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P A G E 0 TREINAMENTO DE MOXABUSTÃO Yoshihiro Odo 艾灸 SHINKYU DOJOH/BH ACUTERAPIA P A G E 0 2 019 P A G E 0 P A G E 0 NOÇÃO DE WAZÁ E TREINAMENTO Nas diversas modalidades de artes marciais, assim como nos artesanatos variados, os japoneses prezam enormemente pelos treinamentos de wazá. Na língua portuguesa, o termo é mais conhecido no contexto das lutas de judô e karatê, nas quais a expressão wazá-ari significa um golpe aplicado. Na acupuntura, wazá são os macetes técnicos aplicados sobre pontos e meridianos com intuito de tratamento. Seja na inserção de agulhas ou na aplicação de moxa, há um grande número de wazá, que, para uma boa aplicação, requerem um bom treinamento. Adotaremos o critério didático de decomposição temporal dos movimentos técnicos, e seu treinamento por meio de repetição e aperfeiçoamento. Nesta etapa do curso, adotaremos a filosofia do 百練自得 (Hyakuren- Jitoku): treinar cem vezes e assimilar com o corpo. P A G E 0 COMO PRODUZIR MOXA Usando a planta Artemisia vulgaris 1) COLHER A ARTEMISIA VULGARIS As melhores espécies de artemísia utilizadas no Japão para produzir moxa são a Artemisia montana e a Artemisia princeps. Não temos certeza, mas provavelmente a artemísia que estamos colhendo aqui é a A. vulgaris. Pode ser que seja também uma variedade da Artemisia princeps trazida pelos japoneses que se adaptou ao nosso clima. Na colheita no solo brasileiro é preciso distingui-la de uma outra planta: o rubim ou macaé (Leonurus siribicus), muito parecida com a artemísia no início do crescimento. 2) SEPARAR AS FOLHAS NOVAS DOS GALHOS É melhor separar antes de secar. Isto porque, após a secagem, a separação torna-se mais difícil, e os galhos atrapalham na maceração. 3) SECAR AO SOL POR 4 A 5 DIAS P A G E 0 4) GUARDAR POR CERCA DE MEIO ANO EM LUGAR SECO E AREJADO 5) SECAR MAIS UMA VEZ Quanto melhor for a secagem, melhor a qualidade na maceração. P A G E 0 6) MACERAR Utilizamos o pilão, muito semelhante ao ussú (pilão para fazer bolinho de arroz moti), usado nos processos caseiros de produção da moxa na cultura japonesa. 7) PENEIRAR Utiliza-se peneiras de telas finas (como as de fubá) para poder separar o pó das fibras de algodão resultante. P A G E 0 8) REPETIR O PROCESSO ALGUMAS VEZES ATÉ SOBRAR A MOXA ALGODÃO O pó pode ser utilizado para fazer chá de artemísia. O chá de artemísia tem um efeito hemostático, anti-inflamatório e broncodilatador. Encontramos ainda um óleo essencial rico em cineol, presente também nas folhas de eucalipto e alecrim, muito útil para problemas respiratórios. O algodãozinho restante é a moxa, utilizada no tratamento junto à acupuntura. MATERIAL PARA COLETA DE ARTEMÍSIA E PREPARAÇÃO DA MOXA. CURSO SHINKYU-DOJOH/2019. P A G E 0 MOGUSSÁ E KYÚ A grande variedade de recursos possíveis com moxabustão se deve ao seu milenar acúmulo de práticas populares e especializadas. Diferentes qualidades de moxa, kirimogussá, moxa de bastão, bambus, incensos, folhas de nêspera e artefatos diversos. Para facilitar o ensino dessa variedade de recursos, as escolas japonesas de acupuntura fazem as seguintes classificações didáticas: A) CLASSIFICAÇÃO DA MOXA DE ACORDO COM O MATERIAL 1) KIRIMOGUSSÁ – moxa enrolada em papéis Preparada com moxa de qualidade inferior, isto é, moxa própria para onkyú, a moxa vem enrolada em papel washi (fibras naturais de cânhamo, Broussonetia, gampi – Diplomorpha sikokiana – ou outras fibras vegetais), e cortada em tiras de diversos tamanhos. É normalmente utilizada em tratamentos caseiros. Há as variantes de daiza-kyú (com base) e kamaya-kyú (nome da empresa fabricante). No Brasil, receberam a denominação de moxa botão. P A G E 0 Diversos tipos de kirimogussá 2) BOUKYÚ – moxa de bastão Preparada em tamanho e formato de um longo charuto utilizando moxa de inferior qualidade, acrescida de canela, pimenta, gengibre em pó e outros materiais aromáticos, é normalmente utilizada em técnicas de onkyú, podendo ser também utilizada em moxa indireta. É o recurso mais divulgado no Brasil. Bastões de moxa de espessuras diferentes e artefatos para seu uso. P A G E 0 3) CHIRIMOGUSSÁ É a denominação da moxa bruta, feita com Artemisia vulgaris (ou A. montana ou, ainda, A. princeps) e de qualidade variável, dependendo da etapa de produção. Utilizamos neste curso a moxa destinada à Onkyú, que denominamos moxa verde, e a moxa ouro, destinada à técnica de moxa direta. Qualidades da moxa no Japão. B) CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A TÉCNICA UTILIZADA 1) ONKYÚ 温灸 温 ON = aquecimento suave 灸 KYÚ = tratamento com aplicação da moxa P A G E 0 Denominamos onkyú as diversas técnicas de aquecimento suave utilizando a moxa, normalmente com calor a distância, isto é, com uma camada de ar entre a brasa da moxa e a pele do paciente. Podemos utilizar a moxa de bastão, kirimogussa e chirimogussa de baixa e média qualidades. Moxa de baixa qualidade é aquela que corresponde em língua japonesa à arabikimogussa, que é