Peça 4 de familia

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA DE 
FAMÍLIA E SUCESSÕES DO FORO REGIONAL DE SANTANA DA COMARCA DE 
SÃO PAULO - SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARINA (sobrenome), brasileira, solteira em união estável, (profissão), 
portadora do RG nº (número) (doc. 1), inscrita no CPF/MF sob o nº (número) titular do endereço 
eletrônico (email) residente e domiciliada na, cidade de São Paulo (SP), (endereço), por intermédio 
de sua advogada que esta subscreve, conforme instrumento de mandato anexo , com escritório 
na (endereço), onde recebe intimações (e-mail), vêm, respeitosamente, à presença de Vossa 
Excelência, com fundamento no art. 693 do Código de Processo Civil de 2015, propor a presente: 
 
AÇÃO DE RECONHECIMENTO E EXTINÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL PELO 
PROCEDIMENTO ESPECIAL DAS AÇÕES DE FAMÍLIA 
 
Em face de EDUARDO (sobrenome), brasileiro, divorciado, em união 
estável (profissão), portador do RG nº (número) inscrito no CPF/MF sob o nº (número) sem 
endereço eletrônico conhecido, residente e domiciliado na cidade de Campinas (SP), (endereço), 
pelos motivos de fato e de direito expostos a seguir. 
 
 
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I. DOS FATOS: 
 
Autora e Eduardo mantiveram união estável no período de maio de 
2010 a agosto de 2022, sem a celebração de escritura pública ou outro documento escrito. Em 
agosto, o réu deixou o lar conjugal, indo residir com outra mulher na cidade de Campinas, 
tornando impossível a manutenção da entidade familiar. 
Nesse sentido, desta união, o casal teve duas filhas, Rute e Raquel, 
gêmeas nascidas em 2014, no dia 15 de agosto. Durante o período em que o casal esteve junto, 
foram adquiridos os seguintes bens a título oneroso: 
 Uma casa. Terreno e construção, onde Autora reside 
juntamente com as filhas, com valor venal de R$ 150.000,00 na cidade de São 
Paulo, nas imediações do Fórum de Santana; 
 Um veículo, marca Gol, ano 2015, placa CCC4125, com valor 
de mercado de R$ 25.000,00; 
 Um terreno situado na cidade de Valinhos no valor venal de R$ 
125.000,00. 
 
Por fim, o réu encontra-se desempregado e a autora possui meios 
próprios de subsistência, dispensando ajuda financeira do réu, porém, ela deseja os benefícios 
da justiça gratuita, uma vez que se declara pobre no sentido jurídico do termo, conforme 
declaração anexa. 
Desta feita, não houve alternativa para autora, senão promover a ação 
judicial, com o fito de receber alimentos para as filhas menores e concessão da guarda 
unilateral, além dos bens que deverá ser compartilhados. 
 
II. DO DIREITO – DA CONFIGURAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL (Arts. 226, § 3º, CF 
e art. 1.723, CC) 
Abordado os fatos, não há nenhuma duvida entre as partes, sobre 
a relação de uniao estável, visto que, foi contínua e duradoura, ou seja, de 2010 até agosto 
de 2022, com consequencia tiveram duas filhas com intuito de constituir uma familia. 
Nesse sentido, o Código Cível, preve o artigo 1.723, sobre a 
configuração da união estavél, além disso, o artigo art. 226, § 3º da Constituição Federal, 
reconhece a união estavel como entidade familiar. 
Importante lembrar que, a autora não está mais com réu, visto 
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que, encontra-se com outra mulher, mas, a separação de fato não impede a caracterização 
da união estável, segundo a regra do art. 1723, § 1º, do CC, pois o casamento e as relações 
estáveis não se respaldam no registro cartorial, mas sim no afeto e no intuito de constituir 
família. 
Portanto, demonstrado o relacionamento público da autora e 
réu, forma contínua e duradoura, configurando união estável, que é tutelada tanto 
pelo art. 226, § 3º da Constituição Federal, quanto pelo artigo 1.723 e seguintes 
do Código Civil, devendo esta ser reconhecida por este juízo. 
 
