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APOSTILA DE MOXA parte 1 revisado e formatado fev.2020

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Prévia do material em texto

P
A
G
E	
0	
	
TREINAMENTO DE 
MOXABUSTÃO	
Yoshihiro	Odo	
艾灸
	
 
SHINKYU DOJOH/BH	
ACUTERAPIA	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
2	
019	
	
	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
	
	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
NOÇÃO	DE	WAZÁ	E	TREINAMENTO	
	
Nas	 diversas	 modalidades	 de	 artes	 marciais,	 assim	 como	 nos	
artesanatos	 variados,	 os	 japoneses	 prezam	 enormemente	 pelos	
treinamentos	de	wazá.		
Na	língua	portuguesa,	o	termo	é	mais	conhecido	no	contexto	das	lutas	
de	 judô	e	 karatê,	 nas	quais	 a	 expressão	wazá-ari	 significa	um	golpe	
aplicado.		
Na	acupuntura,	wazá	são	os	macetes	técnicos	aplicados	sobre	pontos	
e	meridianos	com	intuito	de	tratamento.		
Seja	na	 inserção	de	agulhas	ou	na	aplicação	de	moxa,	há	um	grande	
número	 de	wazá,	 que,	 para	 uma	 boa	 aplicação,	 requerem	 um	 bom	
treinamento.		
Adotaremos	 o	 critério	 didático	 de	 decomposição	 temporal	 dos	
movimentos	 técnicos,	 e	 seu	 treinamento	 por	 meio	 de	 repetição	 e	
aperfeiçoamento.		
Nesta	etapa	do	curso,	adotaremos	a	filosofia	do	百練自得	(Hyakuren-
Jitoku):	treinar	cem	vezes	e	assimilar	com	o	corpo.	
	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
	COMO	PRODUZIR	MOXA		
Usando	a	planta	Artemisia	vulgaris	
	
1) COLHER	A	ARTEMISIA	VULGARIS	
As	melhores	espécies	de	artemísia	utilizadas	no	Japão	para	produzir	
moxa	 são	 a	 Artemisia	 montana	 e	 a	 Artemisia	 princeps.	 Não	 temos	
certeza,	mas	provavelmente	a	artemísia	que	estamos	colhendo	aqui	é	
a	A.	vulgaris.	Pode	ser	que	seja	também	uma	variedade	da	Artemisia	
princeps	trazida	pelos	japoneses	que	se	adaptou	ao	nosso	clima.		
	
Na	 colheita	 no	 solo	 brasileiro	 é	 preciso	 distingui-la	 de	 uma	 outra	
planta:	o	rubim	ou	macaé	(Leonurus	siribicus),	muito	parecida	com	a	
artemísia	no	início	do	crescimento.			
	 	
	
	
	
2) SEPARAR	AS	FOLHAS	NOVAS	DOS	GALHOS	
É	 melhor	 separar	 antes	 de	 secar.	 Isto	 porque,	 após	 a	 secagem,	 a	
separação	torna-se	mais	difícil,	e	os	galhos	atrapalham	na	maceração.		
	
3) SECAR	AO	SOL	POR	4	A	5	DIAS	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
	
	
4) GUARDAR	 POR	 CERCA	 DE	 MEIO	 ANO	 EM	 LUGAR	 SECO	 E	
AREJADO	
	
5) SECAR	MAIS	UMA	VEZ	
Quanto	melhor	for	a	secagem,	melhor	a	qualidade	na	maceração.	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
	
6) MACERAR	
Utilizamos	o	pilão,	muito	semelhante	ao	ussú	(pilão	para	fazer	bolinho	
de	arroz	moti),	usado	nos	processos	caseiros	de	produção	da	moxa	na	
cultura	japonesa.	
	
	
7) PENEIRAR		
Utiliza-se	peneiras	de	telas	finas	(como	as	de	fubá)	para	poder	
separar	o	pó	das	fibras	de	algodão	resultante.	
	
	
	
	
	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
8) REPETIR	 O	 PROCESSO	 ALGUMAS	 VEZES	 ATÉ	 SOBRAR	 A	
MOXA	ALGODÃO	
O	pó	pode	ser	utilizado	para	fazer	chá	de	artemísia.		
O	 chá	 de	 artemísia	 tem	 um	 efeito	 hemostático,	 anti-inflamatório	 e	
broncodilatador.	Encontramos	ainda	um	óleo	essencial	rico	em	cineol,	
presente	 também	nas	 folhas	 de	 eucalipto	 e	 alecrim,	muito	 útil	 para	
problemas	respiratórios.		
O	 algodãozinho	 restante	 é	 a	 moxa,	 utilizada	 no	 tratamento	 junto	 à	
acupuntura.		
	
	
MATERIAL	PARA	COLETA	DE	ARTEMÍSIA	E	PREPARAÇÃO	DA	MOXA.	
CURSO	SHINKYU-DOJOH/2019.	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
MOGUSSÁ	E	KYÚ	
	
	
A	grande	variedade	de	recursos	possíveis	com	moxabustão	se	deve	ao	
seu	milenar	acúmulo	de	práticas	populares	e	especializadas.	
	
	
Diferentes	 qualidades	 de	moxa,	 kirimogussá,	 moxa	 de	 bastão,	 bambus,	 incensos,	
folhas	de	nêspera	e	artefatos	diversos.	
	
Para	 facilitar	 o	 ensino	 dessa	 variedade	 de	 recursos,	 as	 escolas	
japonesas	de	acupuntura	fazem	as	seguintes	classificações	didáticas:		
A)	CLASSIFICAÇÃO	DA	MOXA	DE	ACORDO	COM	O	MATERIAL	
1) KIRIMOGUSSÁ	–	moxa	enrolada	em	papéis	
Preparada	com	moxa	de	qualidade	inferior,	isto	é,	moxa	própria	para	
onkyú,	 a	 moxa	 vem	 enrolada	 em	 papel	 washi	 (fibras	 naturais	 de	
cânhamo,	Broussonetia,	gampi	–	 	Diplomorpha	sikokiana	–	ou	outras	
fibras	 vegetais),	 e	 cortada	 em	 tiras	 de	 diversos	 tamanhos.	 É	
normalmente	 utilizada	em	 tratamentos	 caseiros.	Há	as	 variantes	 de	
daiza-kyú	(com	base)	e	kamaya-kyú	(nome	da	empresa	fabricante).	No	
Brasil,	receberam	a	denominação	de	moxa	botão.	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
	
Diversos	tipos	de	kirimogussá		
	
	
2) BOUKYÚ	–	moxa	de	bastão	
Preparada	 em	 tamanho	 e	 formato	 de	 um	 longo	 charuto	 utilizando	
moxa	de	inferior	qualidade,	acrescida	de	canela,	pimenta,	gengibre	em	
pó	e	outros	materiais	aromáticos,	é	normalmente	utilizada	em	técnicas	
de	onkyú,	podendo	ser	também	utilizada	em	moxa	indireta.	É	o	recurso	
mais	divulgado	no	Brasil.	
	
	
Bastões	de	moxa	de	espessuras	diferentes	e	artefatos	para	seu	uso.		
	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
		
	
	
3) CHIRIMOGUSSÁ	
É	a	denominação	da	moxa	bruta,	feita	com	Artemisia	vulgaris	(ou	A.	
montana	ou,	ainda,	A.	princeps)	e	de	qualidade	variável,	dependendo	
da	etapa	de	produção.	Utilizamos	neste	curso	a	moxa	destinada	à	
Onkyú,	que	denominamos	moxa	verde,	e	a	moxa	ouro,	destinada	à	
técnica	de	moxa	direta.		
	
Qualidades	da	moxa	no	Japão.	
	
B)	CLASSIFICAÇÃO	DE	ACORDO	COM	A	TÉCNICA	UTILIZADA	
1)	ONKYÚ	
温灸	
	
温 ON	=	aquecimento	suave	
灸 KYÚ	=	tratamento	com	aplicação	da	moxa	
	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
Denominamos	 onkyú	 as	 diversas	 técnicas	 de	 aquecimento	 suave	
utilizando	a	moxa,	normalmente	com	calor	a	distância,	isto	é,	com	uma	
camada	de	ar	entre	a	brasa	da	moxa	e	a	pele	do	paciente.	
	
Podemos	 utilizar	 a	 moxa	 de	 bastão,	 kirimogussa	 e	 chirimogussa	 de	
baixa	e	média	qualidades.	
	
