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Fisiopatologia e dietoterapia intestinal

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Intestino
fisiopatologia
diarréia
Aumento da frequência, fluidez e volume das fezes (>200g/dia)
CLASSIFICAÇÃO
Diarreias agudas
· Causadas normalmente por contaminação alimentar
· Período curto, podendo prolongar-se;
· Perda de água e eletrólitos;
· Inicio súbito que ocorre em pacientes previamente sadios;
· Sintomas: febre, cefaleia, anorexia, vômitos, mal-estar;
· Agentes: vírus, bactérias e protozoários.
· Ocorre mais de 3x ao dia, em grande volume
· Normal: pastosa sem cíbalos (rachaduras: indicam ressecamento).
DIARREIAS CRONICAS 
· Persiste por semanas ou meses, pode ser contínua ou intermitente;
· Sintoma funcional ou manifestação de uma doença séria;
· Causadas por desordens disabsortivas, da mucosa intestinal, insuficiência pancreática e pós-gastrectomia.
diarreia secretora
· Devido a anormalidade tanto na absorção quanto na secreção de eletrólitos;
· Aquosa com fluido fecal rico em sódio e potássio;
· Causada pelo aumento do AMP cíclico;
· Ex: toxinas bacterianas e vírus. Colera.
Diarreia osmótica
· Diminuição da absorção da água por efeito osmótico;
· Grande volume de fezes;
· Ex: Intolerância a lactose, síndrome de dumping, e doença celíaca.
diarreia exsuditiva 
· Cólon inflamado incapaz de exercer sua função absortiva. Eliminação de muco, sangue e proteínas plasmáticas.
DIARREIA POR DIABSORÇÃO
· Redução da área de absorção.
diarreia por motilidade intestinal anormal 
Emocional atuando nos movimentos.
dietoterapia
DIARREIA AGUDA
· Hidratação oral ou parenteral;
· Iniciar com dieta líquida – evoluir gradativamente;
diarreia cronica
· Terapêutica da exclusão;
· Terapêutica da reposição.
- Consistência: líquida à branda;
- Volume: Pequenos e fracionados – atender a demanda;
- Temperatura: Ambiente;
- Líquidos: aumentar o aporte (1,2ml/kg/dia);
- Escolher alimentos de fácil digestibilidade;
- Hiperproteica: carnes magras com baixo resíduo modificadas por ação mecânica ou cocção;
- Normoglícidica ou hipo (se estiver com muita diarreia). Excluir lactose pois a mesma não é quebrada, sendo fermentada produzindo ácido lático e acético: gases, que causam distensão abdominal, aumento do peristaltismo e da secreção da mucosa;
- Evitar frutas ricas em ácidos orgânicos: estimulam o peristaltismo;
- Hipolipídica: devido a esteatorreia, o lipídio estimula o peristaltismo. Preferir TCM, pois ele é absorvido mais rapidamente.
- Fibras: excluir fibras insolúveis, pois aceleram o trânsito intestinal. Preferir solúveis.
- Aumentar o consumo de alimentos ricos em K;
- Excluir alimentos ricos em enxofre: agrião, alho, abacate, avelã, ameixas, abobrinha, brócolis, bebidas gasosas, batata-doce, cebola, couve-flor, couve, ervilha, feijões, goiaba, jaca, lentilha, melão, melancia, milho verde, nabo, pepino, queijos gordos, rabanete, pimentão, repolho, laranja, mel;
reCOMENDAÇÕES
· Beber 10-15 copos de líquidos (água, água de coco, água de arroz, chás com exceção do mate, suco de caju, goiaba, maçã coados, soro caseiro, isotônicos;
· Evitar: abacate, abacaxi, ameixa, kiwi, laranja, mamão, tangerina, uva. As hortaliças folhosas, batata-doce, integrais, açúcar e gorduras. Não fazer o uso de adoçantes a base de sorbitol; (solta o intestino)
· Preferir: batata, goiaba, banana, lima sem o bagaço, limão, cará, inhame, chuchu, cenoura. Carnes brancas, leite desnatado ou fermentado, chás de camomila, erva doce e hortelã.
