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TEORIA DA DECISÃO JURISDICIONAL E RECURSOS NO PROCESSO CIVIL 
ARA1224
PROF. RAFAELLA LESSA
Aula 1
Tema 1. TEORIA 
DA DECISÃO 
JURISDICIONAL 
6. TEORIAS DA INTEPRETAÇÃO JURÍDICA
 6.1. Teoria Cognitiva 
 6.2. Teoria Cética
 6.3. Teoria Intermediária
7. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE, PRECEDENTES COMO CRITÉRIO DE DECISÃO
 7.1. ADI, AD, ADPF
 7.2. A interpretação conforme à Constituição; 
 7.3. A declaração de inconstitucionalidade parcial sem redução de texto; 
 7.4. A declaração de inconstitucionalidade sem a pronúncia de nulidade e o apelo ao legislador; 
 7.5. A declaração de lei ainda constitucional em trânsito para a inconstitucionalidade.
8. TÉCNICA DE DECISÃO JURISDICIONAL
SITUAÇÃO PROBLEMA
O juiz Ade Mário Silva da 8ª Vara Cível de Arraial do Patriarca, proferiu sentença em um caso de erro médico. O processo tratava de
paciente que sofreu complicações em uma cirurgia plástica e em decorrência da falta de aparelhagem, entrou em coma, teve falta de oxigenação por segundo no
cérebro, e saiu do hospital com paralisia nos membros inferiores. Na decisão o magistrado se manifestou sobre as arguições do autor, do requerido, mas se
omitiu quanto a perícia. 
A partir disso, é possível indagar:
a) A decisão do juiz não foi devidamente fundamentada sob qual aspecto? 
b) Qual a motivação? 
Assista a esse vídeo
6. TEORIAS DA INTERPRETAÇÃO JURÍDICA
Existem três teorias diferentes da interpretação: 
OBS: o vocábulo “teoria” refere-se a um discurso sobre aquilo que é a interpretação; coisa diversa são as doutrinas sobre aquilo que deve ser a interpretação (sobre os métodos que os intérpretes devem adotar, às metas que devem perseguir).
TEORIA COGNITIVA
TEORIA CÉTICA
TEORIA INTERMEDIÁRIA
+
+
FONTE: https://core.ac.uk/download/pdf/211923181.pdf 
6.1. TEORIA COGNITIVA
A teoria cognitiva sustenta que a interpretação é uma atividade do tipo cognoscitivo: interpretar é averiguar (empiricamente) o significado objetivo dos textos normativos e/ou a intenção subjetiva de seus autores (os legisladores). Para esta teoria, os enunciados dos intérpretes são enunciados do discurso descritivo, portanto, pode-se deles averiguar a verdade ou a falsidade.
6.2. TEORIA CÉTICA
A teoria cética (ou valorativa) sustenta que a interpretação é atividade de valoração e de decisão, não de conhecimento. Baseia-se na idéia de que não existe o significado “próprio” das palavras, pois toda palavra pode ter ou o significado que lhe incorporou o emissor, ou aquele que lhe incorpora o usufrutuário, e a coincidência entre ambos não é garantida. Para essa teoria, um texto admite uma pluralidade de entendimentos, e as diversas interpretações dependem das diversas posturas valorativas dos intérpretes.
6.3. TEORIA INTERMEDIÁRIA
A terceira teoria, intermediária entre as duas anteriores, sustenta que a interpretação é, algumas vezes, atividade cognoscitiva, outras, atividade de decisão. A teoria, portanto, busca conciliar as outras duas. Essa teoria destaca que quase todos os textos normativos possuem uma
“trama aberta” (são dotados, pois, de indeterminação, de vagueza), formulados que são em linguagem natural, com termos classificatórios gerais. 
7. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE, PRECEDENTES COMO CRITÉRIO DE DECISÃO
A concepção tradicional, segundo a qual o juiz é um intérprete neutro, que aplica um direito preexistente, por meio da subsunção do fato à norma, tributária do formalismo jurídico, já não corresponde à compreensão corrente que os operadores do Direito têm da sua própria atividade. (BARROSO, DISPONÍVEL EM: file:///Users/samuelbaptistalessajunior/Downloads/1049-3967-1-PB.pdf
No Direito brasileiro, adotou-se o entendimento de que a norma inconstitucional é nula. A declaração de inconstitucionalidade tem, como regra, eficácia retroativa ou ex tunc, desconstituindo quaisquer efeitos eventualmente produzidos pela lei, de forma a restabelecer as partes ao estado anterior àquele em que se encontravam quando a norma foi produzida. O Direito brasileiro admite, contudo, o temperamento desse dogma à luz de situações concretas, em que se constate que a retroatividade plena pode gerar uma situação ainda mais danosa do que a permanência da norma inconstitucional
Constituem espécies desse gênero:
7.1. A interpretação conforme à Constituição; 
7.2. A declaração de inconstitucionalidade
parcial sem redução de texto; 
7.3. A declaração de inconstitucionalidade sem a pronúncia de nulidade e o apelo ao legislador; 
7.4. A declaração de lei ainda constitucional em trânsito para a inconstitucionalidade.
A declaração de constitucionalidade é a reafirmação, taxativa, da validade
presumida que a norma já possui. Pode resultar de uma Ação Declaratória de
Constitucionalidade procedente ou de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade
improcedente. Essa decisão garante a permanência da norma jurídica no
ordenamento e, por ter efeito vinculante, se torna um precedente obrigatório para
as instâncias inferiores ao STF no Poder Judiciário, bem como ao Poder Executivo,
sob pena de reclamação perante aquela máxima Corte (art. 28, parágrafo único,
da Lei n° 9.868/99, c/c art. 102, I, “l”, da CF/88). 
DECLARAÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE
A declaração de inconstitucionalidade, na doutrina e na jurisprudência dominantes no Brasil, equivale a uma censura de nulidade atribuída à norma ordinária que contraria a Constituição. Importa na exclusão da norma declarada nula que, na linguagem do STF, é “expulsa” do ordenamento jurídico. O tratamento análogo ao das nulidades é uma espécie de tradição nos julgados do STF, sendo recorrente a menção ao “dogma da nulidade do ato inconstitucional”. 
DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE
7.2. A interpretação conforme à Constituição
A interpretação conforme à Constituição é uma técnica de controle de constitucionalidade aplicável quando um comando normativo comporta mais de uma interpretação plausível. Tem o objetivo de compatibilizar o sentido da norma com a Constituição. Trata-se, de modo geral, da atribuição de um significado que não corresponde àquele mais obviamente decorrente do texto. 
O uso da técnica pode ser exemplificado pela decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal na ADIn 3684.
7.3. A declaração de inconstitucionalidade parcial sem redução de texto;
A declaração de inconstitucionalidade parcial sem redução de texto é a técnica utilizada quando a norma comporta mais de um sentido possível e o Tribunal declara a inconstitucionalidade de um deles. Nessa hipótese, o texto da norma não será afetado, mas um de seus significados será afastado, por violar a Constituição. Há uma evidente proximidade entre a interpretação conforme à Constituição e a inconstitucionalidade parcial sem redução de texto. Há quem as equipare, alegando que, na interpretação conforme, a afirmação, pelo Tribunal, de um determinado sentido que valida a norma implica descartar os demais.
7.4. A declaração de inconstitucionalidade sem a pronúncia de nulidade e o apelo ao legislador;
Em algumas circunstâncias, o STF reconheceu a constitucionalidade de determinados diplomas legais, enquanto subsistente a situação de fato que a justificava, mas sinalizou que, finda tal situação, a norma se tornaria inconstitucional supervenientemente. Um exemplo do uso dessa técnica está na decisão que apreciou a constitucionalidade do prazo em dobro conferido à Defensoria Pública em matéria penal. O Ministério Público argumentou, no caso, que tal prazo feria a igualdade e a paridade de armas que deveria ser observada quanto a todos os postulantes. A Corte esclareceu, contudo, que a Defensoria não estava, ainda, plenamente estruturada, tal como o Parquet, e que o prazo diferenciado se justificava para dar-lhe condições adequadas, em tal circunstância, para a defesa dos hipossuficientes. 
Trata-se de técnica de decisão conhecida, ainda, como declaração de inconstitucionalidade progressiva ou comosentença transitiva ou transacional.
