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6a aula Tipos de Transtornos Dislexia

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TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM 
DISLEXIA 
 
Profa. Maria de Jesus 
PSICOPEDAGOGIA 
 
 
DISLEXIA O QUE É A DISLEXIA? 
 DEFINIÇÃO 
A dislexia é um transtorno de aprendizagem de origem neurobiológica (ou 
seja, que ocorre no cérebro, na coluna vertebral e nos nervos), e que tem como 
principal característica a dificuldade de ler e escrever. 
A palavra dislexia é derivada do grego "dis" (dificuldade) e "lexia" 
(linguagem), sendo definida como uma falta de habilidade na linguagem que se 
reflete na leitura (Associação Nacional de Dislexia, 2005; Ianhez, 2002). 
Entretanto, ela não é causada por uma baixa de inteligência. O que ocorre é 
uma lacuna inesperada entre a habilidade de aprendizagem e o sucesso escolar, 
sendo que o problema não é comportamental, psicológico, de motivação ou 
social (Associação Nacional de Dislexia, 2005). 
 
 
A dislexia não é uma doença, é um funcionamento peculiar do cérebro 
para o processamento da linguagem. De fato, pesquisas atuais, obtidas através 
de exames por imagens do cérebro, sugerem que os disléxicos processam as 
informações de um modo diferente, tornando-as pessoas únicas; cada uma 
com suas características, habilidades e inabilidades próprias (Associação 
Nacional de Dislexia, 2005). 
 
 O termo dislexia é usado como significado de dificuldade específica de 
leitura, pertencendo, portanto, à tipologia das Dificuldades de Aprendizagem – 
DA, uma categoria específica de Necessidades Educativas Especiais – NEE. 
Este grupo de alunos, embora não beneficiando de adequações 
curriculares significativas, consubstanciadas em currículos alternativos ou 
Pode ser compreendida como uma 
grande dificuldade em aprender a ler e a 
escrever, fazendo com que a criança não 
consiga relacionar os sons da fala com a 
grafia da escrita, realize troca de letras que 
possuem aspectos espaciais semelhantes 
como o p, b, q e d. 
 
 
próprios, tem direito a adequações curriculares que não prejudiquem o 
cumprimento dos objetivos gerais do Ciclo, ou seja, adaptações que seguem o 
currículo normal e não podem pôr em causa as medidas do regime educativo 
comum. 
 Tais adequações são introduzidas no Projeto Curricular de Turma com 
o objetivo do professor/professores da turma adequarem as suas práticas à 
realidade da turma que lhes é atribuída e, na medida em que o sucesso só pode 
ser levado a bom termo desde que sejam introduzidas no sistema as 
modificações apropriadas, proporcionarem um atendimento adequado a todos 
os alunos no ambiente da escola regular.( ORIENTAÇÃO PSICOLÓGICA). 
Também é muito comum que invertam letras nas palavras ou palavras 
nas frases, ou ainda aglutinem palavras ou separem as sílabas de forma 
inadequada quando escrevem (IANHEZ & NICO, 2002; ALVES, MOUSINHO & 
CAPELLINI, 2011). 
Etiologias 
As causas da dislexia são neurobiológicas e genéticas (Gorman, 2003; 
Pennington, 1997), sendo também encontrados estudos que descrevem 
fatores ambientais como causa da dislexia (Pennington, 1997). As evidências 
atuais apóiam a perspectiva de que a dislexia é familial (cerca de 35% a 40% dos 
parentes de primeiro grau são afetados), herdada (com uma hereditariedade 
de cerca de 50%), heterogênea em seu modo de transmissão (como evidencia 
tanto a forma poligênica como a de gene predominante responsável pelo 
distúrbio) e ligada em algumas famílias a marcadores genéticos no cromossomo 
15 e possivelmente para outras famílias a marcadores genéticos do 
cromossomo 6 (Pennington, 1997). 
 Os fatores ambientais são poucos conhecidos das causas da dislexia. As 
complicações perinatais apresentam uma associação fraca, não-específica, com 
problemas posteriores de leitura (Accordo, 1980 apud Pennington, 1997). 
Alguns autores postulam que insultos ambientais infecciosos ou tóxicos 
também poderão ter aqui um papel (Schulman & Leviton, 1978 apud 
Pennington, 1997). Além disso, considera-se o tamanho da família e o nível 
socioeconômico das mesmas. Algumas famílias com nível socioeconômico 
 
