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Sinais e sintomas dos distúrbios funcionais associados à nutrição
Transtornos neurocomportamentais
· Os sinais e sintomas desses transtornos são cefaleia e enxaqueca, alteração do sono e/ou humor, insônia, hiperatividade física e/ou mental, falta de concentração, ansiedade e/ou depressão, comportamento antissocial, fadigas inexplicáveis e Transtornos do Espectro Autista – TEA.
Possíveis causas nutricionais 
· Hipersensibilidade alimentar tardia: É uma sensibilidade aumentada do sistema imunológico que pode se desencadear até 8 horas após a exposição ao alimento. Alguns alimentos comuns a essa manifestação são os laticínios, glúten (trigo, cevada e centeio), soja, amendoim, açúcares, oleaginosas e frutas secas (devido a contaminação por fungos), aditivos químicos (glutamato, aspartame, sacarina e ciclamato), excesso de cafeína e álcool (excesso de álcool expolia agudamente zingo, vitaminas do complexo B e cronicamente o magnésio) e frutas cítricas como a laranja, tangerina e limão (fontes de aminas biogênicas).
· Disfunção mitocondrial: Pode ser desencadeada por deficiência de micronutrientes necessários para a função mitocondrial, como a ubiquinona (ou Coenzima Q10), que participa da produção de energia e é antioxidante, e a vitamina B2 e ferro. Além disso, pode ser desencadeada por inflamação e estresse oxidativo, ou pela histamina que pode ser produzida em excesso pelo corpo.
· Deficiências nutricionais: O magnésio é importantíssimo para o organismo, sua falta pode causar prejuízos e levar a transtornos neurodegenerativos. 
· Falta de hidratação adequada: Pode interferir na oxigenação do cérebro e na eliminação eficiente de toxinas. 
· Erros o comportamento alimentar: O jejum prolongado pode provocar gerar enxaqueca devido à falta de glicose no cérebro, comer depressa, dietas restritivas em grupos alimentares ou energia, ingerir líquidos com as refeições e/ou logo após pode interferir na absorção, consumo regular de carboidratos refinados e ultra processados, baixo consumo de frutas, hortaliças, cereais integrais e leguminosas. 
Distúrbios do sono
· Sinais e sintomas: Insônia, sono agitado, suor noturno, pesadelo, sonolência diurna e após o almoço, dificuldade de acordar, acordar irritado, mal-humorado e enjoado ou com dor de cabeça. 
· O sono é regulado pela melatonina, que é o hormônio do sono, e pelo GH, que é o hormônio do crescimento. A melatonina é sintetizada a partir do aminoácido triptofano e derivados da serotonina. 
· O sono inadequado deixa o indivíduo mais vulnerável a problemas patológicos, como obesidade e diabetes tipo II. Isso porque a melatonina regula a ingestão alimentar, a secreção de insulina, glucagon e cortisol e tem ação antioxidante. Além disso, pode comprometer a memória, o aprendizado e reduzir a massa magra devido o comprometimento da liberação do GH (é liberado enquanto dormimos).
Possíveis causas nutricionais 
· Disbiose: Nesse caso, o triptofano é desviado para outras refeições e interfere na produção de melatonina, além de produzir substância que podem agir diretamente no SNC. 
· Desequilíbrio nutricional: Além do triptofano que vem da nossa alimentação, o corpo é capaz de sintetizá-lo, para isso, é preciso que seja ingerida vitamina C e ácido fólico. Ainda, o magnésio, triptofano e vitamina B2 e B3 são utilizados para a formação de serotonina. 
· Hipersensibilidades alimentares tardias: Além de estar associada aos transtornos neurodegenerativos, também está associada a distúrbio do sono.
Distúrbios da tireoide
· Sinais e sintomas do hipertireoidismo: Aumento da sensação de calor e na transpiração, ansiedade, agitação (física e mental), alterações de humor, irritação, insônia, sintomas relacionados a síndrome do pânico, taquicardia e palpitações, desconforto intestinal e diarreia, tremores nas mãos e pernas, emagrecimento espontâneo, cansaço e fraqueza muscular, olhos salientes e saltados, menstruação irregular e infertilidade, queda de cabelo, alguns casos urticária, bócio no pescoço. 
