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Fichamento BATISTA, Nilo Introdução Crítica ao Direito Penal Brasileiro

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Direito Penal I 
Prof. Me. xxx 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome: RA xxx 
xxº Semestre 
 
 
 
2021 
FICHAMENTO 
 
Capítulo 1. Direito Penal e Sociedade. Sistema penal. Criminologia. Política Criminal 
1. Direito Penal e Sociedade: O legislador para cumprir funções concretas dentro de e para 
uma sociedade que se organizou de determinada maneira. Sua característica finalística diz o 
que o direito existe para que algo se realize, ele é disposto pelo estado para a solida realização 
de fins, tendo uma missão política de garantir condições de vida da sociedade e a finalidade 
de combater crimes, esse combate que poder ser oferecido ao crime se reduz ao crime 
acontecido e registrado. Sua função é conservadora ou de controle social e sob certas 
condições o direito pode desempenar também funções educativa e transformada. A sociedade 
faz o direito nascer de suas necessidades e deixa-se ser disciplinada por ele, recebendo a 
estabilidade e a própria possibilidade de sobrevivência. 
1.2. Direito Penal e Sistema Penal: O direito Penal elencado pelo autor se tratar do “conjunto 
de normas jurídicas que preveem os crimes e lhes cominam sanções, bem como disciplinam 
a incidência e validade de tais normas, a estrutura geral do crime, e a aplicação e execução 
das sanções cominadas”. Sendo assim junto ao direito penal existem outras normas ligadas 
ao seu funcionamento como direito processual penal, organização judiciária, lei de execução 
penal, regulamentos penitenciários, etc. As instituições desenvolvem suas atividades em 
torno da realização do direito penal. 
1.3. Criminologia: Conceito de criminologia restrito é causalidade do crime, definido 
basicamente como “um conjunto de conhecimentos, ao qual se atribui ou não caráter 
cientifico, cujo objetivo seria o exame causal-explicativo do crime e dos criminosos. Ocorre 
que autor critica esta postura positivista de análise da criminologia como simples exame 
causal-explicativo de forma que, segundo ele decorre de influência neokantiana que isola 
o “ser e o dever ser”. Quando na verdade ser e dever ser se relacionam de forma que o 
“saber criminológico e o saber jurídico-penal se comunicam permanentemente, Após as 
críticas à criminologia tradicional surgiu a criminologia crítica que tem por primazia 
investigar o desempenho prático do sistema penal, não se restringindo ao código 
simplesmente, uma vez que o próprio Código está revestido de aspectos subjetivos. A 
criminologia crítica busca investigar a motivação de se defender um discurso de igualdade 
e neutralidade, mas que é desmentido na prática. 
1.4. Política Criminal: Entende-se por política criminal como um conjunto de princípios e 
recomendações para a reforma ou transformação da legislação criminal e dos órgãos 
encarregados de sua aplicação com base em mudança social, propostas do direito penal, 
avanços e descobertas da criminologia, etc. Para autor Baratta existem quatro indicações 
para uma política criminal: estruturar-se como política de transformação social e institucional 
para a construção da igual, democracia e de modos de vida comunitária e civil mais humanos; 
considerando o direito penal como direito desigual; Instituir tutela penal em campos que 
afetem interesses essenciais para a vida, saúde e o bem-estar da comunidade (crimes contra 
a saúde pública, o meio ambiente, econômico-financeiros, segurança do trabalho, etc.); 
Abolição da pena privativa de liberdade, considerando seu fracasso nas funções de 
controlar a criminalidade e promover reinserção sociais do condenado, podendo ser 
empregadas medidas alternativas; Batalha cultural e ideológica em favor do 
desenvolvimento de uma consciência alternativa no campo das condutas desviantes e da 
criminalidade. 
 