7.5. A declaração de lei ainda constitucional em trânsito para a inconstitucionalidade
O sistema brasileiro de controle da constitucionalidade contempla algumas situações em que o reconhecimento da inconstitucionalidade não enseja uma declaração de nulidade. A primeira dessas situações envolve o reconhecimento da inconstitucionalidade no âmbito de uma ação direta interventiva. O reconhecimento da violação de princípio constitucional sensível constitui uma condição para que o Presidente da República possa decretar a intervenção federal, mas não implica a nulidade do ato, cuja desconstituição dependerá de atuação superveniente. Também no caso de declaração de inconstitucionalidade por omissão normativa total, não haverá declaração de nulidade, uma vez que o pronunciamento do Tribunal não incide sobre uma norma, mas sobre a ausência absoluta dela, não havendo, portanto, o que anular.
Essa foi a técnica de decisão utilizada pelo STF ao apreciar a inconstitucionalidade da lei que criou o Município de LuísEduardo Magalhães em desacordo com a Constituição.
PRECEDENTES COMO CRITÉRIO PARA A 
DECISÃO JUDICIAL 
As principais regras sobre a aplicação dos precedentes no sistema do common law giram em torno do que se chama de overruling e distinguishing. A técnica do distinguishing (distinção) permite ao juiz averiguar se o precedente pode ser utilizado no caso em análise, de modo a aproximá-lo dos elementos objetivos dos casos que serviram como precedente. Trata-se de um extenso trabalho de interpretação e argumentação, de modo a verificar-se se o precedente pode, ou não, ser aplicado ao caso concreto. Por outro lado, a técnica do overruling (superação) permite a atualização do precedente, substituindo-se o precedente ultrapassado ou equivocado por um novo precedente.
8. TÉCNICA DE DECISÃO JURISDICIONAL
Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.
8. TÉCNICA DE DECISÃO JURISDICIONAL
Art. 489.
§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
8. TÉCNICA DE DECISÃO JURISDICIONAL
ART. 489, 
§ 2º No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os critérios gerais da ponderação efetuada, enunciando as razões que autorizam a interferência na norma afastada e as premissas fáticas que fundamentam a conclusão.
§ 3º A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé.
 Art. 490. O juiz resolverá o mérito acolhendo ou rejeitando, no todo ou em parte, os pedidos formulados pelas partes.
8. TÉCNICA DE DECISÃO JURISDICIONAL
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional.
PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA, ADSTRIÇÃO, CORRELAÇÃO.
ART. 926 DO CPC 
 Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente.
§ 1º Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento interno, os tribunais editarão enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante.
§ 2º Ao editar enunciados de súmula, os tribunais devem ater-se às circunstâncias fáticas dos precedentes que motivaram sua criação.
ART. 927 DO CPC 
Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:
I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;
II - os enunciados de súmula vinculante;
III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos;
IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional;
V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados.
ART. 927 DO CPC 
§ 1º Os juízes e os tribunais observarão o disposto no art. 10 e no art. 489, § 1º , quando decidirem com fundamento neste artigo.
§ 2º A alteração de tese jurídica adotada em enunciado de súmula ou em julgamento de casos repetitivos poderá ser precedida de audiências públicas e da participação de pessoas, órgãos ou entidades que possam contribuir para a rediscussão da tese.
§ 3º Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daquela oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver modulação dos efeitos da alteração no interesse social e no da segurança jurídica.
§ 4º A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência pacificada ou de tese adotada em julgamento de casos repetitivos observará a necessidade de fundamentação adequada e específica, considerando os princípios da segurança jurídica, da proteção da confiança e da isonomia.
§ 5º Os tribunais darão publicidade a seus precedentes, organizando-os por questão jurídica decidida e divulgando-os, preferencialmente, na rede mundial de computadores.
ATIVIDADE VERIFICADORA DE APRENDIZAGEM
Estudo de caso
O Juiz da 2ª Vara Cível de Castanhal do Sudeste está acumulando funções da primeira Vara em função de licença saúde do outro magistrado. Cansado e com
muito trabalho em sua sentença ele para economizar tempo, cita meramente o dispositivo legal e o reproduz, de maneira singela. A parte sucumbente entre com
Recurso de Apelação, pedindo a nulidade da sentença por falta de fundamentação. Nesse caso: 
a) Assiste razão ao sucumbente? Por quê?
b) Qual caminho deveria ter tomado o magistrado em sua sentença, para que não houvesse a alegada carência na fundamentação?

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