feita a partir de artemísia seca e macerada, sem passar por peneira, e com a qual se confecciona moxa de bastão. “Média qualidade” refere-se à moxa que, por ter sido peneirada algumas vezes, apresenta um grude que facilita seu uso nos recursos de kyútoshin, isto é, moxa na cabeça da agulha. Serve para os diversos recursos de kakubutsu-kyú. ONKYÚ COM BASTÃO Variados tratamentos são possibilitados pela moxa de bastão, normalmente com o bastão aceso colocado a uma certa distância da pele, promovendo aquecimentos e respeitando-se a sensibilidade do paciente. CUIDADO: pacientes com hipossensibilidade ao calor, como em estado de embriaguez ou portador de diabetes, ou com paralisia dos nervos sensitivos, precisam ser tratados com cuidado para que não se provoque queimaduras. P A G E 0 Bastão com copinho de aquecimento e bastão sem copinho. ONKYÚ COM KIRIMOGUSSÁ (moxa pré-enrolada) Ex.: entô-kyú. ONKYÚ USANDO CHIRIMOGUSSÁ (moxa bruta) Utiliza-se normalmente caixotes com telinhas, sobre as quais se coloca uma pequena porção de chirimogusssa de baixa qualidade, acesa com intuito de aquecimento suave. P A G E 0 Take-no-wa kyú: moxa com bambu e tela Hako-kyú: moxa com caixotes de madeira P A G E 0 ONKYÚ COM FOLHA DE NÊSPERA, 1) Bastão a distância com folha de nêspera. 2) Bastão pressionando camada de papel e gaze sobre a folha de nêspera (triplo efeito: do calor, da pressão e das substâncias da folha). 3) Bastão no copinho aquecendo a folha de nêspera. 2) KAKUBUTSU-KYÚ OU MOXA INDIRETA Utiliza-se intermediários entre a moxa e a pele. MOXA COM GENGIBRE Além dos efeitos de vasodilatação e melhora de irrigação sanguínea, espera-se os efeitos da penetração de substâncias e energias destes componentes intermediários encostados na pele. Assim, no caso de gengibre, temos as seguintes substâncias principais: Shogaol (presente em gengibre aquecido ou seco): efeito antitússico, vasodilatador (efeito antagônico ao da prostaglandina, que é um vasoconstritor). Tende a reduzir a pressão arterial e a contração estomacal. Há ainda estudos chineses demonstrando a sua capacidade de induzir apoptose em carcinomas do reto, por sua ação antioxidante.1 1 http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/mnfr.200700157/abstract;jsessionid=55E P A G E 0 Zinziberina.Gingerol: antitumoral, benéfico para artrite reumática, está presente em gengibre novo e não aquecido. Vitaminas B1, B2, C e potássio. Na fitoterapia chinesa, utiliza-se o gengibre para tratamento de gripe, coriza, enxaqueca, friagem, tosse, inapetência e náusea, e as indicações seguem as mesmas na moxa indireta. MOXA COM ALHO Alicina: efeito antibiótico, vasodilatador, anticoagulante. Vitaminas A, B2 e B6, germanium, efeito antioxidante. Alhoene: antioxidante e antitrombótico, antibactericida e antifúngico. Moxa com alho Alho, gengibre , sal 5ECB47266CC8C458900524C3B7E6B.f01t04?deniedAccessCustomisedMessage=&userIsAuthen ticated=false P A G E 0 Desde a antiguidade, no oriente, o alho vem sendo usado como excelente tônico, antiestresse, e benéfico no tratamento dos estados de fadiga e impotência. Na moxa indireta, pode ser também utilizado como acelerador da cicatrização. MOXA COM SAL Cloreto de sódio. Magnésio, cálcio, potássio (no caso de sal marinho). A sua intervenção nas transmissões nervosas, compostas de bombas de íons de sódio e potássio, faz com que o uso do sal seja extremamente potente no restabelecimento de bloqueios neurais. Verificar a composição de cada tipo de sal. Sal na rodela de bambu Prepara-se rodelas de bambu com cerca de 1,5 cm de altura e 2,5 a 4 cm de diâmetro, com papel-filtro (ou de fibras naturais) colado na base. O bambu é preenchido com uma camada de sal com cerca de 0,5 a 0,7 cm de altura. E, sobre o sal, acende-se a moxa bruta, chirimogussa preparada em cones. O ideal é um cone da espessura do dedo mínimo. Utiliza-se preferencialmente sobre o umbigo e ao seu redor. É preciso muito cuidado para não provocar queimaduras. Indicada para fragilidade intestinal (diarreias, constipação), sintomas menstruais, prostatite e impotência sexual. P A G E 0 MOXA COM MISSÔ Aminoácidos (ácido glutâmico), vitamina B3, vitamina E, isoflavona, lecitina, enzimas. Colina: importante regenerador de membranas celulares. Tirosina: promove aumento de noradrenalina e dopamina na linfa. Missô com gaze PREPARO: Misturar missô com a farinha de soja (kinako) e preparar massa da consistência do lóbulo da orelha. Preparar rodelas de cerca de 0,5 mm de espessura e 2 a 2,5 cm de diâmetro. Colocar o cone de moxa da espessura do dedo mínimo, acender e esperar aquecer. Quando aquecer demais, deslocar a rodela de missô. INDICAÇÕES: lombalgias, nevralgias, friagem, sintomas femininos. MOXA INDIRETA COM FOLHA DE NÊSPERA. Amigdalina: antitumoral, analgésica. Tanina, saponina: diuréticas, antitosse. Ácido cítrico: indicado para gota, litíase, cálculo renal. Anticoagulante. P A G E 0 Ameixa nêspera Moxa de sal sobre folha de nêspera Modo de uso: 1) Pode-se usar o bastão de moxa aceso empurrando-o nos pontos sobre camadas de 2 a 3 folhas de nêspera. 