baixo lêem menos para seus filhos e fazem poucos jogos de linguagem com 
eles, a falta dessas experiências pré-escolares parece retardar o 
desenvolvimento de habilidades posteriores de leitura (Pennington, 1997). 
 
 
É por volta dos 3 a 6 meses que se começam a desenvolver capacidades 
singulares mas também a problemática da dislexia, daí a importância dos pais 
em todo o processo de desenvolvimento sadio da criança. No entanto, só com 
a persistência no erro, ao nível da leitura e da ortografia, sobretudo ao longo 
dos três primeiros anos de escolaridade (6 a 8 anos de idade), permitem um 
diagnóstico que, por sua vez, possibilita a planificação de estratégias e 
actividades para ajudar a criança a superar as suas dificuldades de leitura. 
 
História 
 A maioria dos disléxicos não apresenta eventos de alto risco em suas 
histórias pré-natal ou perinatal, nem apresenta atrasos nítidos nos aspectos 
fundamentais do desenvolvimento inicial, embora possam estar presentes, em 
algumas histórias, leves problemas articulatórios e de retardo na fala. Há três 
aspectos da história que são particularmente informativos – história da família 
(levantar a historia de leitura, soletração e problemas correlatos de linguagem 
entre parentes de primeiro e segundo graus do paciente), história acadêmica 
(problemas para aprender o alfabeto, nome das letras ou outras habilidades de 
pré-leitura) e história de leitura e linguagem (Pennington, 1997). 
 
Apresentação dos sintomas 
Quando e Como se Revela a Dislexia? 
 
A dificuldade em aprender a ler e a 
escrever associa-se habitualmente a um início 
tardio do desenvolvimento da linguagem ao nível 
fonológico, articulatório e de fluidez, com uma 
lenta progressão em tarefas iniciais de leitura e de 
soletração, mas também com problemas de 
linguagem manifestos, tanto na leitura como na 
escrita. 
 
 Os sintomas-chave na dislexia são dificuldades para ler e soletrar, 
freqüentemente com desempenho em matemática relativamente melhor. 
Como algumas crianças disléxicas gostam de ler ou têm boa compreensão de 
leitura, é importante verificar especificamente a leitura em voz alta e a 
aprendizagem fônica. Pais e professores poderão relatar ritmos lentos de 
leitura ou de escrita, inversão de letras e números, problemas na memorização 
dos fatos matemáticos básicos e erros incomuns em leitura e soletração . 
 O mais importante é que a indicação inicial pode ocorrer não pelos 
sintomas cognitivos, mas pelos físicos ou emocionais, tais como ansiedade ou 
depressão, relutância em ir à escola, dores de cabeça e problemas estomacais. 
É importante verificar se esses sintomas ocorrem sempre ou só nos dias 
escolares. Mesmo que ocorram sempre, a causa principal pode ser a dislexia 
devido a fracassos (ou medo do fracasso) decorrentes da experiência disléxica 
(Pennington, 1997). 
Observações do comportamento 
 As observações importantes de comportamentos ligam-se aos seguintes erros 
(Pennington, 1997): 
 Erros de palavras funcionais: são substituições de palavras “pequenas”, 
tais como artigos e preposições. Freqüentemente, os disléxicos trocam 
“um” e “o” e lêem erradamente as preposições; 
 Erros visuais: são substituições nas palavras de conteúdo baseadas numa 
similaridade visual superficial com a palavra-alvo (exemplo: “carro” por 
“cano”). A significância destes erros está em que a criança está usando a 
similaridade visual no lugar do código fonológico completo para nomear 
a palavra e, novamente, estes erros são reflexos de problemas 
fonológicos; 
 Erros de lexicalização: se referem a trocas de uma não-palavra por uma 
palavra real, usualmente com uma forma visual similar (“bom” em lugar 
de “bim”). A significância destes erros é essencialmente a mesma dos 
erros visuais; 
 Erros de soletração: são os erros de acréscimos, omissões ou 
substituições de consoantes (“exetivo” por “executivo”). Os disléxicossão mais fracos também na soletração de vogais. Como regra geral, uma 
taxa de precisão fonoaudiológica para seqüências consonantais inferior 
a 60% em crianças e a 70% em adolescentes e adultos são considerados 
disléxicos; 
 
