sendo que 70-90% não tem FR. Fatores de Risco para DO · DO em gestação anterior*** · DM · Pós-datismo · Macrossomia fetal · Baixa estatura maternal · Sobrepeso pré-gestacional · Ganho excessivo de peso durante o pré natal · Pelves anômalas · Período prolongado de dilatação e/ou expulsão · Uso de fórcipe ou vácuo extrator Conduta: · Nunca exercer força em excesso à cabeça ou ao pescoço fetal e evitar aplicar pressões sobre o fundo uterino. Causam lesão ao feto e à mãe e não adiantam muito. · Em fetos não comprometidos, com trabalho de parto normal, transcorrerão 7min antes que o pH do cordão alcance um nível de risco (6,97) · PEDIR AJUDA: outro obstetra, enfermeira, neonatologista, anestesiologista. Checar condições cirúrgicas do CO e material de ressucitação neonatal · MANOBRA DE McROBERTS:Consiste na flexão das coxas maternas sobre o abdome aumentando o diâmetro anteroposterior da pelve e diminuindo a lordose lombossacra (hiperextensão das coxas). · MANOBRA DE RUBIN I: pressão suprapúbica externa gerando pressão sob as costas do feto, com o objetivo de abduzir o ombro e fazê-lo passar sob a sínfise. · AVALIAR EPISIOTOMIA: realiza-lás apenas quando da necessidade de outras manobras, com o intuito de facilitar a introdução dos dedos ou da mão. Lembrar que a distócia é uma impactação óssea, dessa forma a episiotomia não vai ajudar · RETIRADA DO BRAÇO POSTERIOR: palpar o braço posterior até a dobra do cotovelo e, ao fazer pressão nesta, o antebraço irá fletir sobre o braço, permitindo ao obstetra apreendê-lo, agarrar a mão fetal e puxa-lá suavemente, desprendendo o braço posterior e depois o ombro. Isto reduzirá o diâmetro bisacromial e, então, o ombro anterior passará sob a sínfise púbica e sairá. · TOQUE E MANOBRAS INTERNAS: visam girar o ombro anterior nos planos oblíquos e sob a sínfise púbica. Necessitam de episiotomia ampliada. · RUBIN II: abdução do ombro anterior (2 dedos são introduzidos na vagina e realiza-se compressão posterior do ombro anterior do feto empurrando-o em direção ao feto). Manter a manobra de McRoberts enquanto ela é executada. · WOODS (parafuso): Usando-se as 2 mãos, associa-se à manobra de Rubin II uma pressão bidigital na face anterior do ombro posterior, aduzindo este ombro e abduzindo o anterior, fazendo o feto rodar no sentido horário; · WOODS INVERTIDA (reversa): Usando-se as mãos, faz-se pressão bidigital na face anterior do ombro anterior e, ao mesmo tempo na face posterior do ombro posterior, objetivando rodar o feto no sentido anti-horário, desfazendo-se a impactação · ALTERAR A POSIÇÃO (manobra de Gaskin): posicionar a paciente sobre os 4 membros, apoiada sobre as mãos e pernas. Aumenta a conjugata obstétrica em 1cm. Liberar o ombro posterior com uma suave tração descendente. · MEDIDAS HERÓICAS · Fratura proposital da clavícula: reduz o diâmetro bisacromial · Manobra de Zavanellia: reposicionamento cefálico para dentro da pelve, seguindo o mecanismo inverso exato da exteriorização cefálica. Exige anestesia e tocólise. · Relaxamento muscular (halotano ou nitroglicerina) · Cirurgia abdominal com histerectomia: cesárea sob anestesia geral. O cirurgião gira o feto para a posição transabdominal e rodam-se os ombros. A extração vaginal é feita por um segundo cirurgião. · Sinfisiotomia: anestesia-se localmente a sínfise púbica, incisiona-se a pele, afasta-se lateralmente a uretra, eleva-se a bexiga e cortam-se os ligamentos. Premonitório Dilatação Secundamento Expulsão Greenberg 1h pós parto Termo Pós datismo 37 à 40 semanas Pré termo 22 à 36+7 semanas > 41 semanas Ingrid Santos
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