Moxa	de	baixa	qualidade	é	aquela	que	corresponde	em	língua	japonesa	
à	arabikimogussa,	que	é	 feita	a	partir	de	artemísia	seca	e	macerada,	
sem	passar	por	peneira,	e	com	a	qual	se	confecciona	moxa	de	bastão.		
	
“Média	 qualidade”	 refere-se	 à	 moxa	 que,	 por	 ter	 sido	 peneirada	
algumas	vezes,	apresenta	um	grude	que	facilita	seu	uso	nos	recursos	
de	kyútoshin,	isto	é,	moxa	na	cabeça	da	agulha.	Serve	para	os	diversos	
recursos	de	kakubutsu-kyú.	
	
	
ONKYÚ	COM	BASTÃO	
Variados	 tratamentos	 são	 possibilitados	 pela	 moxa	 de	 bastão,	
normalmente	com	o	bastão	aceso	colocado	a	uma	certa	distância	da	
pele,	promovendo	aquecimentos	e	respeitando-se	a	sensibilidade	do	
paciente.	
	
CUIDADO:	pacientes	com	hipossensibilidade	ao	calor,	como	em	estado	
de	embriaguez	ou	portador	de	diabetes,	ou	com	paralisia	dos	nervos	
sensitivos,	 precisam	 ser	 tratados	 com	 cuidado	 para	 que	 não	 se	
provoque	queimaduras.	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
	
	
Bastão	com	copinho	de	aquecimento	e	bastão	sem	copinho.		
	
	
	
	
	
	
	
	
ONKYÚ	COM	KIRIMOGUSSÁ	(moxa	pré-enrolada)	
Ex.:	entô-kyú.	
	
	
	
ONKYÚ	USANDO	CHIRIMOGUSSÁ	(moxa	bruta)	
Utiliza-se	normalmente	caixotes	com	telinhas,	sobre	as	quais	se	coloca	
uma	pequena	porção	de	chirimogusssa	de	baixa	qualidade,	acesa	com	
intuito	de	aquecimento	suave.		
	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
	 	
Take-no-wa	kyú:	moxa	com	bambu	e	tela		 Hako-kyú:	moxa	com	caixotes	de	
madeira	
	
	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
ONKYÚ	COM	FOLHA	DE	NÊSPERA,	
	
1) Bastão	a	distância	com	folha	de	nêspera.	
2) Bastão	pressionando	camada	de	papel	e	gaze	sobre	a	 folha	de	
nêspera	(triplo	efeito:	do	calor,	da	pressão	e	das	substâncias	da	folha).	
3) Bastão	no	copinho	aquecendo	a	folha	de	nêspera.	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
2)	KAKUBUTSU-KYÚ	OU	MOXA	INDIRETA	
Utiliza-se	intermediários	entre	a	moxa	e	a	pele.		
	
MOXA	COM	GENGIBRE	
Além	dos	efeitos	de	vasodilatação	e	melhora	de	irrigação	sanguínea,	
espera-se	os	 efeitos	da	penetração	de	 substâncias	 e	 energias	destes	
componentes	 intermediários	 encostados	 na	 pele.	 Assim,	 no	 caso	 de	
gengibre,	temos	as	seguintes	substâncias	principais:		
Shogaol	(presente	em	gengibre	aquecido	ou	seco):	efeito	antitússico,	vasodilatador	
(efeito	antagônico	ao	da	prostaglandina,	que	é	um	vasoconstritor).	Tende	a	reduzir	
a	pressão	arterial	e	a	contração	estomacal.	Há	ainda	estudos	chineses	demonstrando	
a	 sua	 capacidade	 de	 induzir	 apoptose	 em	 carcinomas	 do	 reto,	 por	 sua	 ação	
antioxidante.1		
																																																								
1
	 http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/mnfr.200700157/abstract;jsessionid=55E
	 	
P
A
G
E	
0	
	
Zinziberina.Gingerol:	antitumoral,	benéfico	para	artrite	reumática,	está	presente	em	gengibre	
novo	e	não	aquecido.		
Vitaminas	B1,	B2,	C	e	potássio.	
	 	
	
Na	fitoterapia	chinesa,	utiliza-se	o	gengibre	para	tratamento	de	gripe,	
coriza,	enxaqueca,	friagem,	tosse,	inapetência	e	náusea,	e	as	indicações	
seguem	as	mesmas	na	moxa	indireta.		
	
MOXA	COM	ALHO	
Alicina:	efeito	antibiótico,	vasodilatador,	anticoagulante.		
Vitaminas	A,	B2	e	B6,	germanium,	efeito	antioxidante.		
Alhoene:	antioxidante	e	antitrombótico,	antibactericida	e	antifúngico.	
	 	
Moxa	com	alho	 Alho,	gengibre	,	sal	
																																																								
5ECB47266CC8C458900524C3B7E6B.f01t04?deniedAccessCustomisedMessage=&userIsAuthen
ticated=false		
	 	
P
A
G
E	
0	
	
	
Desde	 a	 antiguidade,	 no	 oriente,	 o	 alho	 vem	 sendo	 usado	 como	
excelente	 tônico,	antiestresse,	e	benéfico	no	 tratamento	dos	estados	
de	fadiga	e	impotência.	Na	moxa	indireta,	pode	ser	também	utilizado	
como	acelerador	da	cicatrização.	
	
MOXA	COM	SAL	
Cloreto	 de	 sódio.	 Magnésio,	 cálcio,	 potássio	 (no	 caso	 de	 sal	 marinho).	 A	 sua	
intervenção	 nas	 transmissões	 nervosas,	 compostas	 de	 bombas	 de	 íons	 de	 sódio	 e	
potássio,	faz	com	que	o	uso	do	sal	seja	extremamente	potente	no	restabelecimento	
de	bloqueios	neurais.		
Verificar	a	composição	de	cada	tipo	de	sal.	
	
	
	 Sal	na	rodela	de	bambu	 	 	
	
Prepara-se	rodelas	de	bambu	com	cerca	de	1,5	cm	de	altura	e	2,5	a	4	
cm	de	diâmetro,	com	papel-filtro	(ou	de	fibras	naturais)	colado	na	base.		
O	bambu	é	preenchido	com	uma	camada	de	sal	com	cerca	de	0,5	a	0,7	
cm	 de	 altura.	 E,	 sobre	 o	 sal,	 acende-se	 a	 moxa	 bruta,	 chirimogussa	
preparada	em	cones.	O	ideal	é	um	cone	da	espessura	do	dedo	mínimo.	
Utiliza-se	preferencialmente	sobre	o	umbigo	e	ao	seu	redor.	É	preciso	
muito	cuidado	para	não	provocar	queimaduras.		
Indicada	para	fragilidade	intestinal	(diarreias,	constipação),	sintomas	
menstruais,	prostatite	e	impotência	sexual.	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
MOXA	COM	MISSÔ	
Aminoácidos	(ácido	glutâmico),	vitamina	B3,	vitamina	E,	isoflavona,	lecitina,	
enzimas.		
Colina:	importante	regenerador	de	membranas	celulares.		
Tirosina:	promove	aumento	de	noradrenalina	e	dopamina	na	linfa.	
	
	 	
	 Missô	com	gaze	
	
PREPARO:	Misturar	missô	com	a	farinha	de	soja	(kinako)	e	preparar	
massa	da	consistência	do	lóbulo	da	orelha.		
Preparar	 rodelas	de	 cerca	de	0,5	mm	de	espessura	 e	2	 a	2,5	 cm	de	
diâmetro.		
Colocar	 o	 cone	 de	 moxa	 da	 espessura	 do	 dedo	 mínimo,	 acender	 e	
esperar	aquecer.	Quando	aquecer	demais,	deslocar	a	rodela	de	missô.	
INDICAÇÕES:	lombalgias,	nevralgias,	friagem,	sintomas	femininos.	
	