· Sinais e sintomas do hipotireoidismo: Mãos e pés frios, maior sensação de frio, queda de cabelo, unhas frágeis e quebradiças, estrias nas unhas e pele ressecada, dificuldade em perder peso, dislipidemias, dificuldade de concentração, depressão, alteração da memória, humor, fadiga, sonolência diurna e sono alterado, sintomas relacionados a fibromialgia, constipação, distúrbios gastroesofágicos, sintomas relacionados a síndrome do intestino irritável, irregularidades hormonais, menstruação irregular, infertilidade, bradicardia e quando a causa for falta de iodo há presença de bócio no pescoço.
· Muitos desequilíbrios da tireoide são causados por deficiências nutricionais de zinco, ferro, selênio, manganês e iodo, disbiose intestinal e aumento da permeabilidade intestinal, distúrbios da destoxificação, dificuldade a eliminação de xenobióticos, erros no comportamento alimentar que desequilibram o metabolismo, levando a excesso e carências nutricionais.
Resistência à insulina
· Sinais e sintomas: Aumento da gordura abdominal, aumento do peso, dislipidemias (aumento de colesterol total, LDL, triglicerídeos e redução do HDL), aumento do ácido úrico, retenção de sódio (hipertensão e inchaço), esteatose hepática, aumento da excreção de cálcio, pele oleosa no rosto, peito e costas, desenvolvimento de acantose nigricans, Melasma, acnes e espinhas, ovário policístico, miomas, desregulação da menstruação, aumento dos sintomas da TPM ou menopausa, infertilidade primária ou secundária. 
Acantose nigricans
Possíveis causas nutricionais 
· Qualidade ruim da alimentação: Alta ingestão de CHO refinados, aditivos químicos, excesso de gordura, baixo consumo de frutas, verduras, legumes, cereais integrais e leguminosas.
· Erros no comportamento alimentar: Longos períodos sem alimentação, comer rápido, pouca mastigação, comer estressado, apressado ou nervoso, substituir jantar por lanches fast-food. 
· Queda de serotonina: Age evitando ansiedade e promove a saciedade, além de controlar a vontade de consumir CHO simples. Sua queda pode ser devido a deficiência de cromo, magnésio, queda de triptofano, ferro e das vitaminas B6, B9, B12 e C. 
· Hipersensibilidade alimentar tardia: Quando causada por consumo de laticínios pode promover resistência à insulina porque as proteínas do leite são insulinogênicas. Já quando a causa é o glúten e a soja, ativam o sistema imunológico e promovem a inflamação crônica, inativando os receptores insulínicos. 
· Estresse aumentado: Aumenta o cortisol, desequilibrando a regulação endócrina e aumentando o risco de resistência à insulina, afeta a translocação do GLUT-4 para a membrana plasmática, promove aumento da gordura abdominal, e aumento do consumo de alimentos energéticos. 
· Disbiose: Aumenta a permeabilidade intestinal, promovendo a má absorção e levando a carências de micronutrientes.
· Deficiência ou insuficiência de ômega 3: Uma das suas funções é anti-inflamatória, sua deficiência favorece a inflamação.
Alterações estruturais
· Escamações e coceira na cabeça, atrás da orelha, sobrancelha, nariz, boca, mãos, pés, bolinhas nos braços e pernas e calcanhar rachado, podem ter como possível causa nutricional a disbiose de prevalência fúngica, que resulta em má absorção de micronutrientes, sendo eles a vitamina A, do complexo B, vitamina C e biotina, além do silício, cobre, manganês, zingo e ferro. 
· A alopecia parcial ou total também pode ser ocasionada pela disbiose de prevalência fúngica devido essa má absorção de micronutrientes que são essenciais para o fortalecimento do cabelo. Além disso, a queda de cabelo pode estar associada a hipersensibilidade tardia ao glúten, doença celíaca ou má funcionamento da tireoide. 