Capítulo 2 A designação “Direito Penal” e sus acepções. Princípios básicos do Direito 
Penal. Missão do Direito Penal. A Ciência do Direito Penal. 
2.1. Direito Penas ou Direito Criminal: A conduta humana passa a ser ilícita quando se opõe 
a uma norma jurídica ou indevidamente produz efeitos que a ele se opõe, assim a oposição 
lógica entre a conduta e a norma dá origem ao “ilícito”. Autor aponta três variáveis para 
facilitar a diferenciação entre os termos penal e criminal se não vejamos: Influência do 
legislador, considerando o contexto histórico; doutrinários que impliquem nomear o direito 
penal de uma maneira ou outra. No processo histórico prevalece a expressão direito penal 
com sentido de acentuar o caráter sancionador deste direito; Alcance descritivo da designação 
proposta, ou seja, a capacidade de compreender determinados conteúdo. Alguns autores 
empregam direito criminal de maneira abrangente, incluindo direito processual penal e 
organização judiciária. Para Autor Nilo Batista, deve prevalecer a expressão direito penal, 
uma vez que a pena é condição de existência jurídica do crime. Mesmo que a sanção não seja 
uma pena, as medidas de segurança também possuem caráter penal. No que tange 2.2.As três 
2.3.Acepções da expressão direito penal: Entende -se como conjunto das normas jurídicas 
que, mediante cominação de penas, estatuem os crimes, bem como dispõem sobre seu próprio 
âmbito de validade sobre a estrutura e elementos dos crimes e sobre a aplicação e execução 
das penas e outras medidas previstas. 
2.4.O direito penal como direito público: A finalidade do direito penal seria conservar a 
ordem estabelecida, eliminando, reprimindo e prevenindo condutas que possam ferir 
membros da sociedade e, desta forma, garantir as condições de vida mínimas necessárias aos 
cidadãos. Sendo assim, ao criminalizar uma conduta se está pensando em um interesse 
coletivo, uma vez que está determinada conduta, se foi passive de criminalização, é um 
possível risco para todos os indivíduos de uma sociedade, constituindo um instrumento de 
defesa de um interesse social, o direito penal pode ser considerado parte do direito público. 
2.5.O princípio da Legalidade: Segundo esse princípio, não há crime sem lei anterior que o 
defina, ou seja, para uma conduta ser considerada crime é necessário que haja legislação a 
criminalizando. 
2.6.O princípio da intervenção mínima: Este princípio, o estado só deve se valer de sua 
competência penal em casos onde não há outras alternativas de resolução, desta forma 
consegue-se respeitar a liberdade dos indivíduos. Portanto, o direito penal é a última opção a 
que o Estado deve recorrer, fazendo-o somente em casos graves de agressão aos bens 
jurídicos de maior importância. 
2.7.O princípio da Lesividade: Para o direito penal, a conduta ilícita de um sujeito deve estar 
relacionada a outro sujeito. Uma conduta só pode ser punida se ferir os direitos de outro 
individuo, não sendo questões morais suficiente para legitimar uma punição. 
2.8. O princípio da humanidade: Este princípio determina que a pena deve ser racional e, de 
forma justa, proporcional além de útil à sociedade. Nenhuma pena pode ser cruel e 
desconsiderar a condição humana do praticante do crime. 
2.9.O princípio da culpabilidade: Segundo esse princípio, a pena só pode ser aplicada a quem 
cometeu um ato reprovável, assim é, uma conduta ilícita, como dolo ou culpa 
2.10. Um direito penal subjetivo? A existência de um direito subjetivo caracterizando um 
direito punitivo só é possível se pensando em dois contextos, no contexto social e no do 
direito natural. O direito de punir do Estado pode encontrar fundamentos nos princípios e 
determinações do direito natural o autor também pontua que antes do surgimento do direito 
penal, não havia o que se pudesse chamar de direito subjetivo do Estado, só era possível falar 
de direito evocando o direito natural. 
2.11. A Missão (fins) do direito penal: Sobre a finalidade do direito penal, o autor pontua 
duas concepções, uma carregaria um “sinal social negativo” e outra um “ sinal social 
positivo”. Pode-se pensar os fins do direito penal como um sinal social positivo seenxergamos como as funções de proteger a sociedade, defender os bens jurídicos, solucionar 
casos e garantir a segurança jurídica social. Por outro lado, pode-se perceber um sinal social 
negativo no direito penal ao perceber seu instrumento punitivo como uma devolução do mal 
praticado pelo autor do crime para, no entanto reestabelecer a justiça, inibir os crimes ou 
controlar os criminosos, sendo dessa forma uma “amarga necessidade”. 
2.12. A ciência do direito penal: Conforme anteriormente citado, termos três acepções do 
direito penal, é a ciência do direito penal que estuda o ordenamento jurídico penal positivo, 
a fim de possibilitar uma aplicação justa e equitativa das normas penais, isto é, casos 
semelhantes serão solucionados de forma semelhante. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
BATISTA, Nilo. Introdução Crítica ao Direito Penal Brasileiro. 11.ed. Rio de Janeiro: Revan. 
2007