MOXA	INDIRETA	COM	FOLHA	DE	NÊSPERA.	
Amigdalina:	antitumoral,	analgésica.	
Tanina,	saponina:	diuréticas,	antitosse.		
Ácido	cítrico:	indicado	para	gota,	litíase,	cálculo	renal.	Anticoagulante.	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
	 	
Ameixa	nêspera	 Moxa	de	sal	sobre	folha	de	nêspera	
	
Modo	de	uso:		
1) Pode-se	usar	o	bastão	de	moxa	aceso	empurrando-o	nos	pontos	
sobre	camadas	de	2	a	3	folhas	de	nêspera.		
2) Usar	moxa	indireta	com	sal	dentro	da	rodela	de	bambu,	sobre	
camada	de	folha	de	ameixa.		
Indicações:	 Fortalecimento	 do	 sistema	 imunológico,	 depuração	
sanguínea,	friagem.	Relaxamento.	Antitumoral	(em	pesquisa).		
Benefícios	para	a	saúde	
Folhas	de	nêspera	e	suas	frutas	são	carregadas	com	vitaminas	e	minerais	de	cálcio,	
fósforo,	ferro,	potássio	e	ácido	ascórbico.	Extrato	de	folhas	de	nespereira,	portanto,	
tem	um	grande	valor	medicinal.	
Propriedades	antioxidantes:	Extrato	de	folha	de	nêspera	beneficia	nosso	corpo	de	
diversas	maneiras.	Atua	como	um	agente	mucolítico	e	ajuda	na	diluição	de	muco	
espesso	no	 corpo,	que	 contém	substâncias	 tóxicas.	Também	as	 suas	 propriedades	
antioxidantes	ajudam	a	liberar	substâncias	antioxidantes	que	têm	a	capacidade	de	
neutralizar	as	toxinas	prejudiciais	e	erradicar	radicais	livres	do	corpo	que	podem	
levar	 a	 complicações	 de	 saúde.	 Assim,	 o	 extrato	 da	 folha	 previne	 várias	 doenças,	
melhora	o	sistema	imunológico	do	organismo	e	aumenta	sua	expectativa	de	vida.	
Diabetes	e	sua	cura:	Outro	benefício	para	a	saúde	importante	é	que	ela	ajuda	a	
combater	a	diabetes.	A	folha	compreende	variedade	de	substâncias	conhecidas	como	
triterpenos,	 das	 quais	 o	 ácido	 tormêntico	 tem	 sido	 conhecido	 para	 aumentar	 a	
produção	de	 insulina	no	corpo.	Também	atua	como	um	agente	antidiabético,	que	
libera	 um	 conjunto	 de	 substâncias	 químicas	 corporais	 naturais	 conhecidas	 como	
polissacarídeos,	 que	 ajudam	 a	 reduzir	 a	 diabetes,	 aumentando	 a	 produção	 de	
insulina.	Além	destes,	o	extrato	também	auxilia	a	função	do	pâncreas,	completando	
a	produção	de	insulina	e	na	regeneração	das	suas	células.	Assim,	podemos	dizer	que	
a	folha	de	nespereira	ajuda	no	tratamento	da	diabetes	de	forma	natural.	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
Propriedades	de	desintoxicação:	Ela	contém	uma	substância	chamada	Amygdalin,	
que	 é	 conhecida	 por	 combater	 doenças	 do	 fígado	 ou	 seu	 mau	 funcionamento,	 e	
melhora	 a	 capacidade	 do	 fígado	 para	 processar	 e	 se	 livrar	 dos	 venenos	 ou	 das	
substâncias	tóxicas	do	corpo.	
Combate	problemas	de	pele:	extrato	de	folha	de	Nespera	também	beneficia	a	pele	
reduzindo	 a	 inflamação	 da	 pele	 e	 na	 prevenção	 de	 várias	 desordens	 da	 pele.	 O	
extrato	da	presente	folha	é	geralmente	usado	em	muitos	cremes	tópicos	e	aplicado	
para	combater	o	edema	induzido	por	histamina	e	contração	da	pele.	O	creme	não	só	
cura	 a	 inflamação	 da	 pele	 ou	 irritação,	 mas	 também	 proporciona	 um	 efeito	
calmante.	 Ele	 também	 ajuda	 a	 combater	 câncer	 de	 pele.	 Basicamente,	 a	 folha	
contém	produtos	químicos	que	podem	desacelerar	o	 câncer	de	pele	 suprimindo	a	
capacidade	das	células	de	câncer	de	reproduzir-se	e	crescer.	
Propriedades	 antivirais:	A	 pesquisa	mostra	 que	 a	 folha	 da	 nêspera	 libera	 uma	
variedade	 de	 ácidos	 que	 contêm	 propriedades	 antivirais.	 Glicosídeos	 como	
megastigmane	 e	 constituintes	 polifenólicos	 são	 duas	 substâncias	 que	 têm	
propriedades	 de	 antígenos	 virais.	 Basicamente,	 a	 folha	 contém	 2-alfa-
hydoxyursolico,	ácido	que		tem	efeito	anti-HIV.	
Outros	 benefícios:	 folha	 de	 Nêspera	 é	 muitas	 vezes	 usada	 para	 fazer	 chás	
medicinais.	O	chá	ajuda	a	reduzir	vômitos	e	sede,	e	também	alivia	depressão,	diarréia	
e	inchaço.	
Uma	 vez	 que	 o	 excesso	 de	 qualquer	 coisa	 é	 prejudicial	 para	 o	 corpo,	 o	mesmo	 é	
aplicável	 a	 sua	 folha.	 No	 entanto,	 para	 superar	 os	 efeitos	 colaterais,	 a	 dosagem	
recomendada	é	de	4,5	a	12	gramas	de	folhas	secas	fervidas	em	água	e	consumidas	
como	chá	ou	decocção	e	15	a	30	gramas,	se	as	folhas	são	frescas.	No	entanto,	depois	
de	 ler	os	benefícios	desta	 folha	para	 saúde,	 tenho	 certeza	de	que	você	não	vai	 se	
esquecer	de	incorporar	esta	erva	nutricional	em	sua	dieta.2	
	
	
EXPLORAR	 AS	 POSSIBILIDADES	 DO	 USO	 DE	 PLANTAS	 DA	
BIODIVERSIDADE	BRASILEIRA.		
DICA:	Fitoterápicos	benéficos	para	os	diversos	órgãos	e	para	a	psiquê,	
cujos	 componentes	 ativos	 tenham	 tamanho	 molecular	 capaz	 de	
penetrar	pela	epiderme	e	serem	absorvidos	na	circulação	sanguínea	
ou	linfática.		
O	que	podemos	usar?			
MOXA	INDIRETA	–	DICAS		
	
As	 ervas	 (plantas)	 utilizadas	 para	 a	 moxa	 indireta	 apresentam	
polarização	 negativa.	 A	 ativação	 de	 elétrons	negativos	na	 superfície	
																																																								
2 http://saude-info.info/folha-loquat.html	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
das	membranas	celulares	induz	polos	positivos	no	interior	das	células,	
promovendo	um	potencial	de	ação.		
	
Um	potencial	de	ação	é	uma	onda	de	descarga	elétrica	que	percorre	a	membrana	
de	 uma	 célula.	 Potenciais	 de	 ação	 são	 essenciais	 para	 a	 vida	 animal,	 porque	
transportam	rapidamente	 informações	entre	e	dentro	dos	tecidos.	Eles	podem	ser	
gerados	 por	 muitos	 tipos	 de	 células,	 mas	 são	 utilizados	 mais	 intensamente	 pelo	
sistema	nervoso,	para	comunicação	entre	neurônios	e	para	transmitirinformação	
dos	neurônios	para	outro	tecido	do	organismo,	como	os	músculos	ou	as	glândulas.	
Muitas	 plantas	 também	 exibem	 potenciais	 de	 ação.	 Eles	 viajam	 por	meio	 de	 seu	
floema	para	coordenar	atividades.	A	principal	diferença	entre	os	potenciais	de	ação	
de	animais	e	vegetais	são	os	íons.	As	plantas	utilizam	primariamente	íons	de	potássio	
e	cálcio,	enquanto	animais	utilizam	mais	íons	de	potássio	e	sódio.	
Potenciais	de	ação	são	mensageiros	essenciais	para	a	linguagem	neuronal.	Proveem	
controle	rápido	e	centralizado,	além	de	coordenação,	de	órgãos	e	tecidos.3	
	
O	calor,	de	sensação	queimante,	por	outro	lado,	promove	um	estresse	
que	resulta	na	produção	de	Heat	Shock	Protein	(Hsp).	Mecanismos	de	
ação	destas	Hsp	ainda	são	desconhecidos,	porém	sabe-se	que	a	moxa	
promove	uma	aceleração	dos	mecanismos	regeneradores	dos	tecidos	
lesionados.		
	
Promovem	 a	 produção	 de	 autacoides	 (proteínas/hormônios	 de	 efeito	 local	
(histaminas,	serotoninas,	neurotesina	etc.).	
Promovem	a	mudança	da	temperatura	corporal	(local,	superficial,	muscular).	
	