· Nos casos de pele oleosa do rosto, peito e costas, cabelo oleoso, acnes e espinhas, pode ter associação com a resistência à insulina, mulheres com ovário policístico, hipersensibilidade tardio ao leite e/ou glúten, disbiose intestinal e deficiência de micronutrientes.
· As manchas brancas nas unhas, quando em pessoas que não tem costume depassar esmaltes, estão frequentemente associadas à deficiência de zinco e selênio. 
Alterações na boca
· É comum queixas de boca amarga e seca, nutricionalmente, pode ter relação com a hipersensibilidade alimentar tardia, com a ingestão de aditivos químicos como glutamato monossódico e aspartame (tem sabor residual amargo), é também um sinal de desidratação e pode ter relação com distúrbios de destoxificação. 
· As rachaduras nos lábios podem ser ocasionadas por deficiência de vitaminas do complexo B, em especial a riboflavina (B2).
· O mau hálito, também chamado de halitose, também pode estar associado a disbiose porque, nesses casos, ocorre fermentação de subprodutos por bactérias e fungos, com isso, é formada uma placa esbranguiçada na língua (saburra lingual). A hipersensibilidade tardia aos laticínios ou ao glúten também podem provocar halitose, e os diabéticos que têm alteração do metabolismo energético, formando corpos cetônicos no metabolismo lipídico.
· A xerostomia, ou boca seca, também pode ser provocada pela disbiose, por deficiência de micronutrientes (vitaminas do complexo B, A, zinco e ferro), hipersensibilidade alimentar tardia, má digestão por hipocloridria (redução da produção de HCl) ou acloridria (não produção de HCl) e por falta de hidratação. Medicamentos inibidores da bomba de próton (“prazóis”), deficiência de micronutrientes importantes para produção do HCl e até mesmo o envelhecimento podem causar hipocloridria ou acloridria. 
· Existem 4 definições que o indivíduo pode apresentar de alterações no paladar: hipogeusia (diminuição do paladar), ageusia (perda completa do paladar), disgeusia (paladar excessivo metálico ou amargo, salgado e doce) e parageusia (sabor errado dos alimentos). Quando não relacionado com patologias, essas alterações podem ser originadas por deficiência de zinco, vitamina A, do complexo B, uso de aditivos químicos e por hipersensibilidades alimentares tardias. 
Distúrbios funcionais gastroesofágicos
· Sinais e sintomas: Azia e queimação, tosse, que piora após as refeições e rouquidão, pigarro, estase com piora a noite (sensação de comida parada), inflamação da garganta, dor e incomodo no esôfago, gosto ruim na boca, refluxo, feridas e aftas na boca, inchaço abdominal, aumento na formação de gases, dor e incômodo no estômago, eructação, náuseas e vômitos.
· O fato de se alimentar depressa, nervoso, ansioso ou agitado aumenta a liberação de adrenalina, que está relacionada com luta ou fuga. Quando isso acontece, o fluxo sanguíneo que seria direcionado para o trato gastrointestinal é mandado para as extremidades porque entende-se que estamos em luta ou fuga. Ainda, nesses casos a mastigação será insuficiente, gerando uma sobrecarga paras as enzimas realizar a digestão, pois dificulta sua ação.
· Além disso, engolir o alimento com água ou refrigerante faz com que o ácido clorídrico seja diluído, alterando a ação de enzimas gástricas e aumentando o pH do estômago que, normalmente, gira em torno de 2. Essa alteração promove o crescimento de microrganismo e a fermentação, prejudica a digestão proteica e prejudica a secreção de secretina. A classe dos “prazol” também pode provocar esse alteração. 
· As possíveis causas nutricionais são deficiência de zinco e vitaminas do complexo B, que são importantes para produção do HCl e de enzimas digestivas; carência de magnésio, da L-glutamina e de ácidos graxos de cadeia curta (metabólito de bactérias saudáveis), pois são importantes para a formação, renovação e manutenção das mucosas gastroesofágica e intestinal; consumo excessivo de cafeína, açúcares e álcool, pois agem dilatando o esfíncter esofagiano; e o uso regular de suplementos e minerais associados a óxidos, carbonato e sulfato ou de medicamento.