2) Usar moxa indireta com sal dentro da rodela de bambu, sobre camada de folha de ameixa. Indicações: Fortalecimento do sistema imunológico, depuração sanguínea, friagem. Relaxamento. Antitumoral (em pesquisa). Benefícios para a saúde Folhas de nêspera e suas frutas são carregadas com vitaminas e minerais de cálcio, fósforo, ferro, potássio e ácido ascórbico. Extrato de folhas de nespereira, portanto, tem um grande valor medicinal. Propriedades antioxidantes: Extrato de folha de nêspera beneficia nosso corpo de diversas maneiras. Atua como um agente mucolítico e ajuda na diluição de muco espesso no corpo, que contém substâncias tóxicas. Também as suas propriedades antioxidantes ajudam a liberar substâncias antioxidantes que têm a capacidade de neutralizar as toxinas prejudiciais e erradicar radicais livres do corpo que podem levar a complicações de saúde. Assim, o extrato da folha previne várias doenças, melhora o sistema imunológico do organismo e aumenta sua expectativa de vida. Diabetes e sua cura: Outro benefício para a saúde importante é que ela ajuda a combater a diabetes. A folha compreende variedade de substâncias conhecidas como triterpenos, das quais o ácido tormêntico tem sido conhecido para aumentar a produção de insulina no corpo. Também atua como um agente antidiabético, que libera um conjunto de substâncias químicas corporais naturais conhecidas como polissacarídeos, que ajudam a reduzir a diabetes, aumentando a produção de insulina. Além destes, o extrato também auxilia a função do pâncreas, completando a produção de insulina e na regeneração das suas células. Assim, podemos dizer que a folha de nespereira ajuda no tratamento da diabetes de forma natural. P A G E 0 Propriedades de desintoxicação: Ela contém uma substância chamada Amygdalin, que é conhecida por combater doenças do fígado ou seu mau funcionamento, e melhora a capacidade do fígado para processar e se livrar dos venenos ou das substâncias tóxicas do corpo. Combate problemas de pele: extrato de folha de Nespera também beneficia a pele reduzindo a inflamação da pele e na prevenção de várias desordens da pele. O extrato da presente folha é geralmente usado em muitos cremes tópicos e aplicado para combater o edema induzido por histamina e contração da pele. O creme não só cura a inflamação da pele ou irritação, mas também proporciona um efeito calmante. Ele também ajuda a combater câncer de pele. Basicamente, a folha contém produtos químicos que podem desacelerar o câncer de pele suprimindo a capacidade das células de câncer de reproduzir-se e crescer. Propriedades antivirais: A pesquisa mostra que a folha da nêspera libera uma variedade de ácidos que contêm propriedades antivirais. Glicosídeos como megastigmane e constituintes polifenólicos são duas substâncias que têm propriedades de antígenos virais. Basicamente, a folha contém 2-alfa- hydoxyursolico, ácido que tem efeito anti-HIV. Outros benefícios: folha de Nêspera é muitas vezes usada para fazer chás medicinais. O chá ajuda a reduzir vômitos e sede, e também alivia depressão, diarréia e inchaço. Uma vez que o excesso de qualquer coisa é prejudicial para o corpo, o mesmo é aplicável a sua folha. No entanto, para superar os efeitos colaterais, a dosagem recomendada é de 4,5 a 12 gramas de folhas secas fervidas em água e consumidas como chá ou decocção e 15 a 30 gramas, se as folhas são frescas. No entanto, depois de ler os benefícios desta folha para saúde, tenho certeza de que você não vai se esquecer de incorporar esta erva nutricional em sua dieta.2 EXPLORAR AS POSSIBILIDADES DO USO DE PLANTAS DA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA. DICA: Fitoterápicos benéficos para os diversos órgãos e para a psiquê, cujos componentes ativos tenham tamanho molecular capaz de penetrar pela epiderme e serem absorvidos na circulação sanguínea ou linfática. O que podemos usar? MOXA INDIRETA – DICAS As ervas (plantas) utilizadas para a moxa indireta apresentam polarização negativa. A ativação de elétrons negativos na superfície 2 http://saude-info.info/folha-loquat.html P A G E 0 das membranas celulares induz polos positivos no interior das células, promovendo um potencial de ação. Um potencial de ação é uma onda de descarga elétrica que percorre a membrana de uma célula. Potenciais de ação são essenciais para a vida animal, porque transportam rapidamente informações entre e dentro dos tecidos. Eles podem ser gerados por muitos tipos de células, mas são utilizados mais intensamente pelo sistema nervoso, para comunicação entre neurônios e para transmitirinformação dos neurônios para outro tecido do organismo, como os músculos ou as glândulas. Muitas plantas também exibem potenciais de ação. Eles viajam por meio de seu floema para coordenar atividades. A principal diferença entre os potenciais de ação de animais e vegetais são os íons. As plantas utilizam primariamente íons de potássio e