Os	conhecidos	intermediários	usados	na	moxa	direta	promovem	este	
potencial	de	ação.	Assim	como	o	alho,	pode-se	usar	folhas	de	ameixa	
nêspera,	folhas	de	caqui,	babosa	cortada,	folhas	de	dente	de	leão,	folha	
de	pinus,	raiz	de	acônito.		
	
	
	 	
																																																								
3	 https://pt.wikipedia.org/wiki/Potencial_de_a%C3%A7%C3%A3o		
	 	
P
A
G
E	
0	
	
PONTO	DE	ACUPUNTURA	NÃO	É	PONTO	
	
Para	 facilitar	 a	 sua	 localização,	 adotou-se	 atualmente	 a	 noção	 de	
“ponto”,	interseção	de	uma	reta	vertical	e	uma	horizontal.	Esta	é	uma	
noção	 que	 corresponde	 à	 imagem	 do	 que	 vem	 a	 ser	 um	 ponto	 no	
conceito	geométrico/ocidental.		
	
Mas	é	 importante	 lembrar	que	o	 ideograma	chino-japonês	穴,	 (lê-se	
tsubo	ou	aná)	não	se	traduz	como	“ponto”.	Na	verdade,	ele	representa	
a	imagem	de	um	buraco,	um	vaso,	vazio.	É	possível	visualizar	a	imagem	
do	ideograma	ao	invertê-lo,	conforme	demonstraremos.	
	
A	noção	de	tsubo	enquanto	buraco,	ou	vaso,	oferece-nos	uma	imagem	
inicial	anatômica:	depressões	intermusculares,	entre	tendões	ou	entre	
os	ossos	(articulações).	
	
O	 que	 o	 acupuntor	 procura	 no	 paciente	 será,	 portanto,	 aquilo	 que	
corresponde	a	esta	imagem	de	buraco.		
	
O	PRÁTICO	EM	ACUPUNTURA	PROCURA	SEMPRE	TATEAR	UM	VAZIO.	
	
	
	 	
Vaso	 Ideograma	invertido	
	
	
COMO	 PERCEBER,	 NOS	 PONTOS,	 YIN/YANG	 E	
PLENITUDE/DEFICIÊNCIA?	
	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
Tendo	como	base	a	noção	de	que	pontos	são	tsubo	localizados	no	vazio,	
tateia-se	 os	 locais	 para	 perceber	 suas	 diferentes	 formas	 de	
manifestação:	
	
1) Rigidez,	nódulos	ou	vazio,	fragilidade;	
2) Superficial,	média	ou	profunda;	
3) Quente	ou	frio.	
	
A	percepção	destas	variáveis	nos	permite	discriminar	entre	yin,	yang,	
plenitude	 e	 deficiência.	 A	 partir	 de	 então,	 saberemos	 o	 que	 fazer:	
agulha	ou	moxa,	superficial	ou	profundamente,	sedar	ou	tonificar.	
YANG	 Superficial	 Quente	
YIN	 Profundo	 Frio	
	
PLENITUDE	 Rigidez	
DEFICIÊNCIA	 Fragilidade	
	
	 PLENITUDE	 DEFICIÊNCIA	
YANG	 Rigidez	
superficial	
Fragilidade	
superficial	
YIN	 Rigidez	profunda	 Fragilidade	profunda	
	
	 PLENITUDE		 DEFICIÊNCIA	
YANG	 Rigidez	quente	 Fragilidade	quente		
YIN	 Rigidez	fria	 Fragilidade	fria	
	
DIAGNÓSTICO	COSTAL	
Conhecendo	 o	 mapeamento	 correto	 dos	 meridianos	 e	 pontos	 nas	
costas	e	suas	correspondências	com	os	órgãos,	tatear	corretamente	os	
pontos	e	meridianos	nos	dará	dica	da	manifestação	das	enfermidades	
orgânicas.	
1. COMO	TATEAR	O	VG		
Tatear	os	espaços	interespinhosos,	e	depois	realizar	a	percussão	sobre	
o	 processo	 espinhoso.	 Dores	 no	 espaço	 interespinhoso	 tendem	 a	
refletir	a	estagnação	do	ki	tóraco-abdominal.	Dores	sob	percussão	no	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
processo	 espinhoso,	 caso	 sejam	 muito	 fortes,	 indicam	 suspeita	 de	
lesão	grave	a	nível	ósseo	ou	medular.	
	
	
2. LINHA	DO	KYÔSEKI	(PARAVERTEBRAL)	
Nesta	 linha,	 as	manifestações	 são	 de	 sintomas	 agudos	 recentes.	 Ela	
tende	 a	 manifestar	 nódulos	 horizontais.	 Por	 isso,	 tateia-se	
verticalmente.	
	
3. 1ª	LINHA	DO	MERIDIANO	DA	BEXIGA	
Quando	o	problema	persiste	e	se	torna	crônico,	passa	a	afetar	todo	o	
músculo	reto	dorsal,	e	manifesta	rigidez	com	dores	na	1ª	e	na	2ª	linhas	
do	 meridiano	 da	 bexiga.	 O	 seu	 formato	 tende	 a	 acompanhar	 o	 do	
músculo,	isto	é,	vertical.	Portanto,	tateia-se	horizontalmente.		
	
4. 2ª	LINHA	DO	MERIDIANO	DA	BEXIGA	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
Nesta	linha,	os	problemas	já	se	tornaram	muito	crônicos,	passando	a	
afetar	 inclusive	o	ki-yang,	 emocional.	Há,	entretanto,	casos	 inversos,	
nos	quais	o	estresse	emocional	se	manifesta	a	partir	deste	meridiano.	
Tateia-se	acompanhando	o	espaço	intercostal.		
	
NOTA:	É	importante,	para	efeito	de	comparação,	tatear	os	diferentes	
pontos	com	a	mesma	intensidade.	
	 	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
TÉCNICAS	AVANÇADAS	DE	MOXABUSTÃO	
SELECIONAR	MOXA	DE	BOA	QUALIDADE	
	
	 	
	 	
	
A	moxa	de	boa	qualidade	é	mais	amarelinha	e	clara.	A	de	má	qualidade,	
que	denominamos	de	Moxa	para	onkyú,	é	mais	verdinha	e	escura.	As	
intermediárias	são	as	apropriadas	para	a	técnica	do	kyútôshin,	em	que	
se	gruda	a	moxa	na	cabeça	da	agulha.		
Aqui	 no	 Brasil	 o	 uso	 do	 termo	 lã	 de	 moxa	 vem	 confundindo	 os	
consumidores.	Constatamos	que	os	representantes	classificam-nas	em	
padrão	A,	B	e	C.		
As	de	padrão	C	são	as	que	apresentam	maior	quantidade	de	galhinhos,	
e	é	útil	para	a	confecção	de	bastão	e/ou	para	moxa	indireta.	
As	de	padrão	B,	com	menos	galhinhos,	podem	ser	usadas	para	moxa	
indireta	e	para	moxa	na	cabeça	da	agulha,	kyú-tô-shin.		
As	de	padrão	A	ainda	são	um	mistério,	pois	falta	ainda	confirmar	se	
são	a	mesma	denominada	de	moxa	Ouro	ou	Gold	(nov/2013).	
1)	CHINETSU-KYÚ	–	O	cone	de	moxa,	grudado	sobre	a	pele	do	paciente,	
é	aceso	e	retirado	quando	o	paciente	sentir	quente.		
Comentado [1]: Atualizar informação? 
	 	
P
A
G
E	
0	
	
	 	
	
Há	ainda	a	variante	do	chinetsu-kyú	que	consiste	em	pressionar	e	
apagar	a	moxa	acesa	assim	que	o	paciente	sente	o	calor.		
	
	
A	técnica	de	chinetsu-kyú	em	que	se	remove	a	moxa	no	momento	do	
calor	 é	 considerada	 sedação.	 É	utilizada	principalmente	para	 cercar	
áreas	inflamadas,	entendidas	como	sintomas	yang-calor.	Nestes	casos,	
seu	uso	permitirá	dispersar	o	excesso	acumulado	localmente.		
	
2)	TYOKUSETSU-KYÚ	ou	moxa	direta	
São	as	variadas	técnicas	nas	quais	se	gruda	a	moxa	diretamente	na	
pele,	que	é	acesa	e	queimada	até	o	fim.		
	 	