Distúrbios funcionais intestinais
· Sinais e sintomas: Constipação/obstipação, diarreia, aumento da formação de gases, inchaço/distensão abdominal, cólicas intestinais, muco ou sangue nas fezes (por inflamação ou na tentativa de proteger a mucosa), sensação incompleta de esvaziamento intestinal, alteração frequente na consistência, cor e odor das fezes, fezes explosivas (diarreia), síndrome da má absorção, dor ao evacuar e incontinência fecal.
Interpretação das fezes 
· Espera-se que tenham coloração marrom devido à presença da bile. Quando amarela claro ou branca pode indicar deficiência de bile, obstrução do trato biliar, ingestão de drogas antidiarreicas ou outros medicamentos, como o subsalicilato de bismuto. Quando verde indica diarreia por intoxicação alimentar ou sensibilidade alimentar, como na alergia às proteínas do leite de vaca. Quando o indivíduo relata fezes vermelhas denomina-se hematoquezia, que é provocada por um sangramento na porção inferior do TGI (intestino grosso e reto) como hemorroidas, ou consumo de alimentos vermelhos, como a beterraba. Já a fezes pretas denomina-se melena, pode ter relação com sangramento da porção superior do TGI, porque até haver excreção esse sangue já está coagulado. Indivíduos que tomam suplementação de sulfato ferroso, ou uso de subsalicilato de bismuto e alcaçuz preto, ou fazem ingestão de alimentos com pigmento escuros tendem a ter fezes pretas.
· As fezes com odor fétido podem ocorrer devido a formação de compostos enxofrados, a partir da ingestão excessiva de alimentos ricos em enxofre, como cebola, batata doce, feijão e alimentos proteicos mal digeridos. Outro motivo pode ser a presença do Clostridium difficile, que tem relação considerável com transtornos comportamentais, como o TEA, e como principal causa está a má digestibilidade proteica. Ainda, existe relação entre odor fétido das fezes com a depressão, ansiedade, agitação, fibromialgia, enxaqueca e dores crônicas.
· A frequência das evacuações também é muito importante para investigar o quadro de diarreia e constipação. Entende-se como indivíduo constipado aquele que passa no mínimo 3 dias sem evacuar; a diarreia são 3 ou mais episódios de fezes líquidas no mesmo dia. 
· Em relação a forma e consistência, podemos seguir a escala de Bristol.
1. É a constipação de maior gravidade. O indivíduo precisa fazer força para evacuar e após a evacuação relata sensação de não esvaziamento total. Muitas fezes o indivíduo tem fecaloma, que são fezes duras que precisam ser removidas manualmente. Pode ser ocasionada por falta de água ou fibras, por alergia e hipersensibilidade à caseína ou por uso de opioides, como a morfina, que são medicamentos para dor.
2. Indica quadro de constipação, também é necessário força para eliminação e causa dor ao indivíduo.
3. Está próxima ao normal, mas indica uma deficiência de água.
4. É o modelo ideal.
5. Pode indicar deficiência de vegetais fibrosos.
6. Indica diarreia moderada como origem em sensibilidades alimentares ou inflamação do intestino quando tiver muco.
7. Indica uma possível agressão à mucosa intestinal ou alergia alimentar.
Possíveis causas nutricionais
· Os distúrbios funcionais intestinais podem ser ocasionados por baixa ingestão de frutas, legumes, verduras, cereais integrais e leguminosas, que são alimentos ricos em fibras. Assim, essa deficiência na ingestão, além de reduzir as fibras solúveis e insolúveis, reduz o amido resistente, fruto-oligossacarídeos e inulina que são probióticos que nutrem os microrganismos saudáveis da microbiota intestinal, portanto, pode provocar disbiose intestinal. Além disso, esse baixo consumo diminui a oferta de micronutrientes e fitoquímicos, reduz a capacidade anti-inflamatória, reduz a produção de serotonina e afeta a motilidade intestinal e a renovação dos enterócitos. 
