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CONTESTAÇÃO PRATICA VI

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Prévia do material em texto

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 13º VARA DE FAMÍLIA DA 
CAPITAL 
 
 
 
 
HUGO FROIS GELBERT, brasileiro, menor impúbere, 
representadas por sua mãe VERUSKA FORIS GELBERT, brasileira, 
solteira,, portadora da cédula de identidade nº 008.426.370-6 DIC/RJ e CPF 
sob o nº 005.463.557-81, residente e domiciliada na rua ________________, 
CEP. 0000-000, vem, por meio de seu advogado infra firmado, constituído 
segundo o instrumento de mandato em anexo, vem nos termos da Lei 
nº5.478/68 e art.1694 e ss. Código Civil, propor a presente 
 
 CONTESTAÇÃO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA 
 
em face de JOSÉ GELBERT, brasileiro, solteiro, portadora da cédula de 
identidade nº 06.992.482-7 IFP/RJ e CPF sob o nº 785.657.74, residente e 
domiciliada na rua ________, Barra da Tijuca, CEP. 0000-000, pelos motivos 
de fato e de direito a seguir aduzidos: 
 
 
1 DOS FATOS 
 
 
Acordada na ação de pensão alimentícia que tramitou na 13ª Vara de Família 
desta comarca, sob o n.º 0008780-76.2013.8.19.0001 (documento em anexo), 
que o Requerido pensionaria a requerente com o valor mensal de 10 salários 
mínimo nacional, o requerido por sua vez entrou com uma ação solicitando a 
redução do valor para 5,8 salários mínimos. 
Atualmente, Hugo encontrasse com necessidades especiais sendo essas de 
motivo de doença, sendo essa esquizofrenia paranoide. Necessidades estas 
relacionadas à alimentação, vestuário, saúde, remédios e tratamentos 
especiais. Frisa-se que tais dispêndios estão agravados pelo momento 
econômico vivido pelo país, em constante inflação. 
Hoje em dia, o valor destinado à Requerente não dá conta sequer das 
despesas de remédios e do tratamento, conforme comprovantes juntados, os 
quais são referentes a locomoção para a clinica, remédios e alimentação. 
Locomoção para clinica R$ 1.100,00 
Plano de saúde R$ 1.000,00 
Remédios R$ 3.000,00 
Fisioterapia R$ 2.000,00 
Alimentação R$ 1.500,00 
Vestuário R$ 2.500,00 
Estudos R$ 3.400,00 
Despesas diversas R$ 2.000,00 
Total (locomoção + plano de saúde + remédios+ fisioterapia + 
alimentação + vestuário + estudos) R$ 13.500,00 
 
Conforme evidenciado, vê-se que o valor mensal estipulado se mostra 
insignificante para suprimir as atuais necessidades pois, além da Requerente, 
encontra-se sob a tutela da genitora o irmão do Requerente, filho do 
Requerido, o qual possui 24 anos e intenta vaga para o curso de Engenharia. 
Ou seja, além das despesas normais do dia a dia, as despesas inerentes ao 
seu intento (livros, cursinho), que não são nada baratas, são mantidas pela 
Genitora. 
A situação financeira atual da genitora da Requerente é diversa daquela 
vivenciada há anos, isto é, baixou sua condição em comparação à data em 
que ocorreu o divórcio. A situação agravou-se ainda com a perda do último 
emprego, o qual lhe dava melhor sustentação para assegurar as despesas 
em comento, (aviso prévio anexo). 
Com esse aminguamento, a genitora da Requerente atualmente conta com a 
quantia de R$ 5.530,00 (cinco mil quinhentos e trinta reais) de salário, que 
nem de longe permite suprir todas as contas do mês. Por isso busca a tutela 
jurisdicional com o intuito de ajustar a pensão alimentícia. 
O Requerido é empresário e atualmente possui ótimas condições, estando 
plenamente possibilitado a prestar alimentos em maior proporção. 
Cumpre mencionar que o Requerido não possui outros filhos menores, razão 
que, por si só, já demonstra sua possibilidade de prover alimentos no importe 
que a requerente pleiteia. 
Importante referir que quem assumiu as despesas decorrentes do dia a dia, 
apoio psicológico, afeto e amor foi a genitora da Requerente. Esta sempre 
enfrentou qualquer empecilho, visando angariar através de bastante 
empenho, a sua independência profissional e econômica, ensejando sempre 
proteger os seu filhos a estarem expostos a qualquer situação de conflito, já 
que conhece os efeitos futuros de um processo judicial e o que ele pode 
causar à instabilidade psicológica de um adolescente e de uma criança, visto 
que, no caso em tela, são dois os filhos comuns. A todo momento, sempre 
procurou conservar a imagem do pai. 
Todavia não vê outra saída senão bater as portas do judiciário para resolução 
da celeuma. 
Isso posto, caracterizado o desequilíbrio entre as possibilidades do Requerido 
e as necessidades da Requerente, busca-se, por meio deste feito, 
restabelecer-se o equilíbrio entre a obrigação de um e as necessidades de 
outro. 
2 DA CONCESSÃO DE TUTELA DE URGÊNCIA 
 