 Erros de inversão de leitura e na soletração: são substituições de uma 
letra por outra praticamente similar na leitura ou soletração (“bote” ou 
“dote”). Esses erros envolvem mais tipicamente as confusões entre b/d 
(Vellutino, 1979). 
 
SINAIS REVELADORES DE DISLEXIA 
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
 
- Aluno aparentemente brilhante, inteligência superior à média, exprime-se 
bem na oralidade, mas é incapaz de ler, de escrever ao nível do seu ano; 
 
- Conhecido como preguiçoso, pouco cuidadoso, imaturo, “falta de trabalho” 
ou “problemas de comportamento”; 
 
- As suas dificuldades não são suficientes para lhe ser implementado um 
currículo próprio ou alternativo; 
 
- Bom QI mas tem níveis negativos nas avaliações. Tem mais facilidade na 
oralidade do que na escrita; 
 
- Julga-se incapaz. Fraca auto-estima. Dissimula as suas fraquezas graças a 
estratégias de compensação engenhosas; 
 
- Nível de frustração e de stress elevado face a leitura e testes; 
 
- Dotado para as artes, o teatro, a música, o desporto, os negócios, o design, a 
construção ou as profissões ligadas às engenharias; 
 
- Dispersa-se muitas vezes no mundo dos sonhos. Perde-se com facilidade e 
não tem noção do tempo que passa; 
 
- Tem dificuldades em estar atento. Pode parecer hiperactivo ou ausente; 
 
 
- Aprende mais facilmente através da manipulação, das demonstrações, da 
experimentação, da observação e dos suportes visuais. 
 
A dislexia pode ser de três tipos: 
Visual: A dislexia do tipo visual tem como principal característica dificuldades 
na percepção e discriminação devido a um possível déficit nas magno células 
da visão (SHAYWITZ, 2006). 
Ao Nível da Visão, Leitura e Ortografia 
 
- Queixa-se de vertigens, de dor de cabeça ou de barriga quando lê; 
- Desorientado pelas letras, os números, as palavras, as sequências ou as 
explicações orais; 
 
- Quando lê ou escreve, faz omissões, substituições, repetições, adições, 
transposições e inversões de letras, de números e/ou de palavras; 
 
- Queixa-se de sentir ou ver movimentos não existentes quando lê ou escreve; 
 
- Dá a impressão de ter problemas de visão não confirmados ; 
 
- Excelente visão e muito observador ou então falta de visão binocular ou 
periférica; 
- Lê e relê, tendo dificuldade em compreender. 
 
Auditiva: A dislexia do tipo auditiva tem como principal característica a 
dificuldade em relacionar o som (fonema) com o símbolo (grafema) e tem 
como causa um possível déficit no processamento fonológico ou no 
processamento auditivo central. 
Ao Nível da Audição e Linguagem 
- Hipersensibilidade auditiva. Ouve coisas que não foram ditas ou não 
perceptíveis pelos outros. Distrai-se facilmente com barulho; 
 
- Dificuldade em formular o seu pensamento. Exprime-se com frases 
telegráficas. 
Não termina as suas frases, gagueja quando está sob pressão; 
 
 
- Tem dificuldade em pronunciar as palavras complexas, mistura as frases, as 
palavras e as sílabas quando fala. 
 Mista: a dislexia mista apresenta características do tipo visual e do tipo 
auditivo ao mesmo tempo, fazendo com que o trabalho pedagógico ou 
psicológico ora se apoie em recursos visuais, ora em recursos auditivos 
(IANHEZ & NICO, 2003; JARDINI, 2003; SHAYWITZ, 2006). 
 