advertências
· Diarreia pode ser sintoma de várias doenças sérias: AIDS, úlcera gastrointestinal, alguns tipos de câncer e patologias que acarretam a má absorção de nutrientes;
· Procure assistência médica imediatamente se: os sintomas persistirem por um ou dois dias. Idosos e crianças desidratam muito rápido; se houver presença de sangue nas fezes; se as fezes adquirem aspectos volumoso e com traços evidentes de gordura indicativos de má absorção; se os episódios forem repetitivos.
constipação
· Redução da frequência as evacuações, sensação de esvaziamento incompleto do reto após a defecação, ou ainda, eliminação de fezes duras e de pequeno volume;
· Percebida como condição benigna, mas pode resultar em doença crônica com complicações potencialmente graves: impactação fecal, incontinência, perfuração intestinal, sangramento, hemorroidas, fissura anal, e está associada a redução da qualidade de vida.
avaliação clínica deve incluir
· Duração dos sintomas;
· Frequência e consistência das fezes;
· Presença de esforço excessivo;
· Sensação de evacuação incompleta ou uso de manobras manuais durante a defecação;
· Exclusão de causas orgânicas e medicamentosas;
· Sinais de alerta para CA de cólon: mudança do hábito intestinal, melena, inexplicada perda de peso, histórico familiar de CA cólon.
critérios internacionais de roma iii para caracterizar quadro de constipação idiopática cronica
Presença de dois ou mais dos seguintes parâmetros, por no mínimo 12 semanas:
· Esforço para evacuar;
· Fezes endurecidas ou em cíbalos;
· Sensação de evacuação incompleta;
· Sensação de obstrução ou bloqueio anorretal;
· Manobras manuais para facilitar a evacuação;
· Menos de 3 evacuações por semana.
classificação
CONSTIPAÇÃO SECUNDÁRIA OU ORGANICA
· Quando é secundária a alguma doença ou por qualquer patologia capaz de impedir o movimento do conteúdo intestinal;
· Doenças endócrinas (ex: hipotireoidismo)
· Doenças metabólicas (ex: diabetes mellitus)
· Doenças neurológicas (ex: doença de Parkinson)
· Medicamentosa (ex: analgésicos)
CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL OU PRIMÁRIA
· Quando na ausência de patologias;
· Fruto de hábitos alimentares impróprios, hábitos sedentários, inibição do reflexo de evacuação, defecação dolorosa anterior, alergia alimentar);
INDIVIDUOS PROPENSOS A CONSTIPAÇÃO SECUNDÁRIA
· Perda de peso, anemia, melena e história familiar de CA de cólon;
· História de má alimentação, pouca atividade física, uso de drogas constipantes, distúrbios metabólicos tais como diabetes e doenças neurológicas.
etiologia
Perturbações do mecanismo propulsor do cólon:
· Fatores dietéticos: baixo fracionamento, baixa de fibras, insuficiência de B1;
· Fatores psicogenéticos e neurológicos (depressão, demência, lesão medular, acidente vascular encefálico, doença de Parkinson, esclerose múltipla);
· Sedentarismo;
· Uso de laxantes;
· Medicamentos: sais de cálcio e bismuto, ferro, antialérgicos, bloqueadores dos canais de cálcio, anticonvulsivantes, antidepressivos, antiespasmódicos, anti-histamínico, antieméticos, etc;
· Carcinomas;
· Megacólon.