Segundo ROLF MADALENO[1] “assim como existe o interesse no provimento 
liminar do arbitramento inicial do crédito alimentício, também perdura o 
mesmo interesse quando da propositura de ação revisional ou exoneratória 
da obrigação ou do dever alimentar do ponto de vista de quem está obrigado 
a prestar os alimentos. Deve ser lembrado que os alimentos, embora 
transitem até formal e materialmente em julgado, sempre podem ser revistos 
quando presente nova realidade financeira de quem paga ou mesmo de quem 
recebe a pensão alimentícia”. 
Da mesma obra extraí-se que “se o maior tormento do jurisdicionado é 
precisar aguardar em longo compasso de espera o provimento final da tutela 
jurisdicional, esta natural ansiedade se faz muito mais contundente quando a 
demanda vindica o vital crédito alimentar. 
Assim sendo, comprovada a ocorrência de alteração na capacidade financeira 
do alimentante, logo, justificada a majoração procedida na origem, podendo 
ser deferida readequação do encargo alimentar por esse motivo. 
Por isso, pleiteia o aumento dos atuais alimentos que deve à Requerente ao 
patamar equivalente dez salário mínimo (nacional), em função de haver 
condições mais que suficientes para arcar com tal encargo na sua 
integralidade, sem prejuízo do seu sustento. 
Frise-se que a prova exigida para a concessão da tutela de urgência está 
devidamente representada, pelo fato do Requerido se encontrar em 
condições financeiras muito melhores do que anos atrás. 
https://maxfernando66.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/1138078706/acao-revisional-de-alimentos#_ftn1
De outro lado, a drástica modificação na situação financeira da Representante 
da Requerente, demonstra a necessidade, vez que, até o presente momento, 
a genitora e seus filhos, sempre se esforçou para arcar com os gastos da 
Requerente, visando suprir a esquiva do Requerido em prestar alimentos de 
acordo com a realidade fática. 
Diante dos fatos trazidos nesta Revisão de Alimentos, é imprescindível a 
majoração dos alimentos, pois não há como a Requerente continuar 
recebendo o valor atual, o qual se mostra irrisório, uma vez que houve 
significativa melhora nas suas condições econômicas do Requerido, e 
concomitantemente, significativa piora nas condições econômicas da 
Representante da Requerente. 
Logo, estando presentes todos os requisitos ensejadores para majoração do 
percentual dos alimentos pela antecipação da tutela de urgência, justa será a 
determinação deferida por Vossa Excelência. 
3 DOS DIREITOS 
 
Quanto à interposição da presente Ação Revisional de Alimentos, saliento, 
desde já, que a pretensão da Requerente em solicitar a revisão do valor 
fixado a título de pensão alimentícia encontra fundamento no art. 1.699 da Lei 
n.º 10.406/02 (Código Civil), in verbis: 
 
Art. 1.699 Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira 
de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar 
ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do 
encargo. 
Com o escopo de proteger seus direitos contra a evidente ilegitimidade da 
referida situação, que, se perpetrada trará prejuízos à Requerente, não lhe 
resta alternativa senão, socorrer-se do pedido de aumento dos Alimentos, 
conforme lhe faculta o art. 15 da Lei n.º 5.478/68 (Lei de Alimentos), in verbis: 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10615037/artigo-1699-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1027027/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028078/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11264091/artigo-15-da-lei-n-5478-de-25-de-julho-de-1968
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103299/lei-de-alimentos-lei-5478-68
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103299/lei-de-alimentos-lei-5478-68
Art. 15 A decisão judicial sobre alimentos não transita em julgado, pode a 
qualquer tempo ser revista em face da modificação da situação financeira dos 
interessados. 
Quanto à mutabilidade da obrigação alimentar, segue o mesmo Doutrinador: 
“Pautada a fixação dos alimentos no binômio necessidade e possibilidade e 
sendo esses dois elementos variáveis no passar dos tempos, é natural que a 
lei permita a revisão da pensão.” 
 
4 DOS PEDIDOS 
Ante ao exposto, requer-se: 
4.1 A concessão de tutela de urgência, inaudita altera pars, nos termos do 
art. 300 do CPC, para que, in limine litis, seja majorada a pensão alimentícia 
paga à Requerente, para um salário mínimo e meio (nacional). 
 
4.2 A citação do Requerido para que compareça em audiência de conciliação, 
instrução e julgamento, a ser designado por este douto Juízo, onde, se quiser, 
poderá oferecer defesa, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia. 
 
4.3 A intimação do ilustre representante do Ministério Público, nos termos do 
art. 176 do CPC, para que atue no presente feito como fiscal da ordem 
jurídica. 
 
4.4 Ao final a majoração da pensão alimentícia paga à Requerente, com a 
fixação de 10 salario mínimo (nacional). 
 
4.5 Os benefícios da gratuidade da justiça, nos termos do art. 98 do CPC, vez 
que o Requerente não possui condições financeiras de custear o presente 
demanda, sem prejuízo do próprio sustento, conforme declaração de pobreza 
e comprovantes em anexo. 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894057/artigo-300-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895026/artigo-176-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895641/artigo-98-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
Protesta pela produção de todos os meios de provas em direito admitidas, em 
especial a juntada de documentos, oitiva de testemunhas e depoimento 
pessoal dos Réus. 
Informa o Requerente que possui interesse na realização de audiência de 
conciliação ou mediação, conforme determina o art. 319, inciso VII, do CPC. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) 
Nestes termos 
Pede deferimento. 
 
Rio de Janeiro, 12 de março de 2021. 
 
 
ADVOGADO 
OAB/RJ 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893817/artigo-319-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893793/inciso-vii-do-artigo-319-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15

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