cálcio, enquanto animais utilizam mais íons de potássio e sódio. Potenciais de ação são mensageiros essenciais para a linguagem neuronal. Proveem controle rápido e centralizado, além de coordenação, de órgãos e tecidos.3 O calor, de sensação queimante, por outro lado, promove um estresse que resulta na produção de Heat Shock Protein (Hsp). Mecanismos de ação destas Hsp ainda são desconhecidos, porém sabe-se que a moxa promove uma aceleração dos mecanismos regeneradores dos tecidos lesionados. Promovem a produção de autacoides (proteínas/hormônios de efeito local (histaminas, serotoninas, neurotesina etc.). Promovem a mudança da temperatura corporal (local, superficial, muscular). Os conhecidos intermediários usados na moxa direta promovem este potencial de ação. Assim como o alho, pode-se usar folhas de ameixa nêspera, folhas de caqui, babosa cortada, folhas de dente de leão, folha de pinus, raiz de acônito. 3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Potencial_de_a%C3%A7%C3%A3o P A G E 0 PONTO DE ACUPUNTURA NÃO É PONTO Para facilitar a sua localização, adotou-se atualmente a noção de “ponto”, interseção de uma reta vertical e uma horizontal. Esta é uma noção que corresponde à imagem do que vem a ser um ponto no conceito geométrico/ocidental. Mas é importante lembrar que o ideograma chino-japonês 穴, (lê-se tsubo ou aná) não se traduz como “ponto”. Na verdade, ele representa a imagem de um buraco, um vaso, vazio. É possível visualizar a imagem do ideograma ao invertê-lo, conforme demonstraremos. A noção de tsubo enquanto buraco, ou vaso, oferece-nos uma imagem inicial anatômica: depressões intermusculares, entre tendões ou entre os ossos (articulações). O que o acupuntor procura no paciente será, portanto, aquilo que corresponde a esta imagem de buraco. O PRÁTICO EM ACUPUNTURA PROCURA SEMPRE TATEAR UM VAZIO. Vaso Ideograma invertido COMO PERCEBER, NOS PONTOS, YIN/YANG E PLENITUDE/DEFICIÊNCIA? P A G E 0 Tendo como base a noção de que pontos são tsubo localizados no vazio, tateia-se os locais para perceber suas diferentes formas de manifestação: 1) Rigidez, nódulos ou vazio, fragilidade; 2) Superficial, média ou profunda; 3) Quente ou frio. A percepção destas variáveis nos permite discriminar entre yin, yang, plenitude e deficiência. A partir de então, saberemos o que fazer: agulha ou moxa, superficial ou profundamente, sedar ou tonificar. YANG Superficial Quente YIN Profundo Frio PLENITUDE Rigidez DEFICIÊNCIA Fragilidade PLENITUDE DEFICIÊNCIA YANG Rigidez superficial Fragilidade superficial YIN Rigidez profunda Fragilidade profunda PLENITUDE DEFICIÊNCIA YANG Rigidez quente Fragilidade quente YIN Rigidez fria Fragilidade fria DIAGNÓSTICO COSTAL Conhecendo o mapeamento correto dos meridianos e pontos nas costas e suas correspondências com os órgãos, tatear corretamente os pontos e meridianos nos dará dica da manifestação das enfermidades orgânicas. 1. COMO TATEAR O VG Tatear os espaços interespinhosos, e depois realizar a percussão sobre o processo espinhoso. Dores no espaço interespinhoso tendem a refletir a estagnação do ki tóraco-abdominal. Dores sob percussão no P A G E 0 processo espinhoso, caso sejam muito fortes, indicam suspeita de lesão grave a nível ósseo ou medular. 2. LINHA DO KYÔSEKI (PARAVERTEBRAL) Nesta linha, as manifestações são de sintomas agudos recentes. Ela tende a manifestar nódulos horizontais. Por isso, tateia-se verticalmente. 3. 1ª LINHA DO MERIDIANO DA BEXIGA Quando o problema persiste e se torna crônico, passa a afetar todo o músculo reto dorsal, e manifesta rigidez com dores na 1ª e na 2ª linhas do meridiano da bexiga. O seu formato tende a acompanhar o do músculo, isto é, vertical. Portanto, tateia-se horizontalmente. 4. 2ª LINHA DO MERIDIANO DA BEXIGA P A G E 0 Nesta linha, os problemas já se tornaram muito crônicos, passando a afetar inclusive o ki-yang, emocional. Há, entretanto, casos inversos, nos quais o estresse emocional se manifesta a partir deste meridiano. Tateia-se acompanhando o espaço intercostal. NOTA: É importante, para efeito de comparação, tatear os diferentes pontos com a mesma intensidade. P A G E 0 TÉCNICAS AVANÇADAS DE MOXABUSTÃO SELECIONAR MOXA DE BOA QUALIDADE A moxa de boa qualidade é mais amarelinha e clara. A de má qualidade, que denominamos de Moxa para onkyú, é mais verdinha e escura. As intermediárias são as apropriadas para a técnica do kyútôshin, em que se gruda a moxa na cabeça da agulha. Aqui no Brasil o uso do termo lã de moxa vem confundindo os consumidores. Constatamos que os representantes classificam-nas em padrão A, B e C. As de padrão C são as que apresentam maior quantidade de galhinhos, e é útil para a confecção de bastão e/ou para moxa indireta. As de padrão B, com menos galhinhos, podem ser usadas para moxa indireta e para moxa na cabeça da agulha, kyú-tô-shin. As de padrão A ainda são um mistério, pois falta ainda confirmar se são a mesma denominada de moxa Ouro ou Gold (nov/2013). 