ALTERAÇÕES DO REFLEXO DE DEFECAÇÃO
· Negligência para cumprir o reflexo;
· Diminuição das forças dos músculos que que contribuem para a defecação e esfíncteres;
· Doenças do ânus;
· Retocele ou enterocele (desordem anatômica da defecação)
· Desordem funcional (desordem dessinérgica ou redução da força propulsiva)
- Outras:
· Baixa ingestão de fibras dietéticas;
· Desidratação;
· Insuficiente hidratação com alta ingestão de alimentos fibrosos;
· Ingestão alcoolica;
· Hipotireoidismo e diabetes = devido a alterações hormonais que comprometem os movimentos dos músculos do intestino enrijecendo as fezes;
· Disfunção da medula espinhal.
Bezoar é uma massa de material mal digerido que se forma no interior gastrointestinal. Cabelo, medicação, pedras, peles, fibras de plantas (sementes: abóbora, melancia, girassol, melão, romã, quinoa)
disturbios
disquesia do lactente
· Caracterizada por esforço de 10-20 minutos, com grito, choro e rubor facial procedendo a eliminação de fezes líquidas ou pastosas;
· Os sintomas iniciam nos primeiros meses de vida até o sexto, e o lactente é saudável;
· Causa: imaturidade do mecanismo de defecação;
· O choro acontece na tentativa de aumentar a pressão intra-abdominal.
· Pseudo constipação do lactente em aleitamento natural: evacuações em menos de 3x na semana com fezes macias.
constipação funcional
· Eliminação de fezes em cíbalos e duras na maioria das evacuações e/ou em a ocorrência de 2 evacuações duras por semana ou menos.
retenção fecal funcional
· Repetidas tentativas para evitar a defecação, relacionada com o medo da dor durante a evacuação. Há evacuações de grandecalibre (< que 2x na semana) podendo existir as seguintes manifestações associadas: irritabilidade, cólicas abdominais, redução do apetite e saciedade precoce.
ESCAPE FECAL FUNCIONAL NÃO RETENTIVO 
Ocorre quando der fadiga na musculatura do assoalho pélvico. Incluir os pacientes com encoprese e incontinência fecal.
consequencia da constipação
· Liberação de toxinas para todo o organismo, absorvidos pela pele: quadro de urticária e acne, ou para as articulações. Inflamação e até mesmo lesões articulares como a artrite reumatoide;
· Hemorróidas;
· Fissuras anais;
· Diverticulose, diverticulite;
· Câncer;
· Síndrome do cólon irritável;
· Disbiose.
disbiose
· Disfunção colônica devido à alteração da microbiota intestinal (predomínio das bactérias patogênicas) 
fatores contribuintes
· Uso indiscriminado de antibióticos e anti-inflamatórios;
· Abuso de laxantes;
· Consumo excessivo de alimentos processados;
· Doenças: câncer, AIDS, disfunções hepatopancreáticas;
· Estresse; diverticulose; idade.
· Tempo de transito e ph intestinal;
· Estado imunológico do hospedeiro;
· Má digestão
Consequencias da disbiose
· Câncer;
· Síndrome do intestino irritável;
· Alterações das funções do TGI;
· Diminuição na absorção de nutrientes;
· Baixa produção de serotonina;
· Hipervitaminoses.
DIETOTERAPIA
1. Aumentar o consumo de fibras.
- A fibra é eficaz no tratamento, mas o inchaço, distensão, flatulência e cólicas podem limitar o uso de fibras, especialmente se os aumentos na ingestão não são graduais.
- Fibra: aumenta o tempo de trânsito no cólon: aumenta a biomassa e induz mudanças no pH do cólon e microbiota intestinal e pode ter efeitos sobre a permeabilidade e inflamação.
- Pysilium: derivado das sementes da planta govata. CHO de cadeia longa, solúvel de fermentação imediata;
- Inulina, goma guar e FOS: CHO de cadeia curta, solúveis e altamente fermentáveis;
- Methyl celulose: fibra insolúvel. 
2. Uso de probióticos (Pela disbiose, que causa alteração na microbiota intestinal)
- Fermentação: reduz o tempo de trânsito intestinal, reduz o pH, produção de vitaminas e hormônios, aumenta a imunidade e previne o crescimento de bactérias patogênicas. 
