Buscar

Patologias de Faringe

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Patologias de Faringe 1
Patologias de Faringe
É um tubo musculo-membranoso, que liga o nariz e a boca à via aerodigestiva inferior (esôfago e laringe). É 
dividida em rinofaringe, orofaringe e hipofaringe (transição). 
Funções: respiratória, deglutição, fonatória e proteção (anel linfático de Waldeyer - como se fosse um órgão 
linfático periférico, contém as tonsilas palatinas, a tonsila faríngea, tonsila lingual, tonsilas peri-tubárias, tecido 
linfóide na faringe)
AVALIAÇÃO CLÍNICA
Anamnese
Queixas comuns: dor, queimação, presença de lesões, disfagia, dispneia, disfonia, tosse, halitose, alterações 
gustativas ou no olfato
Rinofaringe: relacionados ao nariz ou à tuba auditiva. Obstrução nasal, coriza, espirros, prurido, epistaxe, 
alteração do olfato, dor na face/cefaleia, otalgia, plenitude, hipoacusia, zumbido
Orofaringe: relacionados à deglutição ou dor
Hipofaringe: transição do trato respiratório/digestivo (tanto sintomas respiratórios quanto digestivos)
Alterações da fonação
Exame otorrinolaringológico
Exame da cavidade oral e da orofatinge, rinoscopia anterior e otoscopia
Exames complementares:
Nasofibroscopia e laringoscopia: feitos no consultório com fibras ópticas 
RX, TC, RM
Exames laboratoriais
Biópsias
EDA, pHmetria, manometria (pesquisa de DRGE)
Polissonografia
INFECÇÕES
Virais
Dor de garganta, disfagia, febre, adenomegalia cervical dolorosa, hiperemia de tonsilas palatinas, úvula, parte 
posterior da faringe e palato mole.
Etiologia: adenovírus, rinovírus, influenza e parainfluenza
Na maioria das vezes, é audolimitado em curto espaço de tempo. Pode haver contaminação bacteriana 
secundária.
Tratamento: sintomático (analgésico/antitérmico), antinflamatório e antibioticoterapia.
Bacterianas
Dor de garganta, febre alta, exsudato purulento nas amígdalas e faringe.
Pode ser secundária a infecção viral ou apenas infecção bacteriana.
Etiologia: estreptococo beta-hemolítico (mais frequente), hemófilo, Moraxella catarrhalis, S. aureus. 
Normalmente não é autolimitada
Tratamento: analgésico e antitérmico, antinflamatório
Patologias de Faringe 2
Antibioticoterapia: amoxacilina, clavulin, cefalosporinas, macrolídeos (claritromicina). Para prevenir 
resistência bacteriana, devemos restringir o uso, escolher a terapia adequada, o número de doses e adesão 
à terapia, dose e tempo de terapia adequados e rodízio de antimicrobiano
Complicações não supurativas: ocorrem após infecções bacterianas
Febre reumática Glomerulonefrite
Complicações supurativas: abscesso pré-amigdaliano - coleção purulenta atrás da fossa/loja amigdaliana (entre 
os pilares amigdalianos anterior e posterior). Deve ser feita uma drenagem desse abscesso, que pode ser feito 
em consultório. 
Processos inflamatórios específicos
Difteria: há formação de uma placa normalmente não limitada às amigdalas, podendo invadir a mucosa do 
palato e da úvula
CIRURGIA DE AMÍGDALAS E ADENOIDE
Indicações de adenoidectomia: as amígdalas/adenoides, se localizam na nasofaringe, atrás da fossa nasal, 
atrás do palato mole. Tem relação com as coanas e óstios das tubas auditivas.
Hipertrofia adenoidiana que leva a uma obstrução mecânica da via aérea (roncos e apneia). Disfagia e 
obstrução das vias aéreas. Diagnóstico feito com nasofibroscopia e RX de cavum (RX de perfil para 
visualisar a rinofaringe)
Hipertrofia adenoidiana associada à otite média secretora: pode obstruir o óstio da tuba auditiva, que 
impede a ventilação do ouvido médio. Há formação de líquido atrás da membrana timpânica, e fica 
acumulada no ouvido médio. O paciente fica com alteração na capacidade auditiva pela alteração na 
condução do som. Não há sinais de hiperemia e congestão, mas percebe-se bolhas de secreção atrás da 
membrana timpânica. 
Hipertrofia adenoidiana associada à sinusites de repetição: os seios da face ou cavidades paranasais são 
cavidades que têm ligação com o nariz. Caso haja obstrução nasal constante pela hipertrofia da adenoide, 
pode haver infecção desses seios nasais. 
Adenoidectomia:
Tradicional: curetagem do tecido adenoideano da rinofaringe através da cavidade oral
Com shaver: aparelho que aspira a adenoide
Complicações: dor, sangramento, infecção, óbito e complicações anestésicas
Indicações de amigdalectomia:
Hipertrofia amigdaliana: leva a obstrução mecânica, de via aérea ou digestiva
Infecções de repetição: 7x/ano ou 5x/ano dois anos seguidos
Abscesso peri-amigdaliano a partir do segundo episódio
Suspeita de neoplasia: crescimento unilateral em pouco tempo, podendo dar ulcerações (linfoma)
Halitose: acúmulo de resíduos alimentares nas criptas (invaginações) das amígdalas - cada uma possui 15 - 
20 criptas.
A amigdalectomia pode ser feita de duas maneiras:
Dissecção: incisão na região do palato, amígdalas são descoladas e aspiradas
Bisturi elétrico: descolamento direto das amígdalas. 
Complicações: dor, sangramento, infecção, óbito e complicações anestésicas

Continue navegando