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MEDICINA LEGAL TANATOLOGIA FORENSE Parte da medicina legal que estuda a morte e suas repercussões na esfera jurídico-social DIAGNOSTICO DA REALIDADE DE MORTE Morte celular • Apoptose – morte celular isolada • Necrose – morte celular em grupo Morte do corpo humano – sequência de eventos que levam a morte Morte é a cessação irreversível das atividades encefálicas MODALIDADES DE MORTE Morte natural – decorre de doenças e pelo processo de envelhecimento, com antecedentes patológicos Mortes violentas – resulta de fatores externos homicídio, acidente e suicídio Morte voluntaria (suicídio) ou autocídio ou autoquiria – causas exógenas ou endógenas; no brasil o mais comum são armas de fogo CAUSA JURÍDICA DA MORTE Criminosa – homicídio, aborto, lesão corporal seguida de morte, abandono, omissão de socorro Indeterminada – não se consegue chegar a conclusão da causa jurídica da morte O diagnóstico não é atribuição do médico legista, podendo ser estabelecido através da investigação local e da necropsia bem conduzida MORTE SUSPEITA E SÚBITA MORTE SUSUPEITA A origem violenta da morte somente poderá ser afastada após exame do local mais necropsia • Morte súbita • Criptoviolencia – sem lesões externas, mas suspeito de trauma interno ou envenenamento • Violência indefinida – sinais externos insignificantes • Violência definida • Infortúnio do trabalho MORTE SÚBITA Inesperado, imprevisto, inexistência de patologia previa – individuo com boa saúde • Violenta ou natural • Síndrome da morte súbita infantil (menores de 1 ano) – diferencial com asfixias LESÕES IN VITAM E POST MORTEM Em geral não há maiores dificuldades quando as lesões são provocadas certo tempo antes ou depois da morte Lesões in vitam • Infiltração hemorrágica • Coagulação do sangue • Retratilidade dos tecidos • Presença e tonalidade das equimoses • Aspecto das escoriações • Reação inflamatória • Embolias • Evolução dos calos de fratura Lesões post mortem • Animais necrofagicos • Lesões acidentais • Lesões intencionais • Medica DIAGNOSTICO DA REALIDADE DA MORTE Fenômenos cadavéricos Abióticos – imediatos (ausência de funções cerebrais, de circulação, respiração e acidificação) e consecutivos (desidratação, esfriamento do corpo, hipóstases, rigidez cadavérica Transformativos – destrutivos (putrefação) e conservativos (mumificação) ABIÓTICOS IMEDIATOS Perda de consciência / ausência das funções cerebrais; insensibilidade; imobilidade e abolição do tono muscular (fácies hipocrática e relaxamento dos esfíncteres) • Cessação da circulação Teste de Magnus – torniquete ao redor do dedo/ se vivo: arroxeado, congesto Teste de halluin – gota de éter na conjuntiva / se vivo: congestão Teste de rebouillat – injeção de éter no subcutâneo / se vivo: reação inflamatória Teste de Icard -: injeção endovenosa ou intramuscular de fluoresceína; coloração verde-esmeralda na esclerótica Teste da fluoresceína – quando há circulação, está se espalha com tonalidade amarela na pele Fundo de olho – desaparecimento da papila e das artérias retinianas; mudança da cor da coroide (avermelhado para cinza amarelado) Compressão do globo ocular – desaparecimento do desenho arterial • Cessação da respiração Sinal da vela Prova de winslow – movimentos mínimos da costela Espelho na narina e boca; ausculta • Acidificação dos fluidos tissulares Teste – solução de azul de brotimol no subcutâneo durante 1 hora, se morte a coloração se torna amarelada ABIOTICOS CONSECUTIVOS 1. Desidratação Decréscimo de peso, pergaminhamento da pele, dessecamento das mucosas, evaporação da agua, áreas de arranchamento post mortem da pele (escroto e grandes e pequenos lábios) • Sinal de Sommer-Larcher risco marrom no olho 2. Resfriamento do corpo – algidez cadavérica / algoz mortis 3. Livores hipostáticos – manchas de hipóstases Não fixos: com a mudança da posição do cadáver, os livores se deslocam Fixação dos livores: Extravasamento do plasma hemácias aglomeradas Diagnostico diferencial com equimose Tempo de morte: 4. Rigidez cadavérica – evolui de forma descendente Sequência da rigidez: instalação generalização máxima intensidade desfazimento França – início em 1-2 horas, máximo em 8; desaparece com início da putrefação TRANSFORMATIVOS Putrefação Decomposição do corpo pelas bactérias saprófitas; início pelas bactérias que se localizam no intestino grosso (ceco) Gases: metano, sulbdrico, carbônico, amônia e mercaptanos Odor desagradável – triptofano que se transforma em indol e escatol Faixa ideal de temperatura é 30° a 40°C Putrefação inicial em menos de 24 horas no verão e após 36 horas no inverno – alta umidade do ar auxilia na putrefação Fases • Coloração • Gasosa • Coliquativa • Esqueletização GASOSA (ENSISEMA) Aumento progressivo e rápido da produção de gases Subcutâneo e músculos – após 2 a 3 dias da morte, atingindo o máximo antes de uma semana Decomposição proteica máxima, formação de substancias: promainas, semelhantes a alcaloides Prolapso do útero e do reto e elevação do diafragma – parto post mortem Bases pulmonares espremidas com eliminação de liquido avermelhado pelas narinas e boca Bolsa escrotal com aumento de volume, pseudo ereção do pênis; protrusão dos globos oculares, língua para fora COLIQUATIVO Deliquescência geral dos tecidos, desaparecimento do enfisema e grandes perdas liquidas Esqueleto recoberto por massa de putrilagem, presença de larvas de inseto; presença de sinais de violência Após 3 semanas da morte e dura vários meses ESQUELETIZAÇÃO Ossos livres presos por ligamentos, resultado final Tempo necessário é variável MARCHA DA PUTREFAÇÃO Estimativa do tempo de morte – cronotanatognose MACERAÇÃO Asséptica – feto / séptica – meio liquido sobre a ação dos germes Destacamento de amplos retalhos de tegumento cutâneo (semelhante a luvas); conserva impressão digital e unhas MUMIFICAÇÃO Ambientes com temperatura elevada, secos e bem ventilados Comum em indivíduos magros e mais em crianças Diminuição de peso e volume do cadáver Adipocera ou saponificação Fenômeno raro Temperatura abaixo de 21°C, com pouca oxigenação e calor úmido; hidrolise de gorduras e esterilização Fenômenos conservativos Calcificação – mais em fetos mortos e retidos Corificação – cadáveres em metálicas fechadas Congelação – temperatura menor que -40°C
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