P
A
G
E	
0	
	
	
	 	
	
Há	as	seguintes	variantes	do	tyokusetsu-kyú:	
	
a) SHÔKYAKU-KYÚ	(moxa	cauterizadora)	
Utilizada	principalmente	para	queimar	verrugas	e	olho	de	peixe.	
	
	
b) DANÔ-KYÚ	(moxa	para	provocar	eliminação	de	pus)	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
Utilizada	 para	 promover	 queimadura	 local,	 passar	 pomadas,	 colar	
emplastros	embebidos	em	extratos	naturais	e	promover	liberação	do	
pus.	
	
	
	
Uma	das	suas	importantes	variantes	era	o	denominado	sumô-kyú,	isto	
é,	moxa	utilizada	nos	lutadores	de	sumô.	Nesta	técnica,	passa-se	uma	
pomada	 à	 base	 de	 mostarda	 sobre	 a	 queimadura,	 o	 que	 provoca	
produção	de	pus	e	sua	eliminação.	Pode-se	explicar	o	seu	efeito	pelo	
aumento	da	produção	de	leucócitos	e	consequente	fortalecimento	do	
sistema	imunológico.		
	
As	 substâncias	 utilizadas	 no	 sumô-kyú	 são	 segredos	 familiares	 de	
moxaterapeutas,	 e	 a	 sua	 maioria	 se	 perdeu	 ao	 longo	 do	 tempo.	
Sabemos	 que,	 no	 caso	 do	 sumô-kyú,	 o	 ingrediente	 principal	 era	
composto	por	extratos	de	mostarda.		
	
c)		 TÔNETSU-KYÚ	(moxa	para	penetrar	o	calor)	
Esta	é	a	mais	amplamente	utilizada	pelos	profissionais	de	acupuntura	
e	moxabustão	no	Japão.	
	
As	técnicas	são	divididas	de	acordo	com	o	tamanho	do	cone	de	moxa	
preparado	para	combustão.		
	
Deste	modo,	temos	o	tônetsu-kyú	com	cone	de	moxa	do	tamanho	de	
um	grão	de	soja,	de	um	grão	de	feijão	azuki,	do	tamanho	de	um	grão	de	
arroz,	do	tamanho	de	meio	grão	de	arroz	e,	 finalmente,	o	menor,	do	
tamanho	(espessura)	de	uma	linha	50.P
A
G
E	
0	
	
	
	
TREINAMENTO	PARA	CONFECÇÃO	DE	CONES	DE	MOXA		
	
	
1) A	primeira	etapa	é	preparar	tiras	de	moxa	longas	e	macias.	Em	
moxas	de	tamanho	maior,	usamos	as	de	qualidade	inferior.	Preparar	
tiras	longas	na	palma	da	mão.		
	
a) Pegar	 uma	 pequena	 porção	 da	 moxa	 bruta,	 colocá-la	 sobre	 a	
palma	da	mão	esquerda	e,	com	a	região	hipotenar	da	mão	direita,	rolar	
a	porção	de	moxa	suavemente	até	formar	uma	tira	fina	(cerca	de	10	
mm)	e	longa.	
b) Arrancar	com	os	dedos	polegar	e	indicador	da	mão	direita	uma	
tira	de	cerca	de	15	mm	e,	com	o	uso	da	face	do	indicador	e	polegar	das	
duas	mãos,	preparar	cones	piramidais.		
c) Grudar	na	face	do	local	onde	se	aplicará	a	moxa.		
d) Adapta-se	a	espessura	e	tamanho	de	acordo	com	a	finalidade	de	
uso.		
	 	
P
A
G
E	
0	
	
	
	 	
	
Com	moxa	de	boa	qualidade:	
a) Inicia-se	 com	 uma	 pequena	 tira	 de	moxa	 entre	 o	 polegar	 e	 a	
falange	média	do	indicador	da	mão	esquerda,	rolando-a	para	criar	uma	
tira	finíssima,	com	cerca	de	2	mm	de	espessura.	
b) Separar	uma	tira	pequena	de	cerca	de	6	mm	com	o	indicador	e	
polegar	da	mão	direita,	rolar	para	fazer	a	ponta	e	grudar	a	base	do	cone	
na	superfície.	Neste	momento,	um	meio	giro	facilita	o	grude.		
c) Nesta	espessura	ficará	pronto	o	cone	do	tamanho	meio	grão	de	
arroz,	com	cerca	de	2	mm	de	base	e	5	mm	de	altura.	
d) Com	tiras	mais	grossas,	poderá	confeccionar	moxas	de	um	grão	
de	arroz,	um	grão	de	azuki	ou	de	soja.	
e) Com	tiras	mais	finas	pode-se	moldar	moxa	de	linha.	
	
Macetes:		
● Treinar	grudando	em	superfícies	lisas	como	papel,	madeira	lisa	
e	bambu.	
● Pode-se	umedecer	a	superfície	com	álcool	ou	extratos	vegetais.	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
● Meio	giro	da	base	facilita	o	grude.	
● Os	dedos	devem	estar	secos,	com	talco	ou	com	cinza	do	incenso.	
	
	
	 	
	
	
	
	
TREINAMENTO	PARA	PREPARAR	CONES	DE	MOXA	NO	PAPEL	OU	
BAMBU	
	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
OBJETIVOS	DO	TREINAMENTO:	
● Buscar	 uniformidade	 na	 forma,	 no	 tamanho,	 na	 dureza	 e	 na	
velocidade	de	confecção	e	fixação;	
	
	 	
	
● Treinar	repetidas	vezes	a	modelar	moxas	do	mesmo	tamanho;	
● Treinar	a	modelar	moxas	de	diferentes	tamanhos:	grão	de	soja,	
arroz,	meio	grão	e	linha;	
● Treinar	a	grudar	a	moxa	na	superfície	do	papel,	sobre	pontos	ou	
círculos;	
● Treinar	a	grudar	em	superfície	inclinada,	como	no	bambu;	
● À	medida	que	avança	nos	treinamentos,	confeccionar	moxa	de	
tamanho	menor.	
	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
TREINAMENTO	PARA	ACENDER	A	MOXA	COM	INCENSO	
	
O	desenvolvimento	do	incenso	fino	e	longo	se	fez	no	Japão	no	período	
Edo,	 a	partir	do	 século	XVI	na	 cidade	de	Sakae	 (Osaka).	 A	 evolução	
qualitativa	da	moxa	para	tiras	de	menor	tamanho	acompanha	também	
a	 evolução	 dos	 incensos	 para	 varetas	 finas.	 Atualmente,	 pode-se	
classificá-los	em:		
1) INCENSO	 DE	 ALTAR:	 utilizado	 em	 altares	 budistas,	 emite	
bastante	fumaça	e	tem	bom	cheiro.	Sua	cinza	ao	cair	tende	a	ser	muito	
quente.	 A	 sua	 cor	 é	 normalmente	 verde	 devido	 ao	 uso	 de	 folha	 de	
cipreste	como	matéria-prima.	
2) INCENSO	 DE	 MOXA:	 utilizado	 para	 acender	 cones	 de	 moxa,	
emite	menos	fumaça	e	o	cheiro	é	mais	discreto.	Sua	cinza	ao	cair	tende	
a	ser	menos	quente.	Apresenta	cor	marrom,	roxa	ou	vermelha.	
3) INCENSO	 DE	 VARETA	 DE	 BAMBU:	 utilizado	 pelo	 budismo	
tibetano	e	 continental,	 tem	cheiro	 forte	 e	 sua	 cinza	 é	muito	quente,	
sendo	inadequado	para	uso	em	moxa.	
	
Idealmente,	 utiliza-se	 incensos	 próprios	 para	 moxa.	 Infelizmente,	
neste	ano	de	2014,	não	há	importadoras	que	o	trazem	e	portanto	não	
os	encontramos	nas	lojas	de	acupuntura.		
	
Utilizamos,	deste	modo,	incenso	de	altar	budista	o	mais	fino	(2	mm	de	
grossura),	que	possibilitará	acender	inclusive	moxas	meio	grão	e	moxa	
de	linha.		
	
	
COMO	ACENDER	
Comentado [2]: Atualizar informação 
	 	
P
A
G
E	
0	
	
	
Segura-se	o	incenso	entre	os	dedos	médio	e	anelar	da	mão	esquerda	
ou	direita.	
	
Aproxima-se	a	brasa	do	incenso	da	ponta	do	cone.	A	brasa	é	encostada	
realizando	meio	giro	no	sentido	inferior.	
	
