Buscar

EXERCÍCIO 3 EXECUÇÃO, PROC COLETIVOS E JUIZADOS


Continue navegando


Prévia do material em texto

1) Daniel possui uma pequena mercearia e costuma aceitar cheques de seus clientes, como forma de pagamento. Ocorre que, no último mês, três dos cheques apresentados no prazo foram devolvidos por insuficiência de fundos. Daniel não obteve êxito na cobrança amigável, não lhe restando, portanto, outra alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário. Com base nessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
a) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o devedor, ainda que fundadas em títulos diferentes e diversa a forma do processo, desde que o juízo seja competente para todas.
b) É vedado ao juiz examinar de ofício os requisitos que autorizam a cumulação de execuções.
c) Daniel pode cumular várias execuções, fundadas em títulos diferentes, ainda que diversos os devedores, desde que para todas elas seja competente o juízo e idêntica a forma do processo. 
d) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos diversos, de que seja competente o juízo e haja identidade na forma do
processo.
2) Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado?
De acordo com o art.805 do CPC, quando por vários meios o exequente puder promover a execução o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único: Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos já determinados.
	Sim o pleito do executado deve ser deferido visto que o princípio da Isonomia Processual resguarda o direito do executado em ter a maneira menos onerosa a quitação do seu débito, visto que a penhora de um bem de maior valor poderia trazer um prejuízo a parte do executado.
3) Considerando o CPC, e, principalmente, as normas que tutelam a legitimidade passiva em execução, indique a alternativa incorreta, ou seja, de quem não pode figurar como executado.
a) o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
b) o responsável tributário, assim definido em lei;
c) o fiador do débito constante em título extrajudicial;
d) o Ministério Público, nos casos previstos em lei. 
4) No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1o grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado acima, distinga os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, e, num segundo momento, indique os caminhos processuais adequados para que o exequente, na prática, possa receber seu crédito.
O Instituto da fraude à execução é quando o devedor se desfaz de seus bens quando já existe contra ele uma execução judicial, neste sentido o STJ editou a súmula 375 que dispõe: O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má fé do terceiro adquirente. O elemento subjetivo da má fé é imprescindível para a caracterização do instituto da fraude à execução.
Já o Instituto da fraude contra credores está disciplinado nos art. 158 a 165 do Código Civil. É caracterizada quando o devedor busca a insolvência no momento seguinte que contraiu a obrigação se desfazendo de seus bens para impossibilitar que os credores tomem esses bens como pagamento. Possui dois requisitos: um objetivo a insolvência e outo subjetivo o conluio entre o vendedor e o comprador do bem.
O rito processual cabível é a ação Pauliana art.158 do CPC.
5) Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla título executivo extrajudicial: 
a) o crédito de auxiliar de justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; 
b) a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; 
c) a nota promissória; 
d) o crédito decorrente de foro ou laudêmio.
6) Maurício promove execução por título extrajudicial em face da Fazenda Pública, para cumprimento de obrigação de fazer, observando o disposto entre o art. 815 e art. 821 do CPC. Esta, ao ser citada, aduz em sua defesa que há error in procedendo, eis que tem a prerrogativa de ser executada por modelo próprio estatuído no art. 910 do NCPC. A quem assiste razão?
Maurício possui razão, visto que a o procedimento previsto no art.910 do CPC é referente apenas a obrigação de pagar, eis que a Fazenda Pública impenhoráveis e deve realizar o cumprimento por uma sistemática própria, nas obrigações de fazer e não fazer ou mesmo para a entrega de coisa certa a fazenda publica deve ser executada nos mesmos moldes das regras instituídas entre particulares.
7) Considerando o CPC, indique a alternativa que represente o mecanismo de resposta que deve ser empregado pelo executado para apresentação das suas teses defensivas: 
a) Impugnação; 
b) Embargos a execução; 
c) Exceção; 
d) Contestação.
8) Geisa, servidora pública estadual, promove demanda em face da Fazenda Pública que se encontra vinculada, pleiteando o pagamento de determinada importância em dinheiro, que lhe foi indevidamente descontada em sua remuneração. A demanda se processa regularmente, tendo sido proferida sentença favorável condenando a ré ao pagamento. Na etapa de cumprimento e, diante da demora na executada em liquidar a sua obrigação sujeita a pagamento por meio de precatório, a exequente peticiona ao juízo requerendo que seja aplicada a multa de 10%, prevista no art. 523, parágrafo 1º, do CPC. Este pleito deve ser deferido? 
Não visto que o art.534 §2º do CPC adverte:
“a multa prevista no art.523§1ºdo CPC não se aplica a Fazenda Pública.”
Art. 534. No cumprimento de sentença que impuser à Fazenda Pública o dever de pagar quantia certa, o exequente apresentará demonstrativo discriminado e atualizado do crédito contendo:
§ 2º A multa prevista no § 1º do art. 523 não se aplica à Fazenda Pública.
9) Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla matéria passível de ser alegada em sede de impugnação ao cumprimento de sentença pela Fazenda Pública: 
a) incompetência relativa; 
b) impossibilidade jurídica do pedido; 
c) ilegitimidade da parte; 
d) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções.
10) O CPC prevê que, na execução por título extrajudicial por dívida alimentar, é possível oficiar o empregador do executado para que o mesmo efetue o desconto em folha de pagamento, o que coincide com o modelo do CPC-73. Contudo, o mesmo inova ao prever que o descumprimento pelo empregador gera a prática de crime de desobediência (art. 912, par. 1º). Ocorre que a lei de alimentos já possui tipo penal específico para esta situação (art. 22, parágrafo único, Lei 5.478/68), não tendo o mesmo sido revogado pelo CPC/2015, ao contrário de diversas outras normas (art. 1.072). Qual tipo penal deve prevalecer?
No Art.22 da Lei de Alimentos (Lei 5478/68) prevalece o tipo penal da conduta de descontar e repassar, lex specialli derrogat generalis, por se norma especial prevalecerá sobre a norma geral.
11) Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla meio executivo, de coerção ou de sub-rogação, para forçar o devedor a adimplir obrigação de pagar alimentos: 
a) prisão civil; 
b) protesto do título judicial; 
c) desconto em folha de pagamento; 
d) mandado de imissão. 
12) (IDHTEC/2019) No tocante ao procedimento de execução contra a Fazenda Pública, pode-se afirmarque:
a) É necessária a instauração de processo de execução em face da Fazenda Pública tanto para títulos judiciais quanto para títulos extrajudiciais.
b) No processo de execução contra a Fazenda Pública, o despacho inicial determinará a citação da Fazenda para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, ou opor embargos.
c) Tendo em vista permissão expressa contida no Novo CPC, a Fazenda Pública poderá ser citada por correios nos processos de execução em seu desfavor.
d) Caso a Fazenda não oponha embargos, expedir-se-á RPV ou precatório em favor do exequente, não se procedendo a penhora.
e) Nos embargos à execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda só poderá alegar a nulidade do título ou a inexigibilidade do crédito.
4