- Indivíduos com constipação crônica idiopática apresentam redução de espécies de bifidobactérias e lactobacilos em sua microbiota intestinal;
- Uso de kefir;
- Uso de kombucha.
3. Aumento do fracionamento > estímulo do reflexo do intestino
4. Aumentar a ingestão de líquidos: lubrificar a parede intestinal e manter o equilíbrio;
- Sorbitol (suco de maçã, pera e ameixa): efeito osmótico;
- Lactulose: efeito osmótico e prebiótico.
5. Ter um aporte de gorduras em cada refeição: lubrificar e manter a água no intestino.
recomendações
· Beber 10-15 copos de líquidos/dia
· Fazer atividade física;
· Evitar: água de coco, água de arroz, arroz polido, mucilon de arroz, banana, cenoura cozida, farinha de mandioca, goiaba, lima sem bagaço, maçã, amido de milho, café, pão branco, chá preto/mate (ricos em tanino, prende o intestino), goiaba.
· Preferir:
- Frutas: abacate, abacaxi, ameixa, caqui, uva com casca;
- Hortaliças e tubérculos: abóbora, acelga, agrião, alface, couve-flor, couve, espinafre, tomate, vagem;
- Cereais e derivados: Arroz integral, aveia, farelo de trigo, germe de trigo, macarrão, milho, pão integral;
· Ao fazer suco, beber sem coar;
· Fazer uso de frutas cruas e com casca quando possível;
· Fazer uso de farelo de trigo torrado ou farelo de aveia misturados aos alimentos;
· Estipular um horário para defecar.
Síndrome do intestino irritável
· Desordem funcional do intestino que envolve a motilidade intestinal alterado, sensibilidade aumentada e resposta aumentada das vísceras aos estímulos enterais e externos.
· Ex: desconforto decorrente da presença de volumes normais de gás dentro do intestino.
· O intestino destas pessoas parece ter uma sensibilidade aumentada a diferentes estímulos como determinados alimentos e ansiedade (stress);
· Sistema nervoso entérico sensível a presença, composição e volume dos alimentos;
· Sintomas: dor abdominal, constipação e diarreia. Muitos pacientes alternam diarreia com constipação. Pode haver muco presente junto às fezes.
nos pacientes afetados
· Movimentos do cólon aumentados: aumento do trânsito do bolo fecal: absorção prejudicada. Diarreia.
· Reflexo gastrocólico exacerbado: diarreia sobretudo pela manhã.
· Movimentos lentos: fezes muito tempo em contato com as paredes intestinais: maior absorção de água: fezes endurecidas e secas, características da constipação intestinal.
critérios de diagnóstico
O paciente deve apresentar todas as características a seguir, pelo menos 1 vez na semana, por no mínimo 2 meses:
1. Desconforto no abdome ou dor associada com dois ou mais dos seguintes critérios, durante pelo menos 25% do tempo:
- O sintoma melhora com a evacuação;
- Inicio dos sintomas associado com as mudanças na frequência da evacuação;
- Inicio dos sintomas associado com a mudança na forma (aspecto) das fezes;
2. Ausência de evidência de processo inflamatório, metabólico ou neoplásico que possa explicar os sintomas.
FATORES QUE PODEM DISPARAR OU PIORAR OS SINTOMAS
· Estresse, ansiedade, labilidade emocional;
· Uso excessivo de antibióticos, laxantes;
· Cafeína;
· Refeições volumosas;
· Trigo, centeio, cevada, aveia, cereais, chocolate, leite e derivados, álcool.
· Grande quantidade de gases no intestino grosso;
· Enfermidades gastrointestinais prévias;
· Ausência de regularidade de sono;
· Ingestão de líquidos;
· Pesquisas revelam que mulheres com a SII, apresentam exacerbação dos sintomas no período menstrual, sugerindo relação com os hormônios femininos;
· OBS: pacientes com histórico familiar de alergia: hipersensibilidade pode causar SII.