1) CHINETSU-KYÚ – O cone de moxa, grudado sobre a pele do paciente, é aceso e retirado quando o paciente sentir quente. Comentado [1]: Atualizar informação? P A G E 0 Há ainda a variante do chinetsu-kyú que consiste em pressionar e apagar a moxa acesa assim que o paciente sente o calor. A técnica de chinetsu-kyú em que se remove a moxa no momento do calor é considerada sedação. É utilizada principalmente para cercar áreas inflamadas, entendidas como sintomas yang-calor. Nestes casos, seu uso permitirá dispersar o excesso acumulado localmente. 2) TYOKUSETSU-KYÚ ou moxa direta São as variadas técnicas nas quais se gruda a moxa diretamente na pele, que é acesa e queimada até o fim. P A G E 0 Há as seguintes variantes do tyokusetsu-kyú: a) SHÔKYAKU-KYÚ (moxa cauterizadora) Utilizada principalmente para queimar verrugas e olho de peixe. b) DANÔ-KYÚ (moxa para provocar eliminação de pus) P A G E 0 Utilizada para promover queimadura local, passar pomadas, colar emplastros embebidos em extratos naturais e promover liberação do pus. Uma das suas importantes variantes era o denominado sumô-kyú, isto é, moxa utilizada nos lutadores de sumô. Nesta técnica, passa-se uma pomada à base de mostarda sobre a queimadura, o que provoca produção de pus e sua eliminação. Pode-se explicar o seu efeito pelo aumento da produção de leucócitos e consequente fortalecimento do sistema imunológico. As substâncias utilizadas no sumô-kyú são segredos familiares de moxaterapeutas, e a sua maioria se perdeu ao longo do tempo. Sabemos que, no caso do sumô-kyú, o ingrediente principal era composto por extratos de mostarda. c) TÔNETSU-KYÚ (moxa para penetrar o calor) Esta é a mais amplamente utilizada pelos profissionais de acupuntura e moxabustão no Japão. As técnicas são divididas de acordo com o tamanho do cone de moxa preparado para combustão. Deste modo, temos o tônetsu-kyú com cone de moxa do tamanho de um grão de soja, de um grão de feijão azuki, do tamanho de um grão de arroz, do tamanho de meio grão de arroz e, finalmente, o menor, do tamanho (espessura) de uma linha 50.P A G E 0 TREINAMENTO PARA CONFECÇÃO DE CONES DE MOXA 1) A primeira etapa é preparar tiras de moxa longas e macias. Em moxas de tamanho maior, usamos as de qualidade inferior. Preparar tiras longas na palma da mão. a) Pegar uma pequena porção da moxa bruta, colocá-la sobre a palma da mão esquerda e, com a região hipotenar da mão direita, rolar a porção de moxa suavemente até formar uma tira fina (cerca de 10 mm) e longa. b) Arrancar com os dedos polegar e indicador da mão direita uma tira de cerca de 15 mm e, com o uso da face do indicador e polegar das duas mãos, preparar cones piramidais. c) Grudar na face do local onde se aplicará a moxa. d) Adapta-se a espessura e tamanho de acordo com a finalidade de uso. P A G E 0 Com moxa de boa qualidade: a) Inicia-se com uma pequena tira de moxa entre o polegar e a falange média do indicador da mão esquerda, rolando-a para criar uma tira finíssima, com cerca de 2 mm de espessura. b) Separar uma tira pequena de cerca de 6 mm com o indicador e polegar da mão direita, rolar para fazer a ponta e grudar a base do cone na superfície. Neste momento, um meio giro facilita o grude. c) Nesta espessura ficará pronto o cone do tamanho meio grão de arroz, com cerca de 2 mm de base e 5 mm de altura. d) Com tiras mais grossas, poderá confeccionar moxas de um grão de arroz, um grão de azuki ou de soja. e) Com tiras mais finas pode-se moldar moxa de linha. Macetes: ● Treinar grudando em superfícies lisas como papel, madeira lisa e bambu. ● Pode-se umedecer a superfície com álcool ou extratos vegetais. P A G E 0 ● Meio giro da base facilita o grude. ● Os dedos devem estar secos, com talco ou com cinza do incenso. TREINAMENTO PARA PREPARAR CONES DE MOXA NO PAPEL OU BAMBU P A G E 0 OBJETIVOS DO TREINAMENTO: ● Buscar uniformidade na forma, no tamanho, na dureza e na velocidade de confecção e fixação; ● Treinar repetidas vezes a modelar moxas do mesmo tamanho; ● Treinar a modelar moxas de diferentes tamanhos: grão de soja, arroz, meio grão e linha; ● Treinar a grudar a moxa na superfície do papel, sobre pontos ou círculos; ● Treinar a grudar em superfície inclinada, como no bambu; ● À medida que avança nos treinamentos, confeccionar moxa de tamanho menor. P A G E 0 TREINAMENTO PARA ACENDER A MOXA COM INCENSO O desenvolvimento do incenso fino e longo se fez no Japão no período Edo, a partir do século XVI na cidade de Sakae (Osaka). A evolução qualitativa da moxa para tiras de menor tamanho acompanha também a evolução dos incensos para varetas finas. Atualmente, pode-se classificá-los em: 1) INCENSO DE ALTAR: utilizado em altares budistas, emite bastante fumaça e tem bom cheiro. Sua cinza ao cair tende a ser muito quente. A sua cor é normalmente verde devido ao uso de folha de cipreste como matéria-prima. 2) INCENSO DE MOXA: utilizado para acender cones de moxa, emite menos fumaça e o cheiro é mais discreto. Sua cinza ao cair tende a ser menos quente. Apresenta cor marrom, roxa ou vermelha. 