Sempre	 que	 se	 percebe	 acúmulo	 de	 cinzas,	 retirá-las	 como	 se	 fosse	
bater	a	ponta	do	cigarro	para	tirar	as	cinzas,	ou	esfregar	com	os	dedos	
para	grudar	a	cinza-talco	na	face	dos	dedos.		
	
Quando	há	cinza	sobre	a	brasa,	a	moxa	tende	a	grudar	no	incenso.		
	
● Treinar	 a	 acender	 os	 cones	 em	 sequência	 e	 velocidade	
constante.	
● Verificar	 no	 papel	 a	 intensidade	 da	 queimadura,	 pela	 cor	 do	
papel	queimado.		
● Treinar	a	controlar	a	temperatura	usando	bambu	de	Fukaya.	
● Treinar	a	controlar	a	temperatura	com	os	dedos.		
	
COMO	CONTROLAR	A	TEMPERATURA	DE	COMBUSTÃO	
	
Nas	 técnicas	 de	 tônetsu-kyú	 (calor	 penetrante),	 os	 seguintes	 fatores	
determinam	a	temperatura	de	combustão:	
1) Qualidade	 da	moxa:	quanto	mais	 verde	a	moxa,	 apresentando	
pontos	 escuros,	 maior	 será	 a	 temperatura	 de	 combustão.	 Por	 isso,	
deve-se	 escolher	 moxa	 amarela	 e	 clara,	 sem	 misturas	 de	 pontos	
escuros.		
2) Quanto	 maior	 a	 base	 do	 cone,	 maior	 a	 temperatura	 de	
combustão.	
3) Quanto	mais	duro	o	cone	da	moxa,	mais	quente.	Ou	seja,	quanto	
mais	macio,	menor	a	temperatura	de	combustão.		
4) Controle	de	oxigenação:	ao	soprar	a	brasa	da	moxa	acesa,	mais	
rápida	mais	quente	será	a	combustão.	
5) Ao	se	fazer	o	contrário,	 isto	é,	 reduzir	a	entrada	do	ar	sobre	a	
brasa,	mais	lenta	a	combustão	e	menor	a	sua	temperatura.	
6) Nos	 cones	 menores	 de	 moxa,	 do	 tamanho	 de	 meio	 grão	 ou	
menos,	 o	 acupuntor	 utiliza	 os	 seus	 dedos	 para	 controlar	 a	
temperatura.		
	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
1) BAMBU	DE	FUKAYA:	Em	se	tratando	de	moxas	maiores,	1	grão	
de	arroz,	de	 azuki	ou	 soja,	 utilizamos	o	 tubo	de	bambu	 inventado	e	
recomendado	por	Isaburo	Fukaya,	para	amenizar	o	calor.	Essa	técnica	
de	abrandamento	do	calor	 e	da	sua	sensibilidade	recebe	o	nome	de	
Método	Fukaya.		
	
2) TREINAMENTO	COM	BAMBU	DE	FUKAYA	E	DE	MIZUTANI.	
	
	 	
Padrão	Fukaya		
	
Modelo	B	
Diâmetro	interno:	15-16	mm	
Comprimento:	12	cm	
	
Modelo	A	
Comprimento:	4	cm	
Padrão	Mizutani	
	
Comprimento	total:	105	mm	
Comprimento	do	lado	longo:	80	mm	
Comprimento	do	lado	curto:	25	mm	
Diâmetro	variável	de	10	mm	a	16	mm	
	
	
O	uso	do	método	Fukaya	se	faz	para	cones	do	tamanho	de	um	grão	de	
arroz	a	um	grão	de	soja.		
Do	mesmo	modo,	pode-se	utilizar	o	abafador	do	padrão	do	prof.	Junji	
Mizutani.		
	
INTRODUÇÃO	À	MOXA	DE	FUKAYA		
	
	
No	 período	 Edo	 (1600-1868)	 a	 Moxa	 se	 difundiu	 como	 medicina	
popular,	pois,	diferentemente	da	fitoterapia	e	acupuntura,	era	fácil	de	
ser	 aplicadas	por	 amadores,	 com	resultados	 seguros	 e	 facilidade	de	
acesso.	
	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
Muitas	importantes	literaturas	sobre	moxabustão	foram	produzidas,	
com	base	na	sua	aplicação	popular	e	profissional.		
	
O	 Prof.	 Isaburo	 Fukaya	 (1900-1974)	 redescobriu	 o	 livro	
MEIKAKYÚSEN,	 escrito	 por	 Waki	 Koreyuki	 e	 autores	 do	 clã	 de	
samurais	 da	 região	 de	 Echigo	 em	 1805,	 que	 haviam	 feito	 uma	
coletânea	 das	 práticas	 populares	 consideradas	 eficientes	 na	 época,	
junto	 a	 uma	 seleção	 de	 textos	 sobre	 tratamentos	 comprovados	 na	
prática	clínica.		
	
Fukaya	 as	 aplicou	 e	 confirmou,	 no	 decorrer	 dos	 seus	 40	 anos	 de	
atuação	clínica,	que	a	maioria	é	eficiente	para	os	dias	atuais.	
	
E	cita	Fukaya	algumas	das	suas	importantes	conclusões:		
	
a) “Pude	 confirmar	 que	 muitos	 pontos	 extras	 apresentam	
resultados	melhores	do	que	os	pontos	oficiais”.	
b) “Bons	resultados	se	obtêm	com	poucos	pontos”.	
c) Patologias	 e	 disfunções	 corporais	 se	 manifestam	 em	 regiões	
distantes,	 que	 descobertos	 podem	 receber	 moxa	 com	 resultados	
extraordinários.	 E	 estes	 pontos	 extras	 já	 eram	descritos	 no	MEIKA-
KYÚSEN.		
	
Textos	 e	 pensamentos	 do	 Isaburo	 Fukaya	 representam	 a	 maneira	
japonesa	de	assimilar	e	transformar	a	moxabustão	continental.	Aqui	a	
praticidade	suplantou	a	teoria,	a	simplicidade	popularizou	a	moxa,	e	a	
técnica	se	aperfeiçoou	no	invento	de	abafadores	de	bambu	e	controles	
de	temperatura.	
	
OS	DEZ	PRINCÍPIOS	DE	FUKAYA	
	
1) Os	pontos(tsubo)	não	funcionam.	Com	o	nosso	wazá	 (técnica)	
faremos	com	que	eles	funcionem.	
2) A	localização	dos	pontos	(tsubo)	das	literaturas	nos	dão	apenas	
a	sua	direção.	
3) Os	pontos	se	movimentam.	
4) Tenha	domínio	dos	pontos	consagrados	para	torná-los	eficazes.	
5) Obtenha	resultados	com	poucos	pontos.	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
6) Pontos	não	reativos	têm	pouco	resultado	(com	os	pontos	pouco	
eficazes,	agimos	de	maneira	a	produzir	resultados).	
7) Não	adianta	aplicar	moxa	só	no	foco	da	doença	(procure	pontos	
de	manifestação	a	distância,	que	servirão	como	importantes	pontos	de	
tratamento).		
8) Os	pontos	consagrados	para	uma	patologia	servem	para	tratar	
uma	ampla	variedade	de	doenças.	Ex.:	IG-14	.	
9) A	 quantidade	 e	 o	 tamanho	 da	 moxa	 devem	 ser	 dosados	 de	
acordo	 com	 a	 constituição	 do	 paciente	 e	 a	 receptividade	 ao	
tratamento.	
10) Selecione	os	pontos	a	serem	tratados	sem	hesitação.		
	
PONTOS	KUMOSSUKE		
	
Isaburo	Fukaya	cita	os	pontos	de	fortalecimento	das	pernas	utilizados	
pelos	carregadores	e	transportadores	da	Era	Feudal	japonesa	(período	
Edo	 1600	 a	 1868),	 importantes	 combinações	 para	 fadiga	 e	
fortalecimento.		
São	eles	os	pontos	E-36,	E-37,	E-39	e	B-57.	
Fukaya	sugere	o	uso	de	multimoxa,	cerca	de	100	vezes	em	cada	ponto.		
	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
	
		
Na	nossa	prática,	percebemos	que	um	tratamento	com	7	vezes	em	cada	
ponto	usando	o	bambu	de	Fukaya	apresenta	excelentes	resultados.		
	