TERAPIA NUTRICIONAL
· Trabalhar o quadro de constipação;
· Fazer anotações na presença de sintomas ao consumir algum alimento;
· Excluir os alimentos considerados irritantes:
- Mais comuns: cafeína, açúcares como lactose, frutose e sorbitol, álcool, chocolate, glúten, condimentos picantes e produtos com excesso de conservantes, sal grosso tem efeito osmótico.
· Cuidado com os foodmaps: oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis: diarreia, aumento da produção de gás.
· Tratar a ansiedade: chás carminativos, atividade física.
· Ex: chá de camomila
· Ter refeições regulares com pequenos volumes;
· Uso de pré e probióticos: manutenção da integridade das células (cuidado com a quantidade);
· Frutanos: trigo, alho, alho poró, couve-flor, repolho, cebola, bananas e em raízes tuberosas como o yacon;
· Aporte hídrico aumentado;
· Excluir alimentos flatulentos.
SINDROME DO INTESTINO IRRITAVEL E SENSIBILIDADE AO GLUTEN NÃO CELÍACA (SGNC)
· Casos de reações aos grãos contendo glúten não envolvem mecanismos alergênicos nem tampouco autoimunes (doença celíaca – DC)
· Manifestação clínica típica da SGNC: combinação de sintomas incluindo dor abdominal, flatulência, alterações do hábito intestinal (diarreia ou constipação) e manifestações sistêmicas: confusão mental, cefaleia, cansaço, dores musculares e nas articulações, dermatite, depressão e anemia.
doença inflamatória intestinal
É caracterizado por inflamação intestinal crônica com natureza...
classificação
RETOCOLITE ULCERATIVA (RCU)
Inflamação e ulceração difusa e continua na mucosa do intestino grosso distal. Afeta a camada epitelial e produzem secreções toxicas para a mesma mucosa.
doença de crohn
· Inflamação granulomatosa na mucosa e submucosa que geralmente ataca o íleo direito e o cólon terminal. Inflamação do tipo descontínua.
· Características histológicas comuns: inflamação ativa (neutrófilos) e cronicidade (perda de cripta ou ramificação), esgotamento da mucina e/ou linfocitose na lâmina própria.
· O termo DII não específica (anteriormente chamada colite indeterminada) pacientes em que não podem ser classificados definitivamente como tendo a RCU ou DC.
· Etiologia: Possibilidades: Agentes infecciosos, alergênicos imunológicos, fatores genéticos, alterações psicológicas.
· Os fatores ambientes e/ou contaminaçãobacteriana com a mediação imunológica podem desencadear a DII em indivíduos geneticamente predispostos. 
OBS: Quando inflamado, tem que entrar com suporte pois não é possível ingerir alimentos (agudo)
patogenese
· História familiar (genética); genes predisponentes + fatores endógenos ou exógenos: processos inflamatórios.
· Fatores ambientais (dietéticos, emocionais, infecções, uso de anti-inflamatórios, antibióticos, disbiose);
· Resposta imunológica anormal e injúria intestinal;
· Defeito no sistema imunológico intestinal;
· Estímulo anormal ou resposta anormal a um estímulo normal (regulação anormal da resposta imunológica)
na dii ocorre:
· Aumento da permeabilidade intestinal;
· Integridade da barreira da mucosa prejudicada;
· Resultado disto: maior passagem de agentes: resposta imunológica exagerada (desregulada).
retocolite ulcerativa (rcu)
características
· Hemorragia retal-hematoquezia (sangue vivo);
· Melena (fezes negras);
· Diarreia;
· Febre;
· Desequilíbrio eletrolítico;
· Anorexia;
· Deterioração do estado nutricional;
· Megacolon;
· Dor abdominal;
· Pode ocorrer estenose;
· Tenesmo (grande produção de gás e dor abdominal por causa disto)
PLANO ALIMENTAR
· Hipercalórico: 25-40 kcal/kg -> recuperação do estado nutricional, integridade das funções imunológicas, recuperação tecidual e cicatrização, balanço nitrogenado positivo.