Ao Nível da Matemática e da Gestão do Tempo 
 
- Tem dificuldade em ler as horas, em gerir o seu tempo, em integrar a 
informação ou as tarefas com sequências e em chegar a horas; 
- Para contar necessita dos seus dedos ou de outros “acessórios”. Conhece a 
resposta mas não sabe apresentá-la por escrito; 
- Sabe contar mas tem dificuldade em contar objectos e em contar dinheiro; 
- É bom na aritmética mas com dificuldade na resolução de problemas. 
Bloqueia ao nível da álgebra e ao nível da matemática a níveis superiores. 
 
Ao Nível da Memória e Cognição 
- Excelente memória a longo prazo para as experiências pessoais, os lugares e 
os rostos; 
- Memória fraca para as sequências, os factos e as informações que não foram 
experimentadas pessoalmente; 
- Pensa essencialmente através de imagens e não em sons nem palavras 
(pouco diálogo interno). 
 
Ao Nível do Comportamento, Saúde, Desenvolvimento e Personalidade 
 
- Extremamente desarrumado ou então maníaco da ordem; 
- Tanto pode ser o bobo da sala, o causador da desordem, como pode ser 
demasiado discreto; 
- Foi precoce ou, pelo contrário, atrasado nas etapas do seu desenvolvimento 
(andar de gatas, andar, falar…); 
- Sujeito a otites e a alergias; 
- Pode ser um dorminhoco ou, pelo contrário, ter o sono leve. Enuresia; 
- Um sentido elevado de justiça. Muito sensível, perfeccionista; 
 
- Os erros e os sintomas aumentam de forma significativa sob o efeito da 
pressão de incerteza, do tempo, do stress e do cansaço. 
DIAGNÓSTICO 
É importante para o clínico ser sensível a respeito de como tal distúrbio 
se manifestam em termos de comportamento da criança, sintomatologia, 
história e resultados em testes (Pennington, 1997). 
Nico (2005) recomenda que o diagnóstico seja feito por uma equipe 
multidisciplinar, não somente para se obter o diagnóstico de dislexia, mas para 
se determinarem, ou eliminarem, fatores coexistentes de importância para o 
tratamento. Além disso, o diagnóstico deve ser significativo para os pais e 
educadores, assim como para a criança. Ou seja, simplesmente encontrar um 
rótulo não deve ser o objetivo da avaliação, mas tentar estabelecer um 
prognóstico e encontrar elementos significativos para o programa de 
reeducação. É de grande importância que sejam obtidas informações sobre o 
potencial da criança, bem como sobre suas características psiconeurológicas, 
sua performance e o repertório já adquirido. Informações sobre métodos de 
ensino pelos quais a criança foi submetida também são de grande significação. 
Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnóstico 
multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, não confirmam a 
dislexia. E não pára por aí, os mesmos sintomas podem indicar outras situações, 
como lesões, síndromes e etc. 
Então, como diagnosticar a dislexia? 
Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, 
que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve se procurar 
ajuda especializada. 
Uma equipe multidisciplinar, formada por Psicólogos, Fonoaudiólogos e 
Psicopedagogos, neurologista devem iniciar uma minuciosa investigação. Essa 
mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de 
avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como 
Neurologista, Oftalmologista e outros, conforme o caso. 
A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de 
confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de 
AVALIAÇÃO MULTIDISCIPLINAR e de EXCLUSÃO. 
 