	
SEIJI	IRIE,	um	dos	discípulos	autorizados	pela	família	Fukaya,	publicou	
o	livro	TRATAMENTOS	DE	MOXA	FUKAYA	(FUKAYA	KYUHÔ,	de	1980),	
no	 qual	 faz	 uma	 coletânea	 de	 métodos	 de	 tratamentos	 do	 mestre	
Fukaya,	 classificando-os	 de	 acordo	 com	 as	 patologias	 e	
sintomatologias	ocidentais.		
Este	 modo	 de	 classificar	 as	 patologias	 e	 indicações	 faz	 parte	 da	
modernização	 da	 acupuntura	 e	 moxabustão	 japonesas,	 que	 vem	
facilitando	 as	 atuações	 clínicas	 sob	 a	 percepção	 moderna	 das	
patologias,	conforme	descrevemos	a	seguir:	
	
TRATAMENTO	DA	GRIPE	
O	mais	importante	na	gripe	é	a	prevenção.	É	fundamental	antecipar-se	
no	tratamento.	Tão	logo	sinta	o	início	da	gripe,	aplique	moxa	sete	vezes	
no	 VG-14.	 Este	 é	 o	 ponto	mais	 importante	 no	 tratamento	 da	 gripe.	
Segundo	 KYÚ-DÔ-YOROKU	 (de	 Isaburo	 Fukaya), 	entende-se	 esta	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
sensação	quando	provar.	Ao	aplicar	de	20	a	30	vezes,	sente	as	costas	
esquentar,	quando,	então,	a	coriza	e	o	entupimento	nasal	melhoram.	
Aplicando	junto	a	B-12,	onde	encontramos	uma	nítida	dor	sob	pressão,	
a	melhora	será	muito	mais	nítida.		
PONTOS	DE	TRATAMENTO:	VG-14	E	B-12.	
	
TRATAMENTO	DA	TOSSE	
Sintomas	de	tosse	são	reflexo	das	vias	respiratórias	superiores	para	
eliminação	 de	 secreções	 e	 toxinas.	 O	 objetivo	 do	 tratamento	 não	 é	
interromper	a	tosse,	mas	reduzir	a	inflamação	respiratória.		
PONTOS	DE	TRATAMENTO:	VG-10,	VG-9,	VC-22.	
	
	
BRONQUITE	AGUDA	
EXTRA	–	PLANTAR	DO	HÁLUX.	Ponto	médio	da	dobra	plantar	falange-
metacarpo	do	hálux.	5	a	7	vezes.	
DOBRA	DO	COTOVELO:	Na	região	do	P-5,	C-3	ou	PC-3,	cerca	de	1	tsun	
acima	ou	abaixo	destes,	manifestam	reações	inflamatórias	da	faringe.	
Selecionar	onde	manifestar	clara	dor	sob	pressão	e	aplicar	multimoxa	
15	vezes.		
	
BRONQUITE	CRÔNICA	
Procurar	pontos	de	manifestação	na	região	interescapular.	
Selecionar	entre	os	pontos	do	1º	e	do	2º	meridiano	da	Bexiga,	e	entre	
os	pontos	do	VG	interescapular.		
Quando	manifestar	tosse	em	decúbito	lateral,	utilizar	BA-6,	de	3	a	20	
vezes.	
Comentado [3]: . 
Comentado [4]: . 
	 	
P
A
G
E	
0	
	
	
	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
TABELA	DE	SINTOMAS	E	TRATAMENTO	DA	MOXATERAPIA	
FUKAYA	
	
SINTOMAS	
FEMININOS	
Nos	sintomas	genitais	femininos,	o	objetivo	do	tratamento	consiste	
em	melhorar	o	fluxo	sanguíneo	na	pélvis,	dissolver	as	estagnações	
sanguíneas	manifestas	em	forma	de	Shaku-jú	abdominal,	corrigir	
os	 desequilíbrios	 hormonais	 e	 promover	 um	 equilíbrio	 do	 ciclo	
menstrual.	
	
Desde	 antigamente,	 diz-se	 que	 patologias	 femininas	 devem	 ser	
tratadas	com	moxa	na	região	lombar	e	glútea,	isto	é,	ao	regular	a	
função	dos	órgãos	pélvicos,	grande	parte	das	patologias	femininas	
tende	a	se	resolver.	
	
Por	isso,	sintomas	de	friagem,	cólicas,	enxaqueca,	vertigem,	ânsia,	
relacionados	com	ciclo	menstrual,	embora	muitas	vezes	tratados	
com	 descaso	 e	 resignação	 pelas	 próprias	 pacientes,	 devem	 ser	
tratados	como	prevenção	de	patologias	futuras.		
	
Na	moxaterapia	Fukaya,	há	um	conjunto	de	pontos	sacro-lombares	
a	 serem	 localizados	 com	 a	 metodologia	 própria.	 No	 caso	 deste	
curso,	utilizaremos	os	seguintes	pontos	oficiais:	
	
PONTOS	COMUNS	 B-26,	B-28,	VG-2	 5	a	7	vezes	
Cólica	Menstrual	 Acrescentar:	Ba-6,	Ba-10		 Idem	
Friagem	 Selecionar	pontos	reativos	de	dor	com	
frio	dos	meridianos	yin	da	perna	 junto	
ao	Onkyu	abdominal	e	lombo-sacral.		
	
	
	
GRIPE	 PONTOS	UTILIZADOS	 OBSERVAÇÃO	
PONTOS	PRINCIPAIS	 	 Multimoxa	
Amigdalite,	laringite	 VG-14,	B-12	
Extra-	yin-yang	–	bilateral	
陰陽穴	
P-11	
VG-14,	
Extra	Syuchú-hei	
Multimoxa	
No	canto	medial	da	prega	
falangiana	do	hálux,	5	vezes.	
Sangria	
Multimoxa	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
手中平穴	 Dentro	da	dobra	carpo-
falangiana	do	dedo	médio	
das	mãos.	
Rinite	 Extra	E-44	inferior	
	
VG-14	e	VG-23	
Face	plantar	dos	pés	no	2º	
metatarso.	
Multimoxa	
Enxaqueca,	febre		 VG-15	
VG-14	(Ponto	da	febre)	
3	a	5	vezes		
Multimoxa	
Tosse	 B-11,	B-12,	B-13,	P-1,		
VC-17,e	VG-10	
VC-22,	
IG-10	
5	a	7	vezes	
Moxa	cruzada	(Uchinuki)	
3	a	5	vezes	
5	vezes	
Fadiga	 VG-14	
IG-10	e	E-36	
Multimoxa	
5	a	7	vezes	
Calafrio	(sintomas	
iniciais	da	gripe)	
VG-14	e	B-12	ou	B-13	 Multimoxa	
	
BRONQUITE	 	
Tosse	 Extra	B-17	喘息兪	
Extra	E-44	inferior	
Multimoxa	
Multimoxa	
Tosse	ininterrupta	 Ba-6	 3-10	vezes		
Sintomas	
respiratórios	
(pneumonia,	
tuberculose)	
Extra	-	Shika	e	Kanmon	
四華患門	
 
	
Extra	Shika	四華	 Envolver	o	pescoço	com	um	barbante	e	encostar	as	suas	
pontas	na	altura	do	VC-15.	Cortar.	Levar	as	pontas	do	
barbante	para	as	costas	mantendo	envolvido	o	pescoço.	O	
local	onde	a	ponta	encostar	será	o	ponto	de	referência.	Este	
será	o	ponto	médio	da	largura	dos	lábios,	no	sentido	
horizontal	e	vertical.	Define-se	4	pontos	das	extremidades	da	
largura	dos	lábios	como	sendo	os	4	pontos	extras	Shiká.		
Extra	Kanmon	患門	 Extra-Kanmon:		Medir	com	barbante	o	comprimento	desde	a	
ponta	do	hálux,	passando	pela	planta	dos	pés,	e	pelo	calcanhar	
até	B-40.	Cortar	o	barbante.	Colocar	a	ponta	deste	barbante	na	
ponta	do	nariz	(VG-25),	esticar	o	barbante	ao	longo	do	
meridiano	VG	até	as	costas.		Onde	terminar	a	ponta	do	
barbante	será	o	ponto	referência.	Fazer	deste	ponto	o	ponto	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
médio	da	largura	dos	lábios.	As	extremidades	laterais	deste	
comprimento	são	os	pontos	Kanmon.			
	
SINTOMAS	ESTOMACAIS	 OBSERVAÇÃO	
PONTOS	PRINCIPAIS	 B-17,	B-18,	B-20		
(胃の六つ灸)	
Conhecidos	como	I-no-
Mutsu-kyú	que	significa	
“seis	moxas	estomacais”.	
	