· Hiperproteico: 2-2,5g/kg/dia de alto valor biológico (devido ao intenso metabolismo proteico) -> energia para os enterócitos e linfócitos intestinais, previne a atrofia da mucosa, previne a alteração da permeabilidade, mantem os níveis de secreção de IgA (melhora da resposta imune);
- Uso de glutamina, adm: 0,28-0,57g/kg/dia. 
· Hiperglicídica: baixa concentração de CHO simples para não aumentar a osmolaridade do conteúdo intestinal.
· Hipo a normolipídica: dependendo da tolerância do paciente. Aumentar AG ômega 3, adm: 4-5g/dia. -> promove a secreção de prostaglandina 3, inibindo a prostaglandina 2 (pró-inflamatória, tem maior ação imunopressora); aumentar os AGCC (energia para a proliferação e regulação da diferenciação dos colonócitos)
· Fibras: pobre (para não aumentar o trânsito intestinal). Verificar a tolerância.
· Alguns estudos indicam que probióticos podem facilitar a indução e manutenção da remissão da RCU; dados de apoio a utilização de probióticos para DC não são tão convincentes.
· Consistência: fase de remissão: branca
Fase de crise: pastosa.
· Dieta livre de agentes agressores: evitar a reativação da doença (lactose, glúten, frituras – acroleína, condimentos picantes)
· Aumentar o fracionamento: 6-8 refeições por dia e diminuir o volume. Aumentar a digestibilidade e absorção.
· Vitaminas e minerais: ferro, folato, zinco, vitamina A, E e vit C.
· As vezes é necessário o suporte nutricional e cirurgia (ileostomia, colostomia e resseção)
doença de crohn
características
· Fadiga, diarreia, anorexia, perda de peso, dor, câimbras no quadrante direito, febre, fístulas, pode ocorrer estenose, perda significativa da função do TGI (problemas nutricionais estão agravados quando acometem o intestino delgado)
SUPORTE NUTRICIONAL
INDICAÇÕES
1. Tratamento complementar para corrigir ou evitar a desnutrição e nas crianças favorecer o crescimento; nutrição enteral;
2. Tratamento primário da doença de crohn ativa (crianças e adolescentes). Em adultos a nutrição enteral pode ser útil como tratamento adjuvante (NE + VO = 500-600kcal/dia)
· Nutrição enteral com uso de formulas elementares, com baixa gordura e alto ômega 3;
· Uso por 10 dias à 8 semanas;
· Manutenção da remissão (prolongamento) da dieta ad libutum diurna sem restrições + suplementação com sonda nasogástrica noturna de 4-5x semana.
3. Síndrome do intestino curto: NE e/ou NP.
plano alimentar
· Hipercalórico: recuperação do estado nutricional (BE + BN): 25-35kcal/kg/dia;
· Hiperproteico: 1-1,5g/kg de proteína por dia. Desnutrição: 2g -> promover balanço nitrogenado positivo, restauração de tecidos e controle do processo imunológico.
· Hipolipídica: Ideal até 25% do VCT. Na presença de esteatorreia utilizar 40g.
· Esteatorreia: casos de ressecção do intestino delgado ou quando afeta de forma acentuada a porção ileal. Uso de TCM = 8,3kcal/g
· Hiperglicídica: aporte calórico, cho complexos.
· Fibras: pobre (insolúveis)
· Vitaminas e minerais: Esteatorreia: deficiência em vitaminas lipossolúveis. Ressecção do íleo: deficiência de B12.
- Pode ocorrer deficiência de folato e de ferro;
- Deficiência de vitamina D: menor absorção de cálcio.