Outros fatores deverão ser descartados, como déficit intelectual, disfunções ou 
deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais (congênitas e adquiridas), 
desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar (com constantes 
fracassos escolares o disléxico irá apresentar prejuízos emocionais, mas estes 
são conseqüências, não causa da dislexia). 
 
Neste processo ainda é muito importante: 
 
Tomar o parecer da escola, dos pais e levantar o histórico familiar e de evolução 
do paciente. 
 
Essa avaliação não só identifica as causas das dificuldades apresentadas, assim 
como permite um encaminhamento adequado a cada caso, por meio de um 
relatório por escrito. 
 
Sendo diagnosticada a dislexia, o encaminhamento orienta o acompanhamento 
consoante às particularidades de cada caso, o que permite que este seja mais 
eficaz e mais proveitoso, pois o profissional que assumiro caso não precisará 
de um tempo, para identificação do problema, bem como terá ainda acesso a 
pareceres importantes. 
 
Conhecendo as causas das dificuldades, o potencial e as individualidades do 
indivíduo, o profissional pode utilizar a linha que achar mais conveniente. 
 
Os resultados irão aparecer de forma consistente e progressiva. Ao contrário 
do que muitos pensam, o disléxico sempre contorna suas dificuldades, 
encontrando seu caminho. Ele responde bem a situações que possam ser 
associadas a vivências concretas e aos múltiplos sentidos. O disléxico também 
tem sua própria lógica, sendo muito importante o bom entrosamento entre 
profissional e paciente. 
 
Outro passo importante a ser dado é definir um programa em etapas e somente 
passar para a seguinte após confirmar que a anterior foi devidamente 
absorvida, sempre retomando as etapas anteriores. Ë o que chamamos de 
sistema MULTISSENSORIAL e CUMULATIVO. 
Também é de extrema importância haver uma boa troca de informações, 
experiências e até sintonia dos procedimentos executados, entre profissional, 
escola e família. 
 
 
Lembre-se que a ABD é seu ponto de apoio. 
 
Tratamento Psicopedagógico 
De acordo com Gonçalves (2005), grande parte da intervenção psicopedagógica 
estará em buscar os talentos do disléxico, afinal os fracassos, sem dúvida, ele 
já os conhece bem. Outra tarefa da clínica psicopedagógica é ajudar essa pessoa 
a descobrir modos compensatórios de aprender. Jogos, leituras 
compartilhadas, atividades específicas para desenvolver a escrita e habilidades 
de memória e atenção fazem parte do processo de intervenção. À medida que 
o disléxico se percebe capaz de produzir poderá avançar no seu processo de 
aprendizagem e iniciar o resgate de sua auto-estima. 
Além disso, cabe destacar a importância dos professores compreenderem o 
problema da criança disléxica para que não seja taxada de “preguiçosa” ou 
“estúpidas”, e da participação dos pais como defensores, facilitadores de 
intervenções apropriadas e fonte de apoio emocional. É importante que os pais 
forneçam experiências de êxito a seus filhos e monitorem os problemas 
psicológicos secundários (Pennington, 1997). 
 
PLANO DE ESTUDOS PARA CASA 
1. Desligar a TV e lavar o rosto. 
 2. Ir para a mesa de estudos, no quarto. 
3. Separar o material para a lição de casa. 
 4. Colocar o alarme para descanso a cada 15 minutos: respirar calmamente por 
30 segundos e voltar às atividades. 
5. Ao terminar cada bloco de atividades, peça à mamãe para corrigi-lo com 
você. 
6. Ao final de cada bloco, se você se dedicar, ganhará um adesivo! 
7. Ao terminar, guarde o material e peça ajuda à mamãe para preparar a 
mochila do dia seguinte. 
Psicólogo e deslexia 
Na medida do possível, os PROFESSORES podem tomar algumas providências 
que auxiliam estudantes com dislexia, como: 
 