DOENÇAS	DOS	
HÁBITOS	DE	VIDA		
Assim	 denominada	 inicialmente	 pelo	 Dr.	 Shigeaki	
Hinohara,	atualmente	o	mais	longevo	médico	japonês	
em	 atividade	 (102	 anos	 em	 2013),	 as	 doenças	
vasculares	 de	 origem	 no	 sedentarismo	 da	 vida	
moderna	e	mal	hábito	alimentar	passaram	a	 receber	
melhores	 orientações	 nos	 hospitais	 japoneses.	 O	
universo	 da	 medicina	 oriental	 já	 havia	 acumulado	
conhecimentos	e	práticas	através	da	cultura	alimentar,	
artes	 marciais,	 meditações	 e	 acu-moxa	 terapia,	 um	
amplo	sistema	de	conhecimentos	que	elevaram	o	Japão	
a	 nação	 de	 maior	 longevidade	 no	 mundo.	 Um	 outro	
grande	 exemplo	 foi	 Dr.	 Shimetaro	 Hara,	 médico	 e	
pesquisador	de	moxa,	que	viveu	até	108	anos	de	vida,	
aplicando	moxa	direta	no	seu	ponto	E-36.		
Prevenção	de	AVC	 VG-20,	VG-7,	IG-15,	IG-11,	
VB-31,	E-36,	VB-39.	
3	a	5	vezes	cada	
Regulação	da	
hipertensão	arterial	–	
Enfatiza-se	o	tratamento	
dos	membros	para	
distribuir	o	fluxo	
sanguíneo	e	regularizar	a	
pressão	arterial	
P-4,	 IG-11,	 IG-10,	 VB-31,	
E-36,	E-41,	VB-39.	
Ponto	extra	–	
hipertensãoPontos	de	constipação	
(C-7	Sawada,	BA-15,	F-
13)	
3	a	5	vezes	
	
Centro	 da	 prega	 da	
articulação	 falangiana	 do	
hálux	 na	 face	 ventral	
(multimoxa).	
3	a	5	vezes	ou	multimoxa.	
Pânico,	ansiedade	 VG-10,	VG-11,	VG-12	 3	a	5	vezes	
Enxaqueca,	tensão	nos	
ombros	
VB-21,	B-43,		
B-10,	VB-20	
3	a	5	vezes	
Na	cervical,	apenas	agulha.	
	
	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
	
	
	
	 
	 	
	
ON-KO	CHISHIN	
AQUECER	O	ANTIGO,		CONHECER	O	NOVO.	
 
ONKO	CHISHIN:		
Tradução	literal:	aquecer	o	antigo	e	inovar	o	conhecimento.	
Estudantes	 japoneses	aprendem	a	escrever	estes	ideogramas	no	seu	
treinamento	de	caligrafia	Shúji.	
Para	 Yoshio	 Manaka,	 esse	 aquecimento	 do	 antigo	 significava	 a	
importância	de	conhecer	a	metodologia	e	a	qualidade	técnica-sensitiva	
dos	antigos	para	poder	reproduzir	nos	dias	atuais	a	cura	que	os	nossos	
ancestrais	conseguiam.		
É	por	isso	que	enfatizamos	o	treinamento	da	prática	em	Acupuntura	e	
Moxabustão,	 pois,	 quanto	 mais	 nos	 aproximarmos	 das	 habilidades	
técnicas	e	sensitivas	dos	nossos	ancestrais,	mais	nos	aproximaremos	
dos	sucessos	terapêuticos	que	os	antigos	conseguiam.		
	 	
P
A
G
E	
0	
	
	
	
	
	
	
	
ÍNDICE	
IDEOGRAMAS	MOGUSSÁ	E	KYÚ	 1	
NOÇÃO	DE	WAZÁ	E	TREINAMENTO	 2	
COMO	PRODUZIR	MOXA	A	PARTIR	DA	ARTEMISIA	VULGARIS	 3	
CLASSIFICAÇÃO	DA	MOXA	DE	ACORDO	COM	MATERIAL	
KIRIMOGUSSA		
7	
BOUKYÚ	–	MOXA	DE	BASTÃO	 8	
CHIRIMOGUSSA	 9	
CLASSIFICAÇÃO	DE	ACORDO	COM	TÉCNICAS	
	
9	
ONKYÚ	COM	BASTÃO	
	
10	
ONKYÚ	COM	CHIRIMOGUSSA	 11	
ONKYU	COM	KIRIMOGUSSA	 11	
ONKYU	COM	FOLHA	DE	NÊSPERA	 12	
KAKUBUTSU-KYÚ	OU	MOXA	INDIRETA	
COM	GENGIBRE,	ALHO,	SAL,	MISSÔ,	FOLHA	DE	NÊSPERA	
13	
MOXA	INDIRETA	COM	FOLHA	DE	NÊSPERA	 16	
EXPLORAR	AS	POSSIBILIDADES.	
MOXA	INDIRETA	-	DICAS	
17	
PONTO	DE	ACUPUNTURA	NÃO	É	PONTO	 19	
COMO	PERCEBER	YIN/YANG	-	PLENITUDE	/	DEFICIÊNCIA	 19	
DIAGNÓSTICO	COSTAL	 20	
TÉCNICAS	AVANÇADAS	DE	MOXABUSTÃO	
CHINETSU-KYÚ	
23	
TYOKUSETSU	KYÚ	–	MOXA	DIRETA	 24	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
SHOKYAKU-KYÚ,	DANÔ-KYÚ,	TONETSU-KYÚ	
SHOKYAKU-KYÚ,			
DANÔ-KYÚ	
25	
TONETSU-KYÚ	 26	
TREINAMENTO	PARA	CONFECÇÃO	DE	CONES	DE	MOXA	 27	
TREINAMENTO	NO	PAPEL	E	NO	BAMBU	 29	
TREINAMENTO	PARA	ACENDER	A	MOXA	COM	INCENSO	
VARIEDADES	DE	INCENSO	E	SUA	ADEQUAÇÃO	PARA	USO	NA	
MOXATERAPIA:	
INCENSO	DE	ALTAR,	INCENSO	DE	MOXA,	INCENSO	DE	VARETA	
DE	BAMBU	
30	
COMO	CONTROLAR	A	TEMPERATURA	DE	COMBUSTÃO	 31	
BAMBU	DE	FUKAYA	E	DE	MIZUTANI	 31	
INTRODUÇÃO	À	MOXA	DE	FUKAYA	
OS	DEZ	PRINCÍPIOS	DE	FUKAYA	
33	
PONTOS	KUMOSSUKE	 34	
SEIJI	IRIE		 35	
TRATAMENTO	DA	GRIPE	
TRATAMENTO	DA	TOSSE	
35	
TRATAMENTO	DA	BRONQUITE	 36	
TABELA	DE	SINTOMAS	E	TRATAMENTOS	DA	MOXATERAPIA	DE	
FUKAYA	
SINTOMAS	FEMININOS	
GRIPE	
37	
BRONQUITE	
PONTOS	SHIKA	E	KANMON	
SINTOMAS	ESTOMACAIS	
38	
DOENÇAS	DO	HÁBITO	DE	VIDA	 39	
MUNDO	EXTERIOR……TAO	 41	
ONKO	CHISHIN	 43	
SOBRE	YOSHIHIRO	ODO	 46	
	
CURSO	SHINKYU	DOJOH	–	2019.		Por:	Yoshihiro	Odo	
	
	 	
	 	
P
A
G
E	
0	
	
YOSHIHIRO	ODO	
	
● Professor	 de	 Acupuntura	 formado	 pelo	 Kuretake	 Institute	 –
Tokyo,	em	1989	
	
	
	www.kuretake.ac.jp/english/	
	
● Professor	 de	 acupuntura	 japonesa	 nos	 cursos	 da	 SATOSP	 em	
1997-1999.	
	
● Professor	de	Curso	 Livre	de	Acupuntura	 Japonesa	–	 SHINKYU	
DOJOH.	
	
● Palestrante	convidado	pela	WFAS	-	Tokyo	–	2016	
	
● Palestrante	convidado	no	Congresso	SATOSP	–	2019	
	
● Atendimento	clínico	junto	ao	Espaço	Shinkyu	–	São	Paulo.	
Rua	Fradique	Coutinho,	171	–	3081-9969.	
www.espacoshinkyu.com.br	
Contato:	escolashinkyu@gmail.com

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