· O consumo regular de carboidrato refinado, açúcar, aditivos químicos, edulcorantes (sucralose, aspartame e sacarina) comprovadamente alteram a microbiota intestinal, a permeabilidade intestinal e provocam a perda da tolerância imunológica, desequilibrando funções do intestino.
· O estresse físico, mental e emocional aumenta o cortisol, provocando uma perda da função muco-protetora, que é necessária para a manutenção da microbiota saudável, causa disbiosee alterações da permeabilidade intestinal. 
· Alterações no pH gástrico interfere diretamente na digestibilidade das proteínas e, proteína má digerida, serve de substrato energético para fungos e más bactérias, provoca constipação e causa disbiose.
· Drogas que interferem na produção de ácido clorídrico, como os “prazóis” e antibióticos, inibem a absorção de micronutrientes, alteram a microbiota saudável e a permeabilidade do intestino desencadeando todos os sintomas relatados. Um evento de antibiótico pode alterar a adequação de bactérias saudáveis por até um ano ou mais.
Disbiose intestinal
· São alterações na quantidade, qualidade, atividade metabólica e distribuição da microbiota intestinal, resultando em predomínio de bactérias patogênicas em relação as bactérias benéficas e alterações da mucosa intestinal. 
· Nos casos de disbiose, ocorre aumento da permeabilidade, achatamento das microvilosidades, favorecendo a passagem de substâncias tóxicas e macromoléculas do intestino para a circulação sanguínea. 
· Alguns fatores promotores da disbiose intestinal são maus hábitos alimentares, estresse e fadiga, medicamentos antibióticos, anti-inflamatórios e corticoides, infecções, ingestão de agrotóxicos e metais pesados, cigarro e bebidas alcoólicas. Além disso, o jejum prolongado, altas quantidades de espécies reativas de oxigênio, carências nutricionais (vitaminas B5, B9, B12, A, zinco e L-glutamina), alérgenos alimentares, também são fatores contribuintes.
Disbiose com prevalência fúngica
· É a mais comum dentre os tipos de disbiose. Ela altera a microbiota intestinal, promovendo um ambiente favorável para a proliferação dos fungos e danos. Esses fungos fermentam substratos alimentares (CHO refinados, açúcar, lactose e PTN mal digeridas) para sua sobrevivência e liberam metabólitos que são responsáveis pelos sintomas. 
· Sinais e sintomas no sistema digestivo: estomatites, aftas ou candidíase, língua saburrosa (esbranquiçada), necessidade de comer açúcar e CHO refinados, formação de gases, constipação, diarreia, dispepsia, síndrome da má absorção.
· Sinais e sintomas no sistema nervoso: Enxaquecas e dores fortes na cabeça, hiperatividade (física e mental), distúrbio de concentração (TDAH), TEA, pesadelo, suor noturno, tontura, sonolência e em casos extremos pode resultar em alucinações, pânico e convulsões. 
· Sinais e sintomas do cabelo, pele e unhas: queda de cabelo ou caspa, escamações, urticária, psoríase, eczemas, coceiras, dermatite seborreica, acne e micose de unha.
· Sinais e sintomas no sistema endócrino: Afeta as glândulas tireoide e adrenal, tireoidite de Hashimoto, Doença de Addison e diabetes mellitus tipo 1.
· Sinais e sintomas no trato geniturinário: Vermelhidão e escamação da virilha, candidíase genital, ardência, prurido, alterações do ciclo menstrual, síndrome pré-menstrual, alterações de humor. Os homens ainda podem apresentar prostatites, impotência, diminuição da libido e vermelhidão da virilha.
· Outros: Bronquite asmática, pigarros, fibromialgia, artrite reumatoide, lúpus eritematoso, esclerose múltipla, imunodepressão, processos alérgicos.