• C o n s t r u i r e n u t r i r s u a autoconfiança: garanta que as tarefas sejam 
adequadas ao nível de habilidade da criança. 
• Sentar o aluno perto do professor. 
• Ensinar individualmente ou em pequenos grupos, sempre que possível. 
• Descobrir como o aluno aprende melhor. • Incentivar o aluno a repetir as 
instruções dadas (incentivar autoinstrução). 
• Usar uma a b o r d a g e m multissensorial estruturada para alfabetização e 
leitura. 
• O método fônico é um grande aliado no ensino da leitura para todas as 
crianças. 
• Diferenciar o material e a abordagem didática: 
 Dar mais tempo para a realização das tarefas. 
 Não pedir ao aluno que leia em voz alta na frente de muitos colegas. 
 Evite listas longas de palavras para aprender a cada semana. 
 Não exija que consiga copiar muitos exercícios da lousa. 
 E v i t e l u g a r e s m a i s barulhentos ou cheios de distrações. 
 • Fornecer planilhas claras com menos escrita e mais diagramas e figuras. 
 • Concentrar-se no conteúdo e não na apresentação das respostas do aluno 
(por exemplo, valorizar respostas orais). • Incentivar a repetição exaustiva de 
conteúdos recentemente aprendidos, dando oportunidade para muita prática 
e sempre recompensando o aluno por seu esforço. 
 •Procure recompensar e incentivar sempre que possível, incluindo incentivos 
concretos associados ao elogio (por exemplo, adesivos, balas, etc.). 
•N ã o c o r r i g i r o s e r r o s excessivamente, e sim valorizar, sempre que 
possível, as respostas corretas. 
•Esperar var iabilidade no desempenho do aluno; 
Aprendendo a ler! 
Comece pelas palavras mais comuns do dia a dia da criança. 
 • Comece por uma história bem conhecida e apropriada para a idade da 
criança. Historinhas ilustradas, gibis, revistas com atividades artilha de 
Aprendizagem Dislexia 
• Trabalhe até seis palavras por vez, no máximo. 
 
 • Nas primeiras vezes, leia primeiro as palavras para a criança e depois peça a 
ela para repetir 
. • Fale sobre a forma das palavras, seu tamanho e a exata sequência das letras. 
 “gato”: essa palavra tem quatro letras, tem uma letra com “cauda” no início, 
depois tem uma letra redonda com perninha, uma letra alta e uma letra 
redonda no final. 
• Você pode escrever as palavras em cartões e pedir para a criança ler. Se ela 
acertar a palavra de primeira, coloque-a num envelope, mas, se ela errar, leia 
em voz alta e coloque-a de novo na pilha de cartões para que ela tenha a 
oportunidade de vê-la novamente. 
 • Revise as palavras até que a criança realmente as conheça, de modo 
automático. podem ser motivadoras. Leia com a criança, apontando cada 
palavra à medida que segue a leitura; ao se deparar com uma palavra que você 
acha que a criança conhece, incentive-a a ler em voz alta. 
 Ensine sua criança com jogos. Os jogos que incentivam a velocidade, além de 
serem coloridos e didáticos, são interessantes na visão da criança (ela tem que 
achar divertido!) e são ótimas ferramentas. Quando você estiver escutando a 
criança lendo: 
• Leitura correta: quando a criança ler corretamente, elogie-a e descreva para 
ela exatamente o que acertou! 
• Leitura difícil, mas em progresso: quando a criança tiver problemas com uma 
palavra, permita que tente um pouco mais sozinha (por uns cinco segundos) e 
dê dicas para que ela chegue à palavra correta (fale sobre a forma, o tamanho 
ou sobre outras dicas que foram dadas nos exercícios anteriores com aquela 
palavra). 
• Leitura incorreta: Se a criança ler errado, pare a leitura e ajude-a a entender 
o que está errando. Diga: “Você leu bonca... Isto faz sentido para você? Veja, 
faltou uma letra no meio da palavra, uma vogal com o som aberto... leia, a 
palavra é? Boneca! Muito bem! Tente novamente.” Se ela continuar errando, 
por exemplo, duas vezes seguidas, apenas a incentive a continuar lendo. 
 • Incentive cada peq ueno avanço e deixe claro como a criança se esforçou. Ao 
elogiar, seja específico e descreva ao máximo como a criança fez para acertar 
cada palavra. O objetivo é incentivar a 
Quando a criança ler corretamente, elogie-a e descreva para ela exatamente 
o que acertou! 
 