- Aumentar a vitamina E e zinco: ajuda, a melhorar o sistema imunológico, síntese de tecidos e contribuem para a integridade tecidual.
fase de manutenção da remissão da doença. pacientes com doença de crohn
1. Dieta de exclusão: alimentos de recidivam a doença. Baixa em gorduras e fibras. 2-4 semanas.
2. Uso de nutrição enteral: 25-50% do VCT;
3. Um programa de reintrodução lento, em seguida segue introduzindo um novo alimento a cada dia para determinar a tolerância;
4. Uso da nutrição enteral por até 12 meses.
cuidado com os seguintes alimentos
· Leite e derivados: algum paciente pode apresentar intolerância a lactose (fase ativa da doença);
· Alimentos à base de trigo: causam sensibilidade;
· Carnes vermelhas: associadas a recidivas de RCU;
· Fibras insolúveis: não usar na fase ativa. As cozidas são melhor toleradas;
· Alimentos processados: não usar, pois ativam a doença;
· Evitar cafeína, bebidas alcoólicas, sorbitol, xilitol e manitol;
· Evitar alimentos alergênicos.
cirurgias
· Quando se extirpa o cólon, o reto e o ânus: faz-se uma ileostomia. Quando se extirpa o reto e o ânus faz-se uma colostomia.
· Ileostomia e colostomia podem ser temporários ou definitivos: a dietoterapia deve ter a preocupação de evitar o odor exagerado das fezes;
· Alimentos produtores de gases: leguminosas, brócolis, couve-flor, milho, couve, peixe, purê de batata, cebola, ovo, leite, melão, nozes, açúcares, bebidas doces, cervejas.
· Alimentos produtores de odores fortes: peixe, frango, ovo, cebola, alho, milho, feijões, abóbora, especiarias;
· Alimentos que ajudam a diminuir o odor: iogurte, leite fermentado, frutas secas, maçã, laranja, tangerina, morango, ameixa, acelga, espinafre, coco, tomate, passas de uva.
· O odor persistente pode ser devido a pouca higiene do estômato ou devido ao crescimento bacteriano no íleo.
sindrome do intestino curto
· Remoção de mais de 2/3 do intestino delgado;
· Gravidade dependerá da quantidade e da porção remanescente;
· Consequências: perda de peso, diarreia, trânsito intestinal acelerado e má absorção, desidratação, perda de eletrólitos, anemia;
o prognóstico dos pacientes com sic depende:
· Da quantidade da ingestão alimentar;
· Da capacidade funcional e da adaptação do intestino remanescente;
· Do grau de má-absorção.
dieta
1º fase: ( na fase aguda – pós operatório imediato) alimentação parenteral total: enquanto o paciente estiver apresentando diarreia cujo volume exceda 2L ou 7 evacuações no dia.
2º fase: TNE do tipo contínua (pequenas quantidades) e cíclica (atingir as necessidades)
- Iniciada assim que possível (presença de alimentos no lúmen intestinal favorece a adaptação intestinal;
- Fórmulas poliméricas: baixa osmolaridade; bem toleradas.
- Casos de TI rápido: oligoméricas;
3º fase: Ingestão oral: dieta líquida restrita. A dieta irá evoluindo paulatinamente conforme tolerância. 
doença celíaca
· Doença crônica que produz danos à mucosa do intestino delgado em presença do glúten;
· Intolerância permanente ao glúten.
- Glúten (proteína insolúvel) -> gluteina e gliadina (ag.tóxico). Em pessoas predispostas geneticamente, a gluteína é digerida e a gliadina invés de ser digerida induz a resposta alérgica.
doença celíaca latente
· Paciente apresenta mucosa normal em biópsia, consumindo glúten, mas em outro momento há atrofia das microvilosidades que voltarão ao normal com a retirada do glúten.
doença celíaca silenciosa
Mucosa alterada em biopsia, sem sintoma.
patogenese
· Hidrolise incompleta do glúten: formação de produtos tóxicos.
