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URINÁLISE 1 🧪 Kaio Alves Couto 5° Período - Medicina FIP-Gbi Urinálise, sumário de urina, urina tipo I ou EAS (elementos anormais da sedimentoscopia); O processo de exame de urina é realizado através de quatro "fases": Coleta, análise física, análise química e sedimentoscopia. A urinálise é indicada para avaliação de patologias que acometem os rins e investigações do trato urinário. Coleta e manipulação das amostras: Deve ser entregue até 1h após a coleta; O laboratório deve analisar em até 2h após receber a amostra; Tipos de amostra: Amostra aleatória: URIN LISEÁ Urin liseá URINÁLISE 2 Coletada a qualquer hora do dia; Deve ser solicitada, com preferência, somente em casos de urgências, pois sofre várias interferências em suas propriedades, devido à dieta, fármacos, sedimentação, concentração, dentre outros; Primeira urina da manhã: Também chamada de Urina tipo I, exame de urina rotina, EAS, sumário de rotina. É a mais concentrada, capaz de identificar tanto substâncias químicas, quanto os cristais. Deve ser coletada preferencialmente no laboratório, ou enviada o mais breve possível em até 1h, sendo analisada em até 2h; Segunda urina da manhã (amostra de jejum): Coleta após o paciente ter dispensado o primeiro jato, com o paciente ainda em jejum; Muito utilizada para a urina cultura, bem como para avaliar a glicosúria; Amostra de 24h: Avalia qualquer analito —> proteínas, creatinina, cálcio, etc. Analisa o volume urinário; Dosagem de sódio; Amostra pediátrica: Avalia tudo, porém é realizada com coletores específicos; Fases da análise Avaliação importante da função renal, de infecções do trato urinário e de condições sistêmicas : Se divide em: Análise física; COR: Amarelo claro, amarelo citrino ou incolor —> Normalidade. quanto mais claro, mais diluída; também pode indicar diabetes, ingestão excessiva de água; URINÁLISE 3 Verde —> Medicação (amitriptilina), bilirrubina oxidada, infecção urinária (bactérias pseudomonas); Azul —> Injeção de corantes, ou contrastes no paciente (azul de metileno, por exemplo); Roxa —> Porfiria, bacteriúria; Vermelho —> Ingestão de alimentos que proporcionem esse tipo de coloração, hematúria macroscópica, tumor renal, nefrolitíase, trauma de uretra ou bexiga; Marrom, castanha ou Amarelo escuro —> estados oligúricos, icterícia, bilirrubina, rabdomiólise, necrose tubular aguda, colúria; Laranja —> Medicação (rifamicina, pyridium); Vermelho brilhante —> Porfiria na lâmpada na de Wood; Preta —> Alcaptonúria (oncronose), melanina, ácido homogentísico, hepatopatia, rabdomiólise; ASPECTO: Normalmente, a urina apresenta um aspecto límpido, transparente ou claro. Todavia, pode exibir um aspecto turvo por precipitação de fosfatos, uratos e oxilatos ou células epiteliais, leucócitos, hemácias, proteínas e germes, quando em quantidades excessivas. ODOR: A urina normal apresenta odor característico devido aos ácidos orgânicos voláteis. Porém, ela pode apresentar odor amoniacal devido ao metabolismo de bactérias acentuadas ou nas urinas já eliminadas há algum tempo; Pois a hidrólise bacteriana da ureia resulta em amônia e amoníaco; Ademais, quando há elevada presença de corpos cetônicos, a urina possui odor adocicado; URINÁLISE 4 Já o odor pútrido relaciona-se com as infecções urinárias. pH URINÁRIO O organismo lança mão da urina para eliminar os íons de hidrogênio (H+) que se formam durante o processo metabólico, garantindo o equilíbrio ácido-básico do meio interno. O pH da urina varia entre 4,5 e 8 (6-7 é o normal) Urina ácida: Causas não patológicas: alimentação rica em proteínas (alto teor de fósforo, fosfato de sódio e cálcio); Causas patológicas: acidúria paradoxal (na alcalose metabólica), acidoses tubulares. Urina básica: Causas não patológicas: alimentação rica em vegetais e frutas (alto teor de bicarbonato na metabolização desses alimentos), ingesta elevada de alimentos alcalinos; Causas patológicas: ITU por bactérias produtoras de uréases (Proteus sp., Staphylococcus sp.), vômitos repetidos; Precipita a formação de cálculos de ácido úrico. Densidade Depende do estado de hidratação do paciente (equilíbrio: ingesta-perda de líquido); Em condições normais, a densidade deve oscilar entre 1,015 e 1,025; Porém, a densidade pode chegar 1,001, como resposta fisiológica à ingesta abundante de líquidos, ou 1,040, quando há drástica restrição hídrica ou perdas abundantes por outras vias. URINÁLISE 5 Hipostenúria: Doenças tubulares (necrose tubular aguda), polidipsia psicogênica; Hiperestenúria: Insuficiência renal e