Incentive cada pequeno avanço e deixe claro como a criança se esforçou. O 
objetivo é incentivar a criança e não apontar seus erros. 
 
Adultos 
Se não teve um acompanhamento adequado na fase escolar ou pré-escolar, o 
adulto disléxico ainda apresentará dificuldades; 
Continuada dificuldade na leitura e escrita; 
Memória imediata prejudicada; 
Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua; 
Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia); 
Dificuldade com direita e esquerda; 
Dificuldade em organização; 
Aspectos afetivos emocionais prejudicados, trazendo como conseqüência: 
depressão, ansiedade, baixa auto estima e algumas vezes o ingresso para as 
drogas e o álcool. 
Embora os disléxicos tenham grandes dificuldades para aprender a ler, 
escrever e soletrar, suas dificuldades não implicam em falta de sucesso no 
futuro, haja vista o grande número de pessoas disléxicas que obtiveram 
sucesso,entre elas: 
 Thomas Edison (inventor), 
 Tom Cruise (ator), 
 Walt Disney (fundador dos personagens e estúdios Disney) , 
 Agatha Christie (autora) (Estill, 2005; Gorman, 2003). 
De fato, alguns pesquisadores acreditam que pessoas disléxicas têm até 
uma maior probabilidade de serem bem sucedidas; acredita-se que a batalha 
inicial de disléxicos para aprender de maneira convencional estimula sua 
criatividade e desenvolve uma habilidade para lidar melhor com problemas e 
com o stress (Gorman, 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
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http://www.andislexia.org.br/hdl6_12.asp . Acesso realizado em 20/09/2021 
Correia, L. M. & Martins, A. P. Dificuldade de Aprendizagem: que são? Como 
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http://www.educare.pt/BibliotecaDigitalPE/Dificuldades_de_aprendizagem.p
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Estill, C. A. DISLEXIA, as muitas faces de um problema de linguagem. Em: 
http://www.andislexia.org.br/hdl12_1.asp . Acesso realizado em 20/09/2021 
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http://www.andislexia.org.br/hdl12_1.asp . Acesso realizado em 20/09/2021 
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Doença Bipolar e outras–Um guia essencial para pais, professores e 
outros profissionais.” Porto: Porto Editora (2011). 
 
Loureiro, Natália Isabel V., et al. “Tourette: por dentro da 
síndrome.” Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo) 32.4 (2005): 
218-230. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assistir o filme: “Somos todos diferentes.” Valor 1,5 
E responder as questões abaixo para entregar dia 07/10/21 
ANÁLISE SOBRE O FILME “SOMOS TODOS DIFERENTES” 
QUESTÃO 1 – Do que se trata o filme? 
QUESTÃO 2 – Qual o transtorno apresentado pelo garoto Ishan? 
 QUESTÃO 3 – Quais são as características do problema ano Ishan? 
(Como o garoto se comporta). 
QUESTÃO 4 – Segundo o DSM V, como ele descreve esse transtorno?. 
QUESTÃO 5 – De acordo com as aulas, como avaliar e diagnosticar o problema 
de aprendizagem do aluno. 
QUESTÃO 6 – Qual a origem do problema de Ishan? 
 QUESTÃO 7 – Analise o comportamento da família e da escola e dê a 
sua opinião; como é com o Ishan e como deveria ser. 
 
Filme: SOMOS TODOS DIFERENTES 
https://www.youtube.com/watch?v=fK09tpyvEr4 
https://www.youtube.com/watch?v=fK09tpyvEr4
 
a) Dos pais 
b) Da escola 
 
 
Entregar dia 09/10 
Obs: Não será aceito plágio.

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