III. DO DIREITO - DA PARTILHA DE BENS (Art. 1.725, CC) 
 
As partes não celebraram contrato escrito e os bens foram 
adquiridos na constância da união estável os seguintes bem: 
 
 Uma casa. Terreno e construção, onde Autora reside 
juntamente com as filhas, com valor venal de R$ 150.000,00 na cidade de São 
Paulo, nas imediações do Fórum de Santana; 
 Um veículo, marca Gol, ano 2015, placa CCC4125, com valor 
de mercado de R$ 25.000,00; 
 Um terreno situado na cidade de Valinhos no valor venal de R$ 
125.000,00. 
 
Conforme prevê o art. 1.725 do mesmo Código, não há como afastar 
o direito da autora à meação dos bens adquiridos na constância da relação. Segundo tal 
dispositivo, salvo contrato escrito entre os companheiros, na união estável, aplica-se, às 
relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens. 
Nesse sentido, dispõe sóbre os bens a serem partilhados: : a casa em 
que a autora vive com as filhas deverá ficar com a autora, sendo que o réu ficará como terreno 
da cidade de Valinhos e o veículo marca Gol. 
 
 
IV. DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO(Art. 319, 
VII e 695) 
 
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A autora declara o interesse na mediação e conciliação, de acordo 
com os arts. 319, VII, e 695 do CPC, com o objetivo de solução consensual. 
Nesse sentido, autora requer a citação do réu, seja soluciado o 
conflito de forma mais rapidá, e assim como para resguardar os princípios informadores 
da mediação, notadamente o da decisão informada (CPC, art. 166) e o da isonomia entre 
as partes (art. 2º, II, da Lei n. 13.140/2015). 
 
V. DA JUSTIÇA GRATUITA ( 
 
 A Autora solicita nos termos o benefício da justiça gratuita, por 
ser uma pessoa pobre no sentido jurídico do vocábulo e por não possuir condições de 
demandar em juízo sem sacrifício do sustento próprio e de seus familiares, nos termos 
do artigo 5º LXXIV da Constituição Federal e artigo 99 do Código de Processo Cível, 
conforme, declaração de hipossuficiência econômica anexa. 
 
VI. DO PEDIDO 
Diante do exposto, a autora requer a procedência da ação nos 
seguintes termos: 
 
a) A concessão da guarda unilateral para a autora, que detém, 
desde a separação, a guarda fática das filhas do casal, 
mediante compromisso; 
 
b) Seja reconhecida a união estável entre a autora e o réu, no 
período entre maio de 2010 e agosto de 2019, declarando-
se, em seguida, a sua dissolução nos seguintes termos: 
 
c) A guarda unilateral das filhas menores ficará com a autora, 
disciplinando-se o direito de visitas do réu da seguinte 
forma: finais de semanas alternados, podendo retirá-las no 
sábado às 9:00 h e devendo devolvê-las no domingo às 
17:00 h.; 
d) Os bens deverão ser partilhados da seguinte forma: a casa 
em que a autora vive com as filhas deverá ficar com a 
autora, sendo que o réu ficará como terreno da cidade 
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de Valinhos e o veículo marca Gol; 
e) A condenação do réu ao pagamento de custas 
processuais e honorários advocatícios; 
f) Os benefícios da justiça gratuita, uma vez que se declara 
pobre no sentido jurídico do termo, conforme declaração 
anexa (doc. 11); 
g) A citação do réu, por Oficial de Justiça, sendo o 
mandado acompanhado de contrafé para que compareça à 
audiência de mediação e conciliação a ser designada ou 
apresente resposta no prazo legal; 
h) Intimação do representante do Ministério Público para 
que acompanhe o feito (art. 698, CPC); 
 
VII. DAS PROVAS 
Provará o que for necessário, usando de todos os meios permitidos em direito, em 
especial pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas, rol anexo (doc. 12) e 
depoimento pessoal do réu. 
 
VIII. DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de 150.000,00 + 25.000,00 + 125.000,00 = 300.000,00, para fins de 
direito. 
 
Nestes termos, 
Aguarda-se deferimento. 
Cidade, data. 
Assinatura,OAB