· A colonização fúngica gera produção de metabólitos. Na colonização de Cândida albicans, temos como metabólito a arabinose, que pode reagir com o grupo amino da lisina e formar a pentosidina. Esse produto forma emaranhados proteicos, comprometendo funções biológicas e promovendo danos, como Doença de Alzheimer e TEA. Além disso, pode depletar as vitaminas B6 e biotina, que são necessárias para evitar a proliferação fúngica. Como resultado temos queda de cabelo, unhas frágeis e quebradiças, pele ressecada e escamações, coceiras e prurido. 
· A colonização da Sacharomycies cerevisiae ou da quebra da arabinose pela C. albicans produz o ácido tartárico que, em excesso, inibe a produção de ácido málico, importante na gliconeogênese. Como resultado temos a falta de energia pro SNC e músculos, provocando cansaço e dores musculares, fraqueza nas pernas e até fibromialgia, ou ainda hipoglicemia que provoca tonturas, visão turva, mãos e pés frios, taquicardia etc.).
· A partir da fermentação da C. albicans e do metabolismo do álcool e o fumo produzem o acetaldeído. Ele é neuro tóxico; provoca deficiência de B1 e como consequência reduz a memória, concentração e aprendizado; reduz a forma ativa da B6 e, consequentemente, reduz a síntese de neurotransmissores; promove deficiência da B3, reduzindo a energia pelas células nervosas e serotonina; desativa a enzima delta-6 dessaturase, enzima que metaboliza os ácidos graxos essenciais. Como sinais e sintomas temos a redução da memória, concentração e dos reflexos, quadro de letargia, apatia, depressão, ansiedade e irritabilidade e pânico, redução da libido, aumento da tensão menstrual, mamas inchadas e doloridas, aumento da tendência a vícios (álcool, açúcar e cigarro) e hipoglicemia.
· No caso de supercrescimento fúngico são produzidos gliotoxinas, que são imunotóxicas. Inibe a resposta imune adaptativa (NFK-B), promove a apoptose de neutrófilos, eosinófilos, monócitos e células dendríticas, suprime respostas pelos linfócitos T e pode promover neutropenia (redução dos núcleos dos neutrófilos).
Tratamento
· Algumas infecções fúngicas tem tratamento difícil e prolongado. As diretrizes recomendam manter o equilíbrio do estado nutricional e imunológico, adequar o hábito alimentar e os fatores ambientais, uso de suplementos nutricionais (se necessário), uso de imunomoduladores (como glutamina), antifúngicos naturais (iogurte natural, alho, cúrcuma, óleo de orégano, cranberry) e uso de medicamentos antifúngicos (em casos mais agressivos).
· Alguns alimentos são usados para o tratamento de disbiose, sendo eles: levedo de cerveja pois é rico em vitaminas do complexo B e triptofano, semente de linhaça já que é rica em ômega 3, triptofano e fibras, ameixa, farelo de aveia (rica em betaglucano), dieta rica em fibras e pobre em açúcares e uso de probióticos para manter um meio adequado para que as bactérias nativas se reproduzam e promovam o equilíbrio natural. O uso de glutamina também auxilia na nutrição dos enterócitos e colonócitos e células do sistema imunológico.
· Alimentos fontes de probióticos: tomate, cebola, alho, alho poró, aspargo, frutas vermelhas, banana, aveia, legumes etc.
Intestinos
· É necessário reconhecer que a saúde intestinal e disbiose trarão alterações sistêmicas. Além das função de digestão e absorção, o intestino exerce função imunológica, isso porque nele está presente o GALT (tecido linfoide associado ao intestino). 
· Além disso, tem função endócrina e de neurotransmissão. Nele, são produzidos a colecistocinina, secretina, o peptídeo inibidor gástrico, peptídeo vasoativo intestinal, serotonina e acetilcolina. É sabido que o intestino sintetiza mais serotonina (neurotransmissor) do que o cérebro, sendo responsável por regular o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal e a sensibilidade a dor. 
· Outra função é a nervosa. O intestino perde para o cérebro apenas em número de neurônios, temos aproximadamente 100 milhões. Todavia, ele é considerado o nosso segundo cérebro.

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