3) INCENSO DE VARETA DE BAMBU: utilizado pelo budismo tibetano e continental, tem cheiro forte e sua cinza é muito quente, sendo inadequado para uso em moxa. Idealmente, utiliza-se incensos próprios para moxa. Infelizmente, neste ano de 2014, não há importadoras que o trazem e portanto não os encontramos nas lojas de acupuntura. Utilizamos, deste modo, incenso de altar budista o mais fino (2 mm de grossura), que possibilitará acender inclusive moxas meio grão e moxa de linha. COMO ACENDER Comentado [2]: Atualizar informação P A G E 0 Segura-se o incenso entre os dedos médio e anelar da mão esquerda ou direita. Aproxima-se a brasa do incenso da ponta do cone. A brasa é encostada realizando meio giro no sentido inferior. Sempre que se percebe acúmulo de cinzas, retirá-las como se fosse bater a ponta do cigarro para tirar as cinzas, ou esfregar com os dedos para grudar a cinza-talco na face dos dedos. Quando há cinza sobre a brasa, a moxa tende a grudar no incenso. ● Treinar a acender os cones em sequência e velocidade constante. ● Verificar no papel a intensidade da queimadura, pela cor do papel queimado. ● Treinar a controlar a temperatura usando bambu de Fukaya. ● Treinar a controlar a temperatura com os dedos. COMO CONTROLAR A TEMPERATURA DE COMBUSTÃO Nas técnicas de tônetsu-kyú (calor penetrante), os seguintes fatores determinam a temperatura de combustão: 1) Qualidade da moxa: quanto mais verde a moxa, apresentando pontos escuros, maior será a temperatura de combustão. Por isso, deve-se escolher moxa amarela e clara, sem misturas de pontos escuros. 2) Quanto maior a base do cone, maior a temperatura de combustão. 3) Quanto mais duro o cone da moxa, mais quente. Ou seja, quanto mais macio, menor a temperatura de combustão. 4) Controle de oxigenação: ao soprar a brasa da moxa acesa, mais rápida mais quente será a combustão. 5) Ao se fazer o contrário, isto é, reduzir a entrada do ar sobre a brasa, mais lenta a combustão e menor a sua temperatura. 6) Nos cones menores de moxa, do tamanho de meio grão ou menos, o acupuntor utiliza os seus dedos para controlar a temperatura. P A G E 0 1) BAMBU DE FUKAYA: Em se tratando de moxas maiores, 1 grão de arroz, de azuki ou soja, utilizamos o tubo de bambu inventado e recomendado por Isaburo Fukaya, para amenizar o calor. Essa técnica de abrandamento do calor e da sua sensibilidade recebe o nome de Método Fukaya. 2) TREINAMENTO COM BAMBU DE FUKAYA E DE MIZUTANI. Padrão Fukaya Modelo B Diâmetro interno: 15-16 mm Comprimento: 12 cm Modelo A Comprimento: 4 cm Padrão Mizutani Comprimento total: 105 mm Comprimento do lado longo: 80 mm Comprimento do lado curto: 25 mm Diâmetro variável de 10 mm a 16 mm O uso do método Fukaya se faz para cones do tamanho de um grão de arroz a um grão de soja. Do mesmo modo, pode-se utilizar o abafador do padrão do prof. Junji Mizutani. INTRODUÇÃO À MOXA DE FUKAYA No período Edo (1600-1868) a Moxa se difundiu como medicina popular, pois, diferentemente da fitoterapia e acupuntura, era fácil de ser aplicadas por amadores, com resultados seguros e facilidade de acesso. P A G E 0 Muitas importantes literaturas sobre moxabustão foram produzidas, com base na sua aplicação popular e profissional. O Prof. Isaburo Fukaya (1900-1974) redescobriu o livro MEIKAKYÚSEN, escrito por Waki Koreyuki e autores do clã de samurais da região de Echigo em 1805, que haviam feito uma coletânea das práticas populares consideradas eficientes na época, junto a uma seleção de textos sobre tratamentos comprovados na prática clínica. Fukaya as aplicou e confirmou, no decorrer dos seus 40 anos de atuação clínica, que a maioria é eficiente para os dias atuais. E cita Fukaya algumas das suas importantes conclusões: a) “Pude confirmar que muitos pontos extras apresentam resultados melhores do que os pontos oficiais”. b) “Bons resultados se obtêm com poucos pontos”. c) Patologias e disfunções corporais se manifestam em regiões distantes, que descobertos podem receber moxa com resultados extraordinários. E estes pontos extras já eram descritos no MEIKA- KYÚSEN. Textos e pensamentos do Isaburo Fukaya representam a maneira japonesa de assimilar e transformar a moxabustão continental. Aqui a praticidade suplantou a teoria, a simplicidade popularizou a moxa, e a técnica se aperfeiçoou no invento de abafadores de bambu e controles de temperatura. OS DEZ PRINCÍPIOS DE FUKAYA 1) Os pontos(tsubo) não funcionam. Com o nosso wazá (técnica) faremos com que eles funcionem. 2) A localização dos pontos (tsubo) das literaturas nos dão apenas a sua direção. 3) Os pontos se movimentam. 4) Tenha domínio dos pontos consagrados para torná-los eficazes. 5) Obtenha resultados com poucos pontos. P A G E 0 6) Pontos não reativos têm pouco resultado (com os pontos pouco eficazes, agimos de maneira a produzir resultados). 7) Não adianta aplicar moxa só no foco da doença (procure pontos de manifestação a distância, que servirão como importantes pontos de tratamento). 