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Aula 09 – Etapas da Realização do Delito 1) Iter Criminis 1.1- Cogitação ( Etapa necessariamente impunível, mera idealização da conduta 1.2- Atos Preparatórios ( Etapa normalmente impunível, possibilitando a punição apenas quando os atos praticados constituam delitos autônomos (ex: a aquisição de arma de fogo por quem cogita executar um assalto, embora a aquisição da arma seja um ato preparatório do assalto, já constitui em si um delito autônomo) 1.3- Atos de Execução ( Momento em que se dá início ao cumprimento do plano do delito, quando surge a punibilidade, instante no qual o autor realiza a conduta proibida (pratica o verbo que designa a conduta) 1.4- Consumação ( Etapa em que todos os elementos do delito estão presentes, nos delitos materiais, quando se verifica o resultado 1.5- Exaurimento ( Etapa existente apenas em delitos formais, quando o surgimento do resultado é apenas a intenção do agente, se esse se verifica como mero benefício da conduta, ocorre apenas um pós fato impunível (ex: a não efetivação da multa pelo guarda que aceita a vantagem indevida no crime de corrupção) 2) Tentativa 2.1- Conceito ( Comportamento destinado ao surgimento de um resultado, que, por motivos alheios à vontade do autor, não se concretizam 2.2- Espécies I- Perfeita ( Conduta praticada pelo autor de forma perfeita, que seria capaz de produzir o resultado, entretanto, por interferência de terceiros, o resultado não surge (ex: quando no intuito de matar, o autor dispara um tiro e acerta o seu desafeto, que, entretanto não falece, pois socorrido por terceiros, sobrevive) II- Imperfeita ( Conduta praticada de forma desastrada pelo autor, não sendo capaz de produzir o resultado independente da intervenção de terceiros (ex: quando no intuito de matar, o autor dispara diversos tiros em direção ao seu desafeto, não acertando nenhum disparo) 2.3- Efeitos na aplicação da pena ( Atenuação da pena prevista para o crime consumado – Art. 14, parágrafo único 3) Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz 3.1- Fundamento jurídico ( Proteção dos bens jurídicos 3.2- Consequências ( Isenção de pena, podendo ser punido apenas por atos que configurem delitos autônomos 3.3- Significado de atos já praticados ( Se o delito é a conduta marcada não apenas pela realização da conduta proibida, mas desde que praticada com dolo ou culpa (de acordo com a teoria finalista da ação), só há que se falar em punição autônoma quando exista dolo ou culpa na conduta praticada 4) Arrependimento Posterior 4.1- Requisitos ( Inexistência de violência ou grave ameaça contra a pessoa, ato voluntário do agente 4.2- Consequências ( Redução de pena 4.3- Limite temporal ( Recebimento da denúncia, quando o Juiz aceita a formulação da denúncia ou da queixa 5) Crime Impossível 5.1- Fundamentos ( Função do direito penal – proteção do bem jurídico 5.2- Consequências ( Isenção de pena 5.3- Espécies I- Impropriedade do objeto ( Quando o alvo da conduta não é titular de bem jurídico (ex: cadáver alvejado por arma de fogo, o cadáver não é titular do bem jurídico da vida, assim, não há que se falar em crime de homicídio) II- Impropriedade do meio ( Estratégia indevida utilizada para formalizar o delito, meio que não é capaz de produzir o resultado desejado (ex: querer matar alguém envenenando seu café com açúcar – o açúcar não é veneno, não é meio capaz de produzir a morte)
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