pré-renal. Volume O fluxo urinário de 24h oscila entre 500 e 1500ml e está na dependência do estado de hidratação do indivíduo; Também depende da ingesta de sal, proteínas e água; Bem como, depende das perdas por vômitos, sudorese, diarréia e outras causas. De acordo com alguns estudos, volume inferiores a 400ml (oligúria) ou superiores a 1800ml/dia são patológicos. VALORES DE REFERÊNCIA Análise química; Procedimento; Mergulhar a tira reagente na amostra, por cerca de 1 a 2 segundos; Retirar o excesso de urina da tira com uso de papel absorvente ou pela borda do frasco; URINÁLISE 6 Após o tempo estipulado pelo fabricante, comparar os resultados com a cartela de cores no rótulo. Componentes a sem avaliados: PROTEÍNAS Desejamos avaliar um quadro de macroalbuminúria; ATENÇÃO; Proteinúria de Bence Jones, Tamm Horsfall não dão proteinúria; Proteinúria pelo 'spot' urinário, ou relação proteína/creatina urinária são de grande relevância para avaliar a função renal; Urina normal → Aprox. 150mg/24h GLICOSE Ocorre quando a concentração sérica satura e excede a capacidade de reabsorção tubular proximal; Geralmente quando a glicose é >180mg/dL; Dica bônus: glicosúria apesar de glicose sérica normal normal pode acontecer quando o paciente faz uso de inibidores dos transportadores SGLT2. CETONAS Principais corpos cetônicos: Acetona; Acetato de acetona (acetoacetato); Beta-Hidroxibutirato. ATENÇÃO: B-hidroxibutirato → não aparece na fita reagente e é responsável por 80% dos corpos cetônicos produzidos! Na sepse → 100% (falso negativo) PIGMENTOS BILIARES URINÁLISE 7 SANGUE Hematúria deve ser negativa; Indica lesão do trato urinário. UROBILINOGÊNIO NITRITO Enzima nitrato redutase, presente na maioria das enterobactérias; O teste é pouco sensitivo para bactérias gram-positiva (staphylococcus saprophyticus); Microganismos mais comuns encontrados nas infecções urinária → Enterobacter, Escherichia coli, citrobacter, Klebsiella, espécies de Proteus; pois contêm enzimas que reduzem o nitrato da urina a nitrito. É uma prova indireta para o diagnóstico precoce significativa e assintomática de bacteriúria; Útil para o diagnóstico precoce de cistite e da pielonefrite, na avaliação da terapia com antibióticos, na monitorização de pacientes com alto risco de infecção do trato urinário e na seleção de amostras para cultura de urina. HEMOGLOBINA ESTERASE LEUCOCITÁRIA Em infecções urinárias, é comum encontrar piócitos positivos. Sedimentoscopia (exame microscópico) Análise do sedimento urinário, que pode ser dividido em dois tipos: CILINDROS Cilindros hialinos: São os cilindro mais frequentes; A presença de 0 a 2 desses cilindros por campo de pequeno aumento é considerado normal, Assim como o achado de quantidade elevada após estresse físico, exposição ao calor, desidratação, URINÁLISE 8 estresse psicológico, pode ser considerado normal. Assumem significado clínico quando seu número é elevado: glomérulo nefrite, pielonefrite Cilindros Granulosos É preciso que haja estase urinária e que os cilindros celulares permaneçam nos túbulos para que a sua desintegração produza grânulos; Produtos da degradação celular em estado como necrose tubular aguda. Cilindro Céreos Evolução dos cilindros hialinos patológicos; Pode corresponder a doenças renais crônica; Posem está presentesna estase urinaria Cilindros Adiposos São ligeiramente refringentes e contêm gotículas gordurosas de cor marrom-amarelada; Bastante comum em Lipidúria (frequente em síndrome nefrótica) Cilindro Hemáticos São cilindros hialinos que contem aglomerados de hemácias ao seu redor e em seu interior; Geralmente está associado a glomerulonefrite, lesões glomerulares tubulares e capilares renais, sendo formado devido ao sangramento no trato urinário; CIlindro Leucocitários São cilindro hialinos que contem leucócitos ao seu redor e em seu interior Indicam infecção ou inflamação Geralmente ocorre concomitante com leucocitúria e mostra a necessidade de se realizar a cultura de urina URINÁLISE 9 CRISTAIS É comum encontra cristais na urina; Embora raramente tenham qualquer significado clínico, deve se proceder à sua identificação para se ter certeza de que não representam anormalidades; Os cristais são formados pela precipitação dos sais da urina submetidos a alterações de pH, temperatura ou concentração, o que alteram sua solubilidade. Os sais precipitados aparecem na urina na forma de cristais verdadeiro ou concentração, o que afeta sua solubilidade São exemplos de cristais: Cristais de ácido úrico e cristais de fosfato triplo.
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