8) Os pontos consagrados para uma patologia servem para tratar uma ampla variedade de doenças. Ex.: IG-14 . 9) A quantidade e o tamanho da moxa devem ser dosados de acordo com a constituição do paciente e a receptividade ao tratamento. 10) Selecione os pontos a serem tratados sem hesitação. PONTOS KUMOSSUKE Isaburo Fukaya cita os pontos de fortalecimento das pernas utilizados pelos carregadores e transportadores da Era Feudal japonesa (período Edo 1600 a 1868), importantes combinações para fadiga e fortalecimento. São eles os pontos E-36, E-37, E-39 e B-57. Fukaya sugere o uso de multimoxa, cerca de 100 vezes em cada ponto. P A G E 0 Na nossa prática, percebemos que um tratamento com 7 vezes em cada ponto usando o bambu de Fukaya apresenta excelentes resultados. SEIJI IRIE, um dos discípulos autorizados pela família Fukaya, publicou o livro TRATAMENTOS DE MOXA FUKAYA (FUKAYA KYUHÔ, de 1980), no qual faz uma coletânea de métodos de tratamentos do mestre Fukaya, classificando-os de acordo com as patologias e sintomatologias ocidentais. Este modo de classificar as patologias e indicações faz parte da modernização da acupuntura e moxabustão japonesas, que vem facilitando as atuações clínicas sob a percepção moderna das patologias, conforme descrevemos a seguir: TRATAMENTO DA GRIPE O mais importante na gripe é a prevenção. É fundamental antecipar-se no tratamento. Tão logo sinta o início da gripe, aplique moxa sete vezes no VG-14. Este é o ponto mais importante no tratamento da gripe. Segundo KYÚ-DÔ-YOROKU (de Isaburo Fukaya), entende-se esta P A G E 0 sensação quando provar. Ao aplicar de 20 a 30 vezes, sente as costas esquentar, quando, então, a coriza e o entupimento nasal melhoram. Aplicando junto a B-12, onde encontramos uma nítida dor sob pressão, a melhora será muito mais nítida. PONTOS DE TRATAMENTO: VG-14 E B-12. TRATAMENTO DA TOSSE Sintomas de tosse são reflexo das vias respiratórias superiores para eliminação de secreções e toxinas. O objetivo do tratamento não é interromper a tosse, mas reduzir a inflamação respiratória. PONTOS DE TRATAMENTO: VG-10, VG-9, VC-22. BRONQUITE AGUDA EXTRA – PLANTAR DO HÁLUX. Ponto médio da dobra plantar falange- metacarpo do hálux. 5 a 7 vezes. DOBRA DO COTOVELO: Na região do P-5, C-3 ou PC-3, cerca de 1 tsun acima ou abaixo destes, manifestam reações inflamatórias da faringe. Selecionar onde manifestar clara dor sob pressão e aplicar multimoxa 15 vezes. BRONQUITE CRÔNICA Procurar pontos de manifestação na região interescapular. Selecionar entre os pontos do 1º e do 2º meridiano da Bexiga, e entre os pontos do VG interescapular. Quando manifestar tosse em decúbito lateral, utilizar BA-6, de 3 a 20 vezes. Comentado [3]: . Comentado [4]: . P A G E 0 P A G E 0 TABELA DE SINTOMAS E TRATAMENTO DA MOXATERAPIA FUKAYA SINTOMAS FEMININOS Nos sintomas genitais femininos, o objetivo do tratamento consiste em melhorar o fluxo sanguíneo na pélvis, dissolver as estagnações sanguíneas manifestas em forma de Shaku-jú abdominal, corrigir os desequilíbrios hormonais e promover um equilíbrio do ciclo menstrual. Desde antigamente, diz-se que patologias femininas devem ser tratadas com moxa na região lombar e glútea, isto é, ao regular a função dos órgãos pélvicos, grande parte das patologias femininas tende a se resolver. Por isso, sintomas de friagem, cólicas, enxaqueca, vertigem, ânsia, relacionados com ciclo menstrual, embora muitas vezes tratados com descaso e resignação pelas próprias pacientes, devem ser tratados como prevenção de patologias futuras. Na moxaterapia Fukaya, há um conjunto de pontos sacro-lombares a serem localizados com a metodologia própria. No caso deste curso, utilizaremos os seguintes pontos oficiais: PONTOS COMUNS B-26, B-28, VG-2 5 a 7 vezes Cólica Menstrual Acrescentar: Ba-6, Ba-10 Idem Friagem Selecionar pontos reativos de dor com frio dos meridianos yin da perna junto ao Onkyu abdominal e lombo-sacral. GRIPE PONTOS UTILIZADOS OBSERVAÇÃO PONTOS PRINCIPAIS Multimoxa Amigdalite, laringite VG-14, B-12 Extra- yin-yang – bilateral 陰陽穴 P-11 VG-14, Extra Syuchú-hei Multimoxa No canto medial da prega falangiana do hálux, 5 vezes. Sangria Multimoxa P A G E 0 手中平穴 Dentro da dobra carpo- falangiana do dedo médio das mãos. Rinite Extra E-44 inferior VG-14 e VG-23 Face plantar dos pés no 2º metatarso. Multimoxa Enxaqueca, febre VG-15 VG-14 (Ponto da febre) 3 a 5 vezes Multimoxa Tosse B-11, B-12, B-13, P-1, VC-17,e VG-10 VC-22, IG-10 5 a 7 vezes Moxa cruzada (Uchinuki) 3 a 5 vezes 5 vezes Fadiga VG-14 IG-10 e E-36 Multimoxa 5 a 7 vezes Calafrio (sintomas iniciais da gripe) VG-14 e B-12 ou B-13 Multimoxa BRONQUITE Tosse Extra B-17 喘息兪 Extra E-44 inferior Multimoxa Multimoxa Tosse ininterrupta Ba-6 3-10 vezes Sintomas respiratórios (pneumonia, tuberculose) Extra - Shika e Kanmon 四華患門 Extra Shika 四華 Envolver o pescoço com um barbante e encostar as suas pontas na altura do VC-15. Cortar. Levar as pontas do barbante para as costas mantendo envolvido o pescoço. O local onde a