· Interaçãona superfície celular com células imunologicamente competentes: hiperplasia celular e atrofia vilosa.
· Má absorção da maioria dos nutrientes.
· Gliadina: exposta a TTG: complexo: direcionado as APC (carregam o gene HLA-DQ2): Apresentam os linfócitos T: resposta inflamatória (citocinas, metaloproteinas, INF-gama, IL-10) -> Destroem as células intestinais.
· Microbiota intestinal mediadora da manifestação da doença celíaca em pacientes susceptíveis. Ação pró-inflamatória e degradação de mucina: aumenta a permeabilidade (qualquer antígeno pode atravessa-lo)
consequencias
· Inicialmente: enterite linfocítica: mucosa normal com linfocitose: evolução da infiltração: ocorre hiperplasia das criptas.
· Achatamento da mucosa;
· Perda crônica de células epiteliais com migração das células inativas para a superfície.
Diminuição das enzimas da borda em escova e redução drástica da área absortiva.
manifestações clínicas
· Crianças: 3-6 meses após a introdução do glúten na dieta;
· Diarreia (esteatorreia): AG hidroxilados pelas bactérias: ação catártica.
- Ação reduzida da CCK: baixas concentrações de sais biliares;
- Não ressíntese dos TAG no interior dos enterócitos;
· Perda de proteínas nas fezes;
· Dor e distensão abdominal;
· Perda de peso;
· Mal-estar;
· Anemia;
· Osteoporose;
· Intolerância a lactose;
· Irritabilidade;
· Défict de crescimento;
manifestações extra intestinais
· Dermatite hepetiforme: doença cutânea crônica e benigna que se caracteriza por uma sensação de queimadura intensa e coceira;
· DM Tipo 1: que apresenta genes de susceptibilidade comuns a doença celíaca;
· Tireoidite de Hashimoto: doença autoimune (anticorpos atuam contra organismos que eles detectam como sendo idênticos a proteínas normalmente alergênicas que nós consumimos, como é o caso do glúten);
· Calcificações cerebrais.
diagnóstico
Na biópsia evidencia-se:
· Atrofia; hiperplasia; linfocitose.
Sorológico evidencia-se:
· Anticorpos antendonísio, anticorpos antitransglutinase, imunogenética: HLA-DQ2 ou HLA-DQ8.
· TRATAMENTO
· Total exclusão do glúten na dieta (trigo, centeio, cevada, triticale, aveia);
· Objetivo é uma dieta que vise recuperar o estado nutricional e isenta ao glúten.
· Normo a hipercalórica: BE + BN positivo;
· Normoglicídica: pobre em fibras (insolúveis), baixa em carboidrato simples e lactose;
· Hipolipídica: uso de TCM
· Normo a hiperproteica: BN positivo.
· No início é recomendado uso de suporte nutricional e a dieta vai evoluindo gradativamente.
alimentos não permitidos:
Leite com sabor, iogurtes e queijos tipo petit suisse, fundidos, carnes enlatadas ou em pastas e embutidos (salsicha, linguiça, frios em geral), sopas prontas, ovolamaltine, misturas com malte, cerveja, doces enlatados. Todos os que contem farinha de trigo e centeio.
alimentos permitidos
Leite in natura em pó, condensado, iogurte e coalhadas caseiras, ricota, creme de leite, ovos, carnes, leguminosas, margarina, manteiga, óleos vegetais, verduras, legumes, frutas, arroz (farinha, creme, arrozina), milho (fubá, farinha, amido, flocos, canjica, pipoca), soja, fécula ou farinha de batata, mandioca (farinha, fécula, polvilho), sagu, tapioca, chás, café, refrigerantes, sucos, fermento de pão, tempero, sal, alho. Macarrão de cereais ou arroz, milho e mandioca.

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