ponta encostar será o ponto de referência. Este será o ponto médio da largura dos lábios, no sentido horizontal e vertical. Define-se 4 pontos das extremidades da largura dos lábios como sendo os 4 pontos extras Shiká. Extra Kanmon 患門 Extra-Kanmon: Medir com barbante o comprimento desde a ponta do hálux, passando pela planta dos pés, e pelo calcanhar até B-40. Cortar o barbante. Colocar a ponta deste barbante na ponta do nariz (VG-25), esticar o barbante ao longo do meridiano VG até as costas. Onde terminar a ponta do barbante será o ponto referência. Fazer deste ponto o ponto P A G E 0 médio da largura dos lábios. As extremidades laterais deste comprimento são os pontos Kanmon. SINTOMAS ESTOMACAIS OBSERVAÇÃO PONTOS PRINCIPAIS B-17, B-18, B-20 (胃の六つ灸) Conhecidos como I-no- Mutsu-kyú que significa “seis moxas estomacais”. DOENÇAS DOS HÁBITOS DE VIDA Assim denominada inicialmente pelo Dr. Shigeaki Hinohara, atualmente o mais longevo médico japonês em atividade (102 anos em 2013), as doenças vasculares de origem no sedentarismo da vida moderna e mal hábito alimentar passaram a receber melhores orientações nos hospitais japoneses. O universo da medicina oriental já havia acumulado conhecimentos e práticas através da cultura alimentar, artes marciais, meditações e acu-moxa terapia, um amplo sistema de conhecimentos que elevaram o Japão a nação de maior longevidade no mundo. Um outro grande exemplo foi Dr. Shimetaro Hara, médico e pesquisador de moxa, que viveu até 108 anos de vida, aplicando moxa direta no seu ponto E-36. Prevenção de AVC VG-20, VG-7, IG-15, IG-11, VB-31, E-36, VB-39. 3 a 5 vezes cada Regulação da hipertensão arterial – Enfatiza-se o tratamento dos membros para distribuir o fluxo sanguíneo e regularizar a pressão arterial P-4, IG-11, IG-10, VB-31, E-36, E-41, VB-39. Ponto extra – hipertensãoPontos de constipação (C-7 Sawada, BA-15, F- 13) 3 a 5 vezes Centro da prega da articulação falangiana do hálux na face ventral (multimoxa). 3 a 5 vezes ou multimoxa. Pânico, ansiedade VG-10, VG-11, VG-12 3 a 5 vezes Enxaqueca, tensão nos ombros VB-21, B-43, B-10, VB-20 3 a 5 vezes Na cervical, apenas agulha. P A G E 0 ON-KO CHISHIN AQUECER O ANTIGO, CONHECER O NOVO. ONKO CHISHIN: Tradução literal: aquecer o antigo e inovar o conhecimento. Estudantes japoneses aprendem a escrever estes ideogramas no seu treinamento de caligrafia Shúji. Para Yoshio Manaka, esse aquecimento do antigo significava a importância de conhecer a metodologia e a qualidade técnica-sensitiva dos antigos para poder reproduzir nos dias atuais a cura que os nossos ancestrais conseguiam. É por isso que enfatizamos o treinamento da prática em Acupuntura e Moxabustão, pois, quanto mais nos aproximarmos das habilidades técnicas e sensitivas dos nossos ancestrais, mais nos aproximaremos dos sucessos terapêuticos que os antigos conseguiam. P A G E 0 ÍNDICE IDEOGRAMAS MOGUSSÁ E KYÚ 1 NOÇÃO DE WAZÁ E TREINAMENTO 2 COMO PRODUZIR MOXA A PARTIR DA ARTEMISIA VULGARIS 3 CLASSIFICAÇÃO DA MOXA DE ACORDO COM MATERIAL KIRIMOGUSSA 7 BOUKYÚ – MOXA DE BASTÃO 8 CHIRIMOGUSSA 9 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM TÉCNICAS 9 ONKYÚ COM BASTÃO 10 ONKYÚ COM CHIRIMOGUSSA 11 ONKYU COM KIRIMOGUSSA 11 ONKYU COM FOLHA DE NÊSPERA 12 KAKUBUTSU-KYÚ OU MOXA INDIRETA COM GENGIBRE, ALHO, SAL, MISSÔ, FOLHA DE NÊSPERA 13 MOXA INDIRETA COM FOLHA DE NÊSPERA 16 EXPLORAR AS POSSIBILIDADES. MOXA INDIRETA - DICAS 17 PONTO DE ACUPUNTURA NÃO É PONTO 19 COMO PERCEBER YIN/YANG - PLENITUDE / DEFICIÊNCIA 19 DIAGNÓSTICO COSTAL 20 TÉCNICAS AVANÇADAS DE MOXABUSTÃO CHINETSU-KYÚ 23 TYOKUSETSU KYÚ – MOXA DIRETA 24 P A G E 0 SHOKYAKU-KYÚ, DANÔ-KYÚ, TONETSU-KYÚ SHOKYAKU-KYÚ, DANÔ-KYÚ 25 TONETSU-KYÚ 26 TREINAMENTO PARA CONFECÇÃO DE CONES DE MOXA 27 TREINAMENTO NO PAPEL E NO BAMBU 29 TREINAMENTO PARA ACENDER A MOXA COM INCENSO VARIEDADES DE INCENSO E SUA ADEQUAÇÃO PARA USO NA MOXATERAPIA: INCENSO DE ALTAR, INCENSO DE MOXA, INCENSO DE VARETA DE BAMBU 30 COMO CONTROLAR A TEMPERATURA DE COMBUSTÃO 31 BAMBU DE FUKAYA E DE MIZUTANI 31 INTRODUÇÃO À MOXA DE FUKAYA OS DEZ PRINCÍPIOS DE FUKAYA 33 PONTOS KUMOSSUKE 34 SEIJI IRIE 35 TRATAMENTO DA GRIPE TRATAMENTO DA TOSSE 35 TRATAMENTO DA BRONQUITE 36 TABELA DE SINTOMAS E TRATAMENTOS DA MOXATERAPIA DE FUKAYA SINTOMAS FEMININOS GRIPE 37 BRONQUITE PONTOS SHIKA E KANMON SINTOMAS ESTOMACAIS 38 DOENÇAS DO HÁBITO DE VIDA 39 MUNDO EXTERIOR……TAO 41 ONKO CHISHIN 43 SOBRE YOSHIHIRO ODO 46 CURSO SHINKYU DOJOH – 2019. Por: Yoshihiro Odo P A G E 0 YOSHIHIRO ODO ● Professor de Acupuntura formado pelo Kuretake Institute – Tokyo, em 1989 www.kuretake.ac.jp/english/ ● Professor de acupuntura japonesa nos cursos da SATOSP em 1997-1999. ● Professor de Curso Livre de Acupuntura Japonesa – SHINKYU DOJOH. ● Palestrante convidado pela WFAS - Tokyo – 2016 ● Palestrante convidado no Congresso SATOSP – 2019 ● Atendimento clínico junto ao Espaço Shinkyu – São Paulo. Rua Fradique Coutinho, 171 – 3081-9969. www.espacoshinkyu.com